17.3.17

Pais que trocam fraldas

Eu já sabia que que ia receber umas fraldinhas da Dodot, mas não tinha percebido que estava associado ao Dia do Pai. Bem, a mensagem que está no saco deu-me imensa vontade de rir porque, no nosso caso, não podia estar mais errada.

Ora, as necessidades do papá cá de casa não têm nada a ver com fraldas e nem com toalhetes. Esse departamento foi-me atribuído e apenas 3 vezes o papá trocou uma fralda. Sim, 3 vezes em 3 anos. Mas fiquei muito feliz por saber que mais de 80% dos pais de hoje não têm pruridos em mudar fraldas. Cuidar dos nossos filhos ajuda a criar laços profundos, é mais uma forma de amar. E mudar fraldas também é, não tenho qualquer dúvida.


A minha preferência relativamente a fraldas sempre recaiu sobre a Dodot. Experimentei mais 2 ou 3 marcas e, muito honestamente, não vale a pena. Todas deixam muito a desejar. A minha preocupação, nesta fase, é mesmo ter fraldas que aguentem xixis de uma menina de quase 3 anos. Não me posso arriscar a passar a noite a mudar pijamas e lençóis. Para isso, nada melhor que o sistema de tubinhos. Não há fugas e a humidade é muito reduzida. Não há melhor! E eu sei que mães e pais que trocam fraldas também sabem disso.

14.3.17

Carnaval 2017

E este post chega com quase 1 mês de atraso... mil desculpas.

Andava preocupada com a roupa de carnaval para a Maria Victória. Fui aos sites habituais de disfarces para crianças e não encontrei nada de novo. Ela ainda é pequenina, não tem grandes preferências e ainda não faz exigências deste tipo. Ou seja, as decisões sobram
para mim e eu não gostei de nada.

O seu primeiro carnaval viveu-o antes de fazer 1 ano. Comprei um fato de sapo super giro nessas lojas de disfarces. Como ainda não andava, ficou mesmo fofa! Era quentinho e permitia usar a roupa normal por baixo. Giro e barato!


No ano seguinte, ela já gostava muito da Minnie. As Minnies a que tive acesso não eram muito do meu interesse. Nós vivemos em Trás-os-Montes e aqui está frio no Carnaval. Não me apetecia nada vesti-la com uma roupinha de verão, super fininha... Encontrei o que pretendia na RoyalPearalicious. Um fato de Minnie feito em condições e muito original e alternativo. Não vi uma única Minnie igual a esta. Como o fatinho de ovelha do Halloween (Zippy) ainda lhe servia e também era quentinho, usou os dois. Que tal?


Este ano, a coisa complicou-se. Com tanta coisa que faço ao mesmo tempo, não me apercebi que o Carnaval já estava a aproximar-se. Dei uma volta pelos sites de disfarces... nada me entusiasmou. Procurei a Masha e não encontrei em lado nenhum. Nada! A Maria Victória continua a preferir a Minnie, mas eu acho que a Masha tem imensa piada enquanto ela tem este tamanhinho. Além disso, ela é muito parecida com a Masha. Faz de toda a gente gato sapato. Falei com a avó da Maria Victória e ela encarregou-se de mandar fazer o fato. Um fato, convenhamos, que não tem nada que se lhe diga. Ainda não percebi como não se lembraram de vender fatos da Masha. O fato ficou pronto mesmo na sexta-feira de Carnaval. Encomendei um fato de urso de adulto para que o pai fosse o urso, mas ele não achou muito confortável. Tive de recorrer ao urso de peluche lá de casa. Eu adorei o resultado! É uma roupa muito simples e com um impacto visual muito forte. Claro que quem não tem filhos não percebeu aquele fato. Achavam giro, mas não sabiam o que era.

Não está adorável a minha Masha?

27.1.17

Acupunctura

Já queria fazer acupunctura há muito tempo, mas nunca tinha surgido a oportunidade. Há cerca de 6 meses resolvi marcar uma consulta. Nunca mais larguei.
Eu procurei ajuda para tratar a ansiedade. Estou a fazer outros tratamentos paralelamente, por isso não posso atribuir à acupunctura todo o mérito. Por outro lado, também não sei o que aconteceria se só tivesse feito acupunctura. O certo é que me sinto muito melhor, as consultas são muito agradáveis e as agulhas não são nada assustadoras.

Habitualmente, são-me colocadas agulhas nos pés, nos braços, nas mãos, nas orelhas e na testa. A que oferece mais resistência é a da testa (mas cada vez menos), mas é precisamente por isso que tenho ansiedade. Nas mãos só dói se as mexer. No resto do corpo não sinto absolutamente nada. E depois é só ficar ali a relaxar um pouco com as agulhas.

No final, são-me colocados uns adesivos nas orelhas com uma semente. É suposto andar uns 3 dias com os adesivos e ir pressionando as sementes. É como se eu continuasse a fazer acupunctura nos dias seguintes. Já tomei banho e fui ao cabeleireiro e os adesivos cá estão a cumprir o seu propósito.

