6.9.14

Vencedor Passatempo "Kioske das Artes"

Quero agradecer a todos pela participação em massa neste passatempo. Foi mais um sucesso, graças à qualidade do artigo em sorteio.

A fraldinha personalizada foi atribuída à participante Rita Correia. Por favor, entre em contacto com o Kioske das Artes para reclamar o seu prémio. Muitos parabéns!









5.9.14

Maternidade e trabalho

Trabalhei a tempo inteiro até ao dia em que a minha filha nasceu. Menos de um mês e meio mais tarde, já estava de volta ao trabalho. Foi a muito custo que o fiz e bastante contrariada.

Trabalhar durante a gravidez não me custou muito. Trabalhei grande parte do tempo no meu sofá, ora sentada, ora deitada. O trabalho que faço não é muito exigente fisicamente, por isso não foi muito preocupante ter trabalhado tanto.

Trabalhar menos de um mês e meio depois do parto, isso, sim, foi arrasador. Em primeiro lugar, eu estava fisicamente debilitada. Não pelo parto, mas pela maternidade. Ter um bebé é fisica e emocionalmente desgastante. Apesar de exausta, tudo o que eu queria (e quero!) era cuidar da minha cria, estar perto dela, vê-la respirar, vê-la medrar. Sermos obrigadas a interromper isso é de uma violência que não se consegue explicar. Tentei o mais possível não me separar da minha filha, mas nem sempre foi possível e compreendido por todos. Hoje, tento trabalhar com ela ao meu lado, mas a atenção que não lhe dou a todo o momento, perde-se para sempre.

Infelizmente, a sociedade espera que sejamos boas mães, mas também boas profissionais, boas esposas, boas amigas, boas filhas e boas mulheres (ou mulheres boas). Na minha perspectiva, isso não existe. A ideia de mulher glamorosa, elegante, bem sucedida, linda, amada, cheia de filhos lindos e bem comportados não existe. Muitas mulheres tentam passar essa imagem e nós, burras, acreditamos que é possível. Pior, as pessoas perto de nós acreditam que é possível e incentivam-nos a atingir esse nível. Eu não me consigo dedicar a tudo e a todos nesse grau de excelência que é esperado. E, para me tentar aproximar ao de leve desse patamar, eu fico para trás. É o que tem acontecido. Tenho-me deixado ficar para trás para responder a todas as expectativas que têm de mim.

Nos últimos meses, tenho pensado muito na minha vida. Apetece-me mudar tudo, agora que tudo já mudou para sempre. E, no meio de tanta reflexão, de tanto reposicionamento perante o que realmente me importa, recebo 2 notícias a nível profissional que me podem alterar a vida: uma promoção (daquelas que não nos trazem mais dinheiro, mas mais responsabilidades e trabalho) e a possibilidade de viajar para o estrangeiro em trabalho.

Numa altura em que só me apetece ficar quieta a observar a minha linda menina crescer, estas mudanças todas não me agradam. Compreendo que o Portugal dos dias de hoje não traz muitas oportunidades a quem as quer e trabalha muito para isso e eu não sou ingrata. Deus tem-me posto muitas coisas boas no meu caminho e eu tenho sabido usá-las sabiamente. Perante estas propostas, eu fui dizendo que sim, mas só me apetecia ter dito que não. Da promoção não me escapo, mas vou tentar o mais possível não ir para o estrangeiro. Não me vejo longe da minha filha e, sobretudo, não tão longe. Desejei isto tudo há muito tempo atrás. Agora não.

Nestas alturas, (e perdoem-me aquelas pessoas que infelizmente não têm um trabalho) não consigo evitar sentir uma pontinha de inveja daquelas mães que têm o privilégio de estar todos os minutos do dia com os seus filhos e poderem dedicar-lhes todo o seu tempo.



“Mothers are all slightly insane.”

J.D. Salinger, The Catcher in the Rye

4.9.14

Há um ano atrás...

Há um ano atrás, já estava grávida e não sabia.

A minha querida filha foi planeada, mas nunca esperei que fosse engravidar tão rapidamente. Diziam que as mulheres mais velhas podiam demorar cerca de 2 anos para engravidar e eu estava à espera disso. Afinal, tinha acabado de fazer 35 anos.

O dia do teste positivo foi assustador. Eu tinha todos os sintomas óbvios, mas nunca me passou pela cabeça que fosse uma gravidez. Eu andava muito distraída com a minha vida. Tenho um trabalho muito exigente e absorvente e, durante o mês de Agosto, tive a visita de uma amiga que veio da Índia. Tudo isso, as saídas com os amigos e o ginásio, levaram-me a crer que todo aquele sono que eu sentia era um cansaço extremo. Eu dormia a noite toda, se pudesse dormitava depois do almoço e depois do jantar ficava com uma moca de sono inexplicável. Muitas vezes ia jantar fora e tinha que vir logo para casa para me deitar no sofá. Tomei uma decisão: em Setembro não iria ao ginásio. Foram vários meses seguidos a treinar, sem férias, sem descanso. Precisava de descansar.

As dores que eu sentia nas mamas não eram cansaço, claro. Sentia realmente muitas dores ao fazer o mínimo movimento. Subir e descer escadas (que eu tenho dentro de casa) era um martírio. Tinha que o fazer devagar porque sempre que as meninas se agitavam, doía. Virar-me na cama deixou de acontecer. Neste caso, eu achava que era tensão pré-menstrual. Uma tensão pré-menstrual que nunca mais acabava, simplesmente porque eu não sabia a quantas andava.

O outro sintoma óbvio era a frequência com que eu ia fazer xixi. Esta confundiu-me bastante porque eu bebia imensa água, logo era natural que fosse muito à casa de banho.

Durante o fim-de-semana, eu não me conseguia arrastar para lado nenhum e comecei a juntar todos os sintomas na minha cabeça. Assim meio a brincar, descarreguei uma aplicação que dizia quais as probabilidades de estar grávida. A aplicação pedia a data da última menstruação. Não me lembrava. Mas sabia que no dia 6 de Agosto tinha ido ao cinema e estava com muitas dores menstruais. Passou a ser essa a data. Resultado: grandes probabilidades de estar grávida. Fiquei com esta informação só para mim, com medo que fosse verdade. No sábado à noite, saí com amigos. Apesar de só ter bebido 1 Coca-Cola, fui umas 3 vezes à casa de banho. Estava a subir as escadas para voltar para a mesa e já tinha vontade de fazer xixi de novo. Partilhei com a minha amiga a minha suspeita. Fiz novamente o teste da aplicação ao lado dela e ela pulava de alegria por mim.

No dia seguinte, dormi o dia todo. Saí para jantar e a minha cabeça pesava de sono. Passei por um supermercado, comprei o teste e estava POSITIVO.

31.8.14

Liebster Award


 


A querida Cristina do My Space by Cristina desafiou-me a responder a este questionário. Acho uma óptima ideia, pois vai permitir conhecermo-nos um pouco melhor. Obrigada, Cristina! Espero que gostem!


 


1) O que te levou a criar o blog?


Eu criei este blog há quase um ano, no dia em que fiz um teste de gravidez que deu positivo. Apesar de ser uma gravidez planeada, fiquei em pânico com o resultado e precisei de escrever sobre o assunto. Nesse dia, nasceu este blog.


 


2) O teu blog revela a tua verdadeira personalidade ou é a pessoa que não consegues ser offline?


O meu blog reflecte autenticamente o que eu sou e o que eu penso. Como o blog foi anónimo durante algum tempo, isso permitiu-me falar livremente sobre todas as emoções que ia sentindo ao longo da gravidez. E é essa honestidade que quem me lê espera de mim. Por isso, sim, revela a minha verdadeira personalidade.


 


3) Define o teu blog num parágrafo.


O meu blog é uma espécie de diário de gravidez e de maternidade e de feminilidade.


 


4) O teu lema de vida qual é?


Não tenho um lema de vida. Creio que todos lutamos pela nossa felicidade e é isso que faço diariamente.


 


5) Quais são os teus planos para o futuro?


Tenho algumas, mas pequenas, ambições. A principal é ser feliz e que a minha filha seja feliz. Isso já inclui muita coisa, não é?


 


6) Qual a tua profissão?


Sou supervisora de uma equipa de tradutores e revisores de texto numa empresa multinacional.



7) Qual o teu blogue favorito?


O meu blog favorito é o meu, perdoem-me a imodéstia. É o meu bebé e fala muito do meu bebé. Depois, leio uma série de outros blogs sobre temas que me interessam muito, como a maternidade, lifstyle, moda, tendências, compras...


 


8) Qual a tua viagem de sonho?


Não consigo apontar apenas um destino, porque há vários que me apaixonam. Não fosse o meu medo de voar e acho que iria passar a vida a conhecer outros lugares. Sou mais do tipo urbano, apesar de vir do campo, e adorava conhecer toda a Europa. Não gosto de fazer viagens a correr. É preciso tempo para conhecer o local, a sua gastronomia, cultura e pessoas. Sem pressas.


 


9) Se tivesses que escolher uma única coisa para levares para um refugio, o que seria?


O meu iPhone com ligação à Internet. Podia falar com as minhas pessoas, ler, saber notícias. E podia desligá-lo sempre que quisesse.


 


10) O que anda sempre contigo na mala?


iPhone, chaves, dinheiro.


 


11) Qual o teu maior sonho?


