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9.4.14

Depressão, cansaço ou as duas?

Nos últimos dias tenho andado a sentir-me muito em baixo. Dias não, semanas. Lamento ter de vir para aqui aborrecer-vos, mas à minha volta já ninguém me atura.

Não tenho sono. Tenho muito sono. Tenho dores no fundo da barriga. Estou gorda. Não tenho nada para vestir. Tenho azia. Tenho fome. Tenho dificuldade em movimentar-me. Tenho sempre vontade de fazer xixi. Tenho imensas carências afectivas. Tenho medo do parto. Tenho medo de ser mãe. Sinto-me abandonada por todos porque ninguém me entende.

Sempre que começo a lamentar-me, só me dizem que já falta pouco. Já ando a ouvir isto desde o início da gravidez. É rápido o tanas! Há mulheres que adoram estar grávidas e o tempo deve passar depressa para elas. Para mim não. Apesar da gravidez não ser tão má como eu antecipava, também não é um estado agradável.

Eu queria ter feito um babyshower. Ninguém à minha volta mostrou grande disponibilidade para isso. Eu queria ter celebrado a minha gravidez, a chegada da minha bonequinha. Falei com as amigas e alguma família. Ninguém se disponibilizou para fazer nada. Foi mais do género "Se precisares de alguma coisa, diz." Claro que preciso de alguma coisa. Preciso de tudo. Sinto-me tão cansada que não me apetece organizar um evento todo sozinha. Daí serem as amigas a organizar estas coisas. Há mais de um mês atrás, procurei um espaço que organiza estas festas. Pois até aí fui esquecida. Ficaram de me contactar com os grafismos, cores, orçamento, etc. e nada. Acabei por desistir.

Cá em casa também não há grande entusiasmo com nada. O marido nunca tem tempo para mim. Para o arrastar para as compras ou tomada de decisões é uma luta. Não faz nada. Nem sequer me tira fotografias. Tive que ir sozinha a um estúdio de fotografia registar esta fase. Cá em casa, há iPhones, iPads, máquinas fotográfias. Só falta é tempo.

Para ajudar, a minha família não está por perto. Faria toda a diferença. Acho que só eles é que vêem esta gravidez do meu ponto de vista, onde também eu sou protagonista e não apenas a bebé. Lá porque amo a minha bebé, isso não significa que deixe de me amar a mim, não acham? Por outro lado, acho normal que a família do meu marido esteja mais focada na bebé. Na verdade, eu sou apenas o forno, não é verdade?

Há dias em que me sinto melhor. Ter de trabalhar a tempo inteiro também não ajuda. Mas ainda bem que trabalho, ou então já me tinha entregado à depressão. Para já, só penso em descansar o mais possível e restabelecer-me para receber a minha boneca na melhor forma possível.

Peço desculpa pelo lamento, mas tinha que falar. Tenho evitado vir para aqui falar neste estado, mas também é capaz de ser um efeito da gravidez. Por isso, acho que é legítimo falar de como eu me sinto.

3.4.14

A caminha da princesa

Como é óbvio, a minha princesinha não vai ficar já nesta caminha, mas custava-me entrar no quarto e não ver a cama pronta. Ainda faltam aqueles rolinhos, não é?

Cama Trama
Edredão Piubelle
Coelhinho Chicco


1.4.14

Visita ao CHTMAD | Hospital de Vila Real - Bloco de partos einternamento

Peço desculpa pelo atraso, mas o trabalho não me permitiu sentar-me e escrever sobre a visita. E, quando tive disponibilidade, não tive vontade. Ando super cansada, fruto das minhas 34 semanas.

Então, na passada quinta-feira, eu e o grupo de grávidas do meu Curso de Preparação para o Parto fomos visitar as instalações do Hospital de Vila Real.

Primeira paragem: Bloco de Partos

Fomos guiadas pela enfermeira-chefe do serviço. Aqui, encontramos uma área com várias salas, cada uma com a sua função. Logo na entrada, há uma secretária com um computador que ajuda a monitorizar as senhoras que estão à espera de bebé. Significa que não precisam de estar ao nosso lado para nos acompanharem devidamente. Depois, visitámos uma sala para onde vamos quando já estamos com contracções e aguardamos o parto. Há outras salas destas, que têm 2 camas, ou seja, duas senhoras podem estar aqui em simultâneo. Estava lá uma senhora monitorizada, deitada de lado, bastante calma e sorridente. Aqui, temos direito a ter um acompanhante, mas ele só tem acesso a uma cadeira. Pareceu-me uma situação bastante desconfortável para quem acompanha, caso o trabalho de parto se prolongue por várias horas. Informaram-nos que, se este trabalho de parto de desenrolar durante a noite e estiver demorado, aconselham o acompanhante a regressar de manhã, dado que nesta fase não se passa grande coisa. A mãe deve descansar e preparar-se para o parto. É aqui que se administra a epidural. Caso o parto se precipite e não haja tempo para levar a mãe para a sala de parto, propriamente dita, a cama facilmente se transforma numa cama obstétrica e o parto pode ser realizado ali mesmo.

Caso tudo corra dentro do previsto, quando for a hora do parto, somos levadas para outra sala, ali ao lado, onde é feito o parto. A cama é igual, mas sem a parte inferior. Tem uns suportes para as pernas e uns apoios para os braços, onde nos agarramos quando for para fazer força. O acompanhante pode estar presente, desde que não haja outra parturiente na sala (sim, há essa possibilidade!) e que não haja complicações. Falaram-nos dos "microlax" antes do parto e do que pode acontecer durante o parto. Sim, as senhoras podem fazer cocó, mas pareceu-me que o pessoal de enfermagem não está minimamente preocupado com isso. Ao lado, há uma zona para onde levam o bebé para ser limpo e vestido. Muitas vezes, é o pai ou acompanhante que veste o bebé, enquanto a mãe está a ser tratada.

