28.12.19
Regresso a casa
Esterilização de gatas
O que é esterilização?
Esterilizar um animal significa impedir que ele se reproduza. A esterilização consiste em retirar cirurgicamente os ovários e o útero às fêmeas (nome técnico ovariohisterectomia) ou os testículos aos machos (nome técnico orquiectomia).
Porquê esterilizar?
Para além de ajudar a reduzir o numero de animais sem-abrigo (uma gata pode originar 20 000 gatinhos num espaço de 5 anos !!!) e de impedirmos indesejáveis comportamentos do cio (intensos miados, marcação urinária do território), a esterilização tem efeitos benéficos na saúde dos gatos:
– menos ferimentos derivados de lutas;
– menor risco de contrair doenças infecto-contagiosas (ex. FIV,FeLV);
– “fogem” menos (menor risco de serem atropelados ou de se perderem);
– diminui a probabilidade de desenvolver tumores mamários (principalmente se as fêmeas forem esterilizadas antes dos 6 meses de idade);
– previne em 100% o aparecimento de tumores do útero, dos ovários e infecções uterinas;
Com que idade devo esterilizar o meu gato?
No hospital recomendamos a esterilização aos 6 meses, quer para machos quer para fêmeas.
Em casos particulares pode-se realizar a esterilização mais cedo.
A minha gata deve ter uma ninhada antes de ser esterilizada?
Não. A ideia de ser benéfico para a saúde da gata ter pelo menos uma ninhada é um mito completamente errado.
A administração da pílula nas gatas é prejudicial?
Sim. A utilização da pílula acarreta vários efeitos
secundários graves e frequentes nas gatas. A
pílula nunca é uma opção escolhida neste hospital.
A esterilização altera o comportamento ou o desenvolvimento do meu gato?
Não. Os estudos recentes revelam que a esterilização não interfere com o crescimento normal dos gatos nem com o seu comportamento.
A cirurgia
A cirurgia quer do gato quer da gata é muito simples, com uma recuperação muito rápida. A cirurgia deve ser preferencialmente precedida de uma consulta, onde são explicados todos os procedimentos e onde é realizado um “check-up” pré-cirúrgico.
Que cuidados devo ter após a esterilização?
Na altura da alta, que será dada no próprio dia da cirurgia, ser-lhe-á explicado alguns cuidados muito simples que deve ter em casa, bem como a melhor alimentação para esta nova fase.
Se alimenta gatos na rua não se esqueça que a melhor forma de os ajudar é promover a esterilização
26.12.19
Mastectomia da Tonicha
É Natal
Ainda não sei se gosto ou não do Natal. É certo que, desde que a Maria Victória nasceu, tudo é mais mágico e especial. A morte do meu avô, o divórcio dos meus pais e o meu casamento, tudo no período de 4 anos, vieram alterar a ordem estabelecida. Nada mais foi como era. Então, há sempre um sentimento agridoce, muita saudade, sempre alguém a faltar na mesa, apesar de toda a fantasia que faço questão de criar para a minha filha. Acho que hoje em dia, fruto do marketing comercial, começa-se a preparar o Natal muito cedo. Este ano, fiz a árvore e as decorações ainda em Novembro. Ainda me lembro de fazer no dia 1 de Dezembro e o meu marido já me chateava a dizer que era cedo... Tive que ceder à pressão porque agora as lojas já estão decoradas logo depois do Halloween. Cometi um grande erro em relação aos presentes de Natal. Fomos colocando debaixo da árvore, mas a Maria Victória ia começando a ter expectativas diárias. Todos os dias ia ver se havia alguma coisa nova, e o Natal já não é Menino Jesus e Pai Natal, mas sim presentes. Apesar de ter pedido a todos contenção, ela teve imensos presentes e foi uma excitação a abri-los. Não posso impedir que os nossos amigos e familiares lhe dêem presentes, claro. É sinal que gostam dela e de nós, mas foi exagerado, mais uma vez. No próximo ano, os presentes vão ficar escondidos até ao dia 24 de Dezembro e vou fazer uma seleção. Roupa, calçado e acessórios podem ser abertos, mas só vai poder abrir alguns brinquedos e jogos. Os restantes vão sendo dados nas semanas seguintes como forma de recompensa por ser boa menina. De um dia para o outro, tem várias bonecas novas e jogos e nem sabe ao que dar atenção, não dando atenção a nada.
Para além da falta que várias pessoas me fazem, ainda tenho que lidar com este exagero de presentes que dá às nossas crianças a falsa sensação de que podem ter tudo. Isto não é Natal! Isto não pode ser o Natal! Recebi em minha casa 14 pessoas, foi uma ceia muito bonita e agradável e adorei partilhar a mesa com gente de quem eu gosto e que gosta de mim. Mesmo faltando gente, é esse Natal que quero recordar. Assim como a partilha de uma refeição maravilhosa no dia de Natal na casa dos nossos tios no Douro. É isto que me sabe bem... não são os presentes. Não sou hipócrita, gosto de receber presentes, gosto de saber que alguém pensou em mim. Não gosto do stress associado às compras dos presentes de Natal, da falta de tempo para isso, da falta de dinheiro e da obrigação em comprar. Isso não é Natal!
Amanhã entrego a minha gatinha aos cuidados dos profissionais do Hospital Veterinário para ser operada a um tumor mamário. Só consigo pensar nela, como vai estar assustada e como me faz falta... É clichê, não é? Mas o melhor que podemos desejar uns aos outros é mesmo saúde...
23.12.19
Ganhar uns trocos extra. Por que não?
22.12.19
De volta aos blogues
Ajudar sempre!
No final de setembro, estava eu a regressar de viagem do Algarve, recebo uma mensagem de uma amiga e colega de trabalho a pedir ajuda para rever um e-mail em espanhol. O e-mail era de uma amiga para um hospital espanhol e pediam informação sobre uma cirurgia a laser para tratar tumores cerebrais. O seu filho tinha sido diagnosticado com tumor no sistema nervoso central e era bastante severo. Havia também a possibilidade de um medicamento nos Estados Unidos, mas veio a informação que ainda não estava aprovado para humanos. Restava que algum hospital ou clínica o aceitassem para algum ensaio clínico. Tenho uma grande amiga que tem um laboratório no Instituto Einstein, em Nova Iorque, e pus a mãe do menino e a Renata em contacto. Logo a seguir, percebemos que ali não estava a resposta. A última esperança residia num tratamento na Alemanha. Precisávamos de traduzir os relatórios clínicos para Inglês com urgência. Tanto eu como a minha colega que me contactou com inicialmente somos tradutoras, mas aqueles textos eram quase ininteligíveis para pessoal não médico. Era impossível conseguirmos traduzir aquilo. Dado que conheço muitos médicos, pedi ajuda no Facebook para que alguém me ajudasse com a tradução. Responderam-me 2 pessoas. 2 pessoas, apenas. Fiquei desiludida, mas tive a ajuda que precisávamos. A pessoa que me responde nos 10 minutos seguintes à minha publicação foi a Paula. A Paula foi minha colega no ciclo e acho que já não a vejo pessoalmente há mais de 20 anos. Éramos muito próximas naquela altura, mas fomos para escolas diferentes e o afastamento foi natural. O Facebook tornou-nos novamente amigas, mas com pouca interação. A ajuda da Paula foi preciosa. Ela própria teve dificuldade em traduzir algumas partes e pediu ajuda a um colega que trabalhava no IPO. A tradução foi feita, mas o menino já não foi para a Alemanha. No fim de Novembro, a céu ganhou mais uma estrela. Os pais, família e amigos perderam um ser especial que ainda estava no início da sua vida - tinha 13 anos. A nossa contribuição foi tão mínima, mas acho que ajudámos os pais a tentar tudo o que estava ao seu alcance. Disso não se podem lamentar. A Paulinha que eu conheci com 10 anos tornou-se numa médica fantástica. Daquelas que não deixam de ser médicas só porque não estão no gabinete. Daquelas que se preocupam em ajudar, seja lá de que forma for. Quando soube da partida do menino, quis deixar uma palavra de gratidão à Paula. E ela presenteia-me com uma história que eu não conhecia. Pelos vistos, no 5.º ano, num teste, eu disse-lhe como se escrevia T-shirt. Ela nunca esqueceu e achou que me devia uma. Que ajudaria sempre, mas que estava em dívida para comigo. 30 anos depois pagou a sua dívida. Uma dívida que eu nunca cobraria porque nem sabia que tinha sido tão importante para a Paula. A vida é cheia de surpresas. Eu não conheço os pais do menino, mas penso neles muitas vezes. Acredito que este Natal seja bem mais triste, acredito que a vida deles e dos irmãos mudou para sempre. Gosto de pensar no privilégio que temos por partilharmos a nossa vida com outras pessoas, em vez de nos focarmos em como é difícil viver sem elas. Cada dia é especial e todos os dias podemos fazer algo de especial por alguém. Nunca saberemos a importância que terá para essa pessoa.
