A primeira noite em casa não foi fácil. A miúda quis dormir comigo, então, optei por dormir no outro lado da cama. Não descansei nada e não foi por ter dores, mas foi mais pelo desconforto. Senti a falta da cama articulada do hospital.
Como tinha feito uma publicação a informar do cancro, também recebi muitas mensagens emocionadas e algumas de pessoas que estão neste momento a passar pelo mesmo ou já passaram.
Acordei animada, vesti-me e fui tomar o pequeno-almoço. Procurei manter-me ativa, sendo cuidadosa com o braço. Falei ao telefone, recebi visitas de familiares e amigos próximos. Eles precisam de ser apaziguados. Um diagnóstico destes é sempre assustador e quando as pessoas falam comigo ficam mais tranquilas.
Também mandei foto da meu dreno à Dra. Ana Sofia e disse-me que tirávamos o dreno em breve.
Cheguei ao fim do dia muito cansada. Dormi rapidamente, tão rapidamente que nem tomei o paracetamol.
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