10.4.19

Colecistectomia - remoção da vesícula - Parte 1

Na quinta-feira passada fui internada para fazer a cirurgia de remoção da vesícula.
Tive a primeira crise há uns 3 anos, nem sei bem. Acordei a meio da noite com dores de costas terríveis. Deitei-me no chão, fiz alongamentos, fiz yoga, não aliviava com nada. Tive mesmo que acordar o meu marido, os meus sogros para ficarem com a minha filha, efui para as urgências. Chegada lá, passado pouco tempo as dores desapareceram. Não tinha sido ainda atendida. Fiz um raio-X às costas, não viram nada, voltei para casa com o diagnóstico duvidoso e a apontar para uma contratura ou algo da cabeça. Uns meses mais tarde, depois do almoço, estava sentada ao computador a trabalhar e começo a ter dores agudas no lado direito da barriga, mesmo abaixo das costelas. Não reconheci aquela dor. Bebi água, deitei-me, levantei-me, fiz o pino, a dor não passava. Falei com a saúde 24 aos gritos de desespero, parecia que me tinharebentado alguma coisa no estômago. Finalmente, consegui convencer o meu marido a vir a casa para me levar ao hospital. Assim que entro no carro, reclino o banco e, antes mesmo de chegar ao hospital, a dor passa. Não diminuiu de intensidade, passou mesmo. Ora, perante isto a suspeita de algo psicossomático ganhava terreno. Ou seja, quando chegava ajuda ou tinha alguém perto de mim, a dor passava. Isto revoltava-me! Não tardou a ter outro episódio. Pensei que se relaxasse e fizesse o que tinha feito das outras vezes me passaria a dor. Não passou. Em vez de ter ido para o hospital logo, aguentei a tarde toda cheia de dores, numa tentativa vã de não as valorizar e relaxar. Claro que não aguentei e quando cheguei à urgência foi um alívio ter saído de lá com um diagnóstico. Finalmente, sabia o que tinha: cálculos biliares. Pedras na vesículas. Muitas. Fui indicada para cirurgia. Eu tenho pânico de hospitais, procedimentos médicos e todas essas coisas. Comecei a pesquisar como poderia evitar a cirurgia. Encetei uma dieta rigorosa, pobre em gorduras, que segui durante longos meses. Entretanto, uma pessoa cansa-se de dietas e eu adoro comer. Acabei por retomar a dieta habitual e em Janeiro deste ano tive a pior de todas as crises. Foram uns 3 dias de dores agonizantes, várias idas à urgência, medicação intravenosa no hospital, opióides em casa... Havia a suspeita de obstrução das vias biliares porque a minha urina era castanha (sim, castanha!) A cirurgia era imperativa e não podia fugir dela. 

Quando me diagnosticaram a litíase biliar 

1 comentário:

  1. E não é que comigo aconteceu tal e qual! Há 3 anos mandaram me ir ao psiquiatra por ser doenca psicossomática!
    Pois todos os exames que fiz nunca acusaram pedras 😣 so em novembro passado mesmo!
    Continuação de rápidas melhoras
    Beijinho

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