14.10.13

Exercícios de Kegel - o que são?

Enquanto pesquisava aplicações para o meu telefone relacionadas com a gravidez, deparei-me com uma aplicação sobre exercícios de Kegel. Por acaso, já tinha ouvido falar disto em duas alturas distintas. A primeira vez, foi quando uma pessoa de 60 e tal anos andava a fazer uma espécie de fisioterapia dos músculos pélvicos para combater aquelas perdas de urina chatas. Depois, ouvi falar disto quando a minha cunhada preparava a sua tese de mestrado em problemas de continência urinária em mulheres grávidas e puérperas.

Perante esta informação, comecei a praticar alguns exercícios. Era muito simples. Quando ia à casa de banho fazer um xixizinho (sempre que me lembrava, claro!), apertava, relaxava, apertava, relaxava. Ou seja, era como se fizesse o xixi por etapas. Pelos vistos, isto faz com que os músculos se reforcem. Nunca mais tinha lido mais nada sobre isto, a não ser agora, que estou grávida. Acho que faz todo o sentido recolher mais informação.

Que músculos são estes?

Estão localizados na região entre as pernas, a partir do osso púbico na frente até à base da espinha nas costas. Eles ajudam a sustentar a bexiga, o útero e o intestino, e a controlar os músculos que fecham o ânus, a vagina e a uretra. Quando estão fracos ou afetados de alguma forma (parto ou idade), podem causar incontinência urinária, redução no prazer sexual e prolapso ("queda" ou saída do lugar de algum órgão). Quem sofre da chamada incontinência de esforço pode deixar escapar um pouco de xixi ao tossir, rir ou fazer exercícios. Isto é ainda mais frequente em mães pela primeira vez - cerca de 25%. É assustador, não é?

Como podem ajudar os exercícios de Kegel?

Estes exercícios fortalecem os músculos do assoalho pélvico para que eles voltem a funcionar bem. Quanto mais trabalhados, mais fortes eles ficarão. Estes músculos dão melhor apoio ao peso extra da gravidez, ajudam no trabalho de parto e, ao aumentar a circulação, auxiliam na recuperação do períneo após o nascimento do bebé por parto normal. Quando feitos regularmente, esses exercícios ajudam a prevenir a manifestação da incontinência urinária e do prolapso.

Como sabemos quais são os músculos a exercitar?

Como já tinha dito acima, é como tentar impedir o xixi de sair, depois de já ter começado.
Pode parecer fácil, mas para funcionar, temos de fazer os exercícios sem:
• encolher a barriga
• apertar as pernas uma contra a outra
• enrijecer o rabiosque
• suster a respiração
Ou seja, somente os músculos do assoalho pélvico devem ser trabalhados.

Quando podemos fazer os exercícios?

Os músculos podem ser exercitados de pé, sentada ou deitada, mesmo quando estiver a fazer outras coisas, como a trabalhar. Faz-se da seguinte forma:
• Contrair os músculos do ânus e da vagina como se estivesse a reter o xixi;
• Contrair e relaxas os músculos três vezes;
• Mantê-los contraídos, mas continar a respirar;
• Relaxar.
• Ao voltar à posição normal, empurrar os músculos para fora. A seguir, contrair os músculos novamente.
• Repetir os exercícios várias vezes ao dia.

Agora é tentar fazer os exercícios de forma lenta e rápida:
• Exercícios pélvicos lentos: Vagarosamente, contrair e puxar para cima os músculos do assoalho pélvico o mais que conseguir. Mantê-los assim pelo maior tempo possível e depois relaxe aos poucos.
• Exercícios pélvicos rápidos: Contraia e relaxe os músculos imediatamente.
Repitir os exercícios cinco vezes ou até que esteja cansada. À medida que os músculos ficam mais fortes, a contração pode ser mantida por mais tempo e a quantidade de repetições pode ser maior. Após algumas semanas, já será possível notar a diferença, mas, para que os músculos tenham força total, terão que ser exercitados regularmente durante meses.

Qual a frequência dos exercícios?

Isso varia muito, dependendo de quão enfraquecidos eles estão, mas devíamos fazer 50 por dia e ir aumentando, ao longo de algumas semanas, até chegar aos 120 diários. Para ver como andam os músculos, é tentar interromper o fluxo do xixi no meio (mas nunca com a primeira urina do dia). Uma vez que seus músculos pélvicos se tiverem fortalecido, é importante manter os exercícios pelo menos por duas ou três vezes ao dia para sempre.

Aplicação para iPhone e iPad

A aplicação que eu descarreguei chama-se Kegel Trainer. O que esta aplicação faz é explicar o que são estes exercícios e depois guia-nos no exercício. A coisa engraçada nisto é que podemos marcar 2 alarmes por dia para nos lembrarmos de fazer os exercícios. Os exercícios são sempre diferentes, ora rápidos, ora mais lentos. A parte má é que a versão gratuita tem apenas 1 nível e 10 exercícios e só dá para 2 alarmes diários. Já terminei o primeiro nível e os alarmes continuam a tocar e posso fazer os exercícios todos. Recomendo.

13.10.13

Grávidas cheias de estilo. Ou não!

Gosto de me vestir bem. Gosto de estar arranjada. Gosto de coisas boas. Não me sinto nada culpada por ser assim. Gosto de estar atenta às tendências, adapto-as ao meu estilo e gosto pessoais e faço a minha própria moda.


Agora que engravidei, e apesar de ainda não ter uma barriga proeminente (dadas as minhas 9 semanas), não sinto vontade de usar os meus saltos altos, nem a roupa apertada e elegante. Neste dias, só uso calças de ganga, ténis, t-shirts. Ando cheia de sono, por isso fico sem vontade de me arranjar e maquilhar. Até a minha mãe já me mandou bocas.

Confesso, que agora já me tenho sentido melhor e já ando a tentar perceber como se deve vestir uma grávida. Desde que vi a Kim Kardashian a vestir-se pessimamente, de uma forma que a ridicularizou, fiquei a perceber que há um código a respeitar durante a gravidez. E tem de ser um código não de restrições, mas que ajude a grávida a ficar mais bonita e elegante.

Vou colocar aqui o que eu considero bons e maus exemplos.

Mau gosto:

Jessica Simpson seen backstage at ‘The Tonight Show with Jay Leno’ on March 12, 2012

Pregnant Adele shows off her baby bump while stepping out in London with her boyfriend Simon Konecki.



Bom gosto:

Baby bumpin’! Kristen Bell arrives at ‘The Lifeguard’ Premiere - 2013 Sundance Film Festival at Library Center Theater on January 19, 2013 in Park City, Utah

Shakira — with her growing baby bump — is spotted on January 14, 2013 in Barcelona

Reese Witherspoon shows off her baby bump at the ‘Mud’ premiere during the 65th Annual Cannes Film Festival in Cannes, France on May 26, 2012

Molly Sims show off her baby bump at the Rosie Pope Maternity Store Opening Event at Rosie Pope Maternity in Santa Monica, Calif. on March 29, 2012

A pregnant Alyson Hannigan arrives at Rosie Pope Maternity store opening event held in Santa Monica, Calif. on March 29, 2012

Anna Paquin, pregnant with twins, is seen arriving at London's Heathrow Airport.



11.10.13

A inundação de amor... ainda não chegou!

E, às 9 (quase 10) semanas de gravidez, eis que ainda não fui invadida por aquela sensação de amor inexplicável.

Sei que isto pode parecer horrível aos olhos de muitas mulheres, mas é a mais pura das verdades. Eu sempre me senti uma pessoa bastante maternal e protectora, mas apenas com a minha família, amigos e animais. Sou imensamente preocupada, atenta e solto as minhas garras de leoa para os proteger.

Conheço muitas mulheres que, assim que sabem que estão grávidas, começam logo a chamar de filho, dar nomes, fazer projectos... e eu não sinto nada disso. Neste momento, sinto imenso as transformações físicas que estão a ocorrer comigo, mas esse amor e ansiedade por conhecer a criança ainda não chegaram.

O que eu sinto desde o primeiro dia é uma necessidade enorme de me proteger para não fazer mal ao bebé (ou projecto de bebé). Tenho imenso cuidado com o que como e quando como. Procuro não fazer esforços abdominais ao espirrar ou tossir, sentar-me ou levantar-me, usar roupas apertadas. Não consigo não deixar de pensar nisso. Ainda nem voltei ao ginásio porque tenho medo que possa fazer mal ao bebé.

Porém, todas estas preocupações não me fazem propriamente sentir mãe de ninguém. Acho que protejo tanto esta criança que cresce dentro de mim, como protegeria qualquer outra criança ou ser humano que dependesse de mim desta forma. Não há nada de especial por ser meu. E acho que deveria sentir mais qualquer coisita, não?

Li um artigo que dizia que por algum motivo o período de gestação são os 9 meses. A mulher precisa, efectivamente, desse período de tempo para criar vínculos com o bebé. Há mesmo o perigo de, em casos de nascimento prematuro, esse vínculo ainda não estar estabelecido. Será que vai ser esse o meu caso? Tenho que aguardar os 9 meses?

Este é um dos meus maiores receios, não conseguir amar o meu bebé da forma que ele merece. Vejo todas as grávidas tão entusiasmadas, felizes, excitadas com a chegada de um novo membro, um bebé só delas, e eu só ainda consigo pensar no que vou engordar, estrias e partos dolorosos.

Se eu amo tanto os meus gatos, não serei eu capaz de amar o bebé que cresce todos os dias dentro de mim?

10.10.13

9 semanas

O meu bebé continua a crescer e cada vez mais parecido com um bebézinho e menos com um girino. Parece uma azeitona.

Penso que, nesta altura, todas as partes do corpo já estão formadas, apesar de irem sendo aperfeiçoadas ao longo do tempo que me espera.

O coraçãozinho já tem válvulas e os dentinhos já se começam a formar. A cauda já se foi embora. Os órgãos, musculos e nervos estão a crescer a grande velocidade. Os órgãos sexuais externos (caso seja um rapazinho) já lá estão, mas ainda terei que esperar mais umas semanas até os poder ver. Na verdade, não me prepcupa muito saber o sexo da criança. Os olhinhos já estão completamente formados mas só se vão abrir daqui a umas 27 semanas.

Os lóbulos das orelhas, a boca, o nariz (será que é grande como o do pai?), narinas já estão mais definidos. Os dados da fisionomia básica já estão lançados. Agora é esperar que ganhe peso.

5.10.13

Ontem contei a uma das minhas melhores amigas que estou grávida. Disse-me uma coisa que ainda não me saiu da cabeça: "Agora nunca mais vais estar sozinha." Isto é tão importante para mim, que tenho pânico de estar sozinha. Já não estou sozinha. Nunca mais estarei sozinha.



4.10.13

Sono, muito sono

Acho que desde a última vez que aqui vim passaram 2 semanas. Neste momento, aproximo-me das 11 semanas de gestação e o sono ainda não passou.

A minha vida resume-se a dormir, trabalhar e dormir. Como trabalho em casa, é-me muito fácil deixar-me adormecer ao computador. Claro que isso faz com que o meu dia de trabalho se prolongue. Não há vida social, não há espaço para telefonemas, nem disposição para conversas. Há tanta coisa a acontecer comigo neste momento e parece que não tenho reacção.

O que mais me surpreende é que só se costuma informar uma gravidez a partir do primeiro trimestre. A maioria das mulheres leva uma vida normal, insuspeita, trabalha e tem que suportar estes sintomas horríveis. Eu tenho imeeeeenso sono e dores de barriga o dia todo. Não tenho grandes enjoos (não tomei um único Nausefe até agora), passei a ter falta de apetite (como mesmo porque tenho de alimentar a criança) e as dores nas mamocas já não são tão fortes. Agora, como se disfarça o sono e o cansaço?

Espero que em breve isto mude e que possa apreciar a gravidez e regressar à vida normal.