Vim de Braga diretamente para o Hospital da Trofa em Vila Real. A linfocintigrafia tem de ser feita no mesmo dia da cirurgia. Se tivesse sido operada no Hospital público de Vila Real, teria feito este exame lá. Como o Hospital da Trofa não o faz, tive de o ir fazer a outra clínica.
Fiz o check in, o pagamento (já com o desconto do seguro) e levaram-me ao quarto. Apesar de ter duas camas, estou sozinha. Tem um sofá grande, um armário muito bem organizado, cofre e uma casa de banho super espaçosa. Parece um hotel.
Às 2:30 levaram-me para o bloco no elevador. Só ando de elevador nestas circunstâncias. A última tinha sido quando fiz a operação à vesícula e antes disso quando a MV nasceu. Depois, passaram-me para uma cama com colchão e lençóis aquecidos. Que maravilha! Só que entretanto tive que passar para mesa de operações. Enfermeiros e médicos super simpáticos e que tentaram constantemente personalizar um momento que é necessariamente mais frio e impessoal.
Puseram-me oxigénio por volta das 3:15 e começo a sentir umas tonturas. O meu corpo queria resistir àquela sensação, mas rapidamente apaguei e acordei logo a seguir, como me pareceu. Levei a mão à mama e vi que ainda estava lá. Eram 5:15, como vi no monitor. O meu anjo da guarda, Dra. Ana Sofia, veio dizer-me que correu muito bem, que preservou o mamilo, tinha as margens limpas e retirou ainda 2 gânglios. Que alívio! Sinto algum desconforto na axila e no mamilo e dão-me medicação.
Depois, trazem-me para o quarto e começa a chegar a família. Ficam mais tranquilos de me verem bem, sobretudo a minha menina.
O que me incomoda mais é mesmo o braço direito. Parece que está dormente e não consigo usá-lo. Foi chato comer com a mão esquerda… mas consegui. Já voltei a fazer mais medicação e antibiótico. Também consegui ir à casa de banho, com ajuda da enfermeira que me controlou as tensões antes de me levantar. Foi tranquilo.
Vou ver se ainda consigo ir novamente à casa de banho e depois dormir. Estou cansada, mas o sono não chega.
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