(Ainda devo uma palavrinha de agradecimento à minha amiga Renata. Acho que não a quis incomodar na sua bolha de amor - tem 3 filhotes maravilhosos (uma delas bebé) e acho que não precisava de saber que o menino não tinha sobrevivido)
Tumor mamário da minha gatinha
Há dois dias, descobri um quisto enorme na barriga da minha gatinha. Parecia uma bola de golfe. Nem queria acreditar e não quis tocar mais. Como era possível não ter reparado antes? Esta gatinha segue-me para todo o lado, vem para o meu colo. De facto, ultimamente só lhe fazia festinhas na cabeça e por cima, já que estava quase sempre deitada sobre mim... Não consegui dormir bem, não consegui comer quase nada, fui várias vezes à casa de banho porque, quando fico muito ansiosa, o meu intestino fica logo afectado. Ontem, logo de manhã cedo, marquei consulta no hospital veterinário. O temporal que tinha que estar hoje! Rai’s parta a tempestade Elsa! Coloquei uma mantinha quentinha na transportadora e lá fomos nós. O prognóstico não é bom! É um tumor mamário e muito provavelmente maligno. Eu já sentia que não era bom. A cirurgia já está marcada para dia 26 de Dezembro. Preveem-se 2 dias de internamento e só quero que passe depressa. A minha bichinha, tal como o seu irmão, têm quase 10 anos. A idade já se torna num problema. Não era suposto uma gatinha esterilizado ter este tipo de problemas porque nunca tomou a pílula. Mas foi esterilizada aos 8 anos e já foi um pouco tarde. Não lhe queria causar sofrimento com as cirurgias e olha... esse adiamento talvez lhe tenha causado este problema. Antes da cirurgia, vão fazer vários exames. Vão ver se os rins funcionam bem e se aguentam a cirurgia, os exames de sangue normais e também um exame aos pulmões para ver se o cancro não está metastizado. Se já estiver, provavelmente não operam. A operar, vão tirar todo o tecido do lado da maminha afectada. Caso haja do outro lado, só cerca de dois meses depois é que podem operar. É muito tecido cortado para se poder fazer tudo de uma só vez. A gatinha está normal, não me parece ter dores, só acho que se refugia mais para estar sozinha. No entanto, continua a querer o meu colo, gosta de andar sempre atrás de mim, gosta de ir até ao nosso jardim comer um pouquinho de erva. Não quero perder esta menina, faz-me tanta falta. Também não quero que sofra nada, não a quero assustada. Só quero que isto passe rápido e que ela possa descansar sossegada no meu colo, livre da doença.
18.12.19
Festa de Natal da Escola 2019
14.12.19
Pitos de Santa Luzia
Ipsis verbis
13.12.19
Amigas de 5 anos
12.12.19
Guarda-chuvas
11.12.19
Verniz gel - dilemas de uma Mulher
Duas?
10.12.19
Quem lê blogs?
27.10.19
Pausa na doença
A meio da tarde, regressam a casa e a minha filhinha vinha com 40° de febre. Mediquei-a de imediato, ficou sossegadinha a ver televisão e a febre foi cedendo. Agora dorme e a febre já está nos 37°. Durante aquelas horas não pude estar doente. O foco foi direcionado totalmente para ela. Na verdade, nem me lembrei que estava doente, tal era a preocupação com ela. Eu, que detesto tomar medicação, reforcei-a depois de jantar para poder estar em forma para cuidar da minha filhos. As mães não podem ficar doentes. Simplesmente, não podem.
Vou esperar que a noite seja boazinha para nós as duas e que nos permita descansar um pouco.
13.9.19
Os pais e a escola
Ao longo desta semana, vimos muitas fotos do primeiro dia de escola de muitas crianças. Até aí tudo bem. Também já o fiz. Duas vezes. E suspeito que na próxima segunda-feira também o irei fazer. A maior parte de nós fica incrédula ao ver os seus bebés a ir para a escola. Não conseguimos explicar como o tempo passou tão depressa. E depois fotografamos tudo na tentativa de compreender o fenómeno.
Depois, ponho-me a pensar quando eu própria fui para a escola. Na escola primária, confesso que não me lembro porque praticamente nasci lá. Acompanhava a minha mãe, que era professora, e comecei mesmo o 1.º ano com 5 anos, por isso não me lembro desse primeiro dia porque foi mais um igual aos outros. No entanto, não consigo esquecer o 1.º dia no ciclo preparatório. O meu pai deixou-me à porta e só me consigo lembrar da multidão de crianças que já lá estava. Não conhecia praticamente ninguém e lá fui eu, sozinha, à procura da minha sala. Ninguém me acompanhou, ninguém me tirou uma foto e, se alguém ficou angustiado com a minha ida para o ciclo, não o manifestou.
Os tempos estão mesmo diferentes. Não sei se estão melhores ou piores, mas sei que agora sofremos muito com estas separações, manifestamos muito essa ansiedade e acho que os miúdos topam isso. Certamente vão associar essa ansiedade a uma coisa má.
Hoje, a minha filha perguntou-me se eu achava que ela estava ansiosa pelo regresso à escola. Não percebi a pergunta e devolvi-lha. Não me soube responder. De certeza que ouviu qualquer coisa neste sentido na televisão e ficou a pensar nisto. Não, não estou nada ansiosa pelo regresso às aulas. Aliás, estou ansiosa, sim, porque 3 meses sem aulas foi de enlouquecer. Isto de não haver horários ou rotinas é muito bom de vez em quando, depois já satura. Como manter uma criança de 5 anos ocupada e entretida durante tanto tempo? É que eu trabalho em casa, há coisas para fazer. Chego ao fim do verão estafada! Vem lá daí, escola, que eu estou a precisar de ti.
Foto: Pinterest
9.9.19
6 anos de blog
6 anos passaram desde que fiz o meu teste de gravidez positivo.
Nesse mesmo dia, comecei um blogue porque precisava tanto de escrever sobre o que sentia. Apesar de ser uma gravidez planeada e desejada, foi assustador. Como compreender isto?
Descrevi neste blogue cada dúvida, cada medo, cada etapa desta viagem. Hoje não tenho assim tanto para dizer, mas acho que é uma leitura interessante para mães de primeira viagem. E uma memória muito linda para a minha amada filha.
20.8.19
Não
As pessoas não gostam que lhes digamos que não. Sobretudo se passámos muito tempo a dizer-lhes que sim.
Ela eclipsou-se da sua vida porque não lhe deu umas calças. Sim, tinha-lhe prometido umas calças e depois não lhas pôde dar. Pecado capital. Não a perdoou e nunca mais lhe falou. Durante tanto tempo deu-lhe tanto, tantas coisas, atenção, amizade e tempo e quando lhe negou a merda de umas calças ficou tão ofendida...Também recebeu, é certo, mas nunca na mesma proporção. Nem ela estava a medir o que dava e o que recebia e só se apercebeu da desproporção quando um dia, finalmente, disse que não. Sentiu-lhe a falta (ainda a sente) porque gostava dela. Todos aqueles sins não serviram de nada, mas bastou um não para a conhecer a sério.
E enquanto aprendeu a dizer não, aprendeu mais um pouco sobre si também. Aprendeu que as pessoas não gostam de nós como somos. As pessoas gostam de nós como elas querem que sejamos. Resumindo: nunca gostaram.
17.8.19
Uma mãe
Ela apressa-se a acabar de passar as camisas dele. Ainda tem a sopa para fazer e o jantar para preparar. Está cansada porque de noite o miúdo não dormiu com a febre e as dores de uma otite. De manhã, lá foi trabalhar como de costume e deixou-o aos cuidados da avó. Queria deitar-se 5 minutos, mas não pode mesmo perder tempo. Quando ele chegar a casa, vai querer ter o jantar pronto, caso contrário vai enchê-la de preguiçosa. Chegou e já começou a reclamar do cheiro a comida em casa. O exaustor estava ligado, mas fica sempre algum cheiro. Apressou-se a pedir desculpa, mas nem assim ele ficou mais bem disposto. O miúdo lá continua a brincar sozinho, o pai só lhe deu um beijo e logo se foi refastelar no sofá. Enquanto ela põe a mesa e termina o jantar, ele vai ao Facebook ver as novidades. Like aqui, like ali, ela ouve o som e nada diz. Vão para a mesa, mas o miúdo não quer comer, talvez efeitos da otite. A culpa é da mãe, claro, que não o sabe educar e já fica irritado o jantar todo. Sai da mesa e vai de novo para o sofá. Mais uma vez, ela apressa-se a arrumar tudo para ainda dar banho ao miúdo e metê-lo na cama. Se ao menos tivesse ajuda... Ele, no sofá, ri-se de alguma publicação qualquer e continua a fazer likes. São 9 da noite e ela finalmente deita-se com miúdo. Está tão cansada... Quando ele adormece, vai para a sua cama e, para descomprimir, vai até às suas redes sociais. É lá que vê os likes dele nas fotos de miúdas que ela não conhece, os comentários bem-dispostos e os planos com os amigos para o fim-de-semana.
