31.12.13

O saldo é...

E, no último dia do ano de 2013, chega a altura de fazer uma análise do mesmo.

Por acaso, nem acho que esta seja a melhor altura para o fazer porque estou muito cansada e temo ser muito pessimista. No entanto, não tenho nada de que me queixar. Pelo contrário, sou muito grata pelo que tenho e pelas pessoas que tenho.

De tudo, aquilo que me deixa sempre muito angustiada é estar longe de quem amo. Longe dos meus pais, que vivem noutra cidade, longe deles juntos, dado que se separaram há alguns anos. A gestão das visitas e, consequentemente das saudades, é sempre complicada e dolorosa. Fico também longe do meu marido durante vários meses por ano. Ele trabalha como piloto de helicópteros e isso faz com que passe imenso tempo sozinha, preocupada, sempre com o coração nas mãos, ansiosa...

Amigos tenho muito poucos. Já tive muitos, já perdi muitos, restaram-me 3 ou 4, mas são muito bons. Daqueles que estão sempre ali. Por ter perdido tantos 'amigos' ao longo da jornada, criei algumas defesas que me impedem de fazer mais amigos. Quem me conhece pode identificar em mim alguma altivez, arrogância, até pedantismo, mas isso não é mais do que uma defesa. Acreditem, sou do mais simples que pode haver. Tenho é muito medo de confiar e ser magoada.

Sou muito grata pelo meu trabalho. Não é daqueles trabalhos seguros que nos incentivam a procurar, mas é um trabalho feito à minha medida. Sou freelancer para uma empresa internacional, tenho um lugar de chefia já há uns anos e adoro o que faço. Trabalho em casa, com todas as suas vantagens e desvantagens. Para já, a balança aponta mais para as vantagens. Adoro ficar em casa quando estou com sono ou doente, ou quando está a chover. Não tiro o pijama e ninguém se queixa disso. Posso trabalhar no sofá, na cama, na cozinha e, até, no meu escritório (que raramente uso). Posso agarrar no meu computador ou no tablet e trabalhar em qualquer sítio, sem prejuízo do meu trabalho. Já o fiz várias vezes em hotéis para aproveitar um fim-de-semana prolongado. O mais gratificante é mesmo poder assumir um cargo de alguma importância numa empresa de renome internacional e poder viver numa cidadezinha de Trás-os-Montes. Não precisei de me mudar para Lisboa ou, mesmo, para o estrangeiro para me realizar profissionalmente. É uma pena que no nosso país as empresas não recorram mais ao tele-trabalho. Eu, que trabalho com traduções e textos, não preciso de estar num escritório físico algures em Madrid ou Basileia. Um computador e ligação à Internet permitem-me beneficiar de uma vida calma e sossegada.

E viver em Trás-os-Montes é fantástico. Aqui, tenho acesso a um custo de vida mais baixo, sem stress, sem trânsito, boa comida, natureza e tempo. Temos boas escolas, públicas e privadas, e até ensino superior. A cultura também chega até nós. Temos espectáculos com grande regularidade e, se quisermos ir a uma grande sala do Porto ou de Lisboa, também lá chegamos em pouco tempo.

2013 trouxe-me a certeza de que sou dona do mundo. Eu carrego o mundo dentro da minha barriga. Sou muito grata por ser saudável num mundo cheio de problemas. Eu consegui conceber um bebé com tanta facilidade que me faz sentir imensamente especial. Sim, sou especial e uma privilegiada por estar grávida, por estar a viver uma gravidez, até agora, saudável e por a minha menina estar bem.

Tenho que admitir que, ao longo da minha vida, fui sempre muito abençoada. Vivi sempre sempre problemas financeiros, sem grandes problemas de saúde, conquistei muitas coisas, fui bafejada pela sorte noutras ocasiões. Nunca me esqueço de que a sorte vai e vem. Já passei por momentos muito difíceis, já fiquei muito desesperada, já precisei de muita ajuda, mas sempre tive noção que, mesmo assim, havia quem sofresse mais do que eu.

Sou uma sortuda por ser quem sou, com quem sou. Se me é permitido pedir alguma coisa, só desejo ter as minhas pessoas ao meu lado, felizes e saudáveis. Quero manter o que tenho de bom. Desejo que a minha menina nasça, de parto fácil (claro!), saudável e feliz. Quero estar rodeada de muito amor e felicidade, e que todos possam dizer o mesmo. Os meus desejos são extensíveis a todos vós.

Fazendo um balanço deste ano que se aproxima do fim, não posso deixar de considerar que o saldo é positivo. Claro que é positivo. Obrigada, Deus, por tudo.

30.12.13

21 semanas

Este fim-de-semana chegámos às 21 semanas! Já dobrei a metade da minha gravidez!

A minha menina já tem sobrancelhas e pálpebras, bem como unhas. Estes detalhes são muito importantes, visto que é uma menina. :)

Muito, muito importante é o facto de ela já me ouvir. Pode ser, também, assustador. Tenho que ter muito cuidado com o que digo e como falo. Não me quero irritar muito porque não quero que a minha princesa fique com medo.

Na semana passada pedi tanto à minha menina que se mexesse, que me desse um sinal, que ela agora presenteia-me com pontapés, palmadinhas ou cabeçadas (não sei que membro usa... ) todos os dias. É muito fofinha. Não quis ver a mamã preocupada e todos os dias me faz festinhas na barriga. E eu respondo do lado de fora... :)

Mostro-vos, agora, a minha princesa aqui em baixo. Está cada vez maior, sempre a crescer! É ou não é linda?

24.12.13

Feliz Natal para todos

23.12.13

Já mexe!

Pedi tanto à minha menina que me desse um sinal e ela passou o fim-de-semana todo a manifestar-se. Foi tão bom!!

A gravidez é mesmo um fenómeno fantástico... Sempre supus que fosse muito estranho sentir estes movimentos dentro de mim. Não sei porquê, mas nunca pensei que fosse uma coisa muito agradável, apesar de todos os testemunhos contrários de outras mães. Muitas até dizem que só se sentiram efectivamente grávidas quando sentiram o seu bebé.

Estou maravilhada. Neste momento, ela está a manifestar-se, provavelmente a queixar-se do espaço exíguo que tem. Como claustrofóbica que sou, só consigo pensar que se sente muito apertadinha. Então, vai tentando arranjar mais espaço. Como a compreendo...

3 dias antes de chegar às 20 semanas, a minha menina resolveu acalmar o nervosismo de sua mãe. Passei o fim-de-semana com as mãos na barriga e acho que não vão de lá sair até poder tocar na pele da minha menina.

20.12.13

Quando é que devo começar a sentir a minha bebé?

Estou a aproximar-me das 20 semanas de gravidez. Conheço uma pessoa que está mais ou menos do mesmo tempo que eu. Ontem, no facebook, ela falou que o bebé dele mexia muito. Muito mais do que na gravidez anterior.

Perante isto, comecei logo a ficar cheia de minhoquinhas na cabeça.

Há umas semanas atrás, ouvi falar do Doppler Fetal. Resumidamente, este aparelho permite-nos ouvir o coraçãozinho do nosso bebé no conforto da nossa casa, sempre que quisermos. A minha cunhada, que é enfermeira especialista em saúde materno-infantil, desaconselhou-me que comprasse o aparelho. Disse que todos os dias mulheres vão às urgências com ataques de pânico, aflitíssimas, porque não ouviam o coração através do aparelho. Muitas vezes, não dá para ouvir com o Doppler. Tentei esquecer o assunto e levar a gravidez com a normalidade possível.

Depois, esta pessoa fala-me que o bebé dela mexe imenso e a minha não. Perguntei ao meu marido o que ele achava e ele culpou-me por ter dado ouvidos à irmã dele e não ter comprado o Doppler. Fui logo à Internet pesquisar o que seria 'normal'.

Então, tudo é normal pelo que pude perceber. Aquela pessoa sente mais facilmente o seu bebé porque já é o segundo. Os músculos abdominais já não estão tão fortalecidos, devido à anterior gravidez, ao contrário dos meus. Mais, as grávida de segunda viagem já sabem identificar melhor os movimentos do bebé.

Portanto, daqui a uma semana, já estarei com o meu médico e vou confirmar tudo. Vou tentar não stressar até lá e esperar que possa sentir alguma coisa. Também, com tanta cólica que eu sinto todos os dias é normal que as festinhas que a minha menina me faz me passem imperceptíveis...

17.12.13

3 dicas para um parto mais fácil

Hoje, ao ler um artigo sobre partos, fiquei a saber de umas dicas para facilitar o parto. Atenção que todas as dicas são baseadas em estudos científicos. Então, é assim:

- Comer tâmaras.

Mulheres que comem tâmaras ao longo do 9º mês de gravidez têm menos probabilidades de precisar de medicação para desencadear o parto, segundo um estudo. Estavam também mais dilatadas quando chegavam ao hospital e os parto durava em média menos 7 horas. As tâmaras têm um composto semelhante à oxitocina, que provoca contracções. É recomendado o consumo de 6 tâmaras por dia no último mês de gestação.


- Dormir mais.

As mulheres que dormiam menos do que 6 horas durante o último mês de gravidez tinham partos 11 horas mais longos e 4 vezes mais cesarianas do que as mulheres que dormiam 7 horas ou mais. Ou seja, toca a arranjar um local confortável para dormir, usar muitas almofadas, dormir em cadeiras reclináveis, dormir sozinha... vale tudo para dormir bastante.


- Fortalecer as pernas.

A posição erecta ajuda, através da gravidade, a orientar o bebé para a saída. Isto pode encurtar o parto numa hora. Para nos mantermos verticais, precisamos de pernas fortes. Os agachamentos são importantíssimos para o parto. Podemos fazer um exercício muito simples. Colocamos uma bola de Pilates entre uma parede e a parte inferior das costas. Dar uns passos para a frente, afastar as pernas e fazer 3 sequências de 15 agachamentos.

16.12.13

19 semanas

Ontem, chegámos às 19 semanas. Estamos quase a meio da viagem.

A coisa mais fantástica é saber que a minha menina já tem óvulos, cerca de 6 milhões. Quando descer já só terá 1 milhão e depois vai ser sempre a descer.

Nesta altura 'bebe' líquido amniótico e os rins produzem a urina. Não quero saber saber para onde vai... E já tem cabelinho, se for da equipa das cabeludas. Espero que tenha um cabelo melhorzinho que o meu.

O desenvolvimento sensorial chega ao auge esta semana. Os neurónios ligados a cada um dos sentidos - paladar, olfato, audição, visão e tacto - estão a desenvolver-se nas áreas específicas do cérebro.

O meu útero chega até o umbigo, e deve crescer cerca de um centímetro por semana. Já me tinha apercebido disto quando estou deitada na cama de barriga para cima. Nota-se perfeitamente.

Supostamente, agora sentem-se pontapés. Eu ainda não sei se sinto. Como tenho tido imensas cólicas, não sei bem se são movimentos intestinais ou se é a minha menina a alongar-se.

11.12.13

18 semanas

Acabadinha de chegar às 18 semanas.

Dizem que no segundo trimestre a mulher se sente fabulosa, já não está tão cansada, que volta às rotinas habituais. Eu ainda não consegui.

O bebé já se mexe muito mas, como eu sinto tantas dores abdominais, não consigo perceber nenhum movimento. Sinto imensos gases, que me provocam muita dor, e cólicas. Eu, que nunca tive enjoos ou digestões difíceis, dou por mim a queixar-me de azia e sensação de estômago cheio. Parece cedo para isso, não?

Também passei a sentir mais fome. Andava a controlar de perto o meu peso. Até à ultima pesagem, estava apenas com 1kg a mais. Hoje isso já não se deve aplicar. Tenho mesmo vontade de comer doces, coisa que não me acontecia antes. Na verdade, isso é uma necessidade energética nossa e do bebé. Podemos sempre compensar com alguma actividade física ligeira, mas é importante falar com o médico primeiro. No meu caso, foi desaconselhado e ainda nem sei bem porquê.

Então, e o bichinho? Como é que ele está nesta fase?

As orelhinhas estão posicionadas no local correcto e completamente formadas. Nunca pensei que as orelhinhas demorassem tanto tempo a formar-se. Já acompanho a sua formação há imenso tempo.

Ainda ontem discutia este assunto com o meu marido. Será que a bebé nos ouve? Eu dizia que sim, ele dizia que não. Ganhei eu! :) Agora vou ter mais cuidadinho com o que digo.

Os ossinhos começam a ficar mais durinhos, os nervos estão fazem ligações mais complexas e os sentidos estão em pleno desenvolvimento. O bebé está coberto por uma cera gordurosa e espessa, o vérnix, que o protege da exposição ao líquido amniótico. Este também vai ajudar à expulsão na altura do parto.

Nesta fase, é importante ter uma alimentação rica em cálcio, legumes de folhas verdes, salmão e amêndoas, por exemplo.

A maior alteração que sinto é mesmo uma carência afectiva e uma sensibilidade extremas. Choro por tudo e por nada, sinto falta de pessoas queridas, choro mais um bocadinho, acho que ninguém me presta atenção, etc. Está a custar-me muito sentir-me assim.

Aguardo a(s) próxima(s) semana(s). Espero que sejam um bocadinho melhores, apesar de não me poder queixar.

As hormonas da gravidez

As hormonas da gravidez:

Estrogénio - Produzido nos ovários e na placenta, é o responsável pelas caracerísticas femininas.
Progesterona - Produzida nos ovários e na placenta, prepara o útero para receber o embrião.
Gonadotrofina coriónica (hCG) - Oriunda da placenta, estimula a progesterona e o estrogénio.
Melanotrófico - Aumenta a pigmentação de partes do corpo.
Prolactina - Estimula o leite.
Ocitocina - Contrai o útero para a expulsão do bebé na hora do parto e provoca a ejecção do leite na sua sequência.

10.12.13

O teste do pezinho

Quero alertar para o facto de eu ser totalmente ignorante acerca de bebés e gravidezes. Nunca convivi com pessoas mais novas do que eu, não convivi com bebés e não acompanhei de perto nenhuma gravidez. Chegar aos 35 com uma dose de ignorância empírica tão grande, pode ser assustador. Agora, tento compensar com todo o tipo de informação possível.

Então, hoje, ao ver o prograna Pregnancy and Birth: The Truth, descobri que que a zona mais sensível do bebé é mesmo o pé. Para aquelas mamãs mais ansiosas que querem ter a certeza de que o seu bebé está a respirar enquanto dorme, basta tocar no pezinho que ele vai reagir. Se não reagir, algo se está a passar. Logo, não vale a pena abanar e agitar a pobre criancinha.

9.12.13

Sair à noite ou não sair à noite? Eis a questão.

Sempre fui moça de gostar de sair à noite. O marido é como eu. Com o tempo, as noitadas foram ficando mais escassas, mas temos que ir ao café à noite todos os dias.

Desde que engravidei que a situação mudou um pouco. Nos primeiro meses, tinha tanto sono, mas tanto sono que só pensava no meu sofá. A ideia de ter que me arranjar para sair dava-me ainda mais sono. Tentei manter ao máximo uma vida normal, com as mesmas rotinas, mas foi complicado.

Logo no início do 2º trimestre, fiquei com uma constipação terrível. Sempre que apresentava melhoras e punha o nariz fora de casa, voltava a ficar pior. Andei assim umas 3 semanas e, consequentemente, fora do círculo nocturno. Depois, veio a 'amniocentese' e foi repouso absoluto mais uns dias. Resumindo, estive recolhida uma série de fins-de-semana e ninguém me pôs a vista em cima.

Este fim-de-semana preparei-me para sair. Já estava mesmo a precisar. Jantar com o marido e depois ida ao café do costume. Aqui, as coisas não correram muito bem. Depois de ter tomado o meu habitual carioca de limão, vendo que todos bebiam as suas minis, fiquei com uma enorme vontade de beber um panaché (cerveja com 7up), acompanhado de uns tremoços. Pedi ao marido que me pedisse um panaché fraquinho com cerveja sem álcool. Quando comecei a beber aquilo, parecia-me cerveja normal. Perguntei aos meus amigos se a cerveja sem álcool tinha o mesmo sabor. Disseram que com a 7up era provável que sim. Foram chegando mais pessoas e olhavam para o meu copo. Eu dizia, orgulhosa, que era sem álcool. Entretanto, fui sentindo aquela dormência típica de quem bebe álcool e não está habituada. Perguntei ao dono do café se aquilo tinha álcool e ele disse-me que sim, mas que era fraquinho. Fiquei furiosa!! Quem é ele para decidir se eu quero fraquinho, forte ou sem álcool? Logo ele que acabou de ser pai do segundo filho. Isto não se faz. Valeu-me que bebo devagar e quando me apercebi ia o copo a meio.

Depois, fomos a um bar novo. O pior foi mesmo que cheirava a tinta, pelo menos num dos espaços. Não gosto nada de me expôr a este tipo de lugares. Mantivemo-nos no espaço mais arejado, perto da saída. Iam chegando amigos e nós íamos dizendo que eu estava grávida.

