28.9.21

Pai de uma criança comum

Sim, leram bem. Eu sou o pai de uma criança comum, normal, média. Por comum quero dizer simplesmente que o meu filho é o aluno médio, médio nas notas, médio nos desportos e nas actividades extracurriculares. O que há de especial nele, então? NADA, de acordo com as normas da sociedade e da escola.


Muitas vezes perguntam-me: “O seu filho deve ser bom a matemática e na escola, em geral. “. Eu simplesmente digo não, não é. Ele está na média. Tenho vergonha de dizer isso? Não! Devo mentir que ele é o melhor em algo que ele não é, na frente dos outros? Definitivamente, não.


O meu filho é aquela criança comum que as pessoas não compreendem porque não está no topo nem por baixo. As pessoas não percebem o seu sorriso doce, as conversas engraçadas, os abraços apertados, a personalidade amigável, o comportamento gentil, os modos suaves, a natureza prestável porque ele é APENAS uma criança normal.

 

A escola e a sociedade celebram as crianças que são as maiores pontuadoras no desporto e nas atividades extracurriculares, o que com razão deveriam.


No meio disto tudo, o meu filho médio, que é um espectador e aclama os seus amigos de todo o coração, passa despercebido. O seu amor pelo desporto (mesmo sabendo que não será selecionado para a equipa da escola), o seu amor pela música (mesmo sabendo que não será seleccionado para o coral da escola) nunca diminui. Ele faz isso tudo para se divertir, em vez de competir.


Sou um pai que não é exigente com ele apenas porque não tem notas máximas? Sim, sou rigoroso até certo ponto e perdi a calma muitas vezes no passado. As suas palavras atingiram-me mais profundamente quando o meu filho de 10 anos me perguntou: "Pai, não me respeitas"?


Quantos de nós pensamos que devemos respeitar as crianças? Nós, adultos, exigimos o nosso respeito a cada momento da nossa vida. Por que não uma criança?


Umas crianças falam de prestar provas, de entrar em competições importantes, mesmo com a tenra idade de 10 anos. O meu filho normal fala sobre viajar pelo mundo, conhecer novas pessoas e comer diferentes culinárias.


O meu filho normal pode ou não tornar-se num médico, astronauta, cientista. Mas, ele de certeza crescerá para ser uma boa pessoa que espalhará alegria.


Por último, mas não menos importante.


Observe a criança normal, média, comum. Tudo o que essa criança quer é um sorriso ou uma palavra amável de nós, adultos, por apenas ser ela própria para lhe dar a garantia de confiar no mundo.


Cada criança é diferente, assim como cada estilo parental.



Traduzido e adaptado do inglês.
Autor desconhecido 

27.9.21

O dever de votar

Desde que a minha filha nasceu que me acompanha sempre às mesas de voto. Duvido que, quando crescer, não vá votar, porque (pelo menos) sempre viu esse exemplo nos pais. 

Não só a levo comigo, como lhe explico que o voto já esteve negado às mulheres. E não foi há assim tanto tempo. 

Não respeito muito pessoas que não votam e que depois de queixam da vida e do governo. É a nossa única possibilidade de mudar alguma coisa. Votem em branco, mas votem! Os votos brancos também passam uma mensagem importante.

Lamento que que a abstenção tenha sido vencedora, mais uma vez, nestas eleições autárquicas. 



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Adoro sabonetes e cá em casa não usamos gel de banho. Os sabonetes são mais baratos, duradouro e os que eu uso não têm plásticos na sua embalagem. 

Estes da LOEWE Home Scents parecem fantásticos. Estão disponíveis nos aromas Orégão, Marijuana e Alcaçuz.

Estes sabonetes são inspirados nas práticas de integração de essências botânicas terapêuticas nos rituais de banho da Grécia e Roma antigas.

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6.9.21

Carpe diem 🤍

Há duas semanas, recebi uma chamada aflitiva da minha mãe. Havia um problema com o marido dela e iam de urgência para o hospital. Nas horas seguintes, muito difíceis, chegou um primeiro diagnóstico muito reservado - havia uma massa no cérebro. 


Há tantas possibilidades e ainda nada de concreto. 2 dias depois, ainda antes de fazer uma ressonância magnética, havia consulta com o neurocirurgião. Reiterou a gravidade da situação e pediu exames complementares para tentar perceber se seria um tumor primário ou uma metástase de outro problema qualquer. 


Os exames preliminares não detetaram mais nada. Tudo indica que será primário. Está em casa e vai ser internado amanhã no Santo António para realizar a cirurgia na quarta-feira.


Deveríamos estar todos de férias neste momento e a vida muda toda num minuto.


Eu, o meu marido e a minha filha mantivemos as férias, mas reduzimos os dias. Eu não queria ter vindo, estou angustiada, queria estar perto da minha mãe e dele. Por outro lado, a minha pequenina estava a precisar de sair de casa.


As crianças são tão especiais! Raramente sofrem por antecipação, vivem o momento presente. Sinto que tenho sempre tanto para aprender com a minha filha sobre os mistérios da vida. 


Pela primeira vez, não temo o fim das férias pelo regresso à rotina. Temo o fim das férias porque significa o enfrentar de uma situação muito dura.


Rezo, peço a Deus um milagre, peço à