13.7.16

Uma viagem espiritual - Nicholas Sparks e Billy Mills

Numa altura que tanto se fala em "mental coaching" e líderes espirituais, eu tenho uma que não só me inspira, como me dá livros fantásticos para ler. Consegui ler este em 3 noites, depois de deitar a Mia e fazer o que ainda havia para fazer. Foi-me mesmo pedido que fizesse isso todas as noites. Seria o tempo para o meu investimento pessoal, Sacrifiquei a televisão e não me arrependi nada.
Este livro foi traduzido para português como "Uma viagem espiritual". Em Inglês, é Wokini e foi escrito por Billy Mills, em parceria com Nicholas Sparks. Wokini significa um recomeço ou procurar uma nova visão e pretence mostrar ao leitor como se auto-conhecer e como ser feliz. O mais bonito é que o livro mistura a visão de princípios actuais de pensamento positico e auto-conhecimento com a crença Nativa Americada na meditação, no pensamento, nos sonhos, e a harmonia com a natureza.
Recomendo mesmo a leitura deste livro, mas vou deixar aqui algumas passagens muito inspiradoras, fazendo uma espécie de resumo:

Sobre a felicidade

"... a felicidade é um mundo próprio, um mundo que pode ser encontrado em cada um de nós."
"A felicidade era, pois, um estado de espírito, um estado que cada pessoa pode, em absoluto, controlar, quer as coisas corram bem ou não
"A felicidade é uma emoção que me faz sentir bem comigo próprio. (...) Preciso, tão somente, do desejo e do saber como ser feliz. (...) E eu acredito e aprendo a ser feliz, posso ser feliz para sempre porque apenas eu posso controlar a felicidade."
"Tens de desejar a felicidade. (...) Sem esse desejo de felicidade, a tua mente não te deixará ser feliz. Mas, uma vez possuído esse desejo, nada te impedirá que crie raízes na tua vida."
"(...) perceberás que podes ser sempre feliz. Não apenas de vez em quando, não apenas quando as coisas correm bem, mas sempre. Sentir-te-ás feliz para o resto da tua vida."
"A felicidade reduzirá o stress da tua vida porque te podes adaptar, de forma positiva, a quaisquer problemas que te surjam. O que, por sua vez, te tornará fisicamente mais saudável."
"Sabes, a felicidade permite que mudes a tua vida para melhor. Se fores feliz, reagirás às coisas desagradáveis que te aparecem na vida de modo diferente. A felicidade faz-nos actuar positivamente, no sentido de melhorarmos qualquer situação. A felicidade também gera entusiasmo, o que fornece uma energia adicional a tudo quanto fizermos. Se combinarmos este entusiasmo com o desejo, a fé e a persistência, obteremos uma maneira de alcançar os nossos objectivos pessoais, sejam eles quais forem. Em resumo, se formos felizes, tudo melhora na nossa vida. A felicidade é, simultaneamente, o princípio e o fim de todas as metas a que nos propomos na vida. E mais importante ainda, é o sentimento mais marvilhoso do mundo."

A importância da meditação

"O exercício da meditação
(A realizar três vezes por dia)
1. Encontremos um lugar confortável para relaxar.
2. Fechemos os olhos e contemos de um a dez, respirando fundo em cada algarismo.
3. Relaxemos mais à medida que fazemos a contagem.
4. Quando chegarmos aos dez, sintamos a descontracção espalhar-se por todo o corpo.
5. Pensemos em algo que nos faz felizes. Tornemo-lo tão real quanto possível.
6. Digamos em voz alta, dez vezes: "Sou feliz".
7. Contemos de dez até um e abramos os olhos.
8. Sorriamos.

Se fizermos isto, seremos felizes. Se o fizermos todos os dias, descobriremos que somos felizes o tempo todo. A felicidade tornar-se-á num sentimento habitual para nós."

As dez verdades

"As dez verdades são os princípios de vida. São muito fáceis de explicar, mas tens de os aprender com tempo. (...) Para os aprenderes, tens de dominar cada um deles, um de cada vez. Não deves seguir para o ponto seguinte sem antes dominares completamente o anterior. Deste modo, não serão esquecidos.