Ser feliz.


 


As pessoas que desafio estão ao comando dos seguintes blogs:


 


My Miracle Baby L


For girls


Mamã, a babada


hoje para jantar temos


LoveLab


A Menina da Mamã


 


Desafio as meninas dos blogues supra referidos a responder às mesmas questões.


1) O que te levou a criar o blog?
2) O teu blog revela a tua verdadeira personalidade ou é a pessoa que não consegues ser offline?
3) Define o teu blog num parágrafo.
4) O teu lema de vida qual é?
5) Quais são os teus planos para o futuro?
6) Qual a tua profissão?
7) Qual o teu blogue favorito?
8) Qual a tua viagem de sonho?
9) Se tivesses que escolher uma única coisa para levares para um refugio, o que seria?
10) O que anda sempre contigo na mala?
11) Qual o teu maior sonho?

 



Regras:
– Colocar a imagem do Liebster Award no blog
– Responder às 11 questões colocadas pelo blog que a nomeou
– Nomear 4 a 11 bloggers (não vale repetir quem nos nomeou)
– Avisar quem nos nomeou que o desafio foi aceite para a pessoa ver as respostas



 

30.8.14

Vacinas dos 4 meses

Esta semana fomos ao centro de saúde para a Mia tomar as vacinas dos 4 meses. Já não sabia se tomava também a Rotateq ou a Prevenar. Na dúvida, levei as duas.O Centro de Saúde parecia uma feira. Estava apinhado de gente. Mantenho-me sempre da parte de fora, com o ovinho tapado para evitar que a Mia respire aquele ar. Atendeu-nos uma enfermeira nova que eu ainda não conhecia e que não conhecia a Mia. Perguntou-me se eu esterilizava os biberões. Devo ter ar de porca, só pode... A vacina que tinha que tomar agora era a Rotateq. Da primeira dose, quem lha deu fui eu. Dei com muito cuidado para que não deitasse nada fora. Nem uma gotinha saiu. Agora, deu a enfermeira e foi tudo para fora. Pediu-me a chupeta para empurar a baba e vacina. Eu ando sempre com chupetas atrás, mas a Mia não gosta muito. Enfim, acho que esta dose foi para o tecto. E agora? De quem é a responsabilidade? Depois, deu a vacina injectável dos 4 meses e a minha menina não chorou. Portou-se muito bem e eu fiquei bem mais aliviada.

Está a crescer muito bem e, por esse motivo, só deverá começar com as papas lácteas sem glúten aos 6 meses. Também não tenho pressa nenhuma em introduzir as papas. Dos 3 médicos que seguem a Mia, todos são apologistas das papas aos 6 meses, mas sei que há "correntes" divergentes.

Depois, fomos ao médico de família. Gosto imenso dele, é super prestável, muito disponível e verdadeiramente preocupado com toda a família. Mas depois pergunta-me se agora os bebés andam nessas coisas. Estava a referir-se ao ovo. Confirmei que sim e disse que os recém-nascidos não podem sair do hospital sem ser no ovo. Essa foi a informação que me deram, mas ele não a conhecia. E lá ficámos a discutir as liberdades de um pai querer sair com o seu filho colo da maternidade ou hospital. O ovo é o modo mais seguro de transportar um bebé de carro, mas e se eu não tiver carro? E se eu morar ao lado do hospital?

No dia seguinte às vacinas a Mia ficou um bocadinho indisposta, vomitou um pouquinho de leite, mas nada de especial. Ficou um pouquinho vermelha na zona da picada, mas não apliquei nada porque não lhe doía. Não notei que tivesse febre, nem outros incómodos. Tudo bem! :)

29.8.14

Esclerose Lateral Amiotrófica e os banhos

Acho esta coisa dos banhos públicos uma autêntica palhaçada, a partir do momento em que deixou a esfera dos famosos e passou para os cidadãos comuns. Se os famosos o fizeram para alertar para uma causa, os anónimos já o estão a fazer a troco de jantares. E sempre ganham um bocadinho de protagonismo nas redes sociais. Já vi 2 ou 3 vídeos de banhos públicos de amigos, mas não vi ninguém falar da causa, da doença ou a fazer algum donativo.

Há 2 dias atrás, o meu marido foi desafiado e ainda não fez o seu banho público. Espero sinceramente que não o faça. Se quer ajudar, que ajude, fazendo um donativo. Antes que esta bola de neve chegue até mim, faço já a minha pequena contribuição. Não é nada de especial, mas é alguma coisa. Também não vou nomear ninguém porque cada um só dá se puder e se quiser.

Deixo-vos aqui o comprovativo da minha transferência, com os dados bancários da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica. Como vêem, não é nada, mas muitos nadas destes já poderão ajudar alguém com uma das doenças mais terríveis que há.