1.4.14

Visita ao CHTMAD | Hospital de Vila Real - Bloco de partos einternamento

Peço desculpa pelo atraso, mas o trabalho não me permitiu sentar-me e escrever sobre a visita. E, quando tive disponibilidade, não tive vontade. Ando super cansada, fruto das minhas 34 semanas.

Então, na passada quinta-feira, eu e o grupo de grávidas do meu Curso de Preparação para o Parto fomos visitar as instalações do Hospital de Vila Real.

Primeira paragem: Bloco de Partos

Fomos guiadas pela enfermeira-chefe do serviço. Aqui, encontramos uma área com várias salas, cada uma com a sua função. Logo na entrada, há uma secretária com um computador que ajuda a monitorizar as senhoras que estão à espera de bebé. Significa que não precisam de estar ao nosso lado para nos acompanharem devidamente. Depois, visitámos uma sala para onde vamos quando já estamos com contracções e aguardamos o parto. Há outras salas destas, que têm 2 camas, ou seja, duas senhoras podem estar aqui em simultâneo. Estava lá uma senhora monitorizada, deitada de lado, bastante calma e sorridente. Aqui, temos direito a ter um acompanhante, mas ele só tem acesso a uma cadeira. Pareceu-me uma situação bastante desconfortável para quem acompanha, caso o trabalho de parto se prolongue por várias horas. Informaram-nos que, se este trabalho de parto de desenrolar durante a noite e estiver demorado, aconselham o acompanhante a regressar de manhã, dado que nesta fase não se passa grande coisa. A mãe deve descansar e preparar-se para o parto. É aqui que se administra a epidural. Caso o parto se precipite e não haja tempo para levar a mãe para a sala de parto, propriamente dita, a cama facilmente se transforma numa cama obstétrica e o parto pode ser realizado ali mesmo.

Caso tudo corra dentro do previsto, quando for a hora do parto, somos levadas para outra sala, ali ao lado, onde é feito o parto. A cama é igual, mas sem a parte inferior. Tem uns suportes para as pernas e uns apoios para os braços, onde nos agarramos quando for para fazer força. O acompanhante pode estar presente, desde que não haja outra parturiente na sala (sim, há essa possibilidade!) e que não haja complicações. Falaram-nos dos "microlax" antes do parto e do que pode acontecer durante o parto. Sim, as senhoras podem fazer cocó, mas pareceu-me que o pessoal de enfermagem não está minimamente preocupado com isso. Ao lado, há uma zona para onde levam o bebé para ser limpo e vestido. Muitas vezes, é o pai ou acompanhante que veste o bebé, enquanto a mãe está a ser tratada.

Noutra sala, pudemos ver alguma incubadoras. Não são incubadoras para bebés com problemas. Eles só ficam aqui até a mãe poder receber o bebé. É mais quentinho. Aqui também colocam umas pulseirinhas nos pés, com alarme, para que os bebés não possam ser roubados.

Segunda paragem: Serviço de Internamento de Obstetrícia

No quarto andar está o serviço de obstetrícia para onde vamos após termos descansado do parto. Quem nos fez a visita guiada foi, nada mais nada menos, do que a minha cunhada. A tia da minha princesa é enfermeira neste serviço e explicou-nos tudo. Levou-nos a uma sala onde se dá banho aos bebés. O primeiro banho é dado pelo pessoal de enfermagem e é nesta altura que é administrada ao bebé a vacina da BCG. O segundo banho é dado pela enfermeira, com a ajuda da mãe, para que possa aprender como se faz. Depois, estamos por nossa conta. É dada uma outra vacina, já no quarto, mas não me lembro para quê. Fomos, também à sala de amamentação. Esta sala é muito bonita e serena e permite às mães estarem mais resguardadas durante a amamentação. Isto para o caso de partilharem o quarto com outra senhora ou se tiverem visitas no quarto. Ali, também há bombas de amamentação e todos os problemas são minimizados. Apesar de incentivarem à amamentação, todos os desejos das mães são respeitados. Quem não pretende amamentar, não o fará. Não visitámos nenhuma enfermaria, pois estavam todas ocupadas.


Em suma, o Bloco de Partos, apesar de mais amigável do que eu pensava, continuou a ser assustador para mim. As pessoas eram todas muito simpáticas, mas não consigo abstrair-me do que se passa por lá. O internamento é absolutamente normal, não assusta. Queria muito fazer esta visita para me descontrair mais um pouco, mas não consegui. O pânico mantém-se.

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