3.12.20

O sofrimento do outro

Todos nós temos formas diferentes de reagir perante as situações. Eu sou muito transparente. Qualquer pessoa consegue perceber como me estou a sentir porque me é muito difícil camuflar sentimentos. Não tenho grande inteligência emocional e é algo que estou a aprender a controlar.

Há outras pessoas, porém, que nunca mostram o que sentem. Procuram não aborrecer os outros com os seus problemas, o que sentem nunca é trazido para a conversa. 

Tal como no budismo, o caminho do meio é que é o melhor. Mas é tão difícil conseguir encontrá-lo.

Tenho uma amiga que está a sofrer. Quando me disse o que se passava, fê-lo com alguma distância, sorriu, até. Interrompemos a chamada devido a um imprevisto e disse que me ligava de novo. Não o fez até hoje e já passaram dias. Durante estes dias não paro de pensar nela. Procuro dar-lhe o espaço que ela precisa, mas mandei-lhe uma mensagem a dizer que estou e sempre estarei aqui para ela. 

Para uma pessoa como eu, que pede ajuda seja a quem for, que diz o que sente, que expõe as suas fragilidades facilmente, não é fácil ver um amigo sofrer à distância. Mas ser amigo também é respeitar a forma de ser do outro, aceitá-lo e amá-lo nas nossas diferenças. 

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