O momento mais engraçado da noite foi quando um dos amigos do meu marido me disse que, dado que estava grávida, esta seria a minha última noite a sair. Concordam? Acham que uma grávida deve ficar em casa, esperando que o rebento chegue? A minha saída, para além dos percalços inesperados, não teve nada de violento. Às 2:30 já estava na caminha. Eu acho que, enquanto me sentir bem e os espaços forem adequados, vou sair. Ter uma mãe deprimida em casa também não deve ser muito bom para o bebé. O que acham?


4.12.13

O meu mundo e o mundo das outras pessoas

Estou grávida de 17 semanas e o mundo ainda não sabe que estou grávida. Aliás, o meu mundo sabe. O mundo das outras pessoas é que ainda não. E também não me importa muito que saibam ou não.

No início desta gravidez, tive muitas reservas. De cada vez que ia à casa de banho, estava à espera de ver sangue, de perder a bebé. Isto tudo porque uma das minha melhores amigas já perdeu dois bebés assim, nas primeiras semanas de gravidez. Como acompanhei tudo de muito perto e os especialistas dizem que é muito normal, sempre achei que poderia acontecer comigo. Não queria sofrer o que ela sofreu, não queria ver expectativas a desabarem, por isso só estava à espera do momento em que isso me fosse acontecer também. Graças a Deus, até agora tudo correu bem.

Porém, ainda não durmo descansada e acho que nunca irei dormir. Outra amiga próxima, passou por outra situação terrível. Grávida de gémeos, eles morreram aos 7 ou 8 meses de gestação, com o cordão enrolado. Perante estas tragédias tão próximas, como posso viver a minha gravidez sossegada? É certo que tenho imensos exemplos de gravidezes bem sucedidas, crianças lindas e saudáveis que estão entre nós. É nessas crianças que tento pensar quando me sinto mais em baixo. Penso que tudo correu bem durante as suas gravidezes, que os problemas sérios que acontecem são raros e que tenho que pensar sempre positivo. Também não ajuda nada ainda não saber os resultados da biópsia que fiz na semana passada.

Quando penso que só irei descansar quando a minha bebé nascer, lembro-me que aí é que os problemas começam. Todas as mamãs se queixam dos infectários e, quanto mais crescem, mais preocupações dão, não é? Estou muito depressiva, mesmo. Já não há remédio para mim.

No lado oposto ao meu, estão aquelas mães que nunca pensam em problemas. Assim que fazem o teste de gravidez caseiro, publicam nas redes sociais, espalham a notícia aos 7 ventos, compram roupinha de bebé, fazem todo o enxoval... Inicialmente, sinto alguma pena delas. Se algo corre mal, vão ficar arrasadas. Depois, penso melhor, e talvez elas é que estejam certas. Vivem felizes, aproveitam enquanto podem. Na verdade, ninguém está preparada para enfrentar problemas na gravidez e filhos, por mais preparado que se esteja. E também não consta que quem é mais ansioso e pessimista, como eu, consiga evitar problemas.

Moral da história: acho que não consigo deixar de ser ansiosa, mas posso tentar ser aproveitar mais a minha gravidez, permitir que me mimem, sentir-me bem com a minha bebé a crescer dentro de mim.


3.12.13

A vontade de ter netos

As avós da minha bebé andam excitadíssimas com a chegada da primeira neta, de ambos os lados. Primeira neta, primeira bisneta, primeira sobrinha. É a primeira, e pronto.

Já andavam meio desesperadas com a possibilidade de não virem a ter netos. Pelo menos os meus pais, dado que sou filha única. Eu e o meu marido já estamos casados há mais de 4 anos, não nos apetecia ter filhos e evitávamos o assunto. Somos daqueles que até gostamos de crianças, mas pelas mãos dos outros. Quando vamos jantar fora, não gostamos nada de berreiros e gritarias, etc, etc. Posto isto, andávamos a adiar a decisão de sermos pais. Era uma certeza que tínhamos, mas se pudéssemos adiar mais um bocadinho...

Quando ficámos grávidos, foi a alegria do povo. Confesso que a minha mãe, por ser minha mãe, estava mais aflita com a minha reacção à gravidez do que feliz por ser avó. Eu tinha tanto medo que algo corresse mal, que não me permiti ficar feliz, nem permiti aos outros. Assim que a fase crítica passou, foi a loucura total.

Sobretudo as avós andam numa correria desenfreada a comprar tudo e mais alguma coisa. Tem que se lhes pôr um travão. É calcinhas e camisolinhas e mantinhas e gorrinhos e babygrowzinhos e vestidinhos e pantufinhas e sei lá mais o quê. Uma delas nem me dá as coisas. Fica com elas lá em casa, nem percebo porquê. Deve pôr-se a olhar para aquilo quando está mais aborrecida.

Entendo a excitação delas, mas não deixo de achar que é muito prematuro. Eu estou grávida de 4 meses. Ainda falta mais de metade do tempo. Fico feliz que andem entusiasmadas, poupam-me imenso trabalho e dinheiro. Só receio o dia em que comprem qualquer coisa que eu não goste. Não vou consegui dizer que é bonito e tenho a certeza que vou partir um coração. Espero que esse dia nunca chegue. Elas têm bom gosto, é o que vale!

29.11.13

AMNIOCENTESE ou BIÓPSIA DAS VILOSIDADES CORIÓNICAS | a minha experiência

Ontem fiz uma amniocentese, ou melhor, uma biópsia das vilosidades coriónicas.

Sempre achei que ia fazer uma, devido à minha idade. Quando engravidei, tinha acabado de fazer 35 anos. Depois, fui percebendo que não era bem assim. Havia outros exames a fazer antes de nos decidirmos por uma amniocentese. Ao longo das ecografias (e, em 16 semanas, já fiz 5), fomos vendo que tudo estava dentro do normal. Depois, às 12 semanas, fiz o rastreio bioquímico. Também não revelou nada de anormal. Perante isto, o médico disse que a amniocentese ficava ao meu critério. Deu-me umas semanas para eu pensar no assunto. O que é que eu ia fazer? Na verdade, não tinha nenhuma vontade de fazer a amniocentese, mas também não queria ficar na dúvida tantos meses. Juntamente com o meu marido, decidimo-nos pela amniocentese. Seria uma amniocentese por vontade materna.

Pesquisei tudo sobre este procedimento. Li imensa literatura, relatos de outras senhoras e vi vídeos. Tudo me parecia completamente inócuo, com um risco muito baixo, pouco doloroso e bastante rápido, como se pode ver neste vídeo:


Uma amniocentese

Ontem, tal como já estava marcado, fomos ao hospital para fazer a amniocentese. Fomos bem recebidos e foi tudo muito rápido. Antes de mim entrou uma senhora e, logo a seguir, chamaram-me. Cruzei-me com ela na salinha e a cara dela não era das melhores. Encaminharam-me para a marquesa e a equipa médica foi sempre muito atenciosa. Estavam lá o médico (chefe da genética do hospital), 2 médicas assistentes, 1 enfermeira e 1 auxiliar. Andavam de um lado para o outro a manipular o material, alheios à minha ansiedade. Abriam pacotinhos e pacotinhos de material esterilizado. Para eles era mais um procedimento rotineiro, para mim era um momento importantíssimo. O médico começou por fazer uma ecografia e informou-me de que não iria fazer uma amniocentese, mas sim uma Biópsia das Vilosidades Coriónicas (BVC). Pronto, se estava relativamente calma até então, aqui comecei a entrar em pânico.



Uma Biópsia das Vilosidades Coriónicas

O pessoal médico foi extremamente simpático, apesar de não se descoserem muito. O médico disse-me que ainda bem que era magrinha e eu até perguntei se era eu ou a bebé, dado que nao me considero nada magrinha. As médicas, ainda muito jovens, começaram logo a dizer que sim, que era magra, que eu devia ver era a quantidade de pessoas gordas que passam por lá e acham que são magras... e tal... e deixei de as ouvir. Percebi claramente que a conversa era para me distrair, mas a dor nesta altura era insuportável para conseguir prestar atenção ao que falavam. Primeiro, senti a agulha a entrar, mas não foi nada de especial. Uns segundos depois, senti uma dor horrível que foi desde o lugar da punção até à uretra. Deve ter sido aqui que começou a recolher o material da placenta. O problema é que não demorou 1 minuto, como me garantiram no início. E a dor foi aumentando de intensidade, sempre até à zona da uretra. Eu, que pensava que ia ser uma coisa breve, dei por mim a perguntar ao médico onde é que estava esse minuto. Isto tudo entre muitos ais, uis e lágrimas. Acho que uma das médicas assistentes foi muito lenta, enquanto retirava o primeiro frasco que se foi enchendo. Sim, vi, no final, pelo menos, 3 frascos. Parecia que andavam a remexer lá por dentro com a agulha. O médico até brincou dizendo que a doutora ainda estava com as mãos frias. E ela com medo em tocar-me, mas eu só queria que aquele momento fosse abreviado o mais possível. Lá retiraram a agulha, mas a dor manteve-se. Fiquei na marquesa, imóvel, a chorar porque não consegui conter as lágrimas. Pediram-me para me levantar e estava muito atordoada. Devia ter ficado deitada. Agora compreendo a cara da outra senhora. Fui assinar qualquer coisa e saí com o meu marido para outra sala onde fiquei em repouco mais 30 minutos.

