Eu gosto de escrever e faço-o cada vez menos. Tenho muitos afazeres mas ainda mais distrações. É tão fácil cairmos na teia das redes sociais. Por mais me que policie, é lamentavelmente comum ver-me a arrastar o dedo para cima à procura de algo interessante para ver. E são já muito pouco as coisas que me interessam nas redes, mas fico presa naquele movimento.
O Instagram é sedutor, mas cada vez mais vazio de conteúdo. Frequentemente, faço uma limpeza às contas que sigo. Looks forçados (já que ninguém sai de casa), influenciadores que já não influenciam ninguém, valor intrínseco zero. Já são muito poucos os que me inspiram verdadeiramente, mas estou sempre a descobrir novidades muito interessantes. Confesso, vou lá para publicar uma foto de vez em quando, um ou outro story, sobretudo para os amigos que estão longe e que de facto querem saber de mim. São esses que importam, não é?
Ultimamente, até tenho visitado mais o Facebook. Acompanho notícias, vejo muitas notícias falsas, jornalixo, e começo também a deixar de seguir o que não interessa. Talvez assim se consiga minimizar o dano do tempo excessivo que se passa nas redes sociais. Temos que customizar o que nos dão, ser selectivos e exigentes, e escolher o melhor para cada um de nós.
Acredito nisto tal como acredito que devemos escolher os melhores alimentos para uma nutrição saudável (e não quer dizer que não se abuse de vez em quando). É tudo uma questão de escolhas. Há escolhas que não podemos fazer porque simplesmente não temos acesso a elas. Não é o caso destas.
O que me tenho proposto fazer nos últimos tempos é isto:
- deixar de seguir o que não me acrescenta nada
- ter sempre um livro na mão, ainda que não o leia sempre. Estando por perto, pode disputar a minha atenção com o telemóvel.
- ouvir mais música em casa enquanto faço tarefas domésticas
- beber mais água
- fazer agachamentos. Se não posso sair para caminhar ou não me apetece equipar-me para fazer um treino no chão da sala, posso sempre ir fazendo alguma coisa
- escrever mais. Regressar à atividade que mais me ajuda a fazer catarse da vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário