9.10.17

Karate Kid

A minha menina anda no Karate há já quase 1 mês e tem sido delicioso.

Depois do péssimo serviço proporcionado pela Escola de Bailado de Vila Real (tanta doçura e graciosidade para nada!), ainda bem que há instituições que sabem o que fazem. Na Akademia de Katate de Vila Real encontramos o apoio que precisamos quando temos uma criança muito pequena a praticar uma actividade física. É uma diferença abismal!

Gosto de várias coisas na ADKVR, mas o mais importante é mesmo a Mestre. Para além de um currículo admirável, tem uma atenção e cuidado inexcedíveis com os pequeninos. A Maria Victória adora o Karate e adora a professora Ni. Depois, gosto bastante das instalações. Temos um parque de estacionamente subterrâneo (apesar de ser pago) com acesso directo à sala de Karate. Não apanhamso chuva, nem frio. Depois, há balneários e condições muitos boas, até porque o espaço é novo. No entanto, o que eu gostaria de destacar é mesmo o facto de haver uma televisão na sala de espera que nos permite acompanhar todo o treino. Para pais de crianças pequenas, que ainda se sentem inseguros, esta é a forma ideal para sabermos o que se vai passando sem interferir no decurso da aula.

No Ballet havia apenas 1 aula por semana. Se houvesse um imprevisto nesse dia e hora, lá se ia a aula à vida. Aqui, podemos ir todos os dias (segunda a quinta) e escolhemos 2 aulas. Ou seja, eu opto por ir logo na segunda-feira (até porque ela pede mesmo para ir!) e depois escolho um outro dia de acordo com o que nos dá mais jeito.

Primeiro mês de Karate fantástico! Criança feliz, mãe feliz!






20.9.17

A primeira semana de escola

Faz hoje uma semana que o Jardim de Infância começou e o saldo tem
sido francamente positivo. O único incidente foi mesmo na sexta-feira, ao terceiro dia. Logo quando acordou, a Maria Victória disse-me que não queria ir para a escola. Não valorizei e tratei das coisas como habitual. Assim que parei na escola, começou o drama. Fomos até à sala, onde já estavam todos os meninos, e ela gritava e chorava que não queria ficar ali. Não me largava do pescoço e já estava a ficar fisicamente difícil de a domar. Quando a pus no chão, fugiu para o exterior e caiu. Tive que pegar nela de novo e tentámos de tudo para a convencer a ficar. Deixá-la e virar costas estava fora de questão porque ela literalmente colada a mim, com a pernas e os braços à minha volta. Para evitar mais constrangimentos e atrasar a aula dos meninos, meti-a no carro e regressamos a casa. Ali percebeu que era bem melhor ter ficado na escola. Estive sempre a trabalhar e pouco tempo lhe pude dedicar. Ainda de manhã, uma vizinha foi a minha casa sugerir que a Maria Victória fosse com a sua filha no transporte escolar. Talvez ajudasse.
Depois do almoço, lá fomos nós para a rua aguardar a carrinha. Entrou com a M. e disse-me adeus. Eu estava muito ansiosa por saber o que lhe teria acontecido. Era a primeira vez que ia sozinha e era apenas o 3º dia. Cheguei à escola para a ir buscar e estava felicíssima. Tão feliz que quis regressar a casa na carrinha e não comigo.
Apesar da escola ser a uns 300 metros de casa, ela faz questão de ir na carrinha com os meninos que vêm de mais longe. Não há despedidas, é divertido, e vai toda feliz para a escola! Come melhor, dorme muito melhor (coitadinha, anda cansadita!), trata da sua higiene sozinha (com supervisão, mas sozinha) e anda muito bem-disposta.
A primeira semana tem sido óptima para o meu coração de mãe e para a minha filhota. Vamos esperar que se mantenha sempre assim.

14.9.17

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Minha filha, não sei se vais guardar na memória o teu primeiro dia no Jardim de Infância, mas cá estou eu para o registar.

Começou hoje um percurso importante. É na escola que fazemos os amigos para a vida, que vivemos grandes emoções e aprendemos a ser mulheres pensadoras, capazes e com valor.