Noutra sala, pudemos ver alguma incubadoras. Não são incubadoras para bebés com problemas. Eles só ficam aqui até a mãe poder receber o bebé. É mais quentinho. Aqui também colocam umas pulseirinhas nos pés, com alarme, para que os bebés não possam ser roubados.

Segunda paragem: Serviço de Internamento de Obstetrícia

No quarto andar está o serviço de obstetrícia para onde vamos após termos descansado do parto. Quem nos fez a visita guiada foi, nada mais nada menos, do que a minha cunhada. A tia da minha princesa é enfermeira neste serviço e explicou-nos tudo. Levou-nos a uma sala onde se dá banho aos bebés. O primeiro banho é dado pelo pessoal de enfermagem e é nesta altura que é administrada ao bebé a vacina da BCG. O segundo banho é dado pela enfermeira, com a ajuda da mãe, para que possa aprender como se faz. Depois, estamos por nossa conta. É dada uma outra vacina, já no quarto, mas não me lembro para quê. Fomos, também à sala de amamentação. Esta sala é muito bonita e serena e permite às mães estarem mais resguardadas durante a amamentação. Isto para o caso de partilharem o quarto com outra senhora ou se tiverem visitas no quarto. Ali, também há bombas de amamentação e todos os problemas são minimizados. Apesar de incentivarem à amamentação, todos os desejos das mães são respeitados. Quem não pretende amamentar, não o fará. Não visitámos nenhuma enfermaria, pois estavam todas ocupadas.


Em suma, o Bloco de Partos, apesar de mais amigável do que eu pensava, continuou a ser assustador para mim. As pessoas eram todas muito simpáticas, mas não consigo abstrair-me do que se passa por lá. O internamento é absolutamente normal, não assusta. Queria muito fazer esta visita para me descontrair mais um pouco, mas não consegui. O pânico mantém-se.

26.3.14

Contentor para fraldas Chicco

Ontem, comprei o contentor para fraldas Mangia Pannolini, da Chicco. Uns amigos já usavam e recomendaram muito.

Este contentor tem muitas vantagens:

- Pode usar sacos de plástico normais;

- Bloqueia odores;

- Fácil de usar, uma vez que permite aos pais segurar sempre o bebé durante o momento da muda da fralda;

- Quando estiver cheio, o saco de plástico pode ser facilmente removido e eliminado, reduzindo assim a dispersão de odores desagradáveis;
- Pode conter até 30 fraldas, dependendo do tamanho do saco;
- Fácil de lavar;
- Ecológico, pois autilização de um único saco de plástico reduz de forma significativa os desperdícios de plástico e simplifica, ao mesmo tempo, a recolha diferenciada.


As boas notícias é que está em promoção até ao final do mês. Comprei-o ontem por 49.90€, mas habitualmente custa 59,90€. Para além disso, deram-me um pacote de fraldas. Não percam a oportunidade.












25.3.14

Curso de preparação para o parto #2

Pois é, mais de um mês depois da primeira aula do curso de preparação para o parto, regressei. Eu até já tinha decidido retomar as aulas, mas o cansaço não me tinha permitido. Depois de 8 horas de trabalho ao computador, a última coisa que me apetecia era ir para as aulas ao fim do dia. Só pensava em ir para a cama.

Na semana passada, a enfermeira ligou-me a perguntar da minha ausência, que não devia estar a ocupar uma vaga que podia estar a ser usada por outra pessoa. Senti-me super culpada, mas não acho que houvesse alguem à espera de entrar. De qualquer forma, o telefonema deu-me ânimo para regressar e ainda bem que o fiz.

Então, assim que cheguei (já atrasada, claro!), encontrei toda a gente à volta de uma cadeira. Lá, estava um moça que já tinha tido o seu bebé, entretanto. A mãe estava óptima, a bebé também. O parto tinha sido há 5 dias e ela estava na maior. Nunca imaginei que pudesse ser possível. Não foi cortada, só teve uma pequena laceração e levou 3 pontos. Estava lá a esclarecer algumas dúvidas sobre a amamentação. Aprendi que depois de mamar, deve limpar-se a boquinha dos bebés, assim como a língua e as gengivas com uma compressa húmida.

Depois, fomos para a nossa aula e a enfermeira falou-nos da massagem perineal e mostrou-nos este vídeo:


Esta massagem é importante pois prepara o períneo durante a gravidez, a fim de evitar episiotomia ou laceração no parto. É um método relativamente fácil e tranquilo e pode ser feito em casa pela própria grávida. O recomendável é iniciar com 34 semanas e fazer até o fim da gestação. Antes disso não. Se por acaso já passou das 34 semanas, pode começar já pois ainda pode ser muito útil. Esta massagem tem como objectivo alongar o tecido do períneo e torná-lo mais elástico para a passagem do bebé. Isso vai evitar a episiotomia ou alguma laceração natural. É possível o parto normal sem laceração do períneo. Para além disto, vai permitir-lhe conhecer melhor o seu corpo, adquirir uma maior consciência corporal e controlar essa musculatura durante o período expulsivo. Ou seja, esta é efectivamente uma preparação para a experiência do parto. A massagem deve ser feita a partir das 34 semanas, todos os dias, por 10 minutos.

Depois, fomos para os colchões fazer básculas da bacia. As básculas permitem que a mulher tome consciência da sua bacia, ajuda no período expulsivo ao tonificar os músculos abdominais, ajuda no posicionamento correcto do bebé ao orientá-lo para se encaixar no lugar correcto. Já todas faziam estes movimentos muito bem, mas também não achei nada estranho, dado que já fazia isto nas minhas aulas de Yoga e Pilates. Este vídeo pode ajudar a entender melhor:




Ainda deitadas nos colchões, fizemos uns exercícios de Esquemas de Erros, ou seja, aquilo que é comum fazer-se nos partos e está errado. Basicamente, pretende-se que aprendamos a fazer força em certa parte do corpo, mas mantendo o resto do corpo relaxado. Gastamos energia desnecessariamente, logo é um erro. O ideal é estarmos com o corpo todo relaxado.


Na próxima aula, vamos fazer uma visita ao hospital. Estou ansiosíssima!

33 semanas

Chegámos às 33 semanas no Domingo, mas ainda não tive força de vontade para escrever sobre isso. Sinto-me cansada, sem energia para nada. Venho trabalhar porque tem mesmo que ser, mas não tenho vontade nenhuma. Falo apenas o que tenho que fazer e só me apetece dormir. Sinto também uma certa depressão. Não é contínua, mas tenho momentos mais em baixo. Bom, é assim que anda a mãe. Vamos ver como anda a minha riqueza...

A cabeça do bebé ainda é relativamente flexível, e os ossos não se fundiram completamente. Uma das razões para isso é facilitar a passagem pelo canal do parto. Mas os ossos do restante do corpo estão a ficar cada vez mais rígidos. A pele do bebé também perde o aspecto avermelhado e enrugado.

Se for o primeiro filho, há mais chances de o bebé encaixar a cabeça na pelve esta semana, pressionando o seu colo do útero. Para quem já teve outro filho, a previsão é que o encaixe aconteça uma semana antes do parto ou, até mesmo, só no parto.

Noto que as minhas mãos estão um pouco inchadas. Os anéis já não ficam tão bem como antes. A retenção de líquidos costuma piorar nos dias quentes. Beber bastante água ajuda a amenizar o inchaço, ajuda os rins e o bebé. Se o inchaço vier muito de repente, porém, nas mãos ou no rosto, deve procurar o médico pois pode ser um sinal de pré-eclâmpsia e tem consequências bastante graves. É normal, também, as mãos doerem de manhã e sentir um formigueiro à noite. Os tecidos do pulso incham e pressionam os nervos, o que pode causar este desconforto.

Outro sintoma inesperado é a comichão, mas é normal. No entanto, se a comichão for muito forte, sobretudo nos pés e mãos, vá ao médico pois pode ser um problema mais sério, a colestase obstétrica.

Vejam ese vídeo explicativo das 33 semanas. Está giro.



18.3.14

Dica para combater a obstipação II

Depois de já ter tentado tudo e mais alguma coisa para manter um trânsito intestinal regular, eis que vou tentar mais uma dica. Até agora, tudo tem falhado. Laevolac, pão, massa, arroz e cereais integrais, farelo de trigo na sopa, litros de água, kiwis, água de sementes de linhaça... nada resultou.

Ando a Microlax e a supositórios de glicerina. Mesmo usando a versão infantil para não ser tão prejudicial à flora intestinal, não pode ser uma medida regular. Ontem, fui à farmácia reabastecer-me de laxantes e a senhor que me atendeu disse-me que era demasiado para a criança. Lá tive que explicar que não era para nenhuma criança, que era para mim e que sabia que era muito mau, mas que já nada resultava. A senhora, uma farmacêutica com ar de avó super querida, recomendou-me que tentasse outra coisa, que o uso de laxantes era muito prejudicial. Sugeriu, então que comesse ameixas preas secas pela manhã, umas 4, e que depois bebesse muita água quente/morna. Eu já tinha ouvido falar em deixar uma ameixa seca num copo de água durante a noite e beber a sua água de manhã. Sinceramente, depois do falhanço da linhaça, disse-lhe que duvidava. A senhora garantiu-me que comesse pelo menos umas 4 e bebesse muita água. E que lhe fosse dizer se resultou ou não.

Como é óbvio, fui logo comprar 3 embalagens de ameixas pretas secas. Comprei no Continente, na zona dos frutos secos, a 2€ cada embalagem. À noite, comi 2. De manhã, mais 4. E a respectiva água morninha. Vamos ver como corre.

Paralelamente, ando a beber uns sumos e néctares (feitos na Bimby) com kiwis, laranja, pêra e o que houver. Basicamente, é uma forma mais agradável de ingerir kiwis sem ter de os comer efectivamente. Preciso muito que tudo isto resulte. Se tiverem sugestões, não hesitem em partilhar.


17.3.14

32 semanas

Ontem, cheguei às 32 semanas. Não foi uma grande excitação, dado que ontem me sentia um pouco deprimida. Apesar do lindo dia de sol, resolvi ficar em casa, a queixar-me do desconforto e da vida. Confesso que que já estou mesmo farta da gravidez. Para ajudar, hoje é segunda-feira e estar a escrever sobre este assunto no dia de hoje é duplamente deprimente. Já não me apetece trabalhar, mas preciso de trabalhar. Enfim... Mas voltemos às 32 semanas da minha princesa. Está cada vez maior. :)

Então, aparentemente a minha princesa já chegou aos 1,7kg e mede cerca de 42 centímetros de comprimento. Esta semana vou ao médico e espero já poder confirmar estas medidas. :) Os pulmões são os últimos órgãos a amadurecer, mas os bebés já respiram através da inspiração do líquido amniótico.

