19.4.19

O parto - aquela inundação de Amor (ou não!)

Já cá falei no nosso parto, mas nunca abordei um determinado assunto por considerar que era a única a ter sentido isso. Ao longo destes 5 anos de mãe, já percebi que as coisas não nos acontecem só a nós. O que acontece é que ninguém fala nos assuntos tabu e, muitas vezes, damos por nós a sofrer sozinhas.

Nunca me senti muito culpada por ter sentido isto, até porque passou logo, mas achei que era estranho. E foi numa conversa com aquelas amigas com quem falo de tudo, sem qualquer filtro, que disse que no meu parto não senti aquela inundação de Amor de que tanta gente fala.

Não gostei particularmente de estar grávida, apesar de ter sido melhor do que eu antecipei, eu estava cheia de medo do parto, por isso, a minha preocupação estava orientada para os procedimentos médicos que estavam a ser feitos e para a saúde da minha filha. Como o meu parto foi muito rápido, confesso que até me assustei quando ma mostraram e ma colocaram nos braços. Parecia um bichinho assustado e com frio. O instinto pediu-me que encostasse ao peito e a aquecêsse. Não foi um momento particularmente emotivo. Eu só estava atenta ao que se passava à minha volta. 

As horas e os dias passam e o Amor que começou na gravidez cresce exponencialmente! É um amor que nos quer sempre perto daquele ser. Foi depois de ser mãe que percebi realmente a expressão “Parir é dor, criar é Amor”. Não há maior verdade. É no cuidar que se cria o vínculo que une pais e filhos para sempre. Por isso, o meu acto de parir não foi tão extraordinário como é o ser mãe todos os dias. 

Hoje sei que se tivesse outro filho, o parto seria provavelmente mais emocionante. Já sei o que me espera. Toda a literatura que li, os cuidados que tive, os preparativos que fiz... nada disso nos prepara para Amar aquele bichinho pequenino que me entregaram. São orientações importantes para se cuidar de um ser humano bebé, mas não ensinam uma mãe a Amar.  

E é por isso que basta ver um vídeo da minha filha ou ouvir alguém elogiá-la para me emocionar. Como não? Fui eu que a criei. 

https://drive.google.com/uc?export=view&id=1ni6OYrqSa1jDfqEkOY55N_w3WDejQKvihttps://drive.google.com/uc?export=view&id=1RULEIhrBSweNItNbdvifv9PQkLl1gb-Khttps://drive.google.com/uc?export=view&id=1vNetZT-J5KHeyXRJ93DgzMiWfFLxKNIL


18.4.19

5 anos, meu Amor

Ontem foi o aniversário do meu Amor! Não houve tempo para grandes celebrações, a meio da semana e a meio das férias escolares.
Andou o dia todo vestida de Branca de Neve e foi dar as vacinas dos 5 anos (que mãe marca as vacinas para o dia de anos?!). Passeámos pelo shopping e fomos comprar um bolo de bolacha. Em casa, colocámos uma LOL em cima, mas não era uma LOL qualquer - era a ultra rara Splash Queen. 
Este ano, não houve grande festa como nos anos anteriores. Não teve os amiguinhos, nem o resto da família, mas acho que ela passou um dia feliz. 
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1qXytUZ1PyMB7EemE0r1DUPvL0w6bzKzGhttps://drive.google.com/uc?export=view&id=16uTSDDMiPXRhhYbbaa8nsIjf-EVTv_6J

15.4.19

Voltei a escrever

Parei de escrever porque não tinha tempo. E não queria deixar de fazer todas as outras coisas para escrever. Escrevo essencialmente no iPhone. O computadoré para trabalhar e, quando o desligo, não o volto a ligar. A minha filha partilha o telemóvel comigo. Ou seja,quando teria alguma oportunidade para escrever, ela pede-mo. Ela está mais crescida e já começo a ter tempo para mim, também. Eu gosto de escreve, mas tem que me fazer sentido. Se for obrigação, já não quero. Ainda pensei em virar-me para os vídeos, mas não é a minha praia - sou timida e tenho vergonha de falar, apesar de sentir que tenho coisas a dizer.
Esta semana que me vi forçada a parar por via da cirurgia que fiz, deu-me vontade de escrever de novo. Omeu compromisso comigo mesma é de escrever pouco. Habitualmente, escrevo textos extensos, mas se escrever pouco e for sucinta, acho que vou conseguir criar uma rotina. 
Espero que gostem de me ter de volta. 
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1ux8Bd6GBE2r1pae9gRlXKeSanuKH9cFs

14.4.19

Caça aos ovos

As tradições anglo-saxónicas estão cada vez mais presentes na cultura portuguesa. Confesso que o consumismo a que elas apelam me preocupa, mas se for para divertir e entreter as crianças e os amigos, venham elas.
Hoje, a propósito do dia de Ramos, e num convite feito à pressa, juntei cá em casa uns amigos e os filhos e fizemos uma caça aos ovos. Comprei vários sacos de ovos de chocolate, de vários tamanhos e feitios (ok, também caçaram coelhos, e não houve direito a ovos caros como os Kinder surpresa e semelhantes) e distribuí por duas divisões da casa. Como a minha casa é grande e tem muitos recantos, foi o cenário ideal para esta corrida. Como eram crianças com idades entre os 3 e os (quase) 5 anos, e não queríamos que ninguém ficasse sem ovos e ficasse triste, foram espalhadas muitos ovinhos e foi uma alegria! Entretanto, encontrámos mais um saquinho que ficou esquecido ea caça aos ovos continuou no jardim. Já não chovia e foi uma caça rápida. Isto tudo para dizer que não foi preciso investir muito dinheiro para tornar uma tarde super divertida e que as crianças não irão esquecer tão cedo. 

