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15.4.15

(Quase) 1 ano de mãe

Meti-me na maior aventura da minha vida. Não estou nada arrependida. Pensava que seria mais fácil; sabia que ia ser bom, mas é melhor ainda. Nem sei bem quando é que me tornei mãe. O dia em que descobri que estava grávida foi importante, senti-me imediatamente responsável por aquele bebé que o teste de gravidez me dizia que eu tinha na barriga. Havia opções mais saudáveis a fazer. Mas não foi aí. Acho que me senti a mãe do meu bebé quando ela comunicou comigo pela primeira vez. Fez-me uma festinha na barriga e, a partir desse momento, ela era a minha filha. Foi às 18 semanas de gravidez. Nunca gostei muito de estar grávida, mas adorava carregar a minha filha na barriga. Lembro-me de dizer, a determinada altura, que queria muito puxar a barriga até ao peito para poder abraçar a minha menina melhor. Esse dia chegou. Foi há quase um ano... Passamos tantos dias a querer segurar nos braços o nosso amado bebé e, eis que ele chega, e não sabemos o que fazer com ele. Eu sentia medo, um respeito por aquele ser que foi intimado a nascer. A minha principal preocupação era não a perturbar. Queria causar o mínimo incómodo possível. Se no início o colinho era para a princesa, logo logo percebi que era paliativo para mãe e filha. Sou 100% a favor do colo. Gosto e preciso desse contacto físico com a minha menina. Ela esteve 8 meses num ninho protector, ouvia a minha voz, sentia o meu coração a bater, conhecia os meus movimentos. Só acho natural prolongar esse ninho e tentar reproduzi-lo o mais tempo possível. Estou com a minha filha ao colo sempre que podemos. Ela agora está mais interessada em percorrer o chão da casa e andar agarrada a tudo, mas se a apanho com soninho vem logo para o colinho. Devo ter passado longas horas a carregar a minha filhota. 1 mês e meio depois dela nascer, recomecei o trabalho. Quantas chamadas de Skype eu fiz com ela ao colo! Quantas vezes lhe dei de mamar enquanto falava para o outro lado do mundo! Quantas horas passei eu a trabalhar só com uma mão... No outro braço estava o meu amor. Só assim fazia sentido para mim. Resultado: tenho dores fortíssimas nas costas e nos pulsos. Mas vale a pena porque precisamos de estar juntas. Enquanto tive o berço Next to me, da Chicco, ela estava mesmo ao meu lado na cama e era um prolongamento da minha cama. Estávamos coladinhas. Agora, está na cama de grades, mas continua ao meu lado. Contra a opinião da pediatra, mantive-a no meu quarto e só passará para o seu quando eu achar que é altura. Ainda não acho. De vez em quando (quase todos os dias), vem para a nossa cama e adora. Dormir com a minha pequenina não me causa qualquer problema. Ela gosta, eu gosto, o pai reclama, mas também gosta. Estamos juntos e ela está feliz, e isso é que me importa. Chuvas e chuvas de beijos. Estou constantemente a beijar a minha filhota. E ela já reclama. Já percebeu que é completamente exagerado. Não quero saber. Quem manda sou eu, e ela tem é que aguentar com os milhares de beijos que lhe dou. Sou daquelas mães que deixam tudo para traz para cuidarem dos filhos. Quando digo tudo, é tudo mesmo. Deixo o banho, o trabalho, os amigos, a minha alimentação. Nem me lembro. Não há qualquer sacrifício associado na hora. Claro que mais tarde, quando me apercebo do que faço, sinto no corpo a falta de disciplina que tenho. Adorava ser daquele tipo de mães que andam todas impecáveis, bem arranjadas, que seguem uma alimentação cuidada, têm tempo para si, para os amigos e para o bebé (?), que têm a casa arrumada e o bebé perfeito. Eu não consigo! Por aqui, reina o caos. Eu não como, não durmo, não saio de casa, não me arranjo. Há brinquedos espalhados por todo o lado, roupa que não foi arrumada, tenho restos de comida na roupa... Mas a princesa está sempre bem, bem alimentada, confortável, feliz, sempre em primeiro lugar. Tudo por ela! Estou a tentar melhorar a minha organização pessoal, mas não prometo nada. Este ano tem sido um carrossel de emoções, de falta de descanso.... Não o trocava por nada deste mundo, mas admito que podia ter tido este ano há mais tempo.

10.4.15

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Quem não se revê nesta imagem?

O comentário que me deitou mais abaixo veio cerca de 3 semanas depois de ter sido mãe. O meu marido insistiu imenso comigo para ir a um jantar de amigos (havia amigos que tinham vindo do estrangeiro). Eu debati-me, recusei, mas, por fim, aceitei e lá fui ao jantar. A minha filha ficou com os meus sogros, com o leitinho que eu tinha extraído com a bomba e mantivemo-nos sempre em contacto. Chega um casal se super-pais e lançam o comentário "Já consegues deixar a tua filha sozinha?" Fiquei logo furiosa comigo, por estar ali e não estar com a minha filha, zanguei-me com o meu marido por que ter convencido a estar ali. Aqueles pais são certamente melhores do que eu porque não deixaram a filha de 3 semanas com os pais. Será que são? Hoje sei que não.

Todas sabemos como as mulheres (e homens, já agora) podem ser crueis umas com as outras. Somo alvos de crítica, mas isso não nos impete de ir espetando umas alfinetadas, também. Acho que nos está no sangue. Falar mal dos braços gordos da outra, faz-nos sentir um pouco melhor com os nossos dentes feios.

No mundo da maternidade, as coisas não são melhores. Falar mal de uma mãe, torna-nos melhores mães. Falar mal dos filhos dos outros, eleva os nossos. Já pude perceber que as mães são autênticas feras e não se coibem de massacrar as outras que não seguem os mesmos preceitos. Basta ler os comentários que se fazem quando alguma mãe faz uma pergunta no facebook. De repende, ficamos todas especialistas no assunto, os nossos filhos são os maiores e as outras mães são umas falhadas. Mas, neste caso, houve uma mãe que pediu opiniões.

O mais insólito acontece quando não perguntamos nada a ninguém, estamos na nossa vidinha com o nosso filhote, e chegam as super-mães, sempre cheias de razão e de certezas. "Ah... o meu filho come muito bem. O teu não?", "O meu filho nunca fica doente. O teu está com uma cara esquisita...", "Dormes com o teu bebé? Isso é muito mau.", blá, blá, blá...

Tenho a certeza de que qualquer mãe, por mais segura e experiente que seja, já teve dúvidas, medos e ansiedades relacionadas com os seus filhos. Assusta-me que sejamos tão seguras quando são os filhos dos outros. Sobretudo, o que me assusta ainda mais, é a facilidade com que menosprezamos as outras mães. Não bastam as nossas inseguranças, e ainda vêm mais pessoas a fazerem-nos sentir menores, más mães. Acho que podemos ter conversas sobre filhos e maternidade sem nos magoarmos. Podemos partilhar experiências, usar algumas sugestões, ou não, aprender com os erros dos outros, ou esperar para errarmos com os nossos próprios erros.

Eu tento ter sempre cuidado com mães mais recentes do que eu. Imagino o quão assustadas não devem andar e não vale a pena deixá-las mais ansiosas com alguma asneira que possam estar a fazer. Vamos tentar ser todas mais solidárias e mais amiguinhas umas das outras. Quem fica a ganhar são os bebés. :)

5.3.15

Água anti-cólicas, anti-obstipação e anti-enjoo

Depois de ter passado por um grupo no facebook sobre alimentação de bebés e crianças, descobri uma coisa que pode ser muito útil para muitas mamãs e seus filhotes.

Muitas de nós sabemos o que é ter um bebé a chorar com cólicas ou passar dias sem fazer cocó. Parece que a água do Vimeiro é óptima para cólicas e obstipação. "É tiro e queda!" diziam.   

Fui pesquisar um pouco sobre isso e descobri que a água do Vimeiro tem, de facto, propriedades digestivas. E até já participou em Feiras do Bebé.

"O consumo regular de Vimeiro Original, uma água generosa em sais minerais e de pH neutro, é indicado para toda a família mas, em particular, para as grávidas e para os bebés, pois garante uma melhor hidratação, com a biodisponibilidade dos seus minerais, e auxilia o processo digestivo. O seu pH neutro ou levemente alcalino e a forte presença de Bicarbonato, ajuda a neutralizar os principais factores causadores do aparecimento de cólicas nos primeiros meses de vida dos bebés e, nas grávidas, limita as náuseas, vómitos e azias frequentes da gravidez.

