As modas aplicam-se a tudo e também aos nomes que damos aos nossos filhos. Acho que já todos demos conta que quando chamamos o nosso filho 3 ou 4 se viram para trás ao mesmo tempo. Se noutros países impera a criatividade, por cá gistamos todos do mesmo.
A minha filha chama-se Maria Victória. Victória era o nome da minha avó materna e sempre quis dar esse nome a uma filha minha. Quando há uns anos comecei a ver bebés com esse nome, percebi logo o que ia acontecer: uma avalancha. Há Victórias e Vitórias por todo o lado.
Eu chamo-me Mara. Em 1978, quando nasci, não havia Maras. Passei a vida a ver o meu nome mal escrito e mal pronunciado. Era Maria, Marta, Sara, Lara... mas Mara, não. Outro dia no dentista chamaram pela D. Maria e lá fui eu. Só quando já estava a meio do procedimento é que percebemos que eu não era a tal Maria. Por acaso não era, mas quase sempre sou. Sempre disse que nunca iria dar um nome esquisito a um filho. Se, por um lado, é bom sentirmo-nos únicos, por outro, eu só queria ter um nome normal, como as minhas amigas. E é sobre os nomes das minhas amigas que hoje falo. Esses nomes que hoje já ninguém dá aos filhos. Numa turma havia uns quantos com o mesmo nome. E hoje acontece o mesmo, mas os nomes são outros.
O que é feito destes nomes?
- Ana Isabel
- Ana Cristina (e outras combinações)
- Carla
- Sandra
- Sónia
- Susana
- Tânia
- Liliana
- Marisa
- Elisabete
- Anabela
- Paula
- Rui
- Nuno
- Paulo
- Bruno
- Carlos
- Ricardo
- Sérgio
- ... podem acrescentar nomes à lista
Era moda, também, termos 2 nomes. Eu sou Mara Cristiana. Giro, não é? Era preciso termos 2 nomes para que os nossos pais chamassem pelos 2 nomes para nos meterem medo. Hoje em dia, já não se pode traumatizar os meninos, por isso prescindiu-se do segundo nome. Eu, pelo sim, pelo não, resolvi dar 2 nomes à minha para impor respeitinho.
Eu acho que nos últimos anos houve uma grande tendência para nomes que eu chamo de "betos" (Constança, Bernardo e afins...). Hoje, a tendência é para os nomes vintage que são bem mais do meu agrado (Laura, Amélia, Emília...).
E depois temos os intemporais que nunca saíram dos tops e nunca saem de moda: Maria e João.
Seja qual for a nossa tendência, penso que todos nós dedicámos muito tempo a pensar e repensar no nome dos nossos filhos e foi com todo o carinho que os baptizámos.
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