2.12.22

“Eu quero uma aventura sexual casual, leve...”

Ainda estou incrédula com o que me aconteceu há pouco.


Ontem, um amigo querido foi identificado numa foto com um amigo e fiz like. Hoje de manhã, vi que esse amigo me tinha pedido amizade. Ele é mais velho, andava no meu liceu e entrámos para faculdades vizinhas, por isso, estávamos sempre a cruzar-nos, ainda que não nos conhecêssemos formalmente. Por esse motivo, apesar de já não o ver há uns 20 anos, não estranhei o pedido de amizade no Facebook e aceitei.


Hoje ao fim do dia, começa a mandar-me mensagens. 

“Tudo bem? O que é feito de ti? 

Até aqui, tudo normal. 

“Estás cada vez mais bonita e sensual.”


Isto já me pareceu estranho. Não acho muito normal fazer esse tipo de reparo à minha sensualidade, mas resolvi ignorar e não comentei.


Sem mais demoras, começa a dizer a distância da cidade onde mora até à cidade onde eu moro, que são só 20 minutos e se não quero ir tomar café com ele.


Respondo que não tenho tempo livre, insiste noutra data, e faço questão de lhe dizer que sou casada. Só mesmo para informar. E ele diz-me isto:

“Também tenho namorada.

Mas, pode haver espaço.

Por mim top.

Sem problema.

Não te vou arrancar nada.

Eu quero uma aventura sexual casual, leve.

Estás interessada?”


Claro que disse que não. E é aí que ele me pergunta se conheço alguém que esteja interessada. Mandei-o para o Tinder. 


Serei eu que sou muito antiquada, que vivo numa bolha ou sou muito naïf? Não percebo este tipo de abordagens. Ele viu que eu era casada, eu confirmei-lhe que era casada e, ainda assim, ele achou normal fazer-me tal convite. 


O mundo anda mesmo assim? 


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