Nessa salinha, fiquei com o meu marido, a minha cunhada e uma amiga, que trabalham no hospital. Tive que estar deitada para o lado esquerdo, mas não me explicaram porquê. Aliás, só me recomendaram que estivesse em repouso absoluto nos próximos 3 dias e que não mantivesse relações sexuais na próxima semana. É assim que tenho estado desde ontem, deitada, só me viro para o lado esquerdo, dado que me picaram no lado direito. Segundo o que li, o mal estar é semelhante ao das dores menstruais, mas não é nada disso. O que sinto é como se me tivessem esfaqueado e tivessem rodado a faca lá dentro. Quando deixo a bexiga encher muito, dói mais. Hoje, já me sinto bastante melhor.

A minha barriguita

Então, qual é a diferença entre os dois procedimentos?

A amniocentese pode ser realizada a partir das 16 semanas e a BVC entre as 12 e as 15. A primeira retira líquido amniótico, a segunda retira material da placenta. Creio a que a BVC seja mais fácil de executar e de menor risco para o bebé. Só por estes motivos entendo que me tenham feito uma BVC, dado que já estou de 16 semanas. É o tipo de esclarecimentos que me deviam ter prestado.

Nota da autora:
Com este relato não pretendo alarmar ninguém. Sou, por natureza, uma pessoa com pouca tolerância à dor. É normal que me tenha doído mais do que à maioria das pessoas. É normal que tenha sido mais tramatizante para mim do que para a maioria das pessoas. Esta é apenas a minha experiência.

Também quero pedir desculpa se houver algum erro. Estou a escrever de lado, na cama, em grande esforço.

26.11.13

Ainda sobre o medo de engordar e as orcas

Toda a vida lutei contra o meu peso. Não que alguma vez me tivesse considerado gorda, mas muitas vezes tive excesso de peso. Sempre desejei ser mais magra e, sobretudo, desejei não ter problemas flutuação de peso. Quando me descontrolava um bocadinho, lá engordava uns quilitos.

Hoje em dia, o meu peso tem andado pelos 63kg, sendo que meço 1,70m. Lá está, não me considero gorda, mas adoraria ter 5 kg a menos. Por mim, estaria sempre com os meus 57kg.



Durante toda a minha vida adulta, dizia que quando engravidasse ia ficar como uma orca. Isto porque a minha compleição física não é pequena. Tenho rabo grande e mamocas generosas. Juntando a isto uma barriga grande e uns quilos extra de líquidos retidos fica tudo grande, certo? Logo, uma valente orca.


Esta é a primeira vez que estou grávida e luto com a orca que há dentro de mim todos os dias. Quando descobri que estava grávida, tinha perdido cerca de 2kg, pois passei aquele primeiro mês a dormir e a comer muito pouco. Os 60,9kg que pesava às 5 semanas ficaram como referência. Às 11 semanas tinha 64kg e o médico passou-se. Proibiu-me os hidratos de carbono e disse que tinha que fazer dieta, que uma mulher grávida e gorda é horrível. Bom, foi assustador! Às 13 semanas, já estava novamente com os MEUS 63kg. Amanhã é dia de consulta e dia de nova pesagem. Em 3 semanas fiz muitas asneiras, outras vezes portei-me bem. O meu estado altamente emocional não ajuda nada.

Numa gravidez é mandatório engordar. Quando mais não seja, fica-se com o peso do bebé, da placenta e líquido amniótico. Se há altura em que pode engordar, que seja na gravidez. Mas também acho que tem que haver regras, por todos os motivos. Não creio que seja bom para o bebé estar rodeado de gordura, ter uma mãe com as tensões altas, açucares altos, colesterol, etc. Para além disso, se a mamã pretende recuperar a sua forma após a gravidez, ajudará bastante se não tiver engordado muito.

Custa-me que me critiquem quando falo que grávidas gordas me incomodam. Por ser uma questão estética é menos válida e mais fútil do que outra qualquer? Não acho. Será que é um factor que as pessoas conseguem controlar? Provavelmente, não. Se eu falasse de uma mãe fumadora, provavelmente teria uma série de apoiantes. Como falo de maus comportamentos alimentares, já acham mal. Pois, para mim é igualmente grave.

O mais provavel é que eu fique mesmo uma orca. Tenho 5 meses de gravidez pela frente. Mesmo que cumpra toda a dieta escrupulosamente, pela falta de actividade física, e por todos os outros motivos, vou engordar muito. Vou estar muito feliz por engordar por um motivo tão lindo. Se me vou sentir linda? Muito provavelmente, vou sentir-me muito mais linda com a minha filha nos braços e mais magrita.

Lamento se a minha opinião choca as pessoas, mas é a minha opinião.

Meeeedo de engordar!!

Eu até nem me importo de ficar uma orca gorda como a Carolina Dieckmann, desde que depois fique como ela. Esta menina é o meu exemplo a seguir. Espero ter a determinação dela...





25.11.13

Ai, as minhas costas!

Recém chegada às 16 semanas, não me aguento das costas. Como é possível?

A barriga mal se nota, pouca gente sabe que esou grávida, ainda faltam meses e meses até ao parto, e já não me aguento em pé mais do que uma hora. É muito, muito estranho...

Tenho tido noites terríveis. Gosto de dormir de barriga para baixo e já percebi à força que não posso fazê-lo. Viro-me imensas vezes durante a noite, dói-me aqui, dói-me ali. Acordo cansada e com a sensação de que não descansei nada. Pelo contrário, é como se não tivesse descansado.

O médico proibiu-me a actividade física, não porque tivesse algum problema, mas porque ele acha que não vale a pena. No entanto, acho mesmo que preciso de alongar. As aulinhas de Pilates não me faziam nada mal. Já fazia antes e acho que vou retomar.

O que me assusta é que ainda nem a meio da gravidez cheguei e o desconforto já é enorme. Admito: sou um vidrinho. Para piorar as coisas, estou super emocional. Tudo me faz chorar, tudo me peturba e emociona.

É esperar que passe, não é? Entretanto, se souberem de alguma coisa que alivie a dor de costas, ajudem uma grávida desesperada.

21.11.13

15 semanas e tal

Pois é... com tanta coisa, nem me dei conta que não prestei a atenção devida às minhas lindas 15 semanas. Já não sei quantos dias levo a mais, mas em breve estarei nas 16. :)

Então, o que é que acontece durante esta semana? Parece que os bebés soluçam imenso, embora não saia nenhum som porque têm a traqueia cheia de água. É expectável que se tenha engordado entre 2 e 5 quilos. Estou toda contente porque, pelo menos até à semana passada, ainda mantinha o meu peso. Se calhar, já engordei nestes últimos dias. É bem provável. O bebé, por seu lado, só pesa à volta de 70 gramas. Agora as pernoquinhas já estão a ficar mais compridas do que os braços, as unhas estão todas formadas e todas as articulações funcionam. O sexo do bebé já é visível.

Só agora me lembrei de que não vos mostrei a ecografia da revelação do sexo. Já, já trato disso. :)



20.11.13

Sou oficialmente uma Bimbalhona!

Finalmente, comprei uma Bimby.

Na cozinha, sou uma nulidade. Graças a isso, e a um marido também preguiçoso, passamos a vida a jantar no restaurante, na casa dos pais, a encomendar comida e a aquecer comidinha da mamã no microondas. No meio desta desorganização toda, sempre tentei fazer uma alimentação saudável. Tentava, mas nem sempre era possível, como é óbvio. Comidas rápidas dificilmente são sinónimo de comidas saudáveis.

Com a gravidez, fiquei cada vez mais consciente de que é importantíssimo fazer uma alimentação saudável. Preocupa-me que possa engordar muito, que tenha tensão alta, diabetes e essas coisas todas a que ficamos expostas quando estamos grávidas e com as defesas mais em baixo. Andava super dependente das sopas da minha mãe. Ela não vive na mesma cidade que eu. Via-me forçada a congelar a sopa em doses individuais e descongelar cada vez que comia sopas. É certo que podia fazê-la eu mesma, afinal é apenas uma sopa e não tem grande ciência, mas sou mesmo incapaz de sequer fazer uma sopa. Acho que é o tempero.

Ontem entregaram-me a Bimby. Hoje, já fiz uma sopa deliciosa de courgette e cebola, apenas um pouco de sal e azeite. Sem qualquer dificuldade, consegui fazer uma sopa light, saborosa e saudável.

O meu objectivo com a Bimby é poder fazer uma alimentação variada, de forma fácil e poder cozinhar para amigos e família (sem ter que encomendar comida). O meu maior receio é conseguir resistir às coisas fantásticas e fantasticamente calóricas que a Bimby faz num estalar de dedos. Vamos ver se é melhor a emenda do que o soneto.







A primeira sopinha :)

Os cremes e eu, eu e os cremes

Eu e os cremes não temos uma boa relação.

Como qualquer mulher, sou obcecada por cremes. Quando passo por eles no supermercado, na perfumaria ou na farmácia, eles chamam por mim, pedem-me que os leve para casa, gritam que me fazem muia falta, que me vão pôr linda. Tenho em casa uma parafernália deles, para tudo e mais alguma coisa. Durante uma semana, uso o creme religiosamente e depois vou perdendo o interesse. Ficam aqui por casa, moribundos, meio cheios. Quando me lembro, lá os vou aplicando até que têm idade de ir para o lixo. É sempre assim.

Desde que descobri que estou grávida, que toda a gente me fala da importância de aplicar regularmente um creme gordo na zona da barriga, rabo e pernas e peito. Durante duas semanas, (e ainda nem barriga tinha) fiz isso 2 vezes por dia, de manhã e à noite. Mas cedo me apercebi que aquilo não era para mim. Comecei com o tradicional creme gordo. Não gosto da textura, do cheiro (ficava mesmo enjoadita), sujava-me a roupa toda por mais que espalhasse e detestava a sensação de ficar colada à roupa. Depois, por indicação médica, comecei a usar o Velastisa da Isdin. É muito suave, cheira bem, é absorvido rapidamente, pelo que não se cola à roupa. Ora, perante isto, eu poderia usar o belo do creme todos os dias... mas não! Agora que a barriga já se vislumbra, só aplico o creme só depois do banho, e quando me lembro. Ainda por cima, agora está frio. Custa-me tanto espalhar o creme quando eu estou quentinha e senti-lo tão gelado em mim.

Preciso de arranjar uma forma de incluir o hábito de aplicar o creme nas minhas rotinas. Não sei como vou fazer... Por outro lado, a médica disse-me que ter ou não ter estrias tem uma componente genética muito forte. Vou esperar que os genes me ajudem, já que eu não me consigo ajudar a mim própria.



17.11.13

Não gosto de estar grávida

Não gosto de estar grávida, mas quero muito ser mãe (só para que conste).

Ontem, fiz um desabafo no meu facebook (www.facebook.com/TestePositivo). Escrevi o seguinte:



"Hoje não me apetece estar grávida... Sou má por pensar assim?"

E coloquei esta imagem:





Isto gerou alguns comentários. A maior parte das meninas disse que era uma fase, que estes sentimentos são normais. Provavelmente, algumas delas já tinham passado por isso. Mas houve um comentário que me deixou bastante triste. Ora vejam:

"De certa forma sim, pensa quantas mulheres gostariam de estar e por algum motivo não conseguem engravidar, agradeça a Deus por essa vida que carrega em seu ventre sempre e tenha paciência tudo vai passa, pensa nessa alegria que vai ter logo,logo em seus braços, tudo vai valer a pena, cada desconforto que passou.....bju"



Gostava de esclarecer que toda a vida quis ser mãe, mas nunca tive grande vontade de engravidar. Sentir-me enjoada, doente, com dores de barriga, estar emocional, engordar, alargar, ficar cheia de borbulhas, estrias, ser cortada ou rasgada, levar pontos na zona mais sensível do corpo, entre outras coisas boas, não fazem parte da minha lista de desejos. Ser mãe, sim.



Não acho que uma mulher que carregue no seu ventre uma criança seja mais ou melhor mãe do que uma que crie uma criança. A capacidade de amar nada tem a ver com parir. Sobre esse assunto nem me vou alongar, dado que são inúmeros os exemplos de péssimas mães biológicas.

No meu caso, toda a vida disse que se pudesse ter um filho, de outra forma que não fosse através da gravidez, o faria. Claro que era meio a brincar, meio a sério. Tendo em conta que sou uma pessoa, graças a Deus, saudável, resolvemos ter um bebé pelos meios naturais. Sou muito maternal e não ser mãe não fazia parte dos meus planos. No entanto, sou muito prática e estava preparada para a eventualidade de não conseguir ter filhos biologicamente. Nunca estive preparada para não ser mãe. Tenho a certeza de que ira ser mãe de qualquer outra forma.



Sobre aquelas mulheres que não podem ter filhos, lamento mas não me sinto culpada por eu ter conseguido engravidar e elas não. Entendo a sua dor e desespero, se pudesse fazer alguma coisa para ajudar, fá-lo-ia. Como não posso fazer nada, só me resta lamentar a sua sorte e desejar que mude. Não é por haver mulheres que não podem ter filhos que me sinto mais abençoada. Nem se pode ter filhos por esse motivo. Se for por aí que as pessoas trazem crianças ao mundo, então algo vai muito mal.



Falando sobre mim e sobre a minha gravidez, que é por isso que criei este blogue, gostava de dizer que esperei até aos 35 anos para ser mãe. Até nisso fui muito abençoada. Andei sempre acompanhada por médicos, que me diziam que tudo estava bem. Engravidei muito rapidamente. Procurei ter uma vida boa para poder receber uma criança. Creio que eu e o meu marido temos os meios suficientes para proporcionar uma vida confortável ao nosso bebé e, mais importante do que isso, temos muito amor para lhe dar. Toda a família está muito envolvida e ansiosa pela chegada do primeiro neto. Esperei até aos 35 anos por ser uma pessoa responsável e por querer o melhor para a minha família.



Estou muito feliz e excitada por receber a nossa menina. Se a pudesse ter já hoje, linda e saudável, nos meus braços, não hesitava. Se gosto de estar grávida, apesar dos poucos sintomas que tenho? Não, não gosto. Se tudo vai valer a pena? Claro que sim.

14.11.13

É uma menina!!



O meu médico é um querido. Na última consulta, vendo a ansiedade do meu marido em querer saber o sexo do nosso bebé, disse que podíamos passar pelo consultório ontem para ver o sexo.

Então, às 14 semanas e meia, ficámos a saber que vamos ter uma menininha. E o mundo do meu marido desabou. Ficou em silêncio e pediu para ficar sozinho depois da consulta. Foi uma vida inteira a desejar ter um companheiro dos carros, motas, helicópteros e futebol. Ele sempre sentiu pena dos amigos que tinham meninas; como é que eles brincavam com elas? Depois, ia ficando cada vez mais assustado com os amigos que, um após outro, iam tendo rapazinhos. Começava a pensar que a probabilidade de termos um menino ia decrescendo. E eles brincavam com o pânico de ele ter uma menina... Que os filhos deles iam namorar com a nossa filha, etc., etc.

O mais temido aconteceu. O médico disse que quase de certeza absoluta que é uma menina. Eu estou muito feliz. Mas é uma felicidade incompleta porque não vejo o pai da minha menina feliz. Sei é que uma questão de tempo, que ele vai aceitar, que vai adorar ser pai de uma menina linda e que ela vai adorá-lo.

Perguntou-me, a medo, o que é que ia fazer com uma menina... Não sei, mas sei que vai ser a pessoa que mais vai amar no mundo.

8.11.13

Detesto queixar-me e não gosto muito de pessoas que estão sempre a queixar-se. Aliás, já desactivei o meu LIKE de páginas onde as pessoas estavam sempre a queixar-se. Ou eram elas ou eram os filhos, ou era a tosse, ou era a febre, mais uma queda, mais uma ida ao hospital. Não tenho muita paciência para isso. Já temos que lidar com os nossos problemas, e ainda temos que levar com as queixas dos outros?