(..) Comecarás a aprender cada princípio em cada nova fase da Lua. (...) lê-o imediatamente a seguir à meditação. Quando a Lua passar para uma nova fase, começa a exercitar o princípio seguinte, Em menos de um ano terás mudado, por completo, a tua vida.

1 - Sou o ser mais especial jamais criado.
2 - Darei apreço ao que a vida me concedeu.
3 - Encara a tua vida com optimismo e esperança no futuro.
4 - Estabelecerei objectivos novos e interessantes.
5 - Vive cada dia da tua vida como se fosse o último.
6 - Adaptar-me-ei à vida conforme ela se me apresentar.
7 - Aprenderei a viver comigo e a gostar de mim.
8 - Não mais voltarei a ser um perfeccionista.
9 - Aprenderei a rir-me da vida.
10 - Aceitarei os pontos de vista dos outros.

Podem ler o livro aqui, apesar de ter alguns erros de impressão.


12.7.16

Obrigada, rapazes!

Portugal está em festa! Portugal tornou-se, anteontem, campeão europeu de Futebol. O país fica a meio gás quando a selecção joga e pára quando ganha. Não há nenhuma outra actividade que motive e mova tanto um país. Não somos só bons a jogar futebol, atingimos a excelência em tantas outras
áreas... Mas só o futebol tem a capacidade de unir todos os portugueses. Todos. Os ricos e os pobres. Os portistas e os benfiquistas. Os do norte e os do sul. Os que vivem em Portugal e os que vivem nos Estrangeiro. É maravilhoso ver como as pessoas se juntam para ver um jogo.
A minha pequenina, por mais que eu insistisse em dizer que era Portugal, só dizia "Benfica!", "Golo!", "Viva!". Também está bem. Para nós é quase a mesma coisa. Como ela tem 2 anos, não é fácil conseguir ver jogos de futebol e nunca consegui ver um jogo completo. Vi partes no café, com os amigos, tentei ver o resto em casa, mas ela só me pedia o Panda. E eu desesperada por novidades, ia espreitando o facebook no telemóvel.
Nos últimos dois jogos houve prolongamentos, por isso era impossível adiar até tão tarde a ida para a cama. Ela adormecia e eu ficava ao lado, no escuro e no silêncio. E isso possibilitou-me sentir o jogo de uma forma muito especial. Assim que se marcou o golo da vitória a casa vibrou, os gritos em uniram-se num só e eu arrepiei-me. Atrás de casa, lançou-se fogo de artificio. Os carros começaram a juntar-se na caravana que celebrava a taça. Tive vontade de me juntar aos festejos, mas o facto da minha filha dormir pacificamente no meio de tanto barulho era a confirmação de que era assim mesmo que tinha que ser: Portugal campeão!!
Obrigada, rapazes!


11.7.16

Como fazer uma pausa

Desde que fui mãe que parece que não descanso. Acordo e começo logo com uma série de tarefas impostas pelo facto da criança da casa também ter acordado. É como se tivesse entrado num comboio sem saber quando vou sair. Não há como parar! Depois, há o trabalho. É preciso trabalhar para ganhar dinheirinho para poder viver. Como trabalho em casa, pelo meio vou petiscando qualquer coisa, ponho uma roupa a lavar, trabalho, trato dos bichanos, trabalho, chamada de vídeo-conferência, pago uma conta, trabalho, atendo um telefonema e, bolas!, já são horas de ir buscar a filha. Com ela em casa é mais difícil de fazer seja o que for e, por isso e porque quero, quando ela está, vivo para ela. É assim que tem que ser. Logo, tempo para mim ou para descansar não há.
Quando é que fazemos uma pausa? Porque é que há dias em que nos sentimos exaustos e parece que não fizemos nada? E outros em que tanta coisa aconteceu e nos sentimos tão bem e revitalizadas? Porque nestes dias de certeza que fomos fazendo pausas. Fazer uma pausa pode ter um efeito tão ou mais reparador do que uma sesta. E é mais produtivo. Daí muitas vezes nos sentirmos muito bem apesar de termos tido um dia super cheio porque, afinal, fomos fazendo mini-pausas mesmo nos apercebermos. E é tão fácil parar por um bocadinho para:

- tomar um banho
- ouvir música 
- olhar para o céu 
- telefonar a um amigo
- fazer uma refeição em silêncio 
- fazer uns alongamentos
- fazer festinhas a um cão ou gato
- criar uma pausa para um café 
- ver um vídeo engraçado 
- pôr uma música e dançar 
- dar um passeio na rua 
- escrever num diário 
- dormir uma sesta 
- assobiar
- apanhar ou comprar flores 
- cheirar flores 
- meditar 
- fazer respirações profundas e lentas 
- dar uma corrida 
- pintar 
- ler poesia 
- perdoar alguém 
- escrever uma carta
- ir a um parque
- fazer pequenas boas acções 
- ser grato por algo 
- ... 

Experimentem!




9.7.16

Restaurante à prova de crianças em Vila Real


Ontem procurava um restaurante para um grupo de 8 adultos e 3 crianças. Como o tempo está óptimo, só apetecia uma esplanada e usufruir de uma bela noite de verão. Há vários restaurantes com esplanada em Vila Real, têm bom ambiente e boa comida. Mas, a esplanada mais especial é a do Cais da Villa. É especial porque é linda, tem boa música ambiente, bom serviço, bom atendimento, boa comida... e é ideal para crianças.
A minha filha é super irrequieta e é muito difícil mantê-la quieta durante algum tempo. Na esplanada do Cais da Villa, há imenso espaço para as crianças correrem. Aliás, a primeira coisa que a Maria Victória fez foi inspeccionar o local, correu por todo o lado, saltou por cima das espreguiçadeira e, de vez em quando, lá regressava à mesa. Fartou-se de brincar com o Pedrinho, de um ano e meio, e foi muito agradável para todos.
O jantar foi um pouco demorado, pois pedimos o menu de tapas e a comida vai chegando aos pouquinhos. Começámos com covilhetes, seguiram-se pataniscas, salada caprese, cogumelos salteados, tábua de enchidos, pica-pau e, por fim, uma rica tábua de queijos. Por uma vez, consegui jantar sossegada (mas não imaculada, visto que a minha filha me sujou toda), comi de tudo, convivi com os amigos e a minha filha não fez birras porque se manteve ocupada. Também recorri ao telemóvel para isso e o Cais da Villa até disponibiliza wifi, coisa que não encontrei noutros restaurantes do género.
No Cais da Villa temos acesso a uma experiência gastronómica de excelência e não precisamos de prescindir da presença dos filhotes. A repetir muitas vezes este verão.





7.7.16

Medo de fazer cocó

A minha filha sempre foi um pouco obstipada. O facto de não ter sido amamentada teve esta consequência gravíssima. Toda eu me espremia para extrair mais um pouquinho do meu leite, mas aos 2 meses acabou-se. Logo aí mostrou dificildades em fazer cocó e tínhamos que ajudar com Bebegel. Se não fizesse cocó um dia, no dia seguinte era mil vezes pior e doloroso.
Quando começou a diversificação alimentar, as coisas melhoraram um pouco. A ingestão de fibras aliviou um pouco a coisa e o bebegel era usado muito raramente. A minha filha sempre bebeu imensa água, comia bem a sopa e frutas, por isso o problema ficou sempre mais ou menos controlado. No entanto, sempre que não fazia num determinado dia, tornava-se muito difícil a evacuação no dia seguinte. E começava a ter medo, claro. Eu debatia-me com a tentativa de deixar a natureza funcionar livremente e impedir que a minha filha sofresse desnecessariamente. Portanto, eu esperava que ela fizesse cocó sozinha, no máximo, um dia e meio. Caso contrário, entrava em acção o bebegel.
Nos últimos tempos, a coisa piorou. A alimentação mantém-se a mesma: come sempre sopa, come fruta, bebe imensa água. O cocó dela é duro, seco e feito de bolinhas todas juntas. Como podem imaginar, é muito difícil expelir isto. E doloroso. Não sei como seria se ela não comesse bem e não bebesse tanta água!
Para evitar o uso de bebegel com tanta frequência (apesar de a pediatra me ter dito que não havia grande problema), experientei um Xarope de Maçãs Reinetas. Demorou uns dias a fazer efeito, mas depois até resultou. Entretanto, já nem isso resultou. Segundo pude perceber através de uma pesquisa, as crianças e bebés, com o medo de fazer cocó, provocam eles próprios a obstipação, simplesmente porque não fazem cocó quando têm vontade. Deve ser o que acontece com a minha menina. Sempre que lhe pergunto se quer fazer cocó, diz que não. E para lhe aplicar o bebegel também já se torna complicado porque ela resiste muito.
Vou ter mesmo que ir à pediatra com ela esta e tentar outra abordagem que evite consequências maiores.

6.7.16

Os terríveis 2 anos

A minha filha foi um bebé que não chorava. Quando tinha fome, fazia uns sons, mas nada de chorar. Era uma doçura de bebé. Foi crescendo e manteve-se sempre bem-disposta e feliz. Ao aproximar-se dos 2 anos, parecia que tinha entrado na adolescência. E é assim que é chamada esta fase: a adolescência da infância ou a terrível crise dos 2 anos.



Antes de mais nada, esta fase dos "terrible twos" é normal e é saudável! Nesta fase, inicia-se uma luta interior entre a dependência dos pais e a sua vontade de ser independente. Por isso, é que ora estão carentes a pedir colo e logo a seguir saem a correr. Estão a passar por imensas alterações a todos os níveis. O vocabulário está a crescer, já conseguem fazer imensas coisas sozinhos e começam a perceber que há regras a cumprir. O pior é que, apesar de quererem, não conseguem exprimir tudo o que querem, nem ser tão autónomos como desejariam e isso origina a frustração, o mau comportamento e as tão temidas birras.


É normal que nesta altura se perca a paciência, mas é melhor manter a calma. Quando uma crise se estiver a iniciar, é melhor distrair a criança ou ignorá-la. Se estiverem em público, levá-la para outro lado sem discussão ou barulho. O ideal é também evitar situações especiais, tais como fazer actividade na altura da sesta. É natural que estejam mais sensíveis. Temos que aceitar e respeitar esta fase, demonstrar-lhe todo o nosso amor e atravessar esta tempestade com confiança.


Adorei saber que esta fase é muito positiva e enriquecedora:

1. São líderes.
Como eles acham que sabem sempre o que querem, devemos sempre que possível encorajá-los a fazer escolhar, dar-lhes opções.

2. São criativos.
Ainda ontem a minha filha deixou a sua criatividade no chão da sala, pintada a caneta de acetato. O ideal é dar-lhes espaço e liberdade para expressarem a criatividade, em vez de os proibir e limitar.

3. São aventureiros.
Muitas vezes, esta sede por aventura pode ser perigosa. Gostam de trepar para cima de tudo e não conhecem obstáculos. Mais, uma vez, é melhor criar condições para poderem aventurar-se. É deixá-los mais à vontade, mas sempre com segurança.

4. São ajudantes.
Esta sede de autonomia pode muito bem ser útil em casa. A minha filha adora ajudar, apesar de quase sempre atrapalhar mais do que ajuda. Mas certamente há alguma pequena tarefa que podem começar a fazer.

5. Vivem o momento.
Por isso, são tão mais felizes do que nós. Não pensam no passado, nem antecipam o futuro. A boa notícia é que, mesmo quando fazem a tal birra, passado uns minutos já passou.

6. São seres com emoções.
É certo que ainda estão a aprender a controlá-las, mas têm-nas e expressam-nas, coisa que falta a muitos adultos. Revelar emoções é extremamente saudável.

7. São excelentes alunos.
São verdadeiras esponjas absorventes. Os pais devem expôr os filhos ao conhecimento e verão como eles aprendem tudo. E podem aprender em qualquer tipo de experiência ou situação.

8. Vêem o melhor nas pessoas.
Eles confiam e sorriem a toda a gente. Só temos que aprender com eles.

9. São felizes com a mínima coisa.
É muito fácil fazer uma criança feliz e pouco tem a ver com ter coisas. Passem tempo com os vossos filhos e verão como eles são felizes só com isso.

10. Amam os pais.
Não há coisa melhor no mundo. Só temos que lhes devolver esse amor e eles são imensamente felizes.