20.11.13

Sou oficialmente uma Bimbalhona!

Finalmente, comprei uma Bimby.

Na cozinha, sou uma nulidade. Graças a isso, e a um marido também preguiçoso, passamos a vida a jantar no restaurante, na casa dos pais, a encomendar comida e a aquecer comidinha da mamã no microondas. No meio desta desorganização toda, sempre tentei fazer uma alimentação saudável. Tentava, mas nem sempre era possível, como é óbvio. Comidas rápidas dificilmente são sinónimo de comidas saudáveis.

Com a gravidez, fiquei cada vez mais consciente de que é importantíssimo fazer uma alimentação saudável. Preocupa-me que possa engordar muito, que tenha tensão alta, diabetes e essas coisas todas a que ficamos expostas quando estamos grávidas e com as defesas mais em baixo. Andava super dependente das sopas da minha mãe. Ela não vive na mesma cidade que eu. Via-me forçada a congelar a sopa em doses individuais e descongelar cada vez que comia sopas. É certo que podia fazê-la eu mesma, afinal é apenas uma sopa e não tem grande ciência, mas sou mesmo incapaz de sequer fazer uma sopa. Acho que é o tempero.

Ontem entregaram-me a Bimby. Hoje, já fiz uma sopa deliciosa de courgette e cebola, apenas um pouco de sal e azeite. Sem qualquer dificuldade, consegui fazer uma sopa light, saborosa e saudável.

O meu objectivo com a Bimby é poder fazer uma alimentação variada, de forma fácil e poder cozinhar para amigos e família (sem ter que encomendar comida). O meu maior receio é conseguir resistir às coisas fantásticas e fantasticamente calóricas que a Bimby faz num estalar de dedos. Vamos ver se é melhor a emenda do que o soneto.







A primeira sopinha :)

Os cremes e eu, eu e os cremes

Eu e os cremes não temos uma boa relação.

Como qualquer mulher, sou obcecada por cremes. Quando passo por eles no supermercado, na perfumaria ou na farmácia, eles chamam por mim, pedem-me que os leve para casa, gritam que me fazem muia falta, que me vão pôr linda. Tenho em casa uma parafernália deles, para tudo e mais alguma coisa. Durante uma semana, uso o creme religiosamente e depois vou perdendo o interesse. Ficam aqui por casa, moribundos, meio cheios. Quando me lembro, lá os vou aplicando até que têm idade de ir para o lixo. É sempre assim.

Desde que descobri que estou grávida, que toda a gente me fala da importância de aplicar regularmente um creme gordo na zona da barriga, rabo e pernas e peito. Durante duas semanas, (e ainda nem barriga tinha) fiz isso 2 vezes por dia, de manhã e à noite. Mas cedo me apercebi que aquilo não era para mim. Comecei com o tradicional creme gordo. Não gosto da textura, do cheiro (ficava mesmo enjoadita), sujava-me a roupa toda por mais que espalhasse e detestava a sensação de ficar colada à roupa. Depois, por indicação médica, comecei a usar o Velastisa da Isdin. É muito suave, cheira bem, é absorvido rapidamente, pelo que não se cola à roupa. Ora, perante isto, eu poderia usar o belo do creme todos os dias... mas não! Agora que a barriga já se vislumbra, só aplico o creme só depois do banho, e quando me lembro. Ainda por cima, agora está frio. Custa-me tanto espalhar o creme quando eu estou quentinha e senti-lo tão gelado em mim.

Preciso de arranjar uma forma de incluir o hábito de aplicar o creme nas minhas rotinas. Não sei como vou fazer... Por outro lado, a médica disse-me que ter ou não ter estrias tem uma componente genética muito forte. Vou esperar que os genes me ajudem, já que eu não me consigo ajudar a mim própria.



17.11.13

Não gosto de estar grávida

Não gosto de estar grávida, mas quero muito ser mãe (só para que conste).

Ontem, fiz um desabafo no meu facebook (www.facebook.com/TestePositivo). Escrevi o seguinte:



"Hoje não me apetece estar grávida... Sou má por pensar assim?"

E coloquei esta imagem:





Isto gerou alguns comentários. A maior parte das meninas disse que era uma fase, que estes sentimentos são normais. Provavelmente, algumas delas já tinham passado por isso. Mas houve um comentário que me deixou bastante triste. Ora vejam:

"De certa forma sim, pensa quantas mulheres gostariam de estar e por algum motivo não conseguem engravidar, agradeça a Deus por essa vida que carrega em seu ventre sempre e tenha paciência tudo vai passa, pensa nessa alegria que vai ter logo,logo em seus braços, tudo vai valer a pena, cada desconforto que passou.....bju"



Gostava de esclarecer que toda a vida quis ser mãe, mas nunca tive grande vontade de engravidar. Sentir-me enjoada, doente, com dores de barriga, estar emocional, engordar, alargar, ficar cheia de borbulhas, estrias, ser cortada ou rasgada, levar pontos na zona mais sensível do corpo, entre outras coisas boas, não fazem parte da minha lista de desejos. Ser mãe, sim.



Não acho que uma mulher que carregue no seu ventre uma criança seja mais ou melhor mãe do que uma que crie uma criança. A capacidade de amar nada tem a ver com parir. Sobre esse assunto nem me vou alongar, dado que são inúmeros os exemplos de péssimas mães biológicas.

No meu caso, toda a vida disse que se pudesse ter um filho, de outra forma que não fosse através da gravidez, o faria. Claro que era meio a brincar, meio a sério. Tendo em conta que sou uma pessoa, graças a Deus, saudável, resolvemos ter um bebé pelos meios naturais. Sou muito maternal e não ser mãe não fazia parte dos meus planos. No entanto, sou muito prática e estava preparada para a eventualidade de não conseguir ter filhos biologicamente. Nunca estive preparada para não ser mãe. Tenho a certeza de que ira ser mãe de qualquer outra forma.



Sobre aquelas mulheres que não podem ter filhos, lamento mas não me sinto culpada por eu ter conseguido engravidar e elas não. Entendo a sua dor e desespero, se pudesse fazer alguma coisa para ajudar, fá-lo-ia. Como não posso fazer nada, só me resta lamentar a sua sorte e desejar que mude. Não é por haver mulheres que não podem ter filhos que me sinto mais abençoada. Nem se pode ter filhos por esse motivo. Se for por aí que as pessoas trazem crianças ao mundo, então algo vai muito mal.



Falando sobre mim e sobre a minha gravidez, que é por isso que criei este blogue, gostava de dizer que esperei até aos 35 anos para ser mãe. Até nisso fui muito abençoada. Andei sempre acompanhada por médicos, que me diziam que tudo estava bem. Engravidei muito rapidamente. Procurei ter uma vida boa para poder receber uma criança. Creio que eu e o meu marido temos os meios suficientes para proporcionar uma vida confortável ao nosso bebé e, mais importante do que isso, temos muito amor para lhe dar. Toda a família está muito envolvida e ansiosa pela chegada do primeiro neto. Esperei até aos 35 anos por ser uma pessoa responsável e por querer o melhor para a minha família.



Estou muito feliz e excitada por receber a nossa menina. Se a pudesse ter já hoje, linda e saudável, nos meus braços, não hesitava. Se gosto de estar grávida, apesar dos poucos sintomas que tenho? Não, não gosto. Se tudo vai valer a pena? Claro que sim.

14.11.13

É uma menina!!



O meu médico é um querido. Na última consulta, vendo a ansiedade do meu marido em querer saber o sexo do nosso bebé, disse que podíamos passar pelo consultório ontem para ver o sexo.

Então, às 14 semanas e meia, ficámos a saber que vamos ter uma menininha. E o mundo do meu marido desabou. Ficou em silêncio e pediu para ficar sozinho depois da consulta. Foi uma vida inteira a desejar ter um companheiro dos carros, motas, helicópteros e futebol. Ele sempre sentiu pena dos amigos que tinham meninas; como é que eles brincavam com elas? Depois, ia ficando cada vez mais assustado com os amigos que, um após outro, iam tendo rapazinhos. Começava a pensar que a probabilidade de termos um menino ia decrescendo. E eles brincavam com o pânico de ele ter uma menina... Que os filhos deles iam namorar com a nossa filha, etc., etc.

O mais temido aconteceu. O médico disse que quase de certeza absoluta que é uma menina. Eu estou muito feliz. Mas é uma felicidade incompleta porque não vejo o pai da minha menina feliz. Sei é que uma questão de tempo, que ele vai aceitar, que vai adorar ser pai de uma menina linda e que ela vai adorá-lo.

Perguntou-me, a medo, o que é que ia fazer com uma menina... Não sei, mas sei que vai ser a pessoa que mais vai amar no mundo.

8.11.13

Detesto queixar-me e não gosto muito de pessoas que estão sempre a queixar-se. Aliás, já desactivei o meu LIKE de páginas onde as pessoas estavam sempre a queixar-se. Ou eram elas ou eram os filhos, ou era a tosse, ou era a febre, mais uma queda, mais uma ida ao hospital. Não tenho muita paciência para isso. Já temos que lidar com os nossos problemas, e ainda temos que levar com as queixas dos outros?

Hoje sou eu que estou doente... E estou grávida. Pela primeira vez, consegui colocar-me no lugar de algumas pessoas. A minha preocupação não é apenas comigo, mas também com o bebé que tenho na barriga. Fico aterrorizada só de pensar que para me tratar posso fazer mal ao bebé. Sinto-me mal e acho que isso pode fazer mal ao bebé.

Infelizmente, tal como tanta gente, sinto necessidade de partilhar as minhas ansiedades e medos com o mundo, na esperança de conseguir encontrar conforto, alguém com o mesmo problema. Provavelmente, estou a aborrecer alguém que terá problemas mais graves do que os meus. Espero que não deixem de me ler. Amanhã será melhor. Espero.

6.11.13

Saúde 24

Hoje liguei para a Saúde 24.

Acordei de madrugada, dormi mal. Estava cheia de dores de garganta, toda entupida. Ontem, andei a chá de gengibre, mel e canela e tomei dois Ben-U-Ron. Bem sei que precisava era de um anti-inflamatório, mas devido à gravidez sei que não é possível.

Logo de manhã, liguei para a Saúde 24. Foram muito simpáticos e atenciosos. Mesmo sendo uma mera dor de garganta, fizeram imensas perguntas, ora relacionadas com a dor de garganta, ora com a gravidez. Senti-me bastante segura.

Prescreveram-me pastilhas para a garganta da marca Duk, de 2 em 2 horas, até 3 dias no máximo, soro fisiológico ou água do mar para adultos para o nariz, e continuar com o Ben-U-Ron de 8 em 8 horas, até 5 dias no máximo. Para além disto, muitos líquidos mornos e prestar muita atenção à febre e a eventuais pontos brancos na garganta.

Esta linha é fantástica e espero que nunca acabe. Evitaram-me uma ida ao hospital (possivelmente, vinha de lá pior e ia atrasar os serviços a quem precisaria mesmo de estar lá) e assim posso ficar descansadinha em casa a recuperar.