21.12.24

Pós - Cirurgia - dia 2

Não consegui descansar nada. Como não quis tomar nada que me ajudasse a dormir, às 2 da amanhã ainda estava acordada e desconfortável. Acordei às 6 para fazer alguma medicação, mas não dormi nada antes e não voltei a dormir depois. 
As dores foram melhorando e estava ansiosa que chegasse o pequeno-almoço. Estava cheia de fome. 

Entretanto, fui tomar um banho, fazendo uma ginástica incrível porque não podia molhar os pensos e tinha o dreno. Mas já deu para me sentir mais fresca e ativa. Como ia sair da parte da tarde, aproveitei e vesti logo a roupa para sair. Acho que usar pijamas só nos torna mais doentes. 

Foi um pouco chocante ver-me ao espelho… Achava que tinha as mamas muito diferentes uma da outra, mas depois percebi que era devido aos pensos e adesivos. 

Depois do almoço, a Dra. Ana Sofia veio ver-me e pudemos falar mais um pouco sobre a cirurgia. Não foram 2 gânglios que ela me retirou. Ela decidiu fazer mesmo o esvaziamento da axila. Eu tinha 2 gânglios positivos e, tenho em conta a agressividade do meu tumor, tomou a decisão de tirar tudo. E eu agradeço-lhe por isso. Por outro lado, a minha maminha ficou uma perfeição. Tenho um pequeno corte na areola, que mal se vai notar, e o corte na zona da axila. A mama foi completamente preservada e não podia estar mais feliz. A minha maior preocupação era tratar o problema, mesmo significando sacrificar a mama, o que ainda pode acontecer, mas já duvido. A Dra. Ana Sofia é simplesmente espetacular! 
E… tive alta!


Vim para casa menos de 24 horas após a cirurgia. Comigo trago o dreno da axila, Brufen, paracetamol e as benditas injeções na barriga. 

Sinto-me bem, só tenho de ter cuidado com o braço direito e vou precisar de ir informando a Dra. do volume do dreno para decidirmos quando o removemos. 

Hoje também aproveitei para informar o mundo social do que se está a passar comigo. Não é que precisasse de o fazer, mas esta doença e o seu tratamento têm um impacto visual muito grande. Prefiro que saibam já todos do que ter que lidar com o choque de cada vez que encontro alguém. 

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