3.5.18

O medo de me perderes

Sempre tive muito respeitinho pela morte e receei-a toda a minha vida. Tinha medo de perder quem amava. Continuo a ter esse medo, mas agora o que se sobrepõe é mesmo o medo de EU morrer. Não por eu morrer, mas por tu, minha querida filha, me perderes. Acho que todos os dias penso nisso e esforço-me por te tornar mais autónoma, por encontrares âncora noutras pessoas que não apenas eu. Tu só me queres a mim, dizes que me adoras, que só gostas de mim e isso ainda me preocupa mais. Que seria de ti, meu amor? Eu sei que nada te faltaria, que te iam rodear de tanto amor e protecção... mas e a minha ausência? Como superá-la? Por isso, te digo que te amo todos os dias, a toda a hora, faço questão de estar sempre que possível contigo e que saibas que estou contigo mesmo quando não estou. Não sei qual será o maior sofrimento... se o de uma mãe que perde um filho ou de um mãe que sabe que o seu filho a vai perder... E eu sou uma sortuda e sou muito grata pelo que tenho. Tenho mãe, tenho filha, estamos todas bem, graças a Deus, mas não consigo deixar de pensar nisto... É coisa de Mãe, não é?

23.4.18

4 anos

Este ano as celebrações do aniversário da Maria Victória foram especiais por vários motivos. O primeiro foi ter festejado com os coleguinhas da escola. Como só entrou para o infantário em setembro nunca tinha tido esta oportunidade. Foi tão bonito! Optei por um bolo muito simples, pouco doce e com cobertura de natas vegetais. Fez um sucesso e não sobrou quase nada. Cantaram os parabéns, dançaram, encheram balões, rebentaram balões e foi tudo muito simples e bonito!

À noite, jantámos com os avós e soprou as velas mais uma vez.

A festa mais divertida estava reservada para o fim de semana. Convidámos todos os amigos e coleguinhas da escola e só a chuva não permitiu que fosse ainda mais divertido, com insufláveis. Mas, como as crianças não se deixam afectar pelas condições atmosféricas, animação não faltou ao longo da festa. O bolo era um red velvet com frutos vermelhos e cobertura de natas vegetais. Ela adorou, todos se divertiram, por isso a missão foi cumprida.
Agradecemos a todos os que contribuíram para estes dias fossem tão felizes.

6.4.18

Tom Sawyer

Qualquer pessoa da minha geração cresceu a ver o Tom Sawyer. Sim, naquele tempo em que só havia 2 canais na TV - eu, por acaso, até tinha mais porque apanhava alguns canais espanhóis - e esperávamos ansiosamente pela hora da bonecada. Se houvesse algum atraso, azar, não dava para puxar atrás. Então, acho que crescemos a valorizar muito os desenhos animados. Não é como agora que há uns 20 canais exclusivamente para crianças e eles dão-se ao luxo de fazer zapping ou simplesmente passar para o YouTube.
Num destes dias de férias da Páscoa, já incomodada com a porcaria que a minha filha estava a ver no tablet, tomei os comandos do aparelho e apresentei-lhe o Tom Sawyer. O Tom Sawyer e o Huckleberry Finn do Mark Twain são personagens apaixonantes e a Maria Victória está rendida a eles. Como não estar? Para já, acha estranho eles não usarem sapatos, irem a pé para a escola e as palmadas que o Tom apanha constantemente do professor. Todas as noites vemos um episódio juntas e é um prazer rever os desenhos animados da minha infância com a minha pequenina. Pés descalços, banhos no riacho, brincadeiras com os amigos na rua, ajudar nas tarefas domésticas... nada de purpurinas, cães e gatos a falar e super-poderes. Tão bom!

2.3.18

Presentes para a Educadora

Nunca fui muito boa a escolher presentes para quem não conheço bem. E então escolher à pressa ainda é pior.

No último Natal, estava cheia de trabalho e mal dei conta já estávamos na festa de Natal da escola. Então precisei de escolher qualquer coisa rapidamente e que tivesse algum significado. Não gosto de dar só por dar.

Fiz uma pequena pesquisa e encontrei o presente ideal. Com a história da pressa, não consegui sequer tirar fotos porque foi tudo feito mesmo em contra-relógio. No entanto, como nos estamos a aproximar de outra altura em que damos presentes aos professores ou educadores, achei que seria interessante partilhar esta ideia.

Criei esta imagem e o texto. A Maria Victória coloriu o desenho e colocámos num vasinho. Oferecemos outro à senhora auxiliar também.

Estas pessoas desempenham um papel fundamental na vida das nossas crianças e acho que devemos agradecer-lhes por isso. A plantinha simboliza a criança que ajudam a crescer todos os dias.



19.2.18

As memórias

Já investi muito tempo neste blogue. Comecei quando estava grávida, com tempo, com muitas novidades para contar e partilhar. Havia novidades todos os dias e quis deixar este registo para mim e para a minha filha. 4 anos depois, a realidade alterou-se completamente. A atenção que uma criança de 3 ou 4 anos exige é imensa e não sobra tempo para muito mais. 

Já tive a oportunidade de me tornar mais uma blogger, como tantas outras. Não vou querer ir por aí. Já recusei vários convites, algumas parcerias que não me interessavam. A minha vida não é isto. Sou uma mãe como vocês. Tenho o meu trabalho, as minhas responsabilidades, as minha filha e as minhas necessidades. Ser "forçada" a vir ao blogue para escrever para prender os leitores não é muito a minha "cena". Já cheguei à conclusão que é preferível viver as situações e partilhá-las com quem estamos a vivê-las, do que que vir para aqui exibi-las. Nem é tanto exibir essas vivências, é o tempo que perco a falar delas. Como a minha filha já tem quase 4 anos, já vai guardar muitas recordações do tempo que passamos juntas. Ou seja, não há necessidade que eu as escreva para que ela saiba o que aconteceu. Prefiro que ela me recorde a brincar ou a cozinhar com ela, do que leia que fez isso comigo sem ter qualquer memória disso.