Passei os últimos dias a falar-te de como a escolinha era fantástica. Queria que absorvesses o meu entusiasmo. Ontem à noite, eu estava muito ansiosa. Deixei tudo preparado, mas depois não consegui dormir nada de jeito. Passei a noite a acordar, com medo de chegares atrasada. Acordaste muito cedo porque aposto que sentiste a minha agitação, mas estavas muito bem-disposta. Avisaste-me que hoje não ias para a escola, só na próxima semana. E eu compreendo. Preferias ficar em casa comigo, como é hábito, a fazer tudo muito devagar, ao nosso ritmo. Mas fomos fazendo as coisas, foste ficando pronta para sair e com vontade de estar com os coleguinhas. Tirámos estas fotos no nosso jardim. Preparei a ardósia no dia anterior e as fotos lá saíram como possível. Estavas muito tão feliz!

Apesar da distância ser muito curta, fomos de carro para não chegarmos atrasadas. Fomos na galhofa, a cantar, como já é hábito. Era importante manter o entusiasmo.

Quando chegámos, coloquei-te a mochila nas costas para te tirar uma foto a entrar, mas mal sabia que a mochila ia ser o mote de um momento muito engraçado.

Assim que entraste, cumprimentaste umas meninas e começaste a andar de costas para elas, dizendo: "Meninas, olhem para a minha mochila! Venham ver!". Claro que elas não foram ver, também elas tinham as suas mochilas lindas, mas gostei de ver como estavas feliz com a tua.

Entrámos na sala e foste recebida com um abraço da educadora e da assistente. São tão meiguinhas e protectoras que fazem qualquer um sentir-se bem ali. Foste procurar brinquedos e encontraste um helicóptero. Foste mostrar a todos o helicóptero do papá. Eu saí rapidamente e disseste-me até já, a sorrir! Teve que ser assim para não tornar as coisas mais difíceis para ti.

Voltei para casa e só te fui buscar 2:30 depois. Estava em tensão, pois não sabia como te ia encontrar. E fiquei tão feliz e emocionado quando te encontrei sentada na tua almofada a tentar desembrulhar o chupa-chupa que te deram (espero que por ser o primeiro dia de aulas). Recebeste-me de braços abertos, muito feliz e bem-disposta. Disseram-me que nunca choraste, que nenhum menino chorou, que pediste para ir à casa de banho, comeste pouco do teu lanchinho e pouco tempo estiveste quieta. Era isto que eu esperava que acontecesse. Não te imagino muito tempo parada no mesmo sítio. Precisas de movimento, és curiosa...

Depois do almoço e da sesta em casa do Vovô e da Vovó, era hora de mais uma primeira vez. Uma aula de Karate, com a prima Ni. Foi absolutamente fantástico! Ali, sabem exactamente como receber crianças pequenas. Tal como combinado, fiquei a um cantinho, apenas a observar como percorrias aquele espaço enorme e confortável, como ignoravas as instruções da professora para explorar os materiais ou simplesmente para dar mais uma corrida. Mas também vi como a professora conseguiu que todos (novos e antigos) conseguissem executar na perfeição um exercício em que simulavam que eram os cachorrinhos da Patrulha Pata. Para já, estou de coração cheio porque conseguimos várias coisas com esta aula. Só me procuraste 2 vezes e afastaste-te logo. O teu interesse era mesmo a aula. Depois, conseguimos cansar-te um bocadinho. Na verdade, precisamos que canalizes a tua energia para outras coisas que não apenas redecorar a nossa casa e cansar todos à tua volta sem que tu fraquejes. E, por fim, espero que o Karate traga a disciplina que tanto precisas e que eu não consigo impor-te. Acho que ficas muito bem ali.

Hoje foi o primeiro dia do resto da tua vida. Sê feliz, meu Amor! Só sou feliz a ver-te feliz!