Hoje sou eu que estou doente... E estou grávida. Pela primeira vez, consegui colocar-me no lugar de algumas pessoas. A minha preocupação não é apenas comigo, mas também com o bebé que tenho na barriga. Fico aterrorizada só de pensar que para me tratar posso fazer mal ao bebé. Sinto-me mal e acho que isso pode fazer mal ao bebé.

Infelizmente, tal como tanta gente, sinto necessidade de partilhar as minhas ansiedades e medos com o mundo, na esperança de conseguir encontrar conforto, alguém com o mesmo problema. Provavelmente, estou a aborrecer alguém que terá problemas mais graves do que os meus. Espero que não deixem de me ler. Amanhã será melhor. Espero.

6.11.13

Saúde 24

Hoje liguei para a Saúde 24.

Acordei de madrugada, dormi mal. Estava cheia de dores de garganta, toda entupida. Ontem, andei a chá de gengibre, mel e canela e tomei dois Ben-U-Ron. Bem sei que precisava era de um anti-inflamatório, mas devido à gravidez sei que não é possível.

Logo de manhã, liguei para a Saúde 24. Foram muito simpáticos e atenciosos. Mesmo sendo uma mera dor de garganta, fizeram imensas perguntas, ora relacionadas com a dor de garganta, ora com a gravidez. Senti-me bastante segura.

Prescreveram-me pastilhas para a garganta da marca Duk, de 2 em 2 horas, até 3 dias no máximo, soro fisiológico ou água do mar para adultos para o nariz, e continuar com o Ben-U-Ron de 8 em 8 horas, até 5 dias no máximo. Para além disto, muitos líquidos mornos e prestar muita atenção à febre e a eventuais pontos brancos na garganta.

Esta linha é fantástica e espero que nunca acabe. Evitaram-me uma ida ao hospital (possivelmente, vinha de lá pior e ia atrasar os serviços a quem precisaria mesmo de estar lá) e assim posso ficar descansadinha em casa a recuperar.

5.11.13

Desejo secreto

Um desejo muito secreto. Fazer uma capa de revista grávida e no interior uma reportagem completa sobre mim. Estas estão tão giras. Acho que todas nós merecemos um momento destes, numa fase em que nos sentimos tão frágeis...




















 

4.11.13

A minha barriga não é pública

Sou uma pessoa muito reservada desde sempre. Sou filha única e não estou habituada a partilhar a minha intimidade com qualquer pessoa. A minha intimidade é um bem tão precioso que acho mesmo violento que alguém tente entrar nela sem ser convidado.

Esta minha reserva faz com que seja assim com os outros, também. Isto confunde-se com uma distância que quase imponho às pessoas, mas a verdade é que estou a respeitar o seu espaço. Na casa de alguém, sou incapaz de abrir armários ou gavetas e não vou ao frigorífico. Não faço perguntas íntimas e, sobretudo, não toco em ninguém.

Entendo que me achem estranha, mas é assim que eu sou. Não tenho nenhum trauma infantil (pelo menos que eu conheça), simplesmente gosto muito da minha privacidade e preservo a minha intimidade e o meu espaço.

Agora que estou grávida, sinto isto a dobrar. Estou grávida de pouco mais de 13 semanas, a minha barriguita nota-se pouquinho. Mas quem sabe que estou grávida, percebe que há ali qualquer coisa. E toca a mexer na minha barriga. Não há nada que me irrite mais. Não falo do meu marido, claro. Esse agradeço que toque, claro. :)

A minha barriga é minha, não é pública, não é dos meus amigos, da minha família e, sobretudo, não é de estranhos. Não sou insensível ao ponto de achar que as pessoas estão a invadir o meu espaço pessoal conscientemente. Sei que o fazem com muito carinho e simpatia, e que estão felizes por ver o bebé a crescer dentro de mim. O pior é que ainda não tenho consciência de que tenho um bebé na barriga. Não o sinto. Só sei que está lá porque mo disseram as ecografias e as análises. De repente, vêm pessoas tocar-me? Porquê? Ninguém foi tocar nos tin-tins do meu marido e dar-lhe os parabéns.

Não sei como vou conseguir lidar com esta questão nos 6 meses que me restam. Estou com a paciência nas lonas e só espero manter sempre a calma quando me tocarem. Para já, tento encontrar algum humor nisto tudo e verifico que não sou a única a pensar assim. :)


















30.10.13

12 semanas + 4 dias

Hoje fui fazer a ecografia do final 1º trimestre. Estava muito ansiosa porque esta ecografia é muito importante e já pode detectar algumas malformações.

Correu tudo muito bem, graças a Deus. Sinceramente, até fiquei um pouco desiludida com a qualidade de imagem da ecografia. A imagem não é muito diferente da das 11 semanas, continua a ter pouca definição, mas é o possível por agora. Também vi o bebé em 3D, em tempo real. Foi possível confirmar a presença dos ossinhos do nariz, os bracinhos, mãozinhas, pernocas e pés. Perguntei pelos fémures, mas ainda não se vêem com clareza. Porém, era visível a translucência da nuca. So far, so good. Está tudo bem com o nosso bebé.

Depois, estivemos a conversar sobre vários assuntos. Foi muito interessante.

O sexo da criança - Durante a ecografia, eu ia perguntando sobre as perninhas, o tamanho, etc. O meu marido, muito sério, pergunta sobre o sexo. Nesta fase, o pénis e o clítoris têm o mesmo tamanho, logo é impercepível. Quando viu o ar de desiludido do meu marido, o médico prontificou-se a receber-me de hoje a 2 semanas só para vermos o sexo. Iupi!!

Rastreio bioquímico - O rastreio bioquímico não é assim tão importante como dizem. Aparentemente, o nome é mais pomposo do que a sua eficácia. A ecografia que fiz hoje é mais poderosa do que o rastreio bioquímico. O ecógrafo é muito potente e mais exacto. Há muitos falsos positivos com o rastreio. Amanhã, de qualquer forma, vou fazer a minha recolha de sangue no hospital.

Amniocentese - Fiquei com uma dúvida enorme dentro de mim. O médico diz que, aparentemente, está tudo bem com o meu bebé. Nada indica que possa haver malformações e /ou problemas crossomáticos, mas também não há 100% de garantias. O facto de ter 35 anos, neste momento, pelo que já foi observado, não é um risco maior do que se tivesse 20 anos. No entanto, mesmo que haja 1% de possibilidades de o meu bebé ter problemas graves, essa possibilidade existe. E só é detectável pela amniocentese. Quando lhe ia perguntar o que ele faria no meu lugar, deixou bem claro que é uma decisão que só eu poderei tomar. Confesso que estou inclinada para fazer a amniocentese. Os riscos para o bebé são mais reduzidos, hoje em dia.

Peso - Engordei 2 kg desde o início da gravidez. E ouvi um sermão! 2 kg em 3 meses é muito? O mais engraçado foi ver o meu marido a apoiar o médico. Ele tem pânico que eu fique gorda (E eu também...). O médico disse que 9-10 kg até ao final da gravidez era o ideal, mais do que isso parecia mal. Resumindo, nada de hidratos de carbono. Tenho a impressão que vou emagrecer e passar muita fominha.

Exercício físico - Quebrei mais um mito. O meu marido, chocado por ter eu engordado tanto (!), disse ao médico que eu ainda não tinha regressado ao ginásio, em jeito de queixa. O médico quase que proibiu. Disse que se passar 9 meses sem exercício nada me acontecerá. Que, caso comece a sentir contracções ou perdas de sangue, podemos associar ao exercício. Só mais tarde recomendam caminhadas para acelerar o trabalho de parto. Se quiser controlar o peso, controlo a boca. Para já, deixo-me estar descansadinha no sofá. Convenhamos, é mesmo onde me apetece estar.

Este é o meu bebé. :)

29.10.13

O sexo da criança

Acho que toda a gente tem curiosidade em saber o sexo do seu bebé. Por mim, apesar da enorme curiosidade, menino ou menina é indiferente. Já para o meu marido, ter um macho é ponto de honra. Homens e a sua descendência...

Encontrei, por acaso, uma coisa muito engraçada - uma tabela que determina o sexo do bebé. Ora bem, segundo esta tabela, vou dar ao senhor meu marido o tão desejado varão. Veremos daqui a uns meses. :)

28.10.13

Lista de compras

Conhecem esta lista de coisas para o novo bebé? Acredito que esta lista seja para as várias fases da criança. Um bebé não precisará de tanto.