Para quem está grávida de um menino, isto é interessante. Os testículos devem estar agora a descer da barriguita para o saco escrotal. Por vezes, um dos testículos, ou mesmo os dois, não está na posição certa quando o bebé nasce, mas isso resolve-se no período de um ano.

Ora, este é precisamente um dos motivos da minha tristeza. Nesta fase, é normal que se engorde meio quilo por semana. O bebé ganha agora cerca de metade do peso que terá quando nascer. Portanto, temos que comer bem. E bem não significa comer muito, até porque eu acho que só o ar me está a engordar.

A quantidade de sangue que circula no nosso corpo aumentou muito. Está 40% a 50% maior do que era antes da gravidez. Esse sangue compensa eventuais perdas que aconteçam na hora do parto. Por causa desse sangue todo, às vezes aparecem sangramentos nas gengivas e no nariz. Comigo é certinho, apesar da quantidade ser reduzida.

À medida que a barriga cresce, o centro de equilíbrio muda. Se repararem, o rabiosque fica mais arrebitado e a coluna assume uma curvatura no fundo. É muito fácil perder o equilíbrio, por isso é preciso ter cuidado. Eu costumo fazer alongamentos, porque as costas precisam mesmo desse exercício. Fala-se também de uma dor na virilha ou no osso púbico. Eu ainda não senti nada disso. Não me parece nada bem. Alguém já sentiu?

Recomendações para quem sente aquelas contrações sem dor de Braxton-Hicks. Se as sentir muito próximas uma das outras, procure ir fazer xixi ou beber um copo de água. Costuma aliviar. Relembro que o meu médico me recomendou tomar magnésio (Magnesona).

12.3.14

Fotografia para grávidas e bebés

Se estão a pensar em fazer uma sessão fotográfica que acompanhe a vossa gravidez ou o vosso bebé, deixo aqui algumas sugestões. Do que não fazer!! Está hilariante. Há para todos os gostos.









































11.3.14

As perguntas dos homens

Ontem, eu e o meu marido fomos tomar café com um amigo. Ele e a mulher estão a pensar seriamente em ter filhos e é normal fazerem-me perguntas. Aliás, é normal as mulheres fazerem-me perguntas. Elas, sim, é que são curiosas para saber cada etapa que vou passando. Os homens são mais tímidos, ou desinteressados, e deixam isso para as mulheres. Ontem, o meu amigo quis saber umas coisas, mas já antes outros amigos nossos me fizeram estas e outras perguntas e são espectaculares. Eles não têm mesmo ideia nenhuma de nada. :)

- O médico não te pediu que comesses por dois?

Não, não pediu. Pelo contrário. Desde o início que me pediu que tivesse muito cuidado com a alimentação, que reduzisse a ingestão de hidratos de carbono e comesse muita frutinha e legumes. Agora agradeço não ter engordado muito durante a gravidez, porque no fim é inevitável. Neste momento é o ar que me engorda.

- Tens desejos?

Tenho, tenho muitos desejos. E sempre tive. Neste momento, desejava ardentemente teletransportar-me para umas horas depois do parto. Vá, o tempo suficiente para já não ter dores muito fortes. Os homens, claro, referem-se a desejos de comida. Por algum motivo, eles preocupam-se imenso com o peso das suas mulheres. Eu tenho uma teoria sobre esta questão dos desejos e é apenas minha. Eu acho que é um mito e não creio que a gravidez traga desejos especiais. Porém, como a gravidez traz tanto desconforto, altos e baixos emocionais, é normal que as senhoras se refugiem na comida. E isso pode acontecer em qualquer fase das nossas vidas. Outro motivo pode ser mesmo um pedido do corpo, que tem défice de algum nutriente. Agora, aqueles pedidos às 3 da manhã por um McFlurry, na minha opinião, só podem ser mimo e chantagem emocional.

- Dói-te a barriga quando a pele estica?

Doeu-me a barriga apenas quando, nos primeiros meses de gravidez, o útero estava a esticar. Eram umas dorzitas semelhantes às mentruais e depois passou. Nessa altura, nem barriga tinha. Agora que tenho um barrigão não me dói nada, mas sei que a pele está a esticar. Não dói, nem me faz qualquer impressão.

- O teu umbigo já saiu?

O meu umbigo não saiu e não creio que vá sair. Tenho um umbigo fundo e acho muito difícil ficar exteriorizado, como já vi muitos ficarem. Acho que isso depende muito do umbigo que tenhamos e do tipo de barriga que fizermos. A minha é larga. Acho, até, que estou grávida nas costas.

- Aquela linha escura na barriga não são pêlos?

Pois é, não são pêlos. Não sei onde é que eles foram buscar essa ideia. Talvez tenham visto alguém com essa linha vertical e que, por acaso, tinha pêlos. Essa linha era daquelas coisas que eu desejava imenso não ter. Por acaso não tive e acho que se deve ao facto de eu ser imensamente branca de pele. A linha é causada pela pigmentação da pele na zona em que o músculo abdominal se estica para acomodar o bebé, ficando ligeiramente separado. Aquilo é basicamente uma estria, mas escura. Vai desaparecer após o parto. É por esse motivo que outras zonas também ficam pigmentadas, como mamilos, sinais, sardas, axilas e virilhas. Até nessas zonas não pigmentei muito precisamente devido à minha cor de pele.

- Sentes o bebé a mexer?

