23.5.16

Um parto normal de apresentação pélvica (fotos)

Sempre tive um fascínio enorme por partos. Não sei se vem do facto de nos filmes ser sempre um acontecimento muito dramático, muito doloroso, com gritos, sangue, complicações, pessoas muito nervosas... Acho que nunca vi a dramatização de um parto fácil e rápido. Esse meu fascínio/medo aumentou imenso durante a minha gravidez. De vez em quando, lá vinha o pensamento de que o meu bebé ia ter que sair e podia fazer grandes estragos. Então, passei a vida a ver vídeos de partos. Queria saber o que acontecia em cada momento, em todos os tipos de partos. É incrível o que se pode encontrar no YouTube! Mas não me bastava ver, eu forçava as outras pessoas a ver também. Muitas vezes, estava com amigos numa esplanada ou bar e lá sacava eu do telemóvel para mostras o último vídeo que me tinha impressionado. A minha maior vítima foi mesmo o meu marido. Acho que foi por isso que só entrou na sala de partos depois da Maria Victória estar cá fora.

Recordo um parto, em especial, de trigémeos. Um parto normal, sem anestesia, conduzido por uma excelente equipa de profissionais e uma mãe muito corajosa. O facto de serem 3 nem foi o desafio maior. O bebé número dois estava com apresentação pélvica e, na maioria dos casos, seguiria para cesariana, mas este bebé e mamã aguentaram-se muito bem e os 3 bebés nasceram de perfeita saúde.

Esta semana, chegaram-me as imagens de mais um parto impressionante. Karyn Loftesness fotografa partos e documentou o nascimento do quarto filho de Raychel, em casa. Também este parto era de apresentação pélvica. São imagens muito fortes, aviso já.

O bebé surge de rabo, com presença de mecónio, mas sem causa qualquer sofrimento ao bebé.
Sai mais um pouco e a parteira evita que algum xixi do bebé lhe molhe a cara.
Surgem as pernas.
Sai primeiro uma perna.
As duas pernas já estão de fora e um braço começa a surgir.
Até esta altura, não houve qualquer intervenção da parteira no desenvolvimento do parto.
Os ombros já estão de fora e só uma mãozinha ainda não saiu.
Agora, nariz e boca já estão visíveis.

As parteiras preparam o bebé para que se junte à sua mãe. E pai.
Esta imagem não precisa de legenda.
Para verem mais fotos deste parto, consultem a página da fotógrafa Karyn Loftesness.

19.5.16

Extractor de leite materno milagroso

Quem teve que extrair leite materno para amamentar o seu filho, certamente se deparou, no mínimo, com algum desconforto.
No meu caso particular, fi-lo apenas durante 2 meses. Esgotou-se. Acabou. Recordo sobretudo o cansaço, pois pouco dormia nessa altura. Depois de lhe dar de mamar ainda tinha que tirar leite e assegurar o alimento para a próxima mamada. E demorava... Caía gota a gota e via aquilo como um néctar preciosíssimo. Por isso, naquele dia em que tombei um frasquinho com leite, chorei em desespero.
Nunca senti dores, só mesmo a dor de não ter leite. Mas confesso que aquele motorzinho já me irritava profundamente. E também o facto de ter que encostar a maquineta contra o peito e não poder fazer mais nada.
No outro dia, enquanto passeava pelo facebook, encontrei uma bomba fantástica. Resumindo:
- É silenciosa
- Os frascos não ficam acoplados à mama
- É controlada através de uma aplicação que guarda a informação de quanto leite se extraiu
Basicamente, corrige tudo aquilo que me incomodava. Pelo que me parece ainda está em fase de testes mas, o que promete, agrada-me.

Podem ver aqui como funciona.


16.5.16

Globos de Ouro 2016 - As grávidas

 Sofia Cerveira em Luís Carvalho

 
Ana Rita Clara em Hoss Intropia 

12.5.16

Quando a mãe não acorda

Na semana passada, aconteceu algo que nunca me tinha acontecido antes.
O meu marido, Filipe, saiu para ir ao café ao lado de casa com um amigo. Como o amigo ainda estava a chegar do Porto, acabou por sair de casa já depois das 23 e eu já estava na cama. Adormeci rapidamente. Estava exausta! 
Por volta da 1 da manhã, a Mia fez uns barulhos e eu fui vê-la. O Filipe ainda não tinha chegado. Voltei a adormecer rapidamente e só acordei às 5 da manhã. Fui ver como estava a Mia e aí reparei que não havia marido e tinha 154 chamadas no telemóvel, imensas mensagens e mails. Tinha deixado as chaves em casa e começou por me mandar uma mensagem. Depois outra. Depois chamadas. Depois a campainha. Nem eu, nem a filha acordámos. Os gatos também não me vieram dizer nada. Nenhuma notifição no telemóvel foi sonora. Ele quis esperar no carro. Apesar de poder ir a casa dos pais buscar uma chave, preferiu não os acordar àquela hora, sobretudo porque o pai estava a recuperar de uma cirurgia. Foram 3 horas e meia à espera. 
Fui abrir-lhe a porta e, surpreendentemente, não ficou zangado. Ele sabe que o meu sono está em modo mãe. Acordo ao mínimo suspiro que a minha filha faça, mas não consegui ouvir a campainha. Nunca, mas nunca deixei de a ouvir, mesmo nas noites em que mal dormia e estava tão cansada. Acho que fiquei com uma atenção mais selectiva e só funciona com ela porque é ela a minha prioridade.


11.5.16

Ela já foi uma coelhinha da Playboy e tinha um corpo perfeito.


Aos 30 anos e 2 filhos depois, está mais gordinha, flácida e com estrias na barriga. O que ela escreveu no passado Dia da Mãe a propósito da imagem da direita é a perfeita legenda.

Vejam o que os meus dois bebés fizeram... Fizeram-me feliz. 

Ganhou a minha admiração porque valorizou o que é realmente mais importante. E teve a coragem de o partilhar com o mundo. Acredito que deu alento a muitas mães que não se estão a sentir muito felizes com o seu corpo.



6.5.16

O regresso ao ginásio

Dois anos e meio depois, regresso ao ginásio.
Antes de engravidar fazia exercício com regularidade: alternava entre yoga, pilates, spinning, musculação, ginástica localizada... Não sou uma pessoa particularmente activa, por isso mexer-me foi sempre algo que fiz com sacrifício. Eu forçava-me a ir para ser o mais saudável possível. Mesmo antes de engravidar, estava a entrar naquela fase do vício. Eu precisava de ir ao ginásio e já estava perfeitamente incluído nas minhas rotinas.
Quando engravidei, sentia-me tão cansada, tão sonolenta, que estava mesmo a ponderar abandonar o ginásio. O obstetra decidiu que era melhor eu parar mesmo com o exercício, tendo em conta que eu tinha 35 anos e era melhor não correr quaisquer riscos. Acedi com satisfação, mas com a promessa de regressar ao ginásio após o parto.
Nestes dois anos após o nascimento da minha filha, fiz várias tentativas de retomar a actividade física. Não tive grandes problemas em perder o peso ganho durante a gravidez, mas este ia flutuando bastante. Foi um período muito difícil. Comecei a trabalhar 1 mês e meio depois do parto, mas fiquei com a minha filha em casa. A prioridade era ela, depois vinha o trabalho e, por fim, eu. A minha alimentação ficou muito afectada, dado que era mais prático comer congelados ou encomendar qualquer coisa. O descanso era muito pouco. Só agora é que a minha filha consegue dormir melhor e, portanto, vi-me e vejo-me privada do sono diariamente. No meu caso, isto faz-me engordar. Com esta roda-viva e cansaço permanentes não me apetecia nada treinar. Bem que tentei... mas era difícil incluir este tempo no meu dia. Mesmo tendo muitos equipamentos em casa, a disposição não ajudava. Depois de uma noite sem descanso e um dia de trabalho, só me apetecia estar com a minha filha. Esta foi a minha decisão e não me arrependo dela. Mais uma vez, ela estava em primeiro lugar e acho que é aí que os nossos filhos têm de estar, sobretudo nos seus primeiros anos. É um investimento para todos.
Acabadinha de fazer dois anos e cada vez mais autónoma, a minha filha também já tem sonos mais prolongados e eu consigo descansar melhor. Senti que, agora, era a hora de eu dedicar mais tempo a mim, também para que todos possamos ganhar com isso. Esta semana, inscrevi-me num ginásio. Levei um plano de treino que um PT elaborou para mim. Esse PT também definiu importantes aspectos alimentares que, em conjugação com o treino, vai ajudar-me a ter uma melhor condição física. Estou super dorida. Apesar do meu objectivo não ser perder peso, porque o meu peso está como antes de engravidar, o meu corpo está flácido. As dores que sinto no corpo ao fim de dois treinos mostram bem como estou fora de forma. Hoje farei o 3º treino da semana.
Espero continuar com esta motivação para cuidar de mim, de nós. A aparência não é tudo, mas a saúde é. Precisamos de ter energia para cuidar dos nossos filhos. Precisamos de saúde para os acompanharmos ao longo da vida.