7.9.17

Quando os sonhos vão por água abaixo

Em Junho, levei a Maria Victória à sua primeira aula de ballet. Ela sempre gostou do universo das bailarinas e, assim que se proporcionou, marquei uma aula para ela experimentar. Foi até ao vestiário trocar de roupa e calçar umas sapatilhas de ballet e foi vendo as outras meninas a transformarem-se em pequenos cisnes cor-de-rosa. Foi com entusiasmo que acompanhou a professora até à sala. Logo em seguida, a professora vem cá fora e confessa-me que era muito bom sinal ela estar tão à vontade e que nem era muito comum. Pediu-me que fosse descansada, que ela ia ficar bem. Fui até ao café ao lado e, pouco tempo depois, pedem-me que regresse. A Maria Victória estava muito assustada, a chorar e a chamar por mim porque tinha ficado com medo da música. Levei-a embora e achámos qeu talvez fosse muito pequenina. Fiquei de trabalhar com ela esse medo, com a promessa de regressar em Setembro.
Ao longo destes meses, confirmei aquilo que eu já sabia: ela não tem medo da música. Passou as festas dos Santos Populares na rua, as festas de verão e nunca se deixou intimidar pela música ou pelo ruído. O que a assusta concretamente é o vazio de uma sala grande e o consequente eco que a música faz naquele espaço.
Hoje, voltámos à Escola de Bailado, tendo eu avisado por e-mail que iríamos experiementar uma aula novamente. Desta vez, já não passámos pelo vestiário. Tínhamos preparado uma roupinha para ela usar na aula, mas simplesmente mandaram-na entrar com a roupa que tinha no corpo: um vestido e umas sandálias. Não havia bailarinas, não havia ninguém a receber, não havia à-vontade. Ao aproximar-se da porta, a Maria Victória pediu que eu a acompanhasse. Disseram que não. Não podia passar além daquela porta, que ainda dava para uma ante-câmara e só deposi estava a porta da sala de ballet. Pois bem, a minha filha desunhou-se e chorou baba e ranho a pedir para eu ir com ela e nunca permitiram. Se bem me recordo, nessa porta dizia que era proibida a entrada de pessoas estranhas, com excepção de pais das crianças mais pequeninas. Viemos embora porque ela não conseguia entrar sozinha e não me deixaram entrar. Na rua, continuou o desespero. Queria voltar para dentro. Voltámos à escola e continuaram irredutíveis. Só nessa altura veio uma menina pô-la a desenhar nessa tal ante-câmara e começou a conversar com ela. Claro que aos 3 anos a minha filha não percebe porque é que a mãe não a pode acompanhar à porta. Viemos embora e hoje não foi um dia nada agradável.
Eu compreendo que haja regras e gosto muito que se cumpram para o bem de todos. No entanto, quando estamos a lidar com crianças tão pequenas, gostaria de ter visto alguma flexibilidade e tacto. Não houve nenhum! Não é assim que se acolhem novos alunos. Não são carneiros. Percebo que não queiram os pais lá dentro porque, tenho a certeza, todos gostariam de entrar e ver os seus pequeninos a dançar. E os avós também e era uma feira. Porém, apenas a minha filha estava aterrorizada com a possibilidade de entrar na sala e não vi grande esforço para reduzir isso.
Vamos dizer adeus ao ballet e ao sonho da Maria Victória dançar. E é apenas isso que me preocupa.
Na próxima semana, vai começar uma aula de Karate. A professora é prima da Maria Victória e creio que isso vai ajudar muito, porque mais facilmente se sentirá em casa. Mas, para já, sei que fazem as coisas de forma totalmente diferente. Os pais das crianças pequenas são convidados a entrar no espaço, tiram os sapatos e podem ficar sentados no chão a observar os filhos. Até ao dia em que já não estão lá a fazer nada. Só por aí, já me parece muito bem.
Só espero que o primeiro dia na escola não seja tão traumático...

11.8.17

O vestido de noiva da mãe

Quando era miúda sonhava casar-me com o vestido de noiva da minha mãe. Era lindo! Lembro-me de lhe pedir para o ver e de o querer vestir umas quantas vezes. Experimentei-o quando tinha uns 13 anos. Por volta dos 16-17, voltei a vesti-lo e logo percebi que não era para mim. Como temos uma constituição física diferente, o vestido dava-me pelos tornozelos e já apertava bastante.
A minha pequenina também já tem fascínio pela indumentária dos casamentos. Acho que está no imaginário de qualquer criança porque se assemelha em tudo aos contos de fadas. Para ela tudo o que é preto e branco é um casamento. Eu e o pai somos um casamento, mas se ela estiver com uma t-shirt branca e eu com uma preta também somos um casamento. Ela suspira quando vê as nossas fotos e diz que ela estava na minha barriga. É uma forma de se incluir nos momentos em que ainda não estava presente. Na verdade, até estava na minha barriga, tendo em conta que cada mulher já os seus óvulos desde que nasce. Bom, o facto é que ela falava imenso no meu vestido e eu já lhe tinha prometido que lho mostrava. Como ele ficou guardado na casa da minha mãe, agora que cá viemos passar uns dias foi a altura certa. Que animação! Não só quis vesti-lo como quis passear com ele pela casa. Já foi suficientemente pesado para mim, mas ela não quis saber. Lá andei eu a ajudá-la, qual madrinha de casamento, a desviar as coisas à sua passagem. Coitadinha, estava encantada como se fosse uma princesa. Ao contrário de mim, que não tenho qualquer registo a usar o vestido da minha mãe, resolvi assinalar o momento com umas fotos. Vai ser giro mostrar-lhe isto quando for mais velha.

8.8.17

As pranchas

Antes de engravidar eu frequentava regularmente o ginásio. Fazia musculação, cardio, spinning e aulas de ginástica localizada. Depois, o obstetra pediu-me para parar. Eu já tinha 35 anos e não queríamos arriscar. Podia não acontecer nada ou até podia acontecer. Na dúvida, parei e até agradeci. No primeiro trimestre, o meu pior sintoma foi mesmo o sono intenso. Por isso, ficar a descansar soube mesmo bem! 
Depois da Maria Victória chegar, fiz várias tentativas de regressar ao exercício. Até tinha a coisa facilitada porque tenho um ginásio em casa, mas a coisa não se deu como eu queria. Sempre tive problemas em descansar de noite porque a Maria Victória acordava 2 vezes por noite até há bem pouco tempo. Para além disso, tenho um trabalho a tempo inteiro desde que ela tinha 1 mês. Tudo vinha antes de mim! Primeiro, a criança, depois o trabalho, depois a gestão da casa e, por fim, eu! Depois, veio um problema de saúde, mais 7 kg em cima e uma apatia que me impedia de ter qualquer interesse em mim. Já havia pouco e entretanto desapareceu. 
Hoje, já gosto mais de mim, já perdi 6 kg e trabalho para perder os 3 ou 4 que me faltam. O problema é que o tempo continua a escassear. 
Não adianta eu querer definir objectivos inatingíveis. Sinceramente, eu até podia retirar algum tempo ao trabalho ou à criança para ir malhar. Não era mal nenhum! Acho que, se investirmos em nós, até estamos a investir em toda a família. Mas eu é que não quero, para já, tirar mais tempo à minha filha, nem tirar-me tempo com ela. E descobri a actividade ideal para alguém como eu.
Lembro-me daquilo que mais me custava fazer nas aulas do ginásio: as pranchas. É um exercício super completo e não requer quase nada. Só precisamos de chão, vontade de fazer pranchas e de alguns segundos. Acabaram-se as desculpas para fazer exercício!! 

Quais são, então, as vantagens de fazer pranchas:

1. Define o abdómen. 
Atenção barrigas flácidas!!! Fazer pranchas diariamente torna os músculos abdominais mais fortes, mas também os músculos que lhe estão associados dos lados, costas, nádegas, ombros e braços.


2. Melhora a postura
Acho que a pior sequela da minha gravidez e maternidade foi mesmo a minha postura curvada. E fui alimentando isso enquanto dava colo constantemente à minha filha. Ao fortalecermos os abdominais, também vamos melhorar a postura.

3. Melhora o equilíbrio
Abdominais fortalecidos também ajudam ao equilíbrio e estabilidade.

4. Aumenta o metabolismo
O segredo para aumentar o seu metabolismo é desenvolver os músculos que irão queimar calorias mesmo quando estamos em repouso.

5. Previne dores nas costas
Dores nas costas podem ser consequência de um abdómen fraco. Quando o seu abdómen ficar mais forte, as costas irão doer menos.

6. Coxas e nádegas perfeitas
Além dos braços ficarem fortalecidos e obter um abdômen perfeito, a prancha abdominal também fortalecerá a parte de trás das coxas e as nádegas.

7. Alivia o stress
Encontrei, então, umas 100 aplicações para telemóvel que ensinam e guiam como fazer pranchas. Estou a experimentar e estou a adorar. Começa-se com poucos segundos, mas custa. E todos os dias aumentamos mais um pouco. Ainda não acabei o primeiro desafio mas a verdade é que todos os dias aguento um pouco mais. A vantagem disto é que não precisamos de nos propor a fazer coisas completamente irrealistas. Assim, fazemos pouco a pouco, dia após dia.



É isto que as pranchas prometem. Convencidas?