Não vou fechar o blogue porque não consigo. É a minha história enquaro mãe da minha linda filha. No entanto, não vou alinhar na onda de "bloggers" e falar de tudo e de nada só para preencher espaço.

Gostaria de vos agradecer por estarem desse lado desde o início e pelo carinho que por nós têm. Acreditem que é recíprico! No entanto, por mim e por vós, vou passar a ser mais selectiva com os conteúdos partilhados. As redes sociais estão cheias de lixo e nós passamos imenso tempo a ver esse mesmo lixo. Temos que ser mais criteriosos com o que lemos porque o nosso tempo é preciso e deve ser usado para nos enriquecermos e para o gastarmos com quem amamos. 

Obrigada!



26.1.18

Novo projecto, nova vida


Acho que acontece com muitas mães. Assim que temos um filho, começamos a repensar a vida, já não gostamos do que fazemos, queremos é estar em casa com os bebés e desatamos a ser empreendedoras. As que não são empreendedoras, aposto que pensam em ser e falta-lhes é ideias. É muito comum mães começarem actividades associadas a crianças. Também pensei nisso, mas não sei fazer nada, por isso logo afastei a ideia.
A determinada altura subscrevi as newsletters de um grupo de mães empreendedoras no Brasil. Faziam webinars, workshops online e estavam sempre a mandar emails. Era uma coisa muito incómoda porque recebia emails todos os dias e deixei de subscrever aquilo. No entanto, não deixei de pensar numa coisa que elas diziam sempre: procurem fazer algo que vos apaixone e que saibam fazer. É aí que reside a questão toda. Ora, eu sei fazer muito poucas coisas. Manualidades, zero, cozinha, zero. Só sei escrever, então vamos lá continuar o blogue. Mas o blogue não me dá dinheiro e gosto de vir cá escrever quando quero e quando posso. Fazer disto uma profissão deve ser aborrecido porque temos que arranjar maneira de ter conteúdos novos todos os dias, conteúdos apelativos e até conteúdos encomendados... Depois comecei a pensar naquilo que me apaixona. E então o que me apaixona são roupas, sapatos, acessórios, coisas de gaja, portanto. Estava fora de questão abrir uma loja física. Há demasiadas despesas fixas para um mercado tão instável como o da moda e com tanta concorrência. Então pensei naquilo que me apaixona mesmo: que são as peças feitas marcas premium, aquelas às quais é tão difícil chegar porque têm preços proibitivos. Ou não. Porque é que a pessoa comum não há-de poder comprar uma peça de luxo? Foi assim que criei a MissVintage.

A MissVintage é um conceito inovador em Portugal, apesar de já haver no estrangeiro. Vejam este vídeo.
Na MissVintage podemos colocar os nossos artigos de luxo à venda e esperar que alguém compra. Os artigos são publicados no website. A nossa equipa de especialistas avalia as imagens, preços e a descrição do artigo feita pelo utilizador, de forma a assegurar que o artigo é de alta qualidade, que se mantém atual e dentro das tendências e adequado à estação.
O vendedor pode ajustar o preço, adicionar mais detalhes e interagir com a MissVintage.
Às quantias recebidas pelo comprador são deduzidas os seguintes quantias:
- comissão da MissVintage (25% do valor de venda)
- portes de envio (5€ valor fixo, com seguro adicional)
Depois do artigo ser vendido, o vendedor deverá enviá-lo para a sede da MissVintage, com comprovativo de envio por e-mail. Também poderá optar pela recolha, agendada por nós, com seguro adicional. Uma vez na sede, a nossa equipa de Controlo de Qualidade vai comparar cuidadosamente o produto com a descrição original do artigo: verifica a qualidade (dos materiais, metais, costuras, fechos, forros, botões, solas e saltos dos sapatos, etc...) e procura qualquer sinal de que o produto possa não ser autêntico.
Caso tudo esteja em conformidade, o artigo é cuidadosamente embalado e enviado imediatamente ao comprador. Caso contrário, o artigo será devolvido ao vendedor. A compra é cancelada e o seu valor é devolvido na totalidade ao comprador.

Porquê escolher a MissVintage para vender os seus artigos?
- a nossa comissão é a mais baixa do mercado
- não vendemos à consignação
- até ser vendido, o artigo fica na posse do seu dono
- pode colocar o seu artigo à venda a partir de casa
- a compra e a venda são feitas em segurança

asseguramos a privacidade de comprador e vendedor
- temos uma equipa de Controlo de Qualidade que inspeciona o produto, antes de chegar às mãos do comprador, garantindo que compra mesmo o que está anunciado.

Este é o primeiro website em Portugal com este conceito, que já é um sucesso noutros países. Em Portugal, há várias lojas com vendas do género à consignação (com comissões à volta de 50%). Para além disso, essas lojas estão situadas no Porto ou em Lisboa, o que inviabiliza a compra para muita gente que não vive nessas metrópoles. Com a www.missvintage.pt pretendemos democratizar a moda de qualidade e disponibilizar o luxo e a qualidade a todos, de forma sustentável e acessível. 

Gostava que me visitassem nas redes sociais e no site. Temos lá peças de perder a cabeça, lindas de morrer, de marcas de sonho e a preços fantásticos. Até já!

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