Conhecem alguma lista mais simples e mais realista? Vá lá, ajudem uma mamã inexperiente. :)

Mobília & Outros Objetos de Apoio

  • Cama/Berço
  • Colchão
  • Grade de segurança para a cama
  • Mesa-de-cabeceira
  • Cómoda
  • Mesa de apoio/secretária
  • Estante/prateleiras
  • Cadeira para o quarto
  • Muda fraldas
  • Banheira de bebé
  • Banco de apoio para o WC
  • Cadeira para as refeições
  • Cadeira/assento para o carro
  • Tapa sol (vidros do carro)
  • Carrinho de passeio
  • Espreguiçadeira
  • Parque
  • Andarilho
  • Intercomunicador (vídeo/áudio)
  • Luz de presença
  • Aquecedor para quarto/WC
  • Cesto para brinquedos
  • Cesto para roupa suja
  • Objetos decorativos

Têxteis

  • Almofada(s)
  • Edredão
  • Cobertor(es)
  • Manta(s)
  • Lençóis
  • Resguardo impermeável para o colchão
  • Toalhas de banho
  • Toalha de praia
  • Tapete para o quarto
  • Cortinas para o quarto
  • Iluminação para o quarto

Vestuário & Calçado

  • Roupa interior (camisolas, cuecas)
  • Meias/collants
  • Pijamas
  • T-shirts (manga curta/manga comprida)
  • Polos (manga curta/manga comprida)
  • Malhas (camisolas, casacos)
  • Fatos de treino
  • Calças
  • Calções
  • Saias
  • Vestidos
  • Casaco/kispo
  • Chapéu/boné
  • Gorro/cachecol/luvas
  • Botas
  • Sapatos
  • Sapatilhas
  • Sandálias
  • Pantufas/chinelos
  • Calções de banho/fato de banho
  • Robe
  • Roupão de banho

Produtos de Higiene, Alimentação & Bem-estar

  • Fraldas
  • Toalhitas
  • Pó de talco
  • Creme para assaduras
  • Pente/escova
  • Tesoura (para cortar unhas)
  • Escova de dentes
  • Pasta de dentes
  • Champô/amaciador
  • Gel de banho
  • Creme hidratante
  • Protetor solar
  • Chupeta
  • Biberões
  • Pratos, talheres e copos infantis
  • Babetes
  • Termómetro (de testa/ouvido)
  • Saco/mochila para fraldas
  • Marsúpio/sling
  • Adaptador para sanita/potinho
  • Tapete anti-deslizante para banheira
  • Cancela de segurança para portas/escadas
  • Protetores de canto/tomadas
  • Fechos de segurança (armários, gavetas, janelas…)

Brinquedos & Divertimento

  • Livros
  • CDs (música bebé/infantil)
  • DVDs infantis
  • Bonecas
  • Peluches
  • Carrinhos
  • Bolas
  • Legos
  • Triciclo/bicicleta
  • Jogos/puzzles

27.10.13

À espera… e de saltos! Na sic Mulher

Hoje estreia um programa que tem tudo a ver connosco - À espera… e de saltos! ou em inglês, Pregnant in heels.

Retrata a vida de Rosie Pope, uma autêntica Guru em matéria de maternidade e moda. Quer enquanto designer de moda, quer como expert em preparação de partos, Rosie traz consigo garantia de sucesso.

Em cada episódio podemos acompanhar a vida desta mulher, no seu dia a dia, com a sua equipa, tentando responder da forma mais eficaz a todas as solicitações. A high society de NY e os seus dilemas e exigências a propósito da maternidade prometem dar bastante que fazer a Rosie, que reparte a sua agenda entre tudo o que é necessário na preparação para o nascimento destes bebés e a suas lojas.

Não percam hoje às 00:43, na Sic Mulher.


pregnant_in_heels.jpg

24.10.13

12 semanas

Hoje o meu bebé faz 12 semanas. Yay!!!

Cada semana que passa, o meu bebé tem uma aparência mais humana. Tem o tamanho de um limão.

Os olhinhos, que antes ficavam na lateral da cabeça, já se aproximaram mais um do outro. As orelhinhas já estão quase na posição normal. O fígado já produz bílis e os rins segregam urina na bexiga. (Isto parece-me um pouco estranho... para onde vai o xixi?)

O bebé mexe-se, apesar de ainda não sentirmos nada. (Pude ver isso mesmo, na ecografia das 11 semanas. Ele mexia-se imenso e eu não sentia nada. Parecia que estava a ver um filme.) As células nervosas multiplicam-se rapidamente e as conexões neurológicas no cérebro começam a formar-se. Agora, o bebé também adquiriu mais reflexos nas mãos, pés e pálpebras.

23.10.13

Bolachinhas deliciosas

Acabei de descobrir estas bolachinhas fantásticas, da Diese.

Têm fonte de fibra, foram confeccionadas com açúcar amarelo e têm gengibre. O gengibre é particularmente eficaz no combate aos enjoos. É. por isso, ideal para os mini-lanches entre refeições tão importantes para as grávidas.

E, muito importante, são uma bolachinhas deliciosas! O gengibre dá-lhe um toque apimentado, que eu adoro.


22.10.13

Os cremes anti-estrias

Pouco depois de ter descoberto que estava grávida, comecei a hidratar bem a barriguita, mamocas e rabiosque. Na altura usava o creme Neutrogena do costume, mas depois passei a usar o Creme Gordo da Barral. O Creme Gordo foi-me recomendado por todas as mamãs.

Quando comecei a usar o Creme Gordo, detestei a sensação. É pastoso, de difícil absorção e detesto o cheiro. Sempre que o aplicava, ficava com a roupa toda suja porque, como não absorve logo, cola-se à roupa. Depois o cheiro é insuportável para mim. Não conseguia dormir com aquele cheiro colado a mim. Pode ser da gravidez, mas não estava a resultar da melhor forma.

Na última consulta com a minha médica, resolvi abordar este assunto. Há um aspecto muito importante, a minha médica está grávida. Percebeu logo a minha preocupação, mas estava com algum receio em dar-me outras marcas por causa dos preços. Disse que o aparecimento das estrias era genético, mas podia ser aliviado pela ingestão abundante de água. Os cremes, claro, têm o seu papel na hidratação da pele, mas por si só não fazem milagres.

As marcas que ela me recomendou foram: D'AVEIA e ISDIN.

Fui à Farmácia para poder cheirar os dois. Nesta fase, estou super sensível aos cheiros. O ISDIN é muito difícil de encontrar. Corri imensas farmácias até encontrar esta marca. Conseguiram arranjar-me amostras para podes testar e cheirar. Incomparavelmente, o ISDIN é melhor. Mais suave, mais cheiroso, mais absorvente.

Comprei o Velastisa Anti-estrias da ISDIN. Custou 33,99€.

21.10.13

O primeiro susto

Ontem, vivi um susto que não estava à espera.

Acordei bem tarde, por ser domingo. Por volta da 1 da tarde, tomei o pequeno-almoço, como sempre faço ao acordar - muesli com iogurte. Umas 3 horas mais tarde, saí para ir ao supermercado e lanchei fora de casa - um lanche misto e uma meia-de-leite de cevada. Estava bem, sentia-me alimentada. No shopping, estava com um bocado de calor, mas nada de especial.

Fui fazer umas compras ao supermercado. Enquanto estávamos na fila, fui colocando as compras no tapete. A única coisa pesada que levantei foi um pacote com 6 garrafas de água de 1,5 litros, ou seja, 9 litros. Não é nada que não fizesse antes. Quando me baixei para buscar mais compras, senti uma tontura enorme, logo seguida de outra. Fique muito, muito aflita, porque as únicas vezes que senti isso, desmaiei efectivamente. Saí, sentei-me no exterior, acalmei-me um pouco e fui logo para casa, descansar.

Não sei qual o motivo das tonturas, mas aprendi algumas lições:

- Estava a sentir-me super confiante com esta gravidez. Não tinha enjoos, sentia-me bem. Achava que já não me ia acontecer nada por estar tão perto das 12 semanas. Estava errada. É certo que não estamos doentes, mas não devemos sempre ser cautelosas;

- Nunca, mas nunca estar mais do que 2 horas sem comer. Andar com uns snacks ou fruta sempre connosco. Evitar os picos de açuçar no sangue.

- Nunca estar em ambientes muito quentes;

- Nunca carregar pesos;

- Também li que o útero começa a pressionar o sistema vascular e isso pode fazer com que a tensão desça, provocando tonturas ou desmaios. Claro que isso não podemos controlar.

