12.12.20

Hoarders / Acumuladores


Atualmente não vejo muita televisão. Não tenho tempo. Este meu novo trabalho não me permite estar a trabalhar e ver programas televisão ao mesmo tanto. Depois do trabalho também já não me não me sobra muito tempo pra ver televisão e também já não me apetece. Aproveito a noite para ver uma série na Netflix. 

Acontece que na hora de almoço consigo apanhar o programa Hoarders que dá na SIC Mulher. Este programa americano, a cada episódio, trata de tentar resolver o problema de acumulação de objetos em casa de diferentes pessoas e/ou famílias. Estamos a falar de acumulação de objetos a um nível que nunca imaginei que pudesse existir. Chega ao ponto de as pessoas já não conseguirem deslocar-se pela casa, não conseguem aceder à casa de banho e fazem as necessidades em baldes ou garrafas. Não conseguem aceder à cozinha, então usam apenas o microondas ou só encomendam comida. Outros, têm tantos animais dentro de casa, maioritariamente gatos (ou ratos) que eles morrem lá dentro da tralha e nunca mais são vistos. Ou seja, estas pessoas vivem com dejectos, lixo, ratos, animais mortos... Há também aqueles que são acumuladores, mas são asseados. É difícil, no entanto, manter uma casa com níveis de salubridade e higiene necessários se está demasiado cheia.  

Todos estes acumuladores têm em comum o facto de terem problemas no passado que não conseguiram ultrapassar. Foi esse problema que desencadeou este problema ainda maior. Há casos em que os filhos lhes são mesmo retirados porque as crianças não estão em segurança naquelas casas. 

Não é fácil estas pessoas aceitarem que têm um problema. Têm uma equipa de psicólogos especializados neste casos, pessoas que lhes vão retirar o lixo de casa, limpar tudo, deixar tudo impecável e eles recusam-se a descartar um objecto que seja. Por algum motivo, eles sentem segurança naquela tralha toda e sofrem muito quando alguém lhes tenta explicar que aquilo tem que ir para o lixo.

Gostava de ver uma série em que acompanhassem os casos 1 ano depois. Receio que, se não tiverem acompanhamento adequado para tratar o desencadeou aquilo, voltem ao mesmo.

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