A Vimeiro Original é uma água mineral natural que se destaca das restantes águas existentes no mercado português tanto pela sua composição e sabor como pelo facto de não precisar de ser fervida para posterior consumo. Esta é uma água funcional cujos elementos lhe conferem um sabor especial, característico de uma água mais mineralizada e que evidencia todas as suas propriedades nutricionais."

Eu ainda não tive a oportunidade de comprar e de experimentar na minha princesinha. Já passámos a fase das cólicas, mas com a introdução dos alimentos sólidos, ficou um pouco obstipada. Vou usar na preparação do leite e dar-lhe para beber.

Acho que esta dica pode ser útil a muita gente: grávidas, mães de bebés que tomam leite adaptado e que podem preparar o leite com esta água e todos os outros que já comem sólidos.

Por favor, dêem-me a vossa opinião e como correu com os vossos pequeninos. 




3.3.15

123 uma colher de cada vez

Fiquem aqui com o link para poderem descarregar este livro tão útil: 123 uma colher de cada vez.

Um guia de orientações nutricionais com mais de 180 receitas para crianças entre os 4 meses e os 3 anos de idade dividido pelas etapas consideradas mais relevantes em função das possibilidades de introdução dos alimentos. Com um pouco de organização, alguma criatividade e a ajuda deste guia, qualquer mãe ou pai conseguirá facilmente preparar, cozinhar e mesmo congelar um mês inteiro de refeições - em apenas uma ou duas horas - e ficar com tempo livre para os seus filhos em vez de o gastar na cozinha.

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23.2.15

As grávidas dos Oscars 2015

Qual é o vosso look preferido?

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11.2.15

O que um pai nunca deve dizer a uma mãe


  • Isso é trabalho de mãe.
Bem, a não ser que se esteja a referir a amamentar, nada é exclusivamente trabalho de mãe.
  • Preciso de ter privacidade.
Privacidade? A sério? Então e eu?
  • O que fizeste o dia todo?
Eles que se atrevam a perguntar isso e arriscam-se a levar um sermão de duas horas só para relatar o que se fez de manhã.
  • Outra vez pizza?
Sim, outra vez pizza. A não ser que queiras cozinhar-me o repasto que eu mereço, então aí não é pizza.
  • Estás com um ar cansado.
Obrigada, amor. Ando a trabalhar imenso para ter este look.
  • Não te preocupes!
Eu deixo de me preocupar quando tu deixares de me pedir que não me preocupe.
  • Onde é que estão as minhas meias?
A sério, não nos aborreçam com estas coisas.
  • Por que não fizeste isto ou aquilo?
Talvez porque não tenha sequer tempo para me coçar.

19.12.14

Uma vacina para o enxoval

Quando andamos nas aulas de preparação para o parto, levam lá diferentes laboratórios para falarem e impingirem os Kits de recolha de células estaminais. Acho que apelam demasiado ao coração dos pais, falando que é o melhor seguro de saúde que podemos dar aos nossos filhos e que daqui a muitos anos pode fazer falta e passa mas é para cá 1000€ (em média). Eu não fiz a recolha das células e dos tecidos estaminais. Espero não me vir a arrepender, claro, mas não acho que seja tão fundamental como vendem. Não os vejo é tão interessados em falar de vacinas que não estão cobertas pelo Sistema Nacional de Vacinação, mas depois todos os pediatras nos falam disso em todas as consultas. Não acham que protegem contra perigos bem mais reais, comuns e frequentes? Por que não alertam os pais para as vacinas e seus custos? Fiz esta mesma pergunta no centro de saúde e não me souberam dar uma resposta satisfatória. Falaram que as vacinas vêm do mesmo laboratório (com excepção da Rotarix e RotaTeq, que são de laboratórios diferentes) e não querem fazer publicidade. A sério? Então, isto é tudo uma tanga? Resume-me tudo a laboratórios farmacêuticos? Esta semana uma mamã confidenciava-me que estava na dúvida se fazia a sua cesariana no hospital público ou numa clínica. Apesar do seguro de saúde, ainda ia pagar à volta de 500€ pela cirurgia, estadia de 3 dias e acompanhamento do marido. Se as pessoas têm disponibilidade de dinheiro, avancem para os hospitais privados. Se há altura em que precisamos de simpatia, carinho e conforto é no parto. Se o dinheiro não abunda, nem duvidem que o hospital público é o melhor. Se é certo que muitos profissionais de saúde mais deviam era trabalhar em talhos, é aqui que se resolvem os problemas sérios que podem acontecer. Aqui temos todos os recursos de excelência à disposição. Mas não é um hotel e os funcionários de vez em quando lá despejam as suas frustrações para cima de nós. Para além disto tudo, relembrei a mamã em questão de que esses 500€ que vão para os 3 dias de férias no hospital privado, podem muito bem ser usados em vacinas. Falemos, então, de números redondos: - RotaTeq - 50€ x 3 - Prevenar - 60€ x 3 - Bexsero - 100€ x 4 Os pediatras alertam que é só se os pais fizerem questão e puderem, mas logo a seguir dizem que protegem contra doenças gravíssimas, potencialmente fatais e quando não são fatais podem deixar as crianças com lesões graves. Ãh? Então, é melhor dar. Ah, mas são doenças muito raras. Ah, ok, já estava a ficar assustada. Mas, mãe, já houve um caso aqui na cidade este ano e é contagioso. Convenceu-me logo ali! Refiro-me às meningites cobertas pela Prevenar e pela Bexsero. A RotaTeq protege contra um problema pouco grave mas muito comum, a gatroenterite. Infelizmente, acho que as crianças não deixam de ter gastroenterites, mas os seus efeitos ficam suavizados. Já fizeram contas à vida? Agora imaginem isto multiplicado por vários filhos... Primeiro, acho terrivelmente injusto que questões de saúde se prendam com dinheiro. Se as vacinas são importantes, o estado que as disponibilize a todas as crianças. Depois, as mães que não são médicas, como eu, precisam de ser realmente orientadas sobre a vacinação. Estas vacinas são mesmo importantes ou não? Vale a pena uma família endividar-se ou roubar à comida e ao conforto em casa para proporcionar estas vacinas aos seus filhos? Não acho justo os pais ficarem com sentimentos de culpa por não poderem pagar estas vacinas. Os filhos não têm culpa da situação financeira dos pais. Mamãs grávidas, queria alertar para esta questão enquanto preparam o enxoval dos vossos bebés. É que o enxoval não se faz só de babetes e cueiros. Quando vos perguntarem o que precisam, digam que precisam de uma dose da vacina x ou y. Vai ser uma ajuda e tanto.

6.12.14

Memórias da gravidez

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Sempre tive grande fascínio pela gravidez e pelo parto. Era tanto o respeitinho que lhes tinha (e ainda tenho) que eu tentava recolher o máximo de informação de todas as pessoas que já tinham tido filhos. O que mais me aborrecia era que não havia grande entusiasmo a descrever aquilo que eu considerava a maior aventura da vida de qualquer mulher. E, agora, eu percebo isso. Depois da criança nascer, a gravidez e o parto são completamente desvalorizados pelas mães. No meu caso em concreto, passei a gravidez toda focada na gravidez. Pensava no meu bebé como parte de mim e já só mais para o final pensava nele cá fora. Aí tinha mesmo muita vontade de agarrar na barriga e chegá-la mais para o peito e poder abraçar a minha menina. Fui registando, sempre que podia, as minhas impressões da gravidez, o que sentia, o que ia acontecendo. E ainda bem que o fiz porque já me lembro de muito pouco. Duas das minhas melhores amigas estão grávidas de 31 e 35 semanas e vão-me fazendo perguntas. Se me perguntarem o que sentia quando a minha bebé mexia, eu sei descrever com todo o rigor. Parece até que ainda consigo senti-la... Agora, se me perguntarem com quantas semanas ela ficou cefálica já não saberei dizer. Não sei quando fiz a análise da glucose, não sei quando fiz a ecografia morfológica. Não sei, não me lembro. Felizmente, graças ao meu registo, posso ir cuscar isso tudo. Quando, há umas semanas, fui procurar uma dessas informações até fiquei emocionada com o que li. Primeiro, parecia que eu estava a ler qualquer coisa que alguém escreveu, depois, fiquei a ler detalhes da minha vida e rapidamente as memórias voltaram. Comentei com o meu marido que adorava ler-me e ele achou que eu estava a ser arrogante e pouco humilde. Naturalmente, não me referia às minhas habilidades literárias (que sei que não tenho), mas sim à possibilidade de voltar atrás no tempo. É voltar a um tempo muito, muito feliz. Hoje, mãe da menina mais linda do mundo há quase 8 meses, também eu já esqueci daqueles detalhes que todas as grávidas (e as grávidas to be) querem saber. Tenho saudades de estar grávida e o parto foi óptimo. Só me lembro das coisas boas e parece que só houve mesmo coisas boas. Foi uma sucessão de acontecimentos que me trouxe a pessoa mais importante da minha vida. A natureza não brinca e tudo faz sentido. Faz-se uma formatação de tudo o que foi negativo e ficam só as memórias felizes. Se assim não fosse, quem iria querer ter mais filhos?

