5.7.15

O chão que ela pisa

Há umas duas semanas atrás, Sua Alteza Real Maria Victória resolveu derrubar o único vaso que há lá em casa, sentou-se e levou a terra à boca. Tudo isto em menos de 20 segundos. Esta semana, fomos passar uns dias a Vila do Conde porque o pai teve 3 dias de folga. Eu é que não tenho folgas e tive que trabalhar na mesma. Mais tudo o resto. Já tínhamos passeado com ela à beira-mar noutras ocasiões, mas nunca tinha havido a oportunidade de a levar ao areal. E aconteceu uma situação que nunca imaginei que acontecesse. Tirei-lhe as sandálias e verifiquei se a areia não estaria muito quente. Não estava, bem pelo contrário. Estava bem fresquinho. Assim que lhe ponho os pezinhos na areia, eles começam a afundar e ela fica muito aflita e desata a chorar. Mexi na areia, tentei brincar com ela e foi ainda pior. Voltei a pô-la no colo e fui até à zona de rebentação. Pensei que na areia molhada, mais compacta, a água a bater na areia as coisas fossem melhorar, mas não melhoraram. Presenteou-me com um novo som, "mimimi", e já deu para perceber que era um pedido de socorro. Peguei logo nela ao colo e fomos até uma esplanada de praia. Transformou-se de imediato. Correu as mesas todas, meteu-se com as pessoas e andava por ali de um lado para o outro. Assim que se aproximou do fim daquele soalho ou deck da esplanada e viu novamente areia, pediu-me colo e choramingou. Decididamente, era mesmo um problema com a areia. Quando fomos para casa e contei ao pai, começou logo com acusações de que era eu que já a estava a influenciar negativamente (não gosto muito de areia e, quando estou no litoral, prefiro sempre ficar na piscina do hotel) e ia pôr a menina cheia de medos, como eu, etc., etc. Ficou combinado que no dia seguinte iríamos todos. Acham que foi diferente? Claro que não. Nem com toalha na areia, nem com todos os brinquedos, nem com o pai... A minha princesa fica mesmo assustada com a areia, chora e só pede que a ajudem "mimimi mimimi". Por acaso, tivemos de vir embora ontem e não deu para experimentar outras abordagens, o que me deixa triste. Preocupa-me que não goste de areia, nem de estar perto do mar. Depois do episódio do vaso, sempre pensei que ela fosse tentar comer areia. Sempre imaginei que ela não quisesse sair da praia, que quisesse ir à água, todas essas coisas que habitualmente as crianças gostam. Ela adora água e adora tomar banho e chapinhar na água. Espero que da próxima vez ela consiga perceber que, apesar da imensidão daquele chão amarelo e movediço, a beira-mar é um dos melhores sítios onde ela pode estar.

28.6.15

Reciclagem de roupa

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Eis como um vestidinho de 6 meses se pode transformar numa túnica lindíssima para um bebé de 14 meses.

18.6.15

14 meses

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Já vem sendo hábito eu escrever sobre o meu tesouro a cada mês que passa. Este tesouro chegou há 14 meses e eu acho que nem tinha a noção do quão valioso é. O amor vai crescendo a cada dia que passa. Quando a Maria Victória nasceu eu mal a conhecia. Vê-la ali, materializada, era mesmo assustador. Sentia mais medo do que amor. Os dias e os meses foram passando, e o medo foi desaparecendo, permitindo-me amar este pequeno ser sem qualquer barreira. É que o amor que sinto por ela é incomensuravelmente maior do que quando nasceu. Agora, está uma senhorita, há muito mais para amar. Mas as saudades do bebé que ela foi mantêm-se sempre aqui. Não é muito difícil gostar da minha filhota. Tem um sorriso muito fácil e a gargalhada pronta. É uma delícia ver aqueles 8 dentinhos. Já põe a língua de fora, mas sem a intenção que lhe damos. Faz pequenos recadinhos, leva coisas ao lixo, dá isto ao pai, dá aquilo à mãe. Adora a Tonicha e o Joaquim, que lhe dão pouca atenção. Na casa dos avós, tem uma pombinha que a visita. Chama-lhe "pimpim" ou algo parecido. Não sei se terá a ver com o facto de eu ter chamado várias vezes às pombas os piu-pius. Este mês também esteve frente a frente com um burro. Deve ter ficado espantada com o tamanho daquele cão. Está perigosíssima! Abre os armários todos, gavetas, leva tudo à boca. Comer a comida dos gatos é mesmo a coisa mais inócua que lhe pode acontecer. Mais uma vez, escrevo isto enquanto dorme no meu colo. Este é o melhor momento do meu dia. Ela quer estar comigo e eu com ela. Quem me dera que ela se habitue ao colo e queira colo para sempre. Dou-lhe milhões de beijos e digo-lhe que a amo. Vezes sem conta. Já deve ter percebido que sou uma melga. Passa o dia a chamar pelo Papá, pronunciado na perfeição, mas o colinho é o da Mamã. Ela bem sabe que não precisa de chamar por mim. Eu estou sempre aqui.

16.6.15

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O pequeno-almoço de amanhã já está preparado.

Aveia

Iogurte 0% gorduras

Sementes de chia

Pêssego

De manhã, acrescento um pouco de canela e umas amêndoas e está feito.

15.6.15

Por fim, aconteceu...

E, esta noite, aconteceu o que temia há já algum tempo. A minha pequena princesa comeu comida de gato! Ela sempre teve grande fascínio pelos pratos dos gatos, que têm sempre biscoitos. A área onde a Tonicha e o Joaquim têm a comida e a água é na nossa cozinha, por isso a Mia sempre se habituou a ver aquilo ali e os gatos a comerem. Desde que começou a andar, já fui várias vezes apanhá-la a mexer nos biscoitos. Hoje, já não fui a tempo. Rapidamente, meteu um na boca. Graças a Deus, é uma menina que deita tudo fora assim que lhe pedimos. Assim foi. Era um biscoitinho verde. Desde pequenina que sabe fazer boas opções alimentares e escolheu os legumes. Receio que isto não fique por aqui. Também não deve vir mal nenhum ao mundo, até porque os meus bichanos só comem do melhor. :)

2.6.15

Dia da criança 2015

Hoje foi o dia da Criança. Fartei-me de receber lembretes. SMS com promoções de lojas, na televisão, nos telejornais, no facebook... É bom que nos lembremos que o dia da criança é todos os dias. Hoje não tem de ser especial. Todos os dias têm que ser especiais.



Não tenho muito o hábito de me deslumbrar com bens materiais para a minha filha. Gosto que ande arranjadinha, mas sobretudo que se sinta confortável. Agora é um bebé, mas quando for maior a gestão dos bens materiais e das roupas vai ter que ser muito bem gerida por mim. Não quero ter uma pequena diva. Não é porque lhe posso comprar coisas que ela pode ter tudo.



Para mim, a melhor coisa que uma criança pode ter é o tempo e a atenção dos pais. Tanto a página no facebook como este blogue andam um pouco abandonados porque tenho de fazer uma gestão muito inteligente do tempo. Em primeiro lugar, vem SEMPRE a Maria Victória. Depois, tenho o trabalho. Só depois venho eu e as restantes pessoas. Para já, vai ter de ser mesmo assim. A minha filha acabou de fazer um ano. Se não for ela a minha prioridade, por que motivo iria eu ter filhos? Ter um filho e um trabalho a tempo inteiro cheio de responsabilidades não é coisa fácil de administrar. Sinto-me sempre frustrada e triste por ter de ir trabalhar. Por outro lado, preciso de trabalhar também por causa dela. Tempo, sempre o tempo! Sempre a correr atrás do tempo!



Hoje de manhã tinha uma chamada de conferência marcada para as 9. Quando a minha filha acordou às 7, trouxe-a comigo para a cama. Acabámos por adormecer todos e só acordei às 11. Perdi a reunião, não ouvi o alerta do calendário, a chamada do Skype. Nada. Primeiro, entrei em pânico. Depois, deixei de me culpar e achei que foram horas muito bem passadas. Depois, trabalhei como uma louca o dia todo, até às 7:30 e fui a correr ter com a princesa e o pai ao parque. Habitualmente, não vamos muito cedo por causa do sol e do calor.



Ir ao parque é o ponto alto do dia da Maria Victória. Já teve preferência pelo baloiço, mas agora não sai é do escorrega. É uma excitação incrível. Adoro vê-la feliz e espero poder proporcionar-lhe momentos de felicidade, mais do que coisas caras.



Hoje foi assim. Brincadeira e muito, muito colo.



Mensagem da vovó:

Ao meu Amor pequenino, Maria Victória:
Hoje, dia da criança, e como estou longe de ti, não quero deixar passar o dia em claro, sem te dizer o quão importante és para mim. Tu és linda, meiga, amorosa e cada dia estou mais encantada contigo. Espero viver muitos anos para estar junto de ti e te ver crescer com muita saúde e amor. Vovó Lili.

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