Hoje fiquei muito emocionada com um post que li na página de uma amiga próxima, mas que vive longe, nos Estados Unidos. Ela partilhava o texto que a sua querida sogra (Mother-in-love) tinha escrito. Era uma despedida.
Em Novembro foi diagnosticada com um cancro no pulmão e, pela localização, parecia muito complicado. Foi acompanhada e foram-lhe propostas algumas formas de tratamento. Recusou e vai deixar a natureza seguir o seu curso. Foi assim mesmo que ela disse.
Admiro quem aguenta tratamentos de forma estóica. O meu saudoso sogro lutou com forças que tinha e que não tinha para ver a neta crescer. Foram tratamentos consecutivos que iam adiando uma inevitabilidade. O preço de ver a neta nascer e crescer foi pago com muito sofrimento. Mas viu-a crescer, ela conheceu-o bem e sentiu o seu amor.
Admiro igualmente quem recusa esses mesmos tratamentos e não alimenta esperanças vãs. Sinto que é uma forma de respeito por si própria, de aceitação dos desígnios da vida e de paz consigo mesmo.
A única coisa certa que temos na vida é a morte. A morte é muito vista como uma perda, é associada a sofrimento, saudade, dor, ausência, no entanto, é apenas o fim de um ciclo natural que todos sabemos que vai chegar. Espero que haja reencontros e coisas muito boas do lado de lá.
Sinto que devemos viver a nossa vida em harmonia com o que somos, mas aceitando as decisões individuais de cada um.
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