Tenho um marido que acha que gravidez não é doença. Concordo. Mas também não é uma situação normal, logo há comportamentos que têm de ser alterados. Tenho um marido que acha que estou sempre a comer, ameaçando-me de que vou ficar gorda como uma orca. Tenho um marido que diz que tenho que fazer tudo o que fazia antes. As renas também engravidam e lá andam a correr e a saltar nos bosques. O que fazer perante isto? Da minha parte, apesar de algumas destas críticas serem jocosas, vou continuar a proteger-me e ao meu bebé e a fazer aquilo que é aconselhado pelos médicos. A sensação de que vamos perder os sentidos é horrível e não quer voltar a passar por isso.

Os chats

Quando descobri que estava grávida, resolvi procurar a minha nova tribo. Para mim era importante porque eu não percebo nada de gravidez, nunca acompanhei a gravidez de ninguém e tinha imensas dúvidas. Fui muito bem acolhida por todas as meninas que andavam por lá e percebi que havia 3 tipos de pessoas por lá:

- As mães
- As grávidas
- As tentantes (sim, aprendi uma palavra nova que define as meninas que tentam engravidar)

As mães falam mais entre si, dos seus bebés. Muitas já se conheceram no chat durante a gravidez, conhecem os nomes dos bebés.

As grávidas bombardeiam as mães com perguntas sobre o parto (eu incluo-me aqui), se foi difícil, se doeu, quantos pontos levou, se o pós-parto dói, se dói a fazer xixi, se dói a fazer cocó. Enfim, tudo aquilo que elas já não valorizam porque já têm um bebé nos braços. Entre si, falam de nomes de bebé, de medicação, de sintomas.

As tentantes são as mais ansiosas. Qual mães, grávidas, qual quê?! Já vi tentantes mais relaxadas, mas de uma maneira geral vivem num estado de ansiedade que eu nunca experimentei. É angustiante vê-las perguntarem, quase em desespero, se estarão grávidas porque acordaraam enjoadas, porque lhes dói a barriga, porque lhes dói as mamas, porque estão com calor, porque estão com frio. Medem temperaturas, fazem testes de ovulação 3 vezes por dia, todos os dias, testes de gravidez, pesquisam testes caseiros na internet e, em desespero, pedem validação do que sentem nos chats a pessoas que não percebem nada do assunto. Só lhes posso dar um conselho: aguardar, fazer um teste e procurar um médico. Foi assim que eu fiz e não me dei mal. Não consigo sequer imaginar a angústia em que vivem. Deve ser dolorosíssimo querer amar um filho e não poder.

Por outro lado, achei engraçado os nomes que dão ao período menstrual, como se tivessem medo das palavras. Pode ser red, na versão portuguesa, ou monstra, na versão brasileira. Pensei que tabus deste género já não existissem. Estava errada.

Eu frequento muito um chat em particular. Aprendo muito, partilho muito, mas é muito importante que se filtre tudo. Ouvir determinadas experiências (que são muito válidas) pode ser traumatizante para quem as ouve. Cada caso é um caso e, nestas coisas, só confio em médicos. Gosto de recolher todo o tipo de informação, mas depois é preciso ter a inteligência de relativizar.

19.10.13

11 semanas + 1 dia

Ontem foi dia de ir à consulta. Estava muito ansiosa. No último mês não soube notícias do bebé e precisava de saber se estava tudo bem.

Assim que cheguei a enfermeira mediu-me as tensões. Depois, fiz xixi para um copinho e colocou lá dentro uma tira de papel que revelava uns valores quaisquer. Não percebi o que era, mas havia uma escala. Pelos vistos, também estava tudo bem aqui.

Depois fui ter com a médica. Fomos logo fazer a ecografia. Pediu-me para tirar a roupa e eu perguntei se não ia ser uma ecografia na barriga. Ela ficou na dúvida porque achava que ainda não se ia ver. Tentámos a ecografia pela barriguita. Eu achava que estava de 10 semanas e qualquer coisa, mas afinal já estava de 11 semanas e 1 dia. Acho o máximo esta precisão.

Ver o bebé foi uma coisa linda. Eu sou uma pessoa muito espontânea, mas gosto de esconder as minhas emoções, sobretudo quando estou muito feliz. Fiquei com os olhos cheios de água, mas não chorei. Olhei para o meu marido (que ainda é mais contido do que eu!) e lá estava ele de boca aberta a olhar para o ecrã, espantadíssimo. Ele não estava preparado para o que ia ver. Aliás, ele nem queria ir. Como ainda não tenho barriga, ele achava que o bebé não se ia ver, que ainda não era "nada". Chega lá e vê o bebé já todo formadinho. Foi mesmo emocionante.

Entretanto, vejo a imagem a mexer-se muito. Perguntei-lhe se era da imagem e a médica diz que era mesmo o bebé a mexer-se. Não imaginam o quanto ele se mexia. Parecia que estava a nadar de costas. Foi impressionante ver o que estava a passar na minha barriga naquele preciso momento e eu não estar a sentir nada.

Alívio #1 - O osso do nariz estava lá. O que significa isto? Às 11 semanas os ossos de nariz do bebé já estão visíveis. Isto é considerado um marcador que ajuda no cálculo do rastrio de risco do 1º trimestre. Quando estão visíveis, o risco de o bebé ter Síndroma de Down será mais reduzido. Isto porque o nariz dos bebés com Trissomia 21 é normalmente mais flácido e com pouco osso nasal formado, nas aparecendo na ecografia nesta fase. No entanto, também não é 100% certo. Isto apenas significa que os riscos são menores. De qualquer forma, é mais um passinho em frente.

As análises estavam todas óptimas. Engordei 1,200 kg, o que não é mau, mas é mais do que eu pretendia. Eu quero engordar o mínimo possível. Eu penso que engordei (apesar de ter perdido peso durante o primeiro mês, devido à falta de apetite) porque parei com o ginásio. Aliás, eu parei com qualquer actividade física porque só me apetecia dormir. Agora, vou voltar ao ginásio e penso que tudo irá ficar bem.

Daqui a 2 semanas, faço nova ecografia e rastreio bioquímico. Estou muito ansiosa.

Conheçam o meu nadador.



18.10.13

Consulta das 10 semanas

Hoje é dia de consulta das 10 semanas. Vou levar as últimas análises que fiz e penso que farei a primeira ecografia directamente na barriga.

Ando muito ansiosa. Apesar de ter corrido sempre tudo bem até agora, sinto-me muito angustiada por ainda não saber se está tudo bem com o meu bebé. A minha idade (35 anos) tem um peso enorme, conheço os riscos. Sei que nesta fase ainda não se vai detectar nada, mas é mais um pequeno passo.

Mais logo já sei mais coisinhas sobre o meu bebé. Fingers crossed!

15.10.13

Creme Gordo - AJUDA!!!

Comecei a usar o Creme Gordo clássico há uma ou duas semanas. Toda a gente me dizia para começar já a usar, mesmo não tendo barriga, e que este seria o melhor.

Agora, fiquei com uma preocupação enorme. Detesto a sensaçao deste creme na pele. É pastoso, de difícil absorção, cola-se na roupa e detesto o cheiro. O que me incomoda mesmo, mesmo é o cheiro. Só de pensar que preciso de aplicar aquilo todos os dias durante mais 7,5 meses só me apetece atirar-me ao chão. Depois, a roupa fica toda manchada e húmida. Quando aplico, sobretudo à noite, não consigo dormir toda pegajosa e com aquele cheiro.

Pedia a vossa ajuda para me sugerirem cremes, óleos ou loções (pessoalmente, adoro os óleos) sem cheiro, ou com cheiro mais agradável e que sejam muito eficazes no combate às estrias.


14.10.13

10 semanas

Este domingo o meu bebé fez 10 semanas. Deverá pesar cerca de 5g e medir entre 31 a 42mm, do tamanho de um morango.



Saímos também da fase mais crítica com relação às más formações congénitas (fingers crossed!), mais comuns durante o período embrionário do que no período fetal, que se inicia agora. Agora, os tecidos e órgãos do bebé crescem rapidamente e amadurecem.

A unhas começam a formar-se nos dedinhos, já não existe aquela membrana interdigital, e já há pelinho a crescer na pele.

O bebé já engole o fluido amniótico e já mexe. Os órgãos vitais (rins, intestinos, cérebro e fígado) já estão no seu lugar e começam a funcionar. Vão continuar a desenvolver-se duante toda a gravidez.

Os membros do bebé já se dobram. As mãos estão dobradas sobre os pulsos, junto ao coração. Os pézinhos já se poderão ver em frente ao corpo do bebé.

A coluna vertebral é claramente visível através da pele translúcida e os nervos começam a sair da coluna. A testa está enorme devido aos cérebro que se desenvolve. Está um cabeçudinho! :)