5.12.14

A casa de banho

Os sonos da minha filha são leves. Durante o dia, a maioria das sestas é de 20 minutos. Quando o rei faz anos dorme 1 hora. Ultimamente, à noite, tem sido difícil adormecer e depois acorda várias vezes durante a noite. Se é um pico de crescimento, então é um grande pico. Ontem, dormiu 7 horas seguidas. O meu corpinho nem acreditou. Hoje, já está a dormir desde as 23, portanto há quase 4 horas. Bem bom! Quando me apercebi que estava bem ferradinha no sono, fui a correr para a casa de banho. É das coisas que mais sinto falta - ir para a casa de banho, sem hora para sair. Isso acabou. Esta noite foi uma loucura! Fiz uma limpeza profunda na pele, apliquei um tónico e um creme de noite. Como vi que ainda dormia, arrisquei e removi o verniz que teimava em sair há vários dias. Não há cá tempo para verniz gel, como dantes. É assim a minha vida! São os privilégios de se viver com a bebé mais linda e amada do mundo. Ou estou a trabalhar para ela ou a olhar por ela. E agora cá estou a escrever isto e a olhar para ela, tão linda, a dormir de lado como a gente crescida.

3.12.14

Lista de enxoval do bebé

Encontrei esta lista e parece-me bastante completa. Por outro lado, não sei até que ponto isto tudo será necessário. Não estamos propriamente em altura de comprar coisas desnecessariamente.

Gostava que me dessem o vosso feedback sobre esta lista, tendo em conta que a minha bebé vai nascer no início de Maio.

Agradeço imenso a vossa ajuda e experiência.

Enxoval

Roupa
● 12 fraldas de pano de algodão
● 6 bodies interiores manga comprida (tamanho 50 cm)
● 6 bodies manga comprida (tam. 56 cm – 1 mês)

● 6 bodies manga comprida (tam. 62 cm–3 meses)
● 6 bodies manga curta (tamanho 3-6meses)
● 6 bodies manga curta (tamanho 3-6meses)
● 4 babygrows/pijamas (tamanho 50 cm)
● 6 babygrows/pijamas (tamanho 56 cm)

● 4 babygrows/pijamas (tamanho 62 cm)
● 3 calças com pés (interiores)(tamanho 50 cm)
● 3 calças com pés (interiores)(tamanho 56 cm)
● 4 camisas (3-6meses)
● 2 camisolas (1-3meses)
● 4 camisolas (3-6meses)
● 4 calças (3-6meses)

● 2 jardineiras (3-6meses)
● 5 pares de meias (vários tamanhos)
● 4 botinhas lã
● 3 sapatinhos (mas só a partir dos 3 meses)
● 3 casaquinhos (56 cm – 1mês)
● 3 casaquinhos (62 cm – 3 meses)
● 1 casaco de sair (56 cm)
● 1 casaco de sair (62 cm)

● 2 Casaquinhos sair 3-6 meses
● 6 babetes grandes com velcro e forro impermeável
● 6 babetes médios com forro e fecho velcro
● 7 babetes pequenos com forro e velcro
● 3 barretes/toucas (0-1)
● 4 barretes/toucas (1-3)
● 1 Par luvas

● 3 Sacos bebé

Quarto

● Espreguiçadeira

● Parque de actividades
● 1 alcofa Na compra do carrinho vem a alcofa
● Forro alcofa
● 2 resguardos alcofa
● 4 lençóis alcofa
● 2 cobertores alcofa
● 1 cama grades e colchão

● 1 Protecção grades 360º (vertbaudet) + forro colchão
● 3 resguardos
● 2 cobertores cama grades
● 1 edredão + 2 capas (comprar na vertbaudet)
● 4 lençóis cama grades
● almofada
● rolos laterais suporte bebé
● cesto roupa suja
● 1 cómoda
● 1 roupeiro
● intercomunicador
● luz presença
● Mobile

● Dossel para cama de grades

● Ursinho Dodoo

Exterior
● 1 carrinho
● 1 ovo conversível em alcofa - Vem com o carrinho
● 3 mantinhas
● saco/mochila - Vem com o carrinho
● brinquedo para ovo

● Porta documentos bebé

Banhos / higiene / saúde
● 1 banheira com suporte e rodas
● 4 toalhas banho com capuz
● gel banho/shampoo/creme hidratante
● 1 termómetro banho
● 1 tesoura unhas pontas redondas
● 1 aspirador nasal
● 1 termómetro para febre (se for dos normais convém escolher ponta mole)
● 1 escova e pente
● 1 esponja natural
● 20/50 fraldas pequenas ou recém nascido
● 50 fraldas etapa 2
● toalhitas
● creme rabinho
● Compressas esterilizadas para olhos e umbigo grande e pequena
● compressas não esterilizadas grandes e pequenas
● Álcool 70º
● algodão (próprio para bebés, que não largam pêlo)
● óleo de amêndoas doces
● soro fisiológico
● cotonetes bebé
● perfume sem álcool
● bebegel
● infacol (cólicas, acho que faz milagres)
● 2/4 chuchas (2 recém nascido)
● 1 guarda chuchas
● 1 corrente chucha

Alimentação
● 4 biberões Avent – 2 de 250 ml e 2 de 150 ml (as tetinas podem ser latex ou silicone com orifícios pequenos)
● 1 bomba p/ tirar leite manual Avent
● 1 escovilhão para lavar os biberões
● Esterilizador Microondas Avent
● aquecedor biberões (comprar só depois de nascer se fizer falta)
● termo biberões


Lista Mamã (maternidade)
● exames médicos + caderneta grávida
● creme mamilos (sugestão de dois milagrosos: lansinolt natural n precisa de lavar antes de dar de mamar e Purelan)
● creme massajar maminhas (trombocid)
● Protectores de mamilos (os da chicos são bons)
● discos absorventes (os do continente são óptimos)
● Compressas térmicas para o peito (por ex: Bebé Confort, servem para colocar quentes quando se der a subida do leite, para ajudar a desobstruir, ou a frio no peito dorido ou inflamado)
● discos de gel para mamilos gretados (aquamed produto novo... dizem que dá muito resultado)
● 3/4 camisas de noite abertas à frente
● cuecas descartáveis
● 2/3 soutiens de amamentação (Chicco, pré-natal ou playtex)
● Faixa ou cinta pós parto (opcional)
● elásticos p/ o cabelo
● escova cabelo
● pinturas
● 1 roupão
● 1 chinelos quarto
● 1 chinelos p/ banho
● pensos higiénicos (grande absorção)
● lenços papel
● produtos de higiene
● máquina fotográfica e filmar
● roupa para sair

Malinha bebé (maternidade)
● 4 mudas de roupa, separadas em saquinhos (e identificadas com etiquetas: 1º dia, 2º dia... etc)
● 2/3 fraldas de tecido
● fraldas descartáveis (na maternidade só deram para o primeiro dia)
● creme rabinho
algumas instituições disponibilizam produtos para os bebés, mas se souberem antes que não dão convém levar:
● compressas
● toalhetes
● álcool
● creme hidratante

Segundo algumas mamãs é importante acrescentar à lista itens importantes para quando chegarmos a casa:
● Betadine espuma (frasco encarnado) para a higiene da episiotomia
● uma compressa de gel em forma de penso que se pode usar a frio para aliviar as dores dos pontos
● um stock razoável de pensos higiénicos (não é necessário serem todos de grande absorção, depois o fluxo normaliza) tendo em conta que os lóquios duram aproximadamente um mês
● Deixar comida preparada ou assegurar alguém que a faça para os primeiros dias. O ideal seria deixar o frigorífico e a dispensa bem abastecidos...

22.11.14

7 meses | simbologia

Em muitas culturas, completar 7 meses ou anos tem um simbolismo muito forte. Sempre aprendi a "cheirar" este tipo de simbolismo ao ler e analisar literatura e rapidamente associei aos 7 meses da minha princesa.

Da Índia, chegou também a lembrança de que é muito auspicioso chegar aos 7.

~

O número SETE é certamente o mais presente em toda filosofia e literatura sagrada desde sempre. O número SETE é sagrado, perfeito e poderoso, afirmou Pitágoras, matemático e Pai da Numerologia. É também considerado um número mágico. É um número místico por excelência. Indica o processo de passagem do conhecido para o desconhecido. O SETE é uma combinação do TRÊS com o QUATRO; O TRÊS, representado por um triângulo, é o Espírito; o QUATRO, representado por um quadrado, é a Matéria. O SETE podemos dizer que é Espírito na Terra, apoiado nos quatro Elementos, ou a Matéria “iluminada pelo Espírito”. É a Alma servida pela Natureza.

O número QUATRO que simboliza a Terra, associado ao TRÊS, que simboliza o Céu, permite inferir que o SETE representa uma Totalidade em Movimento ou um Dinamismo Total, isto é, a Totalidade do Universo em Movimento.

O SETE é o número da Transformação, é a primeira manifestação do homem para conhecer as coisas do espírito, as coisas de Deus, a Criação. Ele é o número da Perfeição Divina, pois no sétimo dia Deus descansou de todas as suas obras. Ao lado do TRÊS, é o mais importante dos números sagrados na tradição das antigas culturas orientais.

Entre os judeus, a concepção oriental do SETE manifesta-se no Candelabro de sete braços (MENORAH), que representa tanto a divisão em Quatro partes da órbita da Lua, que dura 4 vezes 7, quanto os sete planetas.

Na Europa Medieval dava-se muita importância aos grupos de sete:
  • Havia SETE dons do Espírito Santo, representados na arte gótica em forma de Pomba;

  • SETE eram as virtudes;

  • SETE eram as artes;

  • SETE as ciências;

  • SETE eram os sacramentos;

  • SETE pecados capitais; e

  • SETE pedidos expressos no Pai Nosso.
Na Antiga China, o SETE deveria ser associado, enquanto número ímpar, ao princípio masculino do Yang, mas exprimia a ordenação dos anos de vida da mulher, que hoje se sabe estão presentes de forma similar também na vida do homem. A repetição por sete dias também era importante no culto dos mortos: a cada sete dias depois do falecimento, até o 49o.dia eram organizados festejos e sacrifícios em memória do morto. No sétimo dia do sétimo mês ocorria uma grande festa para as jovens mulheres e as moças.

Podemos citar ainda várias outras “coincidências” (?) em relação ao SETE: São 7 as notas musicais, foram 7 as pragas do Egipto, são 7 os Arcanjos, são 7 as obras de misericórdia. 7 são os níveis de densidade da matéria que nos envolve. O arco-íris tem 7 cores. As nossas células todas mudam de 7 em 7 anos. Temos 7 glândulas endócrinas. São sete os nossos chacras. Os 7 dias da semana também marcam profundamente nossos ritmos.

17.11.14

Dia Mundial da Prematuridade - Uma história real

No Dia Internacional da Prematuridade, partilho-vos a história de uma prematura de 25 semanas, que eu conheço pessoalmente. Leiam o relato da Maria, uma prematura de quase 20 anos, que vos fala na primeira pessoa.

É uma história linda de esperança e fé na medicina e nos pequenos grandes guerreiros.
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"Prematuros"

Fotografia de António Barreto, 2003

Por estes dias ouve-se muito falar de uma Margarida que nasceu com 25 semanas, no Dubai. No entanto, eu conheço uma Margarida que nasceu há quase 20 anos, também com 25 semanas, e hoje está aqui!

Nasci a 28 de Novembro de 1994, com 750 gramas e 32 cm. Devido ao meu baixo peso e ao tempo que tinha fui logo batizada, ficando inicialmente o meu nome a ser Maria. Logo de seguida fui transportada de emergência para a Maternidade Júlio Dinis, no Porto.

No Porto estive mais de três meses. Tão depressa aumentava o peso, como diminuía. Era um grama de cada vez…

As enfermeiras sempre me viam perguntavam à minha mãe se eu só me ia chamar Maria. Um mês depois de eu ter nascido, fui registada com o nome de Maria Margarida, nome de que gosto muito, mas não gosto que me chamem assim… (É sinal que a minha mãe me está a repreender).

Durante as férias de Verão, li um livro da Fundação Francisco Manuel dos Santos escrito por João Pedro George, um pai prematuro, chamado Prematuros. Enquanto, o lia pensava “coitadinhos destes bebés”. Não podia pensar isso de mim porque não me lembro de ter estado na incubadora apesar de, ter boa memória. Percebi bem o que os pais dos bebés prematuros sentem ao ver os filhos dentro da incubadora, cheios de tubos e máquinas à volta. Senti isso, quando há mais ou menos dois anos pedi aos meus pais se me podiam levar à Maternidade Júlio Dinis. Fui nas férias de Verão. Quando lá cheguei, pensei que não ia encontrar lá ninguém que tivesse cuidado de mim, mas mal entro a porta que dá para a Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, aparece uma das médicas que me tratou quando eu era muito pequenina. Conheceu-me logo, quase dizia o meu nome completo, porque reconheceu a minha mãe. Ajudou-me a concretizar o sonho de visitar a UCIN, arranjou uma bata para mim e lá entramos para eu conhecer a Unidade. À entrada reparei numa parede com fotografias de meninos e meninas, uns mais velhinhos do que outros, que deviam ter estado lá internados. Depois desse painel, viramos à direita, mas voltamos para trás, ou seja, para o lado esquerdo. Neste lado, havia três incubadoras, de cuidados intensivos, mas só duas é que estavam ocupadas. Do lado direito, eram as incubadoras dos bebés maiorzinhos, que mesmo assim não eram muito maiores do que os que estavam nos cuidados intensivos. Já não sei quantos estavam, nem sei se os cheguei a contar. Uns dentro das incubadoras arragadinhos ao dedo da mãe, ou do pai, outros a receberem cuidados e carinho das enfermeiras, ou ao colo da mãe, ou a beberem leitinho através do biberão, que esmo sendo dos mais pequenos, pareciam uma “coisa” gigante.

Se, por acaso, alguém for mãe, ou pai de um bebé prematuro não se esqueçam que o vosso filho/a vossa filha precisa do vosso amor, carinho e dedicação. Como li no livro que vos falei, “os pais são a primeira incubadora dos prematuros”.

Hoje, estou a uns dias de fazer 20 anos, meço 1,55m, tenho um problema de visão chamado Retinopatia da Prematuridade, mas que está controlado, ando no 2ºano de Administração Pública, na Universidade do Minho, e sou feliz! J Tudo isto graças aos meus pais, aos médicos e às enfermeiras, aos amigos e às orações de muitos, alguns que eu nem conheço que intercederam por mim ao Senhor e foram atendidos, à família e aos Professores que me ajudaram a crescer!

Maria Margarida Pires

12.11.14

E quando o Teste não é Positivo?

Passamos grande parte na nossa vida a evitar uma gravidez. Ensinam-nos como na escola, no Centro de Saúde, na farmácia, em casa. Dão pílulas, dão preservativos, há imensas opções para não se ter um bebé. Não podemos ter filhos porque somos ainda muito jovens, porque não temos relações estáveis, porque temos que terminar os estudos, porque precisamos de arranjar um emprego, porque precisamos de progredir na carreira, porque as finanças domésticas não permitem...

Quando, finalmente, se toma a decisão de ter um filho, engravidar pode não ser assim tão fácil. Confesso que só decidi ter a minha filha porque me aproximava dos 35 anos. Sabia que depois podia ser tarde demais e eu queria muito ser mãe. Felizmente, a coisa correu bem e engravidei rapidamente. Apesar de eu estar preparada para conseguir engravidar nos dois anos seguintes e ter ficado verdadeiramente surpreendida com o teste positivo, admito que me senti frustrada naqueles 2 ou 3 meses em que menstruei, apesar de não tomar a pílula. Comecei a questionar-me se algo não estaria errado comigo.

A infertilidade é bastante mais comum do que pensamos e afecta 1 em cada 6 casais. Em sociedades conservadoras, como a nossa, achamos facilmente que o problema é da mulher. Eu cheguei a ouvir um homem dizer "Ela nunca me conseguiu dar filhos!" e, afinal, o problema era dele, mas é muito embaraçoso para um homem admitir que possa ser infértil. Em 40% dos casos, o problema está com o homem, em 40%, com a mulher, 10% com ambos, e em 10% dos casos, a causa é desconhecida.

Um casal com infertilidade sofre, muitas vezes, em silêncio. Não só não tem o seu bebé tão desejado, como ainda tem que conseguir ficar feliz quando a prima ou a amiga ficam grávidas novamente, tem que arranjar desculpas para os outros para ainda não ter filhos e tem que saber gerir a frustração pessoal dentro do casal. Muitas relações não sobrevivem, mesmo, a esta provação. Assim que um casal decide juntar os trapinhos, começam as perguntas de quando vão ter filhos, e porque é que não têm filhos e há quanto tempo estão juntos... e têm de se rir e responder "um dia destes". Há uma pressão social muito grande e isso pode ter um impacto terrível num casal.

Pelas conversas que fui tendo com mulheres que atravessam este problema, é comum sentirem-se culpadas por não conseguirem gerar um filho. Muitas tentam há meses, outras há anos. Umas têm um problema médico diagnosticado, outras não têm qualquer problema físico. Perdem a vontade de trabalhar. Para quê? Para quem? O que fazer a todo o amor que têm dentro de si, se não o puderem passar a um filho? Isolam-se do mundo porque precisam de chorar à vontade.

O meu conselho é que chorem quando precisarem de chorar e depois levantar a cabeça e toca a lutar. Tão importante como procurar ajuda médica, é tratar a cabecinha. Precisamos de estar preparadas psicologicamente, seja para enfrentar a dureza dos tratamentos, seja para viver uma eventual gravidez ou mesmo para aceitar que o bebé tão desejado nunca vai chegar. Para todas estas realidades, temos que estar bem.

Toda a gente conhece pelo menos uma história de alguém que tentou durante anos engravidar, sem sucesso. Quando, por fim, aceitou que não podia ter filhos ou adoptou uma criança, a gravidez acontece. Deixou de haver pressão, ansiedade, stresse, a atenção virou-se para outro lado. É surpreendente, não é?

Não tenham receio da palavra infertilidade. Hoje em dia, não é uma sentença definitiva. Graças a clínicas especializadas, como a IVI, que dão todo o apoio médico necessário para ultrapassar estes problemas, um bebé é possível, sim. Foquem-se no vosso objectivo e visualizem-no. Abram espaço na vossa vida para um bebé. Nunca me esqueço desta frase "Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece." Não adianta de nada pensarem em tantas mulheres que abortam, tantas gravidezes indesejadas, pais que não gostam dos seus filhos. Isso não vos trará o vosso bebé. Preparem-se de TODAS as formas possíveis para receber um filho.

Quem deseja muito ter um filho, tem, sem dúvida, uma vontade imensa de dar amor a alguém. Como é óbvio, e posso testemunhá-lo, ter um filho é amar para além do imaginável. Mas não deixem de ser felizes porque não puderam conceber fisicamente um bebé. Em primeiro lugar, a nossa felicidade individual não deve depender de ninguém, seja filho, pai, marido, amigo. Depois, quem quer amar pode distribuir amor por outros lados e fazer outras pessoas muito felizes.

Muita força a todos e ficamos a aguardar muitos testes positivos.




30.10.14

Uma história muito bonita

Esta é uma história muito bonita, por isso merece ser contada mesmo desde o início.

Quando estava grávida, descobri que há uma tabela chinesa que desvenda o sexo do bebé, tendo em conta a data em que foi concebido e a idade da mãe. A mim prometia-me um rapazinho, mas não podia estar mais errada. Em Junho, resolvi perguntar às mães que seguem esta página no facebook se a tabela chinesa resultou no caso delas. As respostas foram imensas e as mais variadas e isso despertou a atenção do Departamento de Comunicação d'O Laboratório da Grávida, que resolveu presentear as minhas leitoras com um Teste de Determinação de Sexo Fetal, o chamado "Menino ou Menina". Para quê confiar em tabelas chinesas, se podemos ter a certeza científica?

Lancei o passatempo, fiz o sorteio e informei a vencedora. Dias depois, chegou uma mensagem que me emocionou:
"(...) Eu estou neste momento a fazer um tratamento de infertilidade, na IVI. Espero conseguir o meu positivo em breve e por isso decidi concorrer ao passatempo! Foi uma maneira de sentir que estava a dar mais um passo! Espero que tenha sido um bom presságio, ter ganho este prémio!
Tem sido um caminho complicadote, quase 2 anos a tentar ter o nosso bebé. Muitos testes negativos, muitos exames, nem sempre agradáveis e com resultados muitas vezes frustrantes.. Mas agora espero eu que aconteça muito em breve! Tenho a certeza que vale muito toda a espera, todos os sacrifícios que fizemos até agora, para termos o nosso feijoca nos braços! Já passamos por momentos de frustração quando não sabíamos o que se passava connosco. Mas, desde que começámos a ser acompanhados, ficamos muito mais descansados, por estarmos em boas mãos! "

Eu acredito que nós fazemos o nosso caminho e, naquele momento, eu sabia que por algum motivo o random.org tinha seleccionado o nome da Rita. Eu não conhecia a Rita e ela não me contou a sua situação antes do passatempo. Também não conheço nenhuma das histórias das outras pessoas que concorreram. Acredito que todas elas mereciam o teste e cada uma delas teria muito para contar, também. Mas, a Rita não estava grávida, queria muito um bebé e acreditou. E eu sei que o universo não dorme e logo trata de pôr as coisas no seu devido lugar.

2 meses depois, outra mensagem que ainda hoje me arrepia:
"Tal como lhe tinha prometido, aqui venho eu dar novidades!
Pois é, o seu feeling estava certo: foi um bom presságio ter ganho o passatempo do teste de determinação do sexo fetal! O nosso tratamento deu positivo à 1.ª tentativa! A nossa feijokinha já está connosco! Estou na 7.ª semana da nossa tão desejada gravidez e o coraçãozinho já bate!
Estamos tão felizes, a planear tudo para recebê-lo/a! Entretanto vou falar com a (...) para marcar a realização do teste!"

E, menos de um mês mais tarde:
"Hoje completamos 10 semanas da nossa feijoka! Fiquei de lhe dar notícias e aqui estou: já fizemos o teste de Determinação do Sexo Fetal! Vamos ter um menino! O meu marido está todo entusiasmado! Eu fiquei super feliz e, no fundo, já sentia que sabia! Sempre imaginei que ia ser um menino e sempre foi mais fácil pensar em nomes de menino do que de menina! Agora estamos na fase de escolher o nome... Temos 3 ou 4 na lista e andamos a "testá-los" ."

A vida deste bebé só está agora a começar e, no entanto, já temos isto tudo a contar sobre ele. Esta foi uma experiência muito inspiradora e espero que sirva de incentivo a outros casais. Agarrem-se a estes pequenos detalhes que podem trazer verdadeiros milagres às nossas vidas e acreditem. A mim... são estes casos que me fazem voltar ao blogue e à página todos os dias, mesmo estando muito cansada. Por fim, nada disto seria possível, claro, sem a generosidade d'O Laboratório da Grávida.

Digam lá se esta não é uma história muito bonita?

28.10.14

Para que eu não esqueça || As 5 competências parentais essenciais

A parentalidade é tentar fazer algo que nunca ninguém soube fazer bem, diz Sadhguru. Mesmo aqueles que têm 12 filhos estão sempre a aprender. Podem criar bem os primeiros 11, mas o 12º pode ser o cabo dos trabalhos. Sadhguru dá-nos dicas essenciais para criarmos bem os nossos filhos.
  1. Criar a atmosfera certa 
Saber criar a atmosfera necessária pode ser o maior desafio. Alegria, carinho, amor, disciplina, responsabilidade, tanto em nós, como em casa. Se dermos amor e apoio aos nossos filhos, a inteligência deles vai florescer naturalmente. Lembrem-se, os nossos filhos não têm que seguir os nossos passos na vida. Eles devem fazer coisas que nós nem sequer tivemos a ousadia de pensar. Só assim haverá progresso. Eles devem estar um passo à nossa frente, com mais alegria, menos medo, menos preconceito, menos constrangimentos, menos ódio, menos miséria. Esforcemo-nos para deixar seres humanos melhores do que nós no mundo, em vez de putos mimados.
  1. Conhecer as necessidades dos filhos
Muitos pais têm tantas aspirações e ambições para os seus filhos que os sujeitam a demasiado sofrimento e dificuldades. Querem que os filhos sejam aquilo que eles não foram, querem realizar as suas ambições através dos seus filhos e isso é extremamente cruel. Outros, por outro lado, dão tanto aos seus filhos que os tornam inúteis e incapazes. Há uma fábula que ilustra isto muito bem.

Um dia, um yogi viu um casulo ligeiramente rachado e a borboleta no seu interior lutava para sair do casulo, que era muito rijo. O yogi viu isto e, com toda a sua compaixão, abriu o casulo para que a borboleta pudesse sair. Quando saiu, a borboleta não conseguia voar. Era essa luta para sair do casulo que permitia à borboleta fazer uso das suas asas e voar. De que serve uma borboleta se não conseguir voar? Muitas pessoas, naquilo que acham que é o seu amor pelos seus filhos, tornam os seus filhos borboletas que não conseguem voar.

Não há uma regra para as necessidades de uma criança. Cada criança é diferente e não devemos estabelecer comparações. Cada uma precisa de uma dose diferente de atenção, de amor, de disciplina. Resta-nos conhecer as necessidades dos nossos filhos.

  1. Aprender com os filhos
Muitos pais acham que se tornam professores assim que um filho nasce. Na verdade, é exactamente o oposto. Quando nasce um bebé, chega a hora de aprender. A única coisa que temos que ensinar a um filho é a sobreviver porque viver já ele sabe. Um aduldo já passou por vários tipos de sofrimento, a criança não, ainda não tem influências. Por isso, só temos de aprender com eles e não ensinar.

  1. Deixar a criança ser 
Pais verdadeiramente preocupados com os seus filhos devem criá-los de forma a que os seus filhos nunca precisem dos pais. O processo de amar deve ser sempre libertador e não opressor. Por isso, quando um bebé nasce, devemos deixá-lo olhar à sua volta, passar tempo na natureza, passar tempo sozinho. Não devemos impor as nossas ideias, religião ou moralismos. Temos que permitir que cresça, que a sua inteligência floresça, que olhe a vida através dos seus olhos e não através da sua família ou da sua riqueza. Os pais devem ajudá-lo a aprender por si próprio, a usar a sua inteligência para ver o que é melhor para si.
  1. Ser alegre e estar em paz
Para criarmos bem uma criança, a primeira coisa a fazer é ser feliz. E nós bem sabemos como é difícil ser-se feliz nos dias de hoje, com tanta tensão, raiva, medo, ansiedade, inveja... O que é que eles vão aprender? Quem quer mesmo educar bem uma criança deve tornar-se numa pessoa querida, alegre e em paz. Quem conseguir executar esta mudança em si próprio, conseguirá ser bem-sucedido a educar uma criança.

27.10.14

Precisamos mesmo de mais crianças?

Quantas vezes ouvimos dizer que precisamos de mais crianças, que o país está envelhecido?

Precisamos de muitos filhos com pais que os deixam sozinhos em casa? Que os deixam à responsabilidade dos irmãos mais velhos, também eles crianças? Precisamos de muitos filhos que sejam educados sem conhecerem os pais, que aprendem a desenrascar-se sozinhos na rua? Precisamos de muitos filhos em famílias disfuncionais onde são trazidos ao mundo para aguentarem os casamentos dos pais?

Eu acho é que precisamos de bons pais, seja com muitos ou poucos filhos. Precisamos de pais que amem as suas crianças, que as queiram ter perto de si. Precisamos de pais que não coloquem o trabalho à frente da família, mas que trabalhem muito pensando nela. Precisamos é de crianças felizes, educadas, boas e saudáveis.

24.10.14

Enxoval do bebé

Nos últimos tempos, muitas mães têm-me abordado para perguntar sobre o enxoval do bebé. Lembro-me perfeitamente de andar em pânico com o número de babygrows e fraldas. São 12 ou 15? Para 1 mês, 3 meses? De molas? Que confusão. Publiquei, na altura, esta lista de enxoval que tinha encontrado na Internet.

Agora, que tenho 6 meses de mãe, parece-me mais do que oportuno fazer uma revisão à lista, acrescentando os meus comentários em Itálico e negrito. E, lembrem-se, não precisam de comprar tudo antes do bebé nascer.
Lista

Roupa
● 12 fraldas de pano de algodão - Eu já tenho muitas mais, de vários tipos, mas todas de algodão. Fui comprando. Nunca são demais, até porque se vão usando sempre.
● 6 bodies interiores manga comprida (tamanho 50 cm)
● 6 bodies manga comprida (tam. 56 cm – 1 mês)
● 6 bodies manga comprida (tam. 62 cm–3 meses)

Os bodies merecem um parágrafo inteiro. Eu só tinha bodies de manga comprida de 1 mês e de 1-3 meses. Acontece que a minha princesa nasceu muito pequenina (2,345kg) e foi necessário ir comprar bodies de tamanho 00 e 0. Como vivo na cidade, fui à Zippy e resolvi logo o assunto. Acho que não vale a pena investir em roupa muito pequena, porque se o bebé tiver um tamanho normal é dinheiro desperdiçado. Acabei por ter de comprar imensos bodies.

Os bodies devem ser todos de formato kimono. Esqueçam aqueles que são só de enfiar pela cabeça. São difíceis de vestir e é desconfortável para o bebé. Vão por mim. Quando maiores são os bebés, mais complicado se torna vesti-los. O problema não é a cabeça. Essa passa sem problemas. O difícil é vestir os braços. Escolham sempre bodies com formato kimono e que prendam com molinhas. Os lacinhos são muito bonitos, mas não são nada práticos. 

● 6 bodies manga curta (tamanho 3-6meses)
● 6 bodies manga curta (tamanho 3-6meses)

Só comprem bodies de manga curta se estiverem em ambientes muito quentinhos ou no verão.

● 4 babygrows/pijamas (tamanho 50 cm)
● 6 babygrows/pijamas (tamanho 56 cm)
● 4 babygrows/pijamas (tamanho 62 cm)

Os babygrows são, para mim, a peça mais importante de todo o enxoval. Os bebés ficam muito confortáveis, podem movimentar-se livremente e funciona como uma segunda pele. A minha filha não aceitava muito bem babygrows com colarinhos. Só agora, aos 6 meses, é que essas golas deixaram de lhe fazer confusão. Ainda hoje são a peça que ela mais usa.

● 3 calças com pés (interiores)(tamanho 50 cm)
● 3 calças com pés (interiores)(tamanho 56 cm)

As calcinhas com pés são fundamentais para acompanhar os bodies. Body + calças + babygrow.

● 4 camisas (3-6meses)

De preferência em forma de body. Se não for assim, sobe tudo e torna-se desconfortáve para o bebé. Não gosto muito.

● 2 camisolas (1-3meses)
● 4 camisolas (3-6meses)

É a mesma questão das camisas. Eu não gosto de roupa que possa movimentar-se. Como andamos com os bebés ao colo, é meio caminho andado para as camisolinhas subirem.

● 4 calças (3-6meses)
● 2 jardineiras (3-6meses)
● 5 pares de meias (vários tamanhos)

Não usei nem um único par de meias de recém-nascido. Só se forem collants.

● 4 botinhas lã

Não usei, mas dão imenso jeito para aquecer os pezinhos dos bebés. Não apertam e são fofinhas.

● 3 sapatinhos (mas só a partir dos 3 meses)

A minha filha tem sapatos de todos os tamanhos mas pouco os usou. Mesmo os sapatos mais confortáveis são desconfortáveis e eles estão sempre a tentar tirá-los. Há pessoas que acham giro ver um bebé como um mini-adulto e, claro, os sapatos fazem falta para o conjunto. Porém, aos bebés não fazem falta alguma.

● 3 casaquinhos (56 cm – 1mês)
● 3 casaquinhos (62 cm – 3 meses)
● 1 casaco de sair (56 cm)
● 1 casaco de sair (62 cm)
● 2 Casaquinhos sair 3-6 meses

Também usei pouco os casacos. Preferia mantê-la quentinha na manta. Por isso, nada de comprar demasiados casacos. 3 de cada tamanho é exagerado.

● 6 babetes grandes com velcro e forro impermeável
● 6 babetes médios com forro e fecho velcro
● 7 babetes pequenos com forro e velcro

Babetes nunca são demais. Impermeáveis, de felpo, de tecido, do que quiserem. Os babetes de recém-nascido ainda servem à minha filha, que tem agora 6 meses. Efectivamente, prefiro os babetes que fecham em velcro. São mais fáceis de colocar e tirar com uma só mão. Os de mola exigem 2 mãos e o clique pode acordar um bebé que dorme. Os que apertam com um cordel não são nada práticos, mas são adaptáveis a qualquer tamanho.

● 3 barretes/toucas (0-1)
● 4 barretes/toucas (1-3)
● 1 Par luvas

Não comprei luvas.

● 3 Sacos bebé

Não comprei.

Quarto

● Espreguiçadeira. A minha filha tem uma normal, com vibração, da Fisherprice. Se tivesse ido a tempo, comprava uma Mamaroo.

● Parque de actividades. Nos primeiros tempos, não é necessário.
● 1 alcofa. A minha alcofa vinha com o carrinho e é rígida, apesar de não ser homologada para carro, usei muito em casa. Dá para elevar a base.
● Forro alcofa. Não sei o que é. Não comprei.
● 2 resguardos alcofa. Comprei, mas não usei.
● 4 lençóis alcofa. Comprei, mas usei os lençós no berço.
● 2 cobertores alcofa. Os bebés não devem usar cobertores. As mantinhas são suficientes.

A minha filha ainda não foi para a cama de grades, por isso falarei deste assunto mais tarde. Ainda dorme num berço tipo sidecar (acho que se chama moisés), colado à minha cama. Assim, tenho acesso directo a ela durante a noite.

● 1 cama grades e colchão
● 1 Protecção grades 360º + forro colchão
● 3 resguardos
● 2 cobertores cama grades
● 1 edredão + 2 capas
● 4 lençóis cama grades
● almofada
● rolos laterais suporte bebé
● cesto roupa suja
● 1 cómoda
● 1 roupeiro
● intercomunicador
● luz presença
● Mobile

● Dossel para cama de grades

● Ursinho Dodoo

Exterior
● 1 carrinho
● 1 ovo conversível em alcofa. Há muito poucos modelos destes. Convém pesquisar antes.
● 3 mantinhas. Se tiverem um tamanho maior, podem até comprar mais. Dou-lhes muito uso. De forem tricotadas, certifiquem-se de que não têm buraquinhos. Os bebés enfiam logo lá os dedos. ● saco. Comprem um bem grande. O meu é demasiado pequeno e a tralha é muita. ● brinquedo para ovo
● Porta documentos bebé. Não uso.

Banhos / higiene / saúde
● 1 banheira com suporte e rodas. A minha é da Zippy.
● 4 toalhas banho com capuz. As de recém-nascido cedo deixam de servir. Não comprem mais do que 2. As grandes servem sempre.
● gel banho/shampoo/creme hidratante. Eu uso Uriage e LR.
● 1 termómetro banho. O cotovelo é um excelente termómetro.
● 1 tesoura unhas pontas redondas. Nunca usei esta tesoura nas unhas. Não é prático. Uso um corta-unhas pequeno, sempre que ela está a dormir.
● 1 aspirador nasal. Muito útil, mas deve ser usado com cuidado.
● 1 termómetro para febre (se for dos normais convém escolher ponta mole)
● 1 escova e pente. Só uso a escova.
● 1 esponja natural.
● 20/50 fraldas pequenas ou recém nascido
● 50 fraldas etapa 2
● toalhitas. Prefiro as Dodot Activity.
● creme rabinho. Uso o creme Eryplast. Basta uma embalagem.
● Compressas esterilizadas para olhos e umbigo grande e pequena
● compressas não esterilizadas grandes e pequenas
● Álcool 70º
● algodão (próprio para bebés, que não largam pêlo)
● óleo de amêndoas doces
● soro fisiológico
● cotonetes bebé
● perfume sem álcool. Não comprei e incomoda-me que pessoas com perfumes fortes se aproximem do meu bebé.
● bebegel. O meu aliado contra as cólicas.
● infacol. Nada destas coisas ajudou nas cólicas.
● 2/4 chuchas (2 recém nascido). Usar as amostras que dão. A minha filha não gosta de chupetas.
● 1 guarda chuchas
● 1 corrente chucha

Alimentação

Aguardar para ver se o bebé será amamentado ou não. Podem adquirir um ou 2 biberões para o caso do bebé não poder ser amamentado.
● 4 biberões Avent – 2 de 250 ml e 2 de 150 ml (as tetinas podem ser latex ou silicone com orifícios pequenos). Usei da Chicco e da MUM.
● 1 bomba p/ tirar leite manual Avent. Usei da Medela.
● 1 escovilhão para lavar os biberões.
● Esterilizador Microondas Avent. Comprei o esterilizador eléctrico da Chicco.
● aquecedor biberões (comprar só depois de nascer se fizer falta). Não é necessário.
● termo biberões. Só comprei termo para manter a água quente.


Lista Mamã (maternidade)
● exames médicos + caderneta grávida
● creme mamilos. Usei Purelan.
● creme massajar maminhas (trombocid). Não precisei.
● Protectores de mamilos (os da chicos são bons). Usei da Medela.
● discos absorventes (os do continente são óptimos). Usei da Chicco.
● Compressas térmicas para o peito (por ex: Bebé Confort, servem para colocar quentes quando se der a subida do leite, para ajudar a desobstruir, ou a frio no peito dorido ou inflamado). Não comprei.
● discos de gel para mamilos gretados (aquamed produto novo... dizem que dá muito resultado)
● 3/4 camisas de noite abertas à frente. Um pijama aberto à frente faz o mesmo efeito.
● cuecas descartáveis. Não comprei. São completamente desnecessárias. Usei cuecas de algodão normais.
● 2/3 soutiens de amamentação. Os soutiens da WomenSecret são muito bons. Comprei 2, mas davam jeito 3. Amamentei pouco, por isso não foram necessários.
● Faixa ou cinta pós parto (opcional). Não usei.
● elásticos p/ o cabelo
● escova cabelo
● pinturas
● 1 roupão
● 1 chinelos quarto
● 1 chinelos p/ banho
● pensos higiénicos (grande absorção). Os meus eram da Auchan. Comprei 3 pacotes de níveis de aborção diferentes.
● lenços papel
● produtos de higiene
● máquina fotográfica e filmar
● roupa para sair

Malinha bebé (maternidade)
● 4 mudas de roupa, separadas em saquinhos (e identificadas com etiquetas: 1º dia, 2º dia... etc). Usei sacos de congelação grandes.
● 2/3 fraldas de tecido
● fraldas descartáveis (na maternidade só deram para o primeiro dia)
● creme rabinho
algumas instituições disponibilizam produtos para os bebés, mas se souberem antes que não dão convém levar:
● compressas
● toalhetes
● álcool
● creme hidratante

Segundo algumas mamãs é importante acrescentar à lista itens importantes para quando chegarmos a casa:
● Betadine espuma (frasco encarnado) para a higiene da episiotomia
● uma compressa de gel em forma de penso que se pode usar a frio para aliviar as dores dos pontos
● um stock razoável de pensos higiénicos (não é necessário serem todos de grande absorção, depois o fluxo normaliza) tendo em conta que os lóquios duram aproximadamente um mês
● Deixar comida preparada ou assegurar alguém que a faça para os primeiros dias. O ideal seria deixar o frigorífico e a dispensa bem abastecidos...

9.9.14

Um ano de Teste Positivo

Há um ano atrás, tentava gerir da melhor forma possível a notícia de que ia ser mãe. Foi complicado. Foi um susto enorme, muito embora fosse uma gravidez planeada. Acho que nunca estamos verdadeiramente preparados.

Durante toda a minha gravidez, o meu blogue e respectiva página no facebook foram completamente anónimos. Isso permitiu-me falar abertamente sobre (quase) todos os assuntos. Eu precisava disso. A maior parte das pessoas que nos rodeia não gosta que nos queixemos, não está para nos ouvir. Já têm os seus problemas e não querem (legitimamente) viver os das outras pessoas. E eu tinha imensa coisa para falar, para desabafar e esta foi, sem dúvida, a melhor forma. Eu escrevia, mesmo que ninguém lesse. E escrevia sobre futilidades, sobre como não gostava de estar grávida, sobre as minhas dores, sobre as alegrias... E o mais engraçado é que começou a haver alguém a ler. Uma pessoa, depois outra e mais outra. Como o que eu escrevia saía de dentro do meu coração, sem filtros, logo havia pessoas a identificar-se também. E daí surgia uma conversa e começávamos a trocar experiências. O blogue, que foi criado para me ajudar apenas a mim, logo passou a ajudar outras mulheres. Foi uma excelente forma de percebermos que não estamos sozinhas numa das fases mais importantes da nossa vida.