20.1.17

O primeiro cocó do papá

Pode parecer mentira, mas hoje o papá cá de casa trocou a primeira fralda com cocó. Era algo que já não pensávamos que fosse acontecer porque a criança está a 3 meses de fazer 3 anos.
Hoje, devido a uma série de circunstâncias, o pai ficou sozinho com a Maria Victória durante 1 hora. Passou o tempo todo a mandar-me mensagens porque a menina andava aflita para fazer cocó, mas não queria fazer. Desde que ela teve problemas com obstipação, de vez em quando tem medo de fazer e piora as coisas. Hoje, era o segundo dia em que não fazia cocó. Já ia tomar medidas mais drásticas (Movicol), se não fizesse durante a tarde. Pois, fez naquele período de tempo que esteve com o pai. E nem sequer fez na sanita, foi mesmo na fralda.
Assim que cheguei, perguntei quem a tinha limpado. E diz ela, toda satisfeita, que tinha sido o papá. Ele estava muito calado e só me disse que se fosse diarreia a tinha enfiado debaixo do chuveiro. Pelos vistos, não foi nada traumático.
Honestamente, não percebo este problema de alguns homens (acredito que são cada vez menos) com os cocós. O meu homem sempre saiu do espaço onde estávamos cada vez que havia um cocó. Cheira aquilo à distância e afasta-se logo. Eu era assim até ter sido mãe. Nunca o cheiro de uma fralda suja me incomodou, bem pelo contrário. É uma felicidade enorme sempre que há cocó. Nunca insisti para que ele o fizesse porque nunca houve necessidade. Ele fazia outras coisas, apesar de eu ser a cuidadora por excelência cá em casa. Porque ele não se importa e porque eu faço questão.
Havia sempre alguém por perto que podia mudar fraldas de cocó. Até hoje! Foi o baptismo de cocó!

19.1.17

Tocofobia

Há uns dias, recebi uma mensagem no facebook de uma mulher que me perguntava se eu tinha tocofobia. Eu disse-lhe que sim, que até já tinha escrito sobre isso quando estava grávida (texto aqui), mas que já tinha ultrapassado mais ou menos esse medo com o nascimento da minha filha. Então, ela diz-me que eu não devo ter tocobia porque consegui ter um filho. Ora, para quem não sabe, a tocofobia é o medo irracional da gravidez e do parto.

Depois dessa mulher ter lido o meu texto, disse que parecia que tinha sido escrito por ela, mas ao longo da conversa que tivemos pude perceber que o caso dela era muito mais sério do que o meu. Ela tinha a minha idade, 38 anos, queria muito ser mãe, já tinha estado grávida, mas abortava sempre. E abortava de propósito, tal era o pânico de estar grávida. Vivia completamente amargurada, culpada e infeliz pelo que tinha feito e com uma série de comportamentos mais ou menos incompreensíveis (enfia-se dentro do armário, cospe a cama toda). Realmente, este caso de tocofobia era muito mais severo do que o meu, mas ainda assim esta mulher sentiu-se felicíssima por ter encontrado alguém que conseguia compreender o seu sofrimento. Confesso que os abortos que ela fez me chocaram, mas eu também não estava no seu lugar. Eu não sei o que é ter o seu sofrimento. Só sei que ela quer muito ser mãe e terminámos a conversa com outro tom. Havia esperança nas suas palavras e uma decisão de ser mãe.

Eu espero tê-la inspirado com o meu pequeno exemplo de superação, se é que lhe posso chamar isso. Superação no sentido de ter conseguido arranjar forças para ter decidido engravidar. O mais difícil é mesmo a decisão porque, no meu caso, tudo o resto foi muito fácil. A gravidez vai-nos dando hormonas que ajudam a enfrentar a gravidez com alegria e felicidade e também fui muito abençoada no parto. Nada traumático! O que eu temia não aconteceu. Se fiquei curada? Não, fiquei. Continuo a recear o medo, mas agora já tenho a vantagem de saber o que uma gravidez e um parto trazem - o maior amor do mundo. Lembro-me de ter uma grande amiga grávida quando a minha menina era ainda um bebé pequenino e eu só lhe dizia, aliviada: "A minha já está fora..." Claro que ela me chamava uns nomes feios na hora, mas eu sentia mesmo pena de ela ter ainda de passar pelo parto.

As pessoas que têm este medo irracional devem procurar ajuda profissional. Se o desejo é ter filhos, acreditem que vale a pena enfrentar o medo. Não se sintam sozinhas!


18.1.17

A RENA GRÁVIDA

Numa floresta, uma rena grávida estava prestes a dar à luz. Ela encontra um campo relvado, próximo de um rio que corria vigorosamente. Este parecia ser um lugar seguro. 

De repente, as dores do parto surgem. Ao mesmo tempo, nuvens escuras surgem no céu e um raio dá origem a um incêndio na floresta. Ela olha para a sua esquerda e vê um caçador com a sua seta apontada para ela. Olha para a sua direita e vê um leão esfomeado a aproximar-se. 

O que pode a rena grávida fazer? Ela está em trabalho de parto! O que irá acontecer? Será que a rena vai sobreviver? Será que vai conseguir dar à luz a sua cria? Irá a cria sobreviver? Ou será que tudo será calcinado pelo fogo da floresta? Será que morre pela seta do caçador? Ou terá uma morte horrível às mãos do leão faminto que se aproxima dela?  

Está limitada pelo fogo por um lado e pelo rio por outro e engaiolada pelos seus predadores naturais. O que é que ela faz? Ela foca-se em dar à luz uma nova vida! A sequência de eventos é a seguinte: 

- um raio cai e cega o caçador
- ele lança a seta e atinge o leão esfomeado
- começa a chover e o fogo diminui drasticamente por causa de chuva
- a rena dá à luz uma cria saudável. 

Também na nossa vida há momentos de escolha, quando somos confrontados por todo o lado com pensamentos e possibilidades negativas. Alguns pensamentos são tão poderosos que nos engolem. Talvez possamos aprender com a rena. A prioridade da rena, naquele momento preciso, era simplesmente dar à luz aquela cria. O resto não estava nas suas mãos e qualquer acção ou reacção que alterasse o seu foco poderia resultar em morte ou desastre. 

Pergunta-te. Qual é o teu foco? Onde está a tua fé e esperança? No meio de qualquer tempestade, mantém a fé sempre. Esta nunca te irá desiludir. Nunca.