23.9.15

17 meses

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No dia 17, a princesa fez 17 meses. Adorava ter escrito qualquer coisa para assinalar a data. Não tive tempo. Ou vinha para aqui escrever ou aproveitava o pouco tempo com ela. Não havia dúvidas e fiquei só com ela. Tenho sempre a sensação de que não posso desperdiçar um minuto que seja. Por muito que até me apeteça fazer outras coisas, sinto uma necessidade enorme de estar com ela. Li algures que, tecnicamente, os bebés são bebés até aos 24 meses. A partir dessa altura são crianças. Ela está com 17 meses e a maior parte do tempo eu já vejo a criança e não o bebé. Sinto-a bebé quando se agarra ao meu pescoço, quando adormece no meu colo, como quando tinha dias, quando se refugia em mim para conforto. É certo que será sempre o meu bebé, mesmo que tenha 30 anos, mas o meu bebé está a crescer. E tenho saudades da versão mais pequenina da minha menina, ao mesmo tempo que adoro estar a vê-la crescer a cada dia. Só espero que Deus me permita continuar a sentir saudades do meu bebé, enquanto me delicio com cada palavra e gestos novos.

21.9.15

1ª hora de creche

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Linda à saída e já sem o ganchinho.

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Em FaceTime com o Papá.


Hoje, foi o primeiro dia de creche da Matia Victória. Aliás, hora. A manhã foi um bocado confusa, pois não faz parte das minhas rotinas preparar mãe e filha logo cedo, enquanto se responde a mails.

Pouco depois das 10, fui levar miss Mia à creche. Pensei que pudesse tirar-lhe uma fotografia à chegada, que me pudesse despedir convenientemente dela. Nada disso aconteceu. Ela começou a brincar com um cavalinho logo à entrada e uma funcionária aproveitou e levou-a para dentro. Fiquei cá fora a falar com a educadora. Nesse tempo que me mantive dentro do espaço, não a ouvi a chorar, o que acontece sempre que a tentam levar para longe de mim. Combinei passar para a buscar às 11:15 e saí de lá a chorar.

Às 11:14 já estava a tocar à campainha. Pedi para irem buscar a Mia e começo a ouvir um choro de reclamação. Não queria vir embora. Claro que isso passou assim que me viu. A educadora disse que ela comeu um bocadinho de pão, mas sentou-se para o fazer, não quis comer de pé. Brincou muito e circulou pelas salas. Nos próximos dias, começam algumas regras. Amanhã, já fica até um pouco mais tarde para ver se se interessa pelo almoço dos outros meninos.

Só lhe consegui tirar uma foto no carro e até falámos com o papá via FaceTime. É o possível, já que não pôde estar presente no primeiro dia de creche.

Depois, fui levá-la aos avós e aí já choramingou um pouco porque queria ir comigo para casa. E eu também. Estou ansiosa pelo fim do dia para estar com ela outra vez.

15.9.15

Adeus, meu amor bichinho

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O meu bebé grande foi embora há 4 dias. Ainda não consegui falar sobre ele, mas preciso de o fazer, apesar ser impossível homenageá-lo como ele merece.


O meu bebé chegou às nossas vidas há 11 anos. Ainda cá estavam todos, nessa altura. Este menino foi comprado e prometo que não volto a comprar um animal. Mas não me arrependo porque foi a melhor compra de sempre. Devolveu a alegria à casa, que estava muito triste pela doença do meu avô. Este bichinho, quase humano, contagiava toda a gente com a sua energia. Apoderou-se e destruiu o cadeirão mais confortável da casa, escolhia o colo que queria sem pedir licença e todos lhe permitiam tudo porque ele era simplesmente adorável. Era um membro da família. É família. 


Era a sombra da minha mãe. Seguia-a literalmente para todo o lado. E é a ela a quem mais custa a sua ausência. É ela que vê o lugar dele vazio, que não sente o seu arfar atrás dela. Já não lhe prepara o franguinho cozinho, já não lhe limpa os olhos todas as manhãs...


Foi um cão feliz e fez-nos muito feliz.


As lágrimas caem e a saudade aperta. Fica-me o consolo de ter passado o último mês inteirinho com ele, da minha filhota o ter conhecido e de ele, pacientemente, ter aturado todas as suas brincadeiras. Para ela, não era Bóris. É o Bóbi, igual ao peluche que ela tem no quarto. Que bom que teria sido que ela crescer ao seu lado...


 

10.9.15

Como pentear o cabelo sem magoar

O meu cabelo tem vida própria. Quando tinha o cabelo muito comprido, era um castigo para o pentear. Bastava encostar-me um pouco na almofada e ficava com rastas. Nem imaginam como acordava! Perdia milhares de cabelos a tentar penteá-lo. Só com doses massivas de amaciador conseguia suavizá-lo um pouco.

A forma que eu arranjei de pentear o meu cabelo sem me descabelar toda foi com a Tangle Teezer. Comprei-a ainda grávida quando a vi numa farmácia. Sou um bocado impulsiva e comprei apenas porque achei a escova gira e pequenina e cabia facilmente na carteira. Adorei! Não magoa, não arranca cabelo, só me fazia falta um cabo.

A minha filhota herdou o meu cabelo. O dela ainda é encaracolado, mas temo que ficará como o meu: nem peixe, nem carne, assim um frisado esquisito. O dela é lindo, mas também fica logo cheio de nós. Pentear-lhe o cabelo é complicado. Experimentei a Tangle Teezer nela e é fantástico. Consigo pentear-lhe o cabelinho, sem a magoar, e ela até adora brinca com a escova.



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8.9.15

Sim, vivo para a minha filha. Qual é o problema?

Há uns dias chegou-me a informação que uma pessoa tinha dito que não queria ser como eu, que só vivia para a minha filha. Nunca me senti ofendida, até porque também me comparou com outra mãe que muito admiro.

Para pôr os pontos nos is, começo por dizer que a minha primeira prioridade na vida é a minha filha. E é-o desde o momento que soube que estava dentro da minha barriga. O sentimento de importância que ela tem na minha vida tem vindo a crescer exponencialmente: quando a comecei a sentir os seus movimentos, quando a barriga se tornou maior, quando nasceu, quando a acalmei junto ao meu peito, quando mamou, quando me apertou a mão, quando sorriu, quando, quando... o amor é maior do que ontem e os laços estreitam-se a cada segundo que passa. Qualquer mãe me entenderá. Quem não o é, poderá ter dificuldades em perceber isto.

É que isto de eu colocar a minha filha em primeiro lugar, não me impede de fazer outras coisas. Faço-as é menos. Dá para ver pelo número de posts no blog, que reduziu dramaticamente.

Eu sempre disse que entendia o que era ser mãe, porque era filha. A minha relação com a minha mãe é muito umbilical, e só reproduzo o que me foi ensinado. Eu escolhi ser mãe aos 35 anos porque já sabia que, a partir do momento que fosse mãe, tudo o resto poderia parar e ainda não estava preparada para largar o que tinha. A verdade é que hoje me arrependo de não ter sido mãe antes. Eu achava que estava ocupada a fazer coisas muito importantes, mas andei foi entretida, a perder tempo. Adiei a maternidade por nada!

Para aquelas meninas de trintas que me criticam por estar dedicada à minha família, pensem bem em quem andará mais feliz. Eu ou vocês? É que eu tenho o sono interrompido todas as noites desde há 2 anos, não saio para beber, não voltei a ir à discoteca, nunca mais consegui acabar um livro ou mesmo uma revista, não vejo TV em directo, vou ao cabeleireiro e à esteticista quando posso e ainda não consegui ir para o ginásio. Estou cansada, mas estou muito feliz. Na presença da minha filha, estou sempre a sorrir (sim, mesmo quando me acorda durante a noite!), já perdi todo o peso da gravidez graças à minha filhota, não leio nem vejo TV, mas aprendo todos os dias a ser uma pessoa melhor com a minha filha, e não sinto saudades nenhuma da noite.

Há muitos motivos que podem levar uma mulher a não querer ter filhos (homem errado, carreira, egoísmo, falta de instinto maternal...). Está tudo muito bem! Agora, não critiquem quem está no ninho com a sua cria e é muito feliz. É muito feio.

24.8.15

A Mia no hospital

Ter um filho doente é das piores coisas que podem acontecer a uma mãe. Felizmente, a minha filhota nunca teve nada de grave e, já assim, é assustador que chegue. É nestas alturas que mais penso nas outras crianças que estão doentinhas e nas suas famílias. Que mal terrível!

Na sexta-feira, dei o leitinho à princesa e pu-la a dormir por volta das 10. Até então tinha estado sempre bem disposta, com apetite, activa e até falou com o pai e com os avós no facetime. Quando me fui deitar, por volta da 1 da manhã, fui vê-la e estava a dormir. No minuto seguinte, ouvi um barulho e estava ela de gatas na cama e começou a vomitar.Foi tudo muito rápido. Vomitou mais 2 ou 3 vezes, até já não ter leite no estômago. Entre cada episódio, dormia no meu colo. Estava mesmo cansada. Depois, começou a vomitar bílis. Vi logo que já era mais sério e liguei para a Saúde 24. Mandara-me ir logo com ela para o hospital.

Como estamos em casa da minha mãe, fomos ao hospital de Chaves. Aquilo à noite é assustador. Vazio, parece um hospital fantasma! Esperámos imenso tempo, apesar da pulseira amarela. A minha menina vomitou bilis na viagem e no hospital várias vezes enquanto aguardava para ser vista por um Clínico Geral. O Hospital de Chaves não tem pediatras das 8 da noite às 8 da manhã. O médico, que atendia doentes adultos e crianças em simultâneo, lá chegou e disse logo que ela tinha que ficar internada. Era muito pequenina, precisava de soro para não desidratar. Não tinha febre, nem diarreia. Era só mesmo o problema de estar a vomitar bílis.

Lá ficámos no hospital e fomos para a Pediatria. Mais um serviço fantasma. Fomos recebidas por 2 enfermeiras que trataram de recolher sangue para análise e pô-la a soro. Isto foi o pior de tudo! Não sei se foi falta de cuidado ou se foi por ser de madrugada e as senhoras estarem a descansar quando chegámos, mas achei tudo um verdadeiro massacre. Queriam fazer tudo com uma só picada, verter o sangue para os frasquinhos e pôr o soro. Não conseguiram porque a veia "fugiu" e tiveram que fazer pôr o cateter na outra mão. Estar ao lado da minha queridinha e vê-la chorar de dor, sem perceber o que lhe estava a acontecer... Só dizia "bebé" e "mão". Nem é bom lembrar!

Depois, fomos para o quarto, adormeceu no meu colo e depois foi para a cama. Sempre que se mexia, o aparelho do soro apitava, pois impedia que o soro fuísse normalmente. Quando acordou às 6 da manhã ficou num pranto depois de perceber que não estava em casa. E o meu colo só a sossegou passado algum tempo. É tão triste quando o colo da mãe não resolve... Depois de ter estado a soro, não voltou a vomitar. Ao pequeno-almoço bebeu chá e comeu um bocadinho de pão. Só já queria era brincadeira. A primeira visita, logo de manhã cedo, foi a do meu pai. Encarregou-se de percorrer aquele corredor para cima e para baixo com ela. Foi conhecer o outro hóspede, o Miguel, um menino de quase 2 anos. Depois chegou a minha mãe. A Mia adormeceu e eu também. Não foi muito agradável dormir numa cadeira (apesar de mais confortável do que eu esperei) com a roupa do corpo. Ao longo do dia foi petiscando pão e chá, não conseguiu almoçar (mas eu também não iria querer comer aquilo!), mas comeu a papa que lhe prepararam para o lanche. Depois, ainda recebeu as visitas do outros avós e da tia. O pai, infelizmente, está a trabalhar longe.

As análises estavam boas, parou de vomitar, já comia, no entanto, ninguém me sabia dizer se ela continuava internada ou não. Fui com a tia falar com a pediatra e descobrimos que havia indicação do pediatra anterior para que continuasse internada. No entanto, a avaliação que ele fez foi antes dela comer. Não havia motivos para ela ficar ali, ansiosa, triste, limitada no espaço e com o braço preso a uma coisa. Esta pediatra concordou que ela podia ir embora e saímos ao fim da tarde de sábado.

Em casa, continuou com a dieta, sem gorduras, sem leite, bebeu muito chá à colher e só quer brincadeira. Hoje já bebeu o leitinho de que tanto ela gosta e não houve qualquer reacção. Está óptima, graças a Deus!

O que é que ela teve? Pois, não sei! Mas acho que me passou qualquer coisa, porque também não me sinto lá muito bem. Provavelmente, mais uma virose.

(Adorou passear no carrinho improvisado. As crianças vêem sempre o lado positivos das coisas. )