Há cerca de 1 mês, depois do almoço, tive uma dor muito forte na zona do estômago. Quando digo forte, era mesmo forte. Tão forte que eu chorei, gritei e até rebolei no chão, na tentativa que passasse... Umas duas horas depois do início da dor, já no carro em direcção ao hospital, a dor passou. Da mesma forma inesperada que surgiu, foi embora. O meu marido, com a desculpa da minha ansiedade, achava que eram "nervos"... Enfim, só eu sabia o quanto doeu. Para mim, tinha-me rebentado qualquer coisa cá dentro.
Na semana passada, novamente sem qualquer outra indisposição que servisse de aviso, a dor voltou. Esperei que passasse, chorei, gritei e rebolei no chão outra vez. Esperei 3 horas que a dor passasse e não passou. Quando cheguei ao hospital, a dor já tinha tomado conta também das costas e mal conseguia andar. Análises ao sangue, urina e uma ecografia ditaram o diagnóstico: tinha a vesícula cheia, mas cheia de pedras. Tinha que ser removida. Não naquele dia, porque não estava inflamada, mas a papelada já está a andar para que aconteça.
Para uma pessoa ansiosa como eu, foi como ficar sem chão. Entendo que é uma cirgurgia simples, muito comum, mas é uma cirurgia, requer anestesia geral e naturalmente há riscos. O meu medo é pela minha pequenina... nunca, nunca dormiu sem mim, que seria dela se me perdesse?
Apesar do médico me ter dito para não ir ao google, era impossível não o fazer. Já vi imensas cirurgias, protocolos cirúrgicos, estudos, notícias, testemunhos... Já me sosseguei, já chorei, já entrei em pânico, já entreguei tudo nas mãos de Deus... Seja o que Ele quiser.
Nessas minhas pesquisas,e também pelo feedback que tive na minha página do facebook, achei muito estranho que tantas mulheres jovens já tivessem removido vesícula. Pois bem, ser mulher e ter estado grávida são factores de risco para a formação de cálculos biliares. Um estilo de vida pouco saudável e má alimentação também contribuem para isso.
No meu caso pessoal, há outros factores que podem ter agravado a situação. Passo muitas horas sem comer, quando como, como mal, fast food ou comida com muita gordura. Não como fruta e como poucos legumes. Dependendo dos dias, bebo mais ou menos água. Não faço exercício e trabalho sentada. No último ano, fiz um tratamento medicamentoso forte que pode ter deixado sequelas no meu fígado. A única coisa positiva é que não fumo, não bebo álcool, nem café. É urgente mudar todos estes hábitos péssimos. Os cálculos na vesícula não me aconteceram por acaso. Fui eu que os provoquei.
Logo depois desta crise, tive uma consulta de Medicina Tradicional Chinesa e conversámos sobre isto. O terapeuta confirmou-me que a remoção de um órgão nunca é favorável para o equilíbrio do corpo. Comecei, então, uma luta para salvar a minha vesícula. Se não funcionar, tenho sempre a cirurgia. Desta consulta, trouxe alguns trabalhos de casa: fitoterapia para ajudar a "limpar" o fígado, visualização da dissolução das pedras, exercício físico e yoga.
Depois, lembrei-me que o melhor Naturopata, Homeopata e Iridologista do país é amigo da família, o Dr. Abel Sousa Dias. Este sábado fui a uma consulta com ele e fiquei a saber mais umas coisinhas a meu respeito através de uma análise à minha íris. Foi-me feito um diagnóstico completo que confirmou uma série de maleitas que eu sentia. Relativamente aos cálculos, estes são de colesterol, logo são de mais fácil dissolução, mas tenho muito trabalho pela frente.
Dieta muito pobre em gorduras, com uma lista do que posso ou não comer. O mais estranho será implementar estas regras: 1,5 litros de água só da parte da manhã, fruta antes da refeição e legumes só cozidos ao valor. Ou seja, nada de sopa. Também não posso beber leite, apenas iogurtes sólidos. Não posso comer pão, apenas tostas. Para além disto, faço fitoterapia para a litíase vesicular. São dois frascos que sabem muito mal, mas até já me estou a habituar.
Estou a esforcar-me imenso para evitar ter outra crise ou inflamar a vesícula. Não quero mesmo a cirurgia e farei de tudo para a evitar. Espero que valha a pena e que consiga limpar toda a porcaria que meti dentro do meu corpo. Está na hora de me cuidar para que possa cuidar melhor da minha filhota.
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