A criação da página do facebook facilitou a comunicação e interacção com outras pessoas. Todos os dias recebo mensagens de outras mulheres, mães ou não. Não sei porquê, mas muitas pensam que sou alguma especialista e fazem-me todo o tipo de perguntas. Pois, não sou especialista, só estive grávida uma vez e de apenas 8 meses, logo não tenho experiência quase nenhuma. Tenho a minha vivência e só sobre essa posso falar. As perguntas que faço, sobretudo no facebook, são para recolher mais informação para muitas mães que pedem ajuda. E só posso agradecer a prontidão com que todas colaboram. Não posso deixar de reparar, também, que muitas mamãs não hesitam em criticar as outras. Não nos podemos esquecer que já todas falhámos e, certamente, iremos falhar de novo. A maternidade não é uma ciência exacta e todos somos seres imperfeitos.

Gostava de poder dedicar-me mais ao blogue, mas a falta de tempo não mo permite. Um bebé e um trabalho a tempo inteiro, mais tudo o resto, não me deixam muita disponibilidade para lavar a alma através da escrita. E tanta falta que me faz!

Quero agradecer a todas as pessoas que, à distância, me ajudaram ao longo deste ano. São pessoas que eu não conheço e, no entanto, trataram-me com imenso carinho. Quero agradecer a quem me lê em silêncio, a quem alimenta o meu blogue e me dá força e vontade para continuar a escrever, a quem me ensina tanto. Quero agradecer às marcas que estabeleceram parcerias comigo e que permitem que eu vos possa porporcionar uns miminhos de vez em quando.

E, por fim, mas não menos importante, quero agradecer à minha filha que é o motorzinho disto tudo. Ela fez-me experimentar sensações que eu desconhecia, fez-me viver a aventura da minha vida e é a obra mais perfeita que alguma vez conseguirei fazer. Por ela, mesmo nos dias mais escuros, consigo sorrir sem esforço, consigo sentir felicidade sem culpa. O meu projecto de vida é fazer com que esta pessoa pequenina seja feliz todos os dias da sua vida.







5.9.14

Maternidade e trabalho

Trabalhei a tempo inteiro até ao dia em que a minha filha nasceu. Menos de um mês e meio mais tarde, já estava de volta ao trabalho. Foi a muito custo que o fiz e bastante contrariada.

Trabalhar durante a gravidez não me custou muito. Trabalhei grande parte do tempo no meu sofá, ora sentada, ora deitada. O trabalho que faço não é muito exigente fisicamente, por isso não foi muito preocupante ter trabalhado tanto.

Trabalhar menos de um mês e meio depois do parto, isso, sim, foi arrasador. Em primeiro lugar, eu estava fisicamente debilitada. Não pelo parto, mas pela maternidade. Ter um bebé é fisica e emocionalmente desgastante. Apesar de exausta, tudo o que eu queria (e quero!) era cuidar da minha cria, estar perto dela, vê-la respirar, vê-la medrar. Sermos obrigadas a interromper isso é de uma violência que não se consegue explicar. Tentei o mais possível não me separar da minha filha, mas nem sempre foi possível e compreendido por todos. Hoje, tento trabalhar com ela ao meu lado, mas a atenção que não lhe dou a todo o momento, perde-se para sempre.

Infelizmente, a sociedade espera que sejamos boas mães, mas também boas profissionais, boas esposas, boas amigas, boas filhas e boas mulheres (ou mulheres boas). Na minha perspectiva, isso não existe. A ideia de mulher glamorosa, elegante, bem sucedida, linda, amada, cheia de filhos lindos e bem comportados não existe. Muitas mulheres tentam passar essa imagem e nós, burras, acreditamos que é possível. Pior, as pessoas perto de nós acreditam que é possível e incentivam-nos a atingir esse nível. Eu não me consigo dedicar a tudo e a todos nesse grau de excelência que é esperado. E, para me tentar aproximar ao de leve desse patamar, eu fico para trás. É o que tem acontecido. Tenho-me deixado ficar para trás para responder a todas as expectativas que têm de mim.

Nos últimos meses, tenho pensado muito na minha vida. Apetece-me mudar tudo, agora que tudo já mudou para sempre. E, no meio de tanta reflexão, de tanto reposicionamento perante o que realmente me importa, recebo 2 notícias a nível profissional que me podem alterar a vida: uma promoção (daquelas que não nos trazem mais dinheiro, mas mais responsabilidades e trabalho) e a possibilidade de viajar para o estrangeiro em trabalho.

Numa altura em que só me apetece ficar quieta a observar a minha linda menina crescer, estas mudanças todas não me agradam. Compreendo que o Portugal dos dias de hoje não traz muitas oportunidades a quem as quer e trabalha muito para isso e eu não sou ingrata. Deus tem-me posto muitas coisas boas no meu caminho e eu tenho sabido usá-las sabiamente. Perante estas propostas, eu fui dizendo que sim, mas só me apetecia ter dito que não. Da promoção não me escapo, mas vou tentar o mais possível não ir para o estrangeiro. Não me vejo longe da minha filha e, sobretudo, não tão longe. Desejei isto tudo há muito tempo atrás. Agora não.

Nestas alturas, (e perdoem-me aquelas pessoas que infelizmente não têm um trabalho) não consigo evitar sentir uma pontinha de inveja daquelas mães que têm o privilégio de estar todos os minutos do dia com os seus filhos e poderem dedicar-lhes todo o seu tempo.



“Mothers are all slightly insane.”

J.D. Salinger, The Catcher in the Rye

23.8.14

As outras mães

Como vivo numa cidade pequena, facilmente encontro as mesmas pessoas nos locais que frequento. Há um casal, com um bebé pouco mais velho do que a Mia, que vai os mesmos restaurantes. De todas as vezes, vejo o pai a trazer o carrinho e a posicioná-lo ao seu lado. "Conduzir" o carrinho do bebé é uma coisa que, habitualmente, os homens gostam de fazer. É, mais ou menos, como ter o poder sobre o comando da televisão. Ou a ilusão de que têm esse poder. Ora, o que não é tão habitual é ver o homem ficar com o bebé ao seu lado e prestar-lhe todo o tipo de assistência durante o jantar, enquanto a mãe janta calmamente. Não é habitual, nem é errado. Provavelmente, a mãe já fica com o bebé durante todo o dia e noite, e esta é uma forma de poder relaxar um pouco. O pai pode ser um pai do tipo mãe (também conheço muito poucos) e fazer questão de cuidar do seu filhote, tal como a mãe. Só não acho habitual. De todas as vezes que os encontrei, o bebé chorava sempre. Das outras vezes, levava a Mia comigo e nem prestava muita atenção porque tinha com quem me ocupar. Hoje, a Mia não foi e tive a oportunidade de observar tudo com calma. Sentaram-se mesmo ao nosso lado. Novamente, o pai ficou com o bebé e a mãe do lado oposto da mesa. O bebé chorou a noite toda. O pai ia abanando o ovo na tentativa de sossegar o bebé. Nada. O bebé estava desesperado. A mãe comia a sua refeição, falava ao telefone, não se mexeu do lugar. As outras pessoas do restaurante já olhavam para lá porque o choro do bebé simplesmente não terminava. Eu evitava olhar porque não queria constranger os pais. Não bastava terem o filho naquele estado e ainda levarem com os olhares de estranhos. O que me apetecia fazer era levantar-me, pegar naquele bebé ao colo e tentar sossegá-lo. Acho que de todas as vezes que fui jantar fora com a Mia houve sempre um ou outro momento em que tive que segurar nela ao colo e lá ia comendo só com uma mão. Os restaurantes têm muito barulho, muita gente e é natural que os bichinhos não consigam descansar. Aquele menino não estava bem. Por fim, uma hora depois de terem chegado, a mãe levanta-se e troca de lugar com o pai, pega no seu filho ao colo e (surpresa!!!) o bebé sossegou e até sorriu. O bebé só queria a mamã e ela negou-lhe isso aquele tempo todo. Eu não gosto de julgar as outras mães porque elas é que conhecem os seus filhos e sabem como se sentem e os querem educar, mas o meu instinto de mãe só me dizia que devia ir pegar aquele bebé no colo. Não quero saber se se vão habituar ao colo ou não, se vão ficar mimados ou não. Para mim, um bebé não deve chorar. Se chora é porque está mal e, se está mal, não pode estar. Há muito tempo, quando forem mais crescidos e realmente perceberem as coisas, para os educarmos. Não querendo criticar, mas já criticando, a atitude passiva daquela mãe chocou-me. Primeiro, porque se procurava ter uma noite relaxada não conseguiu. Nem ela nem ninguém. Segundo, e mais importante, ela não esteve à altura das necessidades do seu bebé. Eu sei que sou uma exagerada, mas não consigo ser de outra forma. A minha filha suspira e eu estou logo em cima dela. Sou uma mãe ansiosa, mas tenho uma bebé muito calma. E, vocês, como são? Identificam-se com a mãe do restaurante?