28.5.19
Pesadelo
Ontem apareceu-nos na cama por volta das 4:30 da manhã. Disse-me que tinha tido um pesadelo e não conseguia dormir. Levei-a para a cama dela e dormi lá com ela porque o meu marido acorda muito cedo e não iria dormir confortavelmente com ela lá.
De manhã, voltou a falar no pesadelo. Pedi-lhe várias vezes que me contasse o que sonhou e recusou sempre. Expliquei que era apenas um sonho, mas ela disse que eu não iria querer saber. Até fiquei com receio... Quando veio almoçar, disse que não tinha parado de pensar no pesadelo e voltou a esquivar-se. Só quando saiu da escola à tarde, e com mais tempo, lá me contou o que tinha sonhado.
A nossa gatinha, a Tonicha, tinha comido a cauda da Barbie Sereia e tinha morrido. E o nosso gatinho, o Joaquim, viu a sua companheira morrer.
A miúda andou aflita o dia todo, não me queria contar para me poupar o sofrimento e não queria dormir para que o pesadelo não a visitasse de novo. Tentei que não ficasse muito angustiada e já dorme, mas eu também fico assim perturbada com os sonhos/pesadelos. Às vezes são tão vívidos que parece que ficam gravados na memória, como se de uma verdadeira experiência se tratasse.
Espero que hoje durma melhor e que sonhe com unicórnios a brincar num prado verdejante.
27.5.19
Favoritos | Champô seco
24.5.19
The act
Aqui conta-se a história de uma mãe que dizia que a sua filha tinha leucemia, asma, distrofia muscular, idade mental de 7 anos, forçava-a a usar um tubo de alimentação e a mover-se em cadeira de rodas, entre outras coisas... era tudo mentira. Um caso clássico de síndrome de Munchausen que teve como desfecho o assassinato da mãe pela filha e pelo namorado desta (que conheceu online).
Não pensem que estou a contar-vos o final. A história é bastante conhecida e o crime aconteceu há apenas 4 anos, no entanto, ver a representação do que provavelmente se passou (apesar de também ser um pouco ficcionado) é estranho. Daí eu dizer que era sinistra a hora de ver a série. Queria ver, mas ver deixava-me mal disposta. Como é que uma mãe que gosta da sua filha lhe pode infligir tanto sofrimento desnecessário?
É uma série de apenas 8 episódios e com uma interpretação absolutamente espectacular da Patricia Arquette e da Joey King. Transformação física impressionante e representação notável. Também gostei de matar saudades da Chloé Sévigny. Não deixem de ver!
Há também o documentário da HBO, Mommy Dead and Dearest, que vale a pena ver também.
21.5.19
O primeiro antibiótico
Enquanto aguardávamos pela pediatra, com dores e febre, mas sempre bem-disposta. |
15.5.19
O teu filho porta-se pior contigo?
3.5.19
Ipsis verbis
30.4.19
Lutamos juntos pela Carlota
24.4.19
As mães (e os pais) mentem
Ainda eu estava grávida da Maria Victória e já um grande amigo do outro lado do Atlântico, pai de uma menina de 2 anos, me avisava: "Você ainda não sabe, mas as outras mães vão-te mentir." E eu, ingénua, perguntava: "Mentir? Porquê? Sobre o quê?" "Sobre tudo e para se sentirem melhor", dizia ele.
Rapidamente pude constatar que era mesmo assim. Os pais mentem e acreditam piamente nas suas próprias mentiras. Tanto, que essas mentiras até passam a ser verdades para eles.
Os pais adoram os seus filhos e projectam neles todos os seus desejos e até frustrações. Os filhos são as nossas versões melhoradas e têm que ser bons a tudo. São os mais pesados, os mais compridos, fazem mais cocó, bebem mais leite... no primeiro ano. Depois, são os primeiros a andar e a falar e a cantar e a eu sei lá mais o quê... Só que muitos não! E aí começam as frustrações dos pais. Os miúdos estão-se bem a marimbar para percentis e pódios. Os miúdos querem é aprender o mundo e ser felizes naquele momento. Já os pais querem ter material para gabar o seu rebento. E quando falta esse material, toca a mentir. Há aspectos que é difícil esconder, como o andar e o falar. O que eu noto é que as temáticas sensíveis são as fraldas, a alimentação e a chupeta ou o biberão.
Como blogger até não sou muito atacada, mas já dei por mim a pensar se devia falar disto ou daquilo porque depois sei que vai aparecer um chorrilho de mentiras e de situações completamente fora da realidade.
Fraldas. "O meu filho deixou a fralda de dia e de noite em dois dias. Tem 2 anos." Qualquer outra mãe que oiça isto vai achar que o seu filho tem algum problema porque ele tem 2 anos e não controla os esfíncteres. Aliás, já tem quase 3 e ainda usa fralda e começa a sentir-se pressionada porque o seu filho deve ser o único a usar fralda. E certamente fez alguma coisa errada, é uma má mãe. E começam também as pressões com a criança em casa e isso só vai atrasar o processo do desfralde. O que a primeira mãe se esqueceu de falar é dos constantes acidentes que acontecem, da frustração que o filho sente de cada vez que há um acidente. Usa fralda? Sim. Controla sempre tudo? Não. Cada criança tem o seu tempo. Nada de pressões, nada de antecipações, nada de comparações.
O meu conselho às mães é que relativizem tudo o que ouvem e que se foquem nos seus filhos. Temos quenos orientar por etapas que devem atingir, claro, mas com cautela e sem pressão. É muito triste ver a pressão a que muitas crianças e até bebés estão sujeitos hoje em dia.
Imagem: Pinterest
23.4.19
Colecistectomia - remoção da vesícula - Parte 2
Enterrei-me nos lencóis enquanto descia no elevador, a auxiliar foi sempre muito engraçada, tentando sossegar-me. No bloco cirúrgico, todos os que me receberam foram impecáveis. Percebendo a minha angústia, fizeram-me uma visita guiada pelo bloco enquanto me levavam para a minha sala de cirurgia. Nenhuma das minhas amigas estava a trabalhar no bloco nesse dia, mas fizeram questão de me deixar um beijinho através de colegas. Admito que esse contacto, apesar de não conhecer ninguém pessoalmente, me transmitiu confiança. A equipa de anestesia, enfermeira e médica, foi espectacular nos momentos que precederam a cirurgia. O meu cirurgião é top! É um miúdo, super competente, e só ouvi excelentes referências dele.
Quando saí da minha cama e me passaram para a mesa, o medo apertou de novo. Lembro-me de sentir vontade de fazer xixi (que acontece sempre que fico muito ansiosa) e de pensar que já não podia sair da mesa. Aquelas luzes, imensa gente na sala, ainda disse que me sentia na Anatomia de Grey e apaguei. Quado acordei já estava no recobro, sem dores, e quis manter-me acordada. Era hora de jantar. Depois, fui para a enfermaria e não me recordo nunca de ter dores. A maior dificuldade foi ter de fazer xixi para a arrastadeira. Eu estava deitada e simplesmente não conseguia. Entretanto sentei-me e lá consegui. É complicado vermo-nos impedidos de cumprir as necessidades mais básicas. Dormi bem, fui à casa de banho sozinha, tomei banho e saí ao meio-dia.
19 horas depois da cirurgia estava a sair, desci os 6 andares a pé, com cuidado, mas a pé. Vim para casa com anti-inflamatório e um analgésico. Não senti dores, não senti os temíveis gases, não estava particularmente inchada. Acho que foi possível aos cirurgiões retirar bastante ar antes de fecharem, nem sempre é possível. As 3 suturas cicatrizaram muito bem, apesar da do umbigo estar mais difícil... Acho fundamental repousar, haver dias passados, e eu não descansei muito. Com uma criança em casa não é fácil.
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