https://drive.google.com/uc?export=view&id=1n5WnKW27ClXP9Qr1J_6zwHvloFQNJnbXhttps://drive.google.com/uc?export=view&id=1oomtKpvyBr_B7jbS9Ey2T2LSp51dDIznhttps://drive.google.com/uc?export=view&id=1wH5aiyllF3dw6MqRtGFhni_ZMNho5XuAhttps://drive.google.com/uc?export=view&id=1-FDC3DQbCjUCZ07gAt8vHVLu1LFV3VsGhttps://drive.google.com/uc?export=view&id=1OcJgNEtN2dOPnlTrWAQS3jasm67NSbfnhttps://drive.google.com/uc?export=view&id=1jzo4BbDcHwR94h_WnegtuMOTuPHCWsTjhttps://drive.google.com/uc?export=view&id=1M7W2LbvICJXCd1MTOd5lys0nyFxGFkxY
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1gyb1hYpInwPMCJM2FJRGmg0L-rdgy2zw

10.4.19

Colecistectomia - remoção da vesícula - Parte 1

Na quinta-feira passada fui internada para fazer a cirurgia de remoção da vesícula.
Tive a primeira crise há uns 3 anos, nem sei bem. Acordei a meio da noite com dores de costas terríveis. Deitei-me no chão, fiz alongamentos, fiz yoga, não aliviava com nada. Tive mesmo que acordar o meu marido, os meus sogros para ficarem com a minha filha, efui para as urgências. Chegada lá, passado pouco tempo as dores desapareceram. Não tinha sido ainda atendida. Fiz um raio-X às costas, não viram nada, voltei para casa com o diagnóstico duvidoso e a apontar para uma contratura ou algo da cabeça. Uns meses mais tarde, depois do almoço, estava sentada ao computador a trabalhar e começo a ter dores agudas no lado direito da barriga, mesmo abaixo das costelas. Não reconheci aquela dor. Bebi água, deitei-me, levantei-me, fiz o pino, a dor não passava. Falei com a saúde 24 aos gritos de desespero, parecia que me tinharebentado alguma coisa no estômago. Finalmente, consegui convencer o meu marido a vir a casa para me levar ao hospital. Assim que entro no carro, reclino o banco e, antes mesmo de chegar ao hospital, a dor passa. Não diminuiu de intensidade, passou mesmo. Ora, perante isto a suspeita de algo psicossomático ganhava terreno. Ou seja, quando chegava ajuda ou tinha alguém perto de mim, a dor passava. Isto revoltava-me! Não tardou a ter outro episódio. Pensei que se relaxasse e fizesse o que tinha feito das outras vezes me passaria a dor. Não passou. Em vez de ter ido para o hospital logo, aguentei a tarde toda cheia de dores, numa tentativa vã de não as valorizar e relaxar. Claro que não aguentei e quando cheguei à urgência foi um alívio ter saído de lá com um diagnóstico. Finalmente, sabia o que tinha: cálculos biliares. Pedras na vesículas. Muitas. Fui indicada para cirurgia. Eu tenho pânico de hospitais, procedimentos médicos e todas essas coisas. Comecei a pesquisar como poderia evitar a cirurgia. Encetei uma dieta rigorosa, pobre em gorduras, que segui durante longos meses. Entretanto, uma pessoa cansa-se de dietas e eu adoro comer. Acabei por retomar a dieta habitual e em Janeiro deste ano tive a pior de todas as crises. Foram uns 3 dias de dores agonizantes, várias idas à urgência, medicação intravenosa no hospital, opióides em casa... Havia a suspeita de obstrução das vias biliares porque a minha urina era castanha (sim, castanha!) A cirurgia era imperativa e não podia fugir dela. 

Quando me diagnosticaram a litíase biliar 

Furar as orelhas. Quando é a altura ideal?

Já falei sobre este tópico 2 vezes antes no blogue. A primeira vez foi quando a Maria Victória tinha 3 meses. Eu escolhi não furar as orelhas à minha filha porque achei desnecessário infligir dor num bebé por um motivo fútil. 
Entretanto, arrependi-me porque ela cresceu e queria usar brincos, mas tinha medo de furar. E eu só pensava que devia tê-lo feito quando ela era mais pequenina e não iria aperceber-se. 
Fizemos a primeira tentativa há cerca de 1 ano e descrevi a cena aqui. Não foi bonito de ver. Ela quis furar as orelhas, mas depois não teve coragem. Não pressionei. Passou o último ano a falar regularmente no assunto. É muito vaidosa, as amiguinhas usam brincos e ela tem uma colecção linda e não os pode usar.
Hoje apanhei a surpresa da minha vida. A minha mãe saiu com ela para o shopping e eu fiquei a descansar. No regresso a minha filha adormeceu e a minha mãe deitou-a no sofá, com uma mantinha. Juntei-me a elas e eis que me apercebo que ela tinha uns brinquinhos na orelha. Nem queria acreditar! Então, parece que a minha menina se decidiu, sozinha, a furar as orelhas e pediu à avó para a levar à Claire’s, onde já tínhamos estado no ano passado. Determinada, disse que era só respirar fundo e não ia doer. A verdade é que nem deu tempo de inspirar e já estava com brincos. Ficou tão feliz!
Quando acordou, toda sonolenta, só exibia os brincos. Está toda vaidosa e ansiosa por trocar estes brincos pelos dela. Fazemos a limpeza da zona sem problemas e hoje teve dificuldades em adormecer devido ao acontecimento.
Fico imensamente feliz por ter sido uma decisão dela. Valeu a pena esperar!