Txiii. Estou grávida de 31 semanas e ainda há homens a fazer-me essa pergunta. Seria muito mau se não sentisse a minha menina a mexer. Mexe, sente-se a mexer e vê-se que mexe. É uma festa lá dentro. Até suspeito que não esteja sozinha.

O mais engraçado nestas perguntas é que vêm sempre acompanhadas de uma cara de desconforto, dor, repugnância ou 'ai, que até tenho medo de saber a resposta'. Comigo podem estar à vontade. Eu falo sobre tudo, sem quaisquer pudores. Ainda aguardo as perguntas sobre o parto e amamentação. Devem ser hilariantes.

10.3.14

31 semanas | 8 meses

Há quem diga que entrei nos 8 meses. Há tabelas por aí que o sugerem, também. Da minha parte, se me dissessem que estava no fim do tempo, eu acreditava. Nem quero acreditar que isto ainda vai piorar.

A minha moçoila deverá estar a pesar cerca de 1,5 kg. Quero ver se na próxima consulta já conseguimos fazer os cálculos mais precisos. Parece que agora vai começar a crescer muito e já vira o pescoço para os lados. Noto que ela se mexe mais à noite. Também já li que pode ser uma impressão nossa pelo facto de à noite estarmos mais quietas e sentimos tudo muito mais. Para já, não me incomoda muito. Exceptuando uns solavancos mais surpreendentes, adoro senti-la a mexer e nem sequer me acorda. Os movimentos dentro da barriga assustavam-me muito antes de engravidar. Confesso que é muito bom e ficamos mais sossegadas, pois significa que o bebé está saudável.

As contracções de Braxton-Hicks podem tornar-se mais intensas nesta fase. Eu já as tenho há uns dois meses. A barrica fica dura, mas pode até nem ser toda a barriga, e sim uma parte. São completamente inócuas e sem dor, mas assustam um pouco. Agora, já sei o que são, por isso não me preocupa. O meu médico receitou-me Magnesona (magnésio) e vi que reduziram bastante. De qualquer forma, é o nosso corpo a preparar-se para o parto, por isso está tudo bem. Só devemos preocupar-nos caso estas contracções ocorram mais do que 3 ou 4 vezes por hora, se estivermos a perder líquido vaginal foram do normal ou se tivermos uma espécie de dores menstruais ou nos rins. Isto pode significar um parto prematuro, ou não. Convém ir ao hospital ver o que se passa.

Mantenham-se hidratadas. Eu tento beber no mínimo 1,5 l de água por dia. Não tenho conseguido sempre porque tenho andado com um bocado de azia. Beber água deixa-me pior...

Outra coisa que pode acontecer nesta altura é perder líquido pelas mamocas. Esse líquido ainda não é leite, é uma espécie de pré-leite chamado de colostro. Eu não liberto nenhum líquido por enquanto, nem sinto nada nas mamas. Não cresceram por aí além, uso os mesmos soutiens. É normal isto acontecer e é normal sair colostro. Também não tem qualquer relação com a quantidade de leite que vamos produzir quando a criança nascer. Espero bem que não, pois pretendo amamentar muito. Caso haja perdas de líquido, deve usar uns discos para proteger os mamilos. Há a venda em qualquer farmácia ou parafarmácia e dormir com soutien.

5.3.14

Pintar o cabelo na gravidez

Eu sou uma daquelas pessoas que, antes de atingir a maioridade, já tinha uns cabelitos brancos. Na altura, achei o máximo, sentia-me crescida. Nessa altura, foi quando as tintas de cores alternativas se vendiam por todo o lado. Havia sprays, espumas, tintas que saíam com as lavagens e outras mais definitivas à venda em qualquer supermercado. Como qualquer adolescente com necessidade de afirmação, eu fui uma adepta fervorosa da mudança de visual. Passei por todas as cores, até mesmo azul (imaginem!). Loucos anos 90... tão ridículos.

Quando amadureci e tentei perceber qual seria a minha cor de cabelo original, descobri que os cabelos brancos estavam lá e não eram poucos. Passei a ter de pintar o cabelo com regularidade. Como escolhi o castanho escuro / preto como a minha cor de cabelo, os cabelinhos brancos ficam logo logo à mostra.

Quando engravidei, colocou-se uma questão importante. Como é que vou pintar o cabelo, se sei que as tintas costumam ser tão tóxicas? É que era impossível eu não pintar o cabelo. Nem pensar passar 9 meses, mais os outros todos da amamentação, sem pintar o cabelo. Não bastava ficar gorda, inchada, com estrias e, ainda por cima, com o cabelo com mau aspecto. É que não seria apenas os cabelos brancos. O meu cabelo é mais claro do que a cor que eu uso e as raízes notam-se imenso.

Então, encontrei esta solução numa daquelas lojas Celeiro. De todas as que encontrei, e vi noutras ervanárias e farmácias, esta tinta é a que me parece menos agressiva. É tão pouco agressiva que não tem cheiro, não dá comichão e também não cobre completamente os cabelos brancos. Com algumas lavagens, lá estão os cabelos brancos a brilhar... Mas também não importa muito. Dá para disfarçar durante algum tempo e uma embalagem dá para usar umas duas vezes. Eu tenho que ir mesmo ao cabeleireiro aplicar a tinta porque esta embalagem não tem aqueles aplicadores para usarmos em casa. O que também é uma vantagem, pois podemos usar o que sobrou. Eu deixo a tinta no cabeleireiro e ela lá faz a gestão.

Eu adoraria não ter que usar nada no cabelo, mas também não podemos ser mais papistas do que o Papa. Também é importante mantermos a auto-estima em bom estado e estarmos felizes.

As minhas queridas mamãs usam alguma coisa para disfraçar os brancos no cabelo? Têm alguma sugestão?



3.3.14

30 semanas

Chegámos às 30 semanas e ainda falta tanto...

O bebé nada em cerca de meio litro de líquido amniótico, que vai diminuindo com o passar das semanas. Portanto, há menos líquido mas a criança está maior. A verdade é que me sinto cada vez mais pesada. Estima-se que neste mês, as grávidas ganham entre 1,5 e 2 quilos, e é absolutamente normal engordar cerca de meio quilo por semana no último trimestre. É normal, mas eu queria ver se não engordava mais. Já é difícil o suficiente assim. Como o bebé precisa de cada vez mais nutrientes, eu ando sempre cheia de fome. Estou insaciável.

No início da gravidez, andava mais sensível. Depois, fui ficando cada vez mais zen, completamente imperturbável. Agora, as variações de humor voltam a ser comuns. Ontem, na entrega dos Oscars, lá estava eu a chorar com os discursos.

Outra coisa que me preocupa é o parto. Não me tem saído da cabeça e aborreço toda a gente com isto. Depois, fico com dúvidas se estarei preparada para a maternidade, se tenho tudo o que é preciso, se vou conseguir ter dinheiro para sustentar a minha filha... é um drama.

Bom, vamos aguardando as próximas semanas e esperar que passem depressa.





26.2.14

Comprinhas boas

Andava louca para comprar um saco de fraldas para acompanhar o carrinho de bebé. Fui às lojas locais e os que mais gostei foram os modelos da marca espanhola Pasito a Pasito. Eram tão lindos quanto caros! Na Chicco e só tinham 2 modelos, muito feiinhos, mas os preços até eram interessantes. Na Zippy, a mesma coisa. Ou havia uns muito coloridos, tipo colecção Desigual, que não fazem o meu género, ou o único modelo liso não me satisfazia. Pelo que vi na loja, ia sujar-se imenso. Na Internet, procurei, procurei e nada. Apareciam-me sacos lindíssimos em tecido, feitos à mão, mas não era o que pretendia. Outros não tinham as divisões que eu queria. Eu sei, sou uma esquisita.

Os modelos Pasito a Pasito não me saíam da cabeça e a minha conta, já tão desfalcada, não me permitia gastar tanto num saco. Não desisti e comecei a pesquisar outles e lojas online desta marca em Espanha. E tanto procurei que encontrei.

Esta malinha linda, Pasito a Pasito, modelo Alejandra Piel Rosa (mas não deve ser pele, claro), no site http://www.bbthecountrybaby.com está à venda pelo módico preço de 31,34€. Vem com muda fraldas incluído e tem uma divisão lateral para o biberão. É lavável à mão e à máquina. As dimensões não são muito más: 36x29,5x12. Garanto que este foi o valor mais baixo deste modelo que encontrei em todos os sites e lojas. Se alguém encontrar mais barato, diga-me, por favor.

Depois, aproveitei o facto de ter de pagar 5€ de portes de envio para Portugal, e comprei mais este necessaire para a princesa. Não é da mesma colecção, mas também é Pasito a Pasito, da linha Vanity Piel Rosa. Também é lavável à mão e à máquina e tem as dimensões 25,5x19x18.

E, para terminar, um miminho para a princesa... Esta estrela musical, da marca JELLYCAT, pode colocar-se no berço, no carrinho e dar música enquanto o ursinho sobe.

Lamento ter de comprar fora o que podia comprar em Portugal. Infelizmente, tenho contas para pagar, responsabilidades a cumprir e, se é mais barato comprar em Espanha, é lá que o vou fazer. De qualquer dar formas, a minha prioridade é, e sempre será, comprar produtos portugueses. É uma consciência que todos temos que ter.



































24.2.14

Leituras #1

Já várias seguidoras do blogue e da página me tinham sugerido ler estes dois livros. Já tinha tentado ler outros livros, mas eram demasiado técnicos, demasiado científicos. Ora, eu não sou médica (embora me arme em médica muitas vezes, devido à minha hipocondria), e há coisas que eu não preciso mesmo de saber. O que eu quero saber é como entender algumas situações, como poder resolvê-las, o que as pessoas sentiram...



Comprei os livros no Sábado e comecei logo a folheá-los. O 'Socorro! Sou mãe...',  da Ria Ferro Alvim, parecia que tinha sido escrito para mim. Só é pena não haver nada semelhante para grávidas. É que eu já ando a gritar por socorro agora e a criança ainda não nasceu. Não tivesse eu tido um fim-de-semana mais ocupado, acho que já tinha lido o livro de fio a pavio. Já fiz anotações e sublinhei uma série de dicas importantíssimas. É uma verdadeira enciclopédia para mães de primeira viagem, com uma linguagem muito acessível e tudo muito bem fundamentado, para pessoas que precisam de perceber os porquês, como eu. O comentário das mamãs mais comum que ouvi sobre este livro foi que adorariam ter lido este livro antes dos seus bebés nascerem. Pronto, é isso que estou a fazer.

Precisamente, quem escreveu o prefácio do 'Socorro! Sou mãe...' foi o Pediatra Mário Cordeiro, o autor d'O Grande Livro do Bebé. Confesso que ainda não li muito porque não tive tempo. O que achei mais espectacular neste livro é a forma como está organizado. O índice elenca logo uma série de questões que, mesmo a minha criança não tendo nascido, eu já tenho. Tudo sobre o banho, que é uma coisa que me assusta, a higiene, a amamentação e a alimentação e tudo o resto que pode acontecer durante o primeiro ano de vida do bebé. Se o livro da Rita é uma enciclopédia, este é a biblioteca toda. Acho, até, que merecia uma capa dura. O que me parece é que este livro poderá evitar chamadas desnecessárias para o pediatra e idas para a urgência. Ou não. Quando devemos ter mesmo motivos de preocupação. Tenho a impressão que este livro vai ser o meu melhor amigo.

O livro da Rita acompanha o primeiro mês de vida do bebé. Este deve ser o mês mais emocionante de todos e por emocionante quero dizer que deve ter mesmo TODAS as emoções. O livro do Dr. Mário Cordeiro orienta-nos durante o primeiro ano de vida do bebé. Posso tirar uma foto aos livros daqui a um ano e uns meses para ver em que estado estão. Pode ser que me lembre...

Boas leituras!



29 semanas

Ontem, celebrámos mais uma semaninha. E a Maria Victória cresce, cresce...

Os músculos e pulmões continuam a amadurecer, a cabeça cresce para acondicionar o cérebro sempre em desenvolvimento. A mãe agora precisa de ter ainda mais cuidado com a alimentação: mais proteína, vitamina C, ácido fólico e ferro. Os ossinhos estão a acumular cálcio, por isso há que tratar de absorver o mais possível. Eu não costusmo beber leite (apesar de agora andar com apetites de leitinho), mas aposto sempre nos derivados e legumes de folha verde escura. Um caldinho verde tem imenso cálcio.

O nosso bebé anda muito activo agora. Tenho uma amiga que está grávida do mesmo tempo que eu, mas é o segundo filho. Ela queixa-se constantemente de que ele mexe imenso e não lhe permite descansar. Eu não sei se é de ser o primeiro filho, se é de ser rapaz ou se o miúdo é mesmo rebelde, mas a minha princesa mexe, mas não me incomoda, não me acorda com os seus movimentos, nem me impede de dormir. Para já, é uma querida.

Fala-se que agora a azia e a obstipação têm um papel central. Azia tenho de vez em quando, mas o Kompensan resolve o problema na hora. Agora, o que me dá cabo da cabeça é mesmo a obstipação. Os legumes, frutas e linhaça em água têm resolvido o problema por agora. Estas maleitas todas devem-se à progesterona. Esta hormona da gravidez tem-me lixado a vida porque relaxa os músculos do tracto intestinal. Isto, juntamente com o volume crescente da barriguita, desacelera a digestão e contribui para estas coisas todas muito 'agradáveis'.

Diz que também podem aparecer hemorróidas e que devem desaparecer nas semanas seguintes ao parto. Estou a dar saltos de alegria! Eu já tenho isto há uns bons meses e dão-me a boa notícia de que só passará semanas após o parto. Yay!!

Para já, tenho-me sentido bastante bem. A gravidez não está a ser nada má para mim, não fossem as maldades da progesterona. As outras hormonas são muito boazinhas para mim. Começo a acusar algum cansaço físico, custa-me a subir escadas e, ao fim do dia, falta-me a energia. Também ando mais activa porque ando super entretida a arranjar o meu ninho.

Espero que a entrada nas 30 semanas seja calma, como tem sido até agora.

21.2.14

Problemas de visão na gravidez

Desde os meus 20 e poucos anos que uso óculos diariamente. Na altura, foi um choque. É certo que a minha visão estava a piorar. Não conseguia ver para o quadro nas aulas e, quando conduzia, não conseguia identificar a matrícula do carro da frente. Isto era um diagnóstico mais do que certo de miopia e fui 'obrigada' a usar óculos sempre.

Com o avançar dos anos, a miopia mínima que tinha agravou-se imenso. Mudo de graduação de óculos de 2 em 2 anos. Nos últimos anos, adquiri também astigmatismo e é uma festa. Não vejo nada, nada sem óculos. Em alguns períodos, usei lentes de contacto, mas a verdade é que tenho preguiça de usar.

Há uns meses, já grávida, comecei a sentir a minha visão a piorar. Não seria nada de estranho, dado que seria natural mudar de graduação por esta altura. Neste momento, mesmo com óculos, não vejo nada bem.

O que me preocupa é mesmo a visão turva de vez em quando. Já me aconteceu estar parada durante mais de hora, por estar em vídeo-conferência e, no final, ter a visão com umas linhas. Algo deste género.



É incrível porque, como estou ao computador, as linhas que vejo não me deixam ler de forma adequada os textos no computador. Esfrego os olhos e nada. Entretanto, a chamada acaba, levanto-me, movimento-me um pouco e as linhas desaparecem. A primeira vez que aconteceu foi bastante assustador porque pensava que nunca mais iam desaparecer.

O que eu sei é que a gravidez pode reduzir a sensibilidade e alterar a espessura da córnea. Claro, que isso terá consequências na visão. A boa notícia é que isto passa depois da gravidez, como quase todas as maleitas típicas da gravidez.

20.2.14

Cabeça de grávida #2

Hoje um colega de trabalho pediu-me que realizasse uma tarefa no nosso programa. Era um procedimento que já tinha feito antes, mas não estava a conseguir encontrar a origem da coisa. Procurei no sistema todo, enviava-lhe print screens e nunca era o sítio certo. Isto tudo desde ontem. Resolvi desligar tudo e só hoje de manhã voltei ao assunto. Acalmei-me, concentrei-me e encontrei o raio coisa. Fiquei toda contente, e enviei-lhe um mail a pedir desculpa pelo meu 'pregnancy brain'. Surpreendentemente, ele respondeu-me dizendo que era suposto eu estar mais inteligente, dado que agora tenho 2 cérebros. E não é que é verdade? Eu tenho 2 cérebros agora. Eu deveria estar super, hiper, mega inteligente. O problema é que o segundo cérebro está em repouso, a sugar-me a pouca inteligência que me resta. Só espero que a moçoila que me anda a roubar o cérebro retire o que precisa de mim e que depois isto volte a repôr os valores de origem. Já não aguento isto.



Dica para combater a obstipação

Fiquei a conhecer uma nova dica para combater a obstipação. Nesta fase, experimento tudo, tal é o desespero.

Esta dica partiu do nutricionista que me acompanhava antes da gravidez. Desde então, não voltei lá e devia, claro. O nutricionista e a minha cunhada trabalham juntos no hospital e ela explicou-lhe o meu caso. Eu já estou fartinha de adiconar farelo à sopa e de estar sempre à procura de fontes de fibra. De vez em quando, como poderão acompanhar no facebook do Teste Posiitvo, eu vou adicionando umas sementes ao iogurte e à fruta, nomeadamente chia e linhaça douraça.





Pois, afinal comer as sementes inteiras, desta forma, não será o mais adquado para o meu intestino e até poderá agravar a obstipação. O que nutricionista sugeriu foi que adicionasse uma colher de chá de sementes de linhaça dourada a um copo de água e deixasse a repousar durante toda a noite. A água irá fazer libertar uma espécie de gel das sementes e é essa água que vamos beber logo de manhã.



Por acaso, eu até coloquei duas colheres de chá porque acho que preciso de uma dose maior. Tapei o copinho não fosse algum dos meus gatos ficar curioso com aquilo (sim, no outro dia apanhei-os a beber juntos o leite dos meus cereais). De manhã, coei a água para uma chávena e fiz alguma pressão com uma colher nas sementes que ficaram no coador, dado que aí havia uma maior concentração de gel. Depois, aqueci um pouco a água porque estou habituada a beber água morna de manhã.

O sabor não é muito agradável, mas também não é nada de extraordinário. Sabe mesmo a sementes, mas bebe-se de uma vez e está o serviço feito. Eu não faço ideia se isto vai resultar ou não, dado que hoje foi o primeiro dia. Depois também posso partilhar os meus resultados. Se alguma de vocês já está habituada a fazer isto, digam-me o que acham.

19.2.14

Consulta das 28 semanas

Cheguei agora da minha consulta das 28 semanas, já a caminho das 29.

Perguntou-me como andava, se tinha desconfortos, ardor ao urinar. Falei-lhe que tenho tido contracções, apesar de serem daquelas sem dor, as Braxton-Hicks. Ele disse que até 3 ou 4 por dia seria normal. Eu não faço grandes esforços físicos e costumo ficar com a barriga mais dura, como se fosse uma cãibra, quando subo muitas escadas ou sento e levanto com frequência. Disse que deveria começar a tomar magnésio (Magnesona), juntamente com o Folicil. As tensões estava óptimas, como sempre estiveram. O teste de tolerância à glicose que fiz há duas semanas atrás também estava óptimo. Depois, fui para a balança para avaliar as desgraças deste último mês. Resultado: 70kg. Ele disse que tinha esperança que eu levasse o meu peso certinho, mas já está tudo fora dos carris. Bem, convém referir que ele usa como referência os 61kg do início da gravidez, quando eu emagraci 2kg. O meu peso normal é 63kg, logo engordei 7kg e não 9kg. Também não vou estar aqui a regatear 2kg. Um peso adequado é do meu interesse e não do médico ou do meu marido. Tenho que voltar à dieta equilibrada, mas custa tanto não ceder de vez em quando...

Depois, passámos à ecografia. E não é que a safada já deu a volta? Eu achei isto muito estranho porque sempre achei que fosse dar conta dela dar a volta. Pensava, mesmo, que pudesse doer. Afinal, é um bebé que a rodar sobre si mesmo dentro da minha barriga. De facto, notei que há mais ou menos duas semanas a minha barriga ficou mais pesada e maior. Pensei que fosse a criança que tivesse crescido. Mas foi mesmo a sensação de peso, por estar com a cabeça para baixo. Depois, duplamente safada, voltou a virar-nos o rabo. Estava completamente de costas. Vi-lhe o pescocito e uma orelhinha. Ele lá andou a medir a cabecita e diz que está com um tamanho normal para a idade. Também tinha líquido amniótico suficiente e, pronto, está tudo bem.

De volta à mesa, perguntei-lhe como seria o parto, tendo em conta o meu historial recorrente de hemorróidas. Ele garantiu-me que, em princípio, esse não seria um motivo para uma cesariana. Às 34 semanas, temos que fazer uma análise do meu útero, dos ossos pélvicos, do sangue e tudo isso determinará que tipo de parto será o mais indicado. Garantiu-me que já não há partos com dor, que um parto vaginal só de enfermeira é sempre o mais desejável, porque é sinal que não houve necessidade da intervenção médica.

Saí de lá cheia de medo do parto. Saber que a criança já está orientada para sair, dá-me uma sensação de que ela pode querer nascer a qualquer altura. O médico disse que os bebés podem querer sair em qualquer posição. Estar de cabeça para baixo não acelera partos. Adoro desfazer estes mitos da minha cabeça, mas confesso que não estou totalmente convencida.