Eu fui daquelas mães que optaram por não levar a filha à escola aquando da abertura dos Jardins de Infância. Não que houvesse grande perigo onde eu vivo. Todo o pessoal docente e não docente foi testado e só duas crianças frequentavam o espaço. Na altura, achei que era desnecessário por apenas 20 dias. Fiquei de passar pelos jardins da escola para visitarmos à distância os professores e colegas. Não o fizemos porque entretanto o tempo foi passando e nem me lembrei, confesso.
Na sexta-feira passada, enquanto via o Jornal da Tarde, apercebi-me que era o último dia de aulas. Fomos até à escola na esperança de ainda apanharmos lá alguém.
Fui convidada a entrar. Havia solução alcoólica à entrada da escola e da sala. Vários equipamentos estavam tapados. Lá dentro uma mesa preparada para uma festa para aqueles dois meninos. Adoraram a nossa visita e para eles foi muito importante verem outras pessoas. Se eu soubesse, neste contexto concreto, até teria deixado ir a minha filha. Ambas teríamos beneficiado muito.
Ela quis muito voltar a brincar no recreio. Estava cheia de saudades.
Nunca gostei muito desta moda das capas, cartolas e fitas aplicada às crianças, mas este ano que a minha filha foi finalista até achava piada que ela tivesse tido uma. Como este fim‑de‑semana passei umas horas em casa da minha mãe, ela viu lá a minha velha cartola. Não resisti e tirei umas fotografias que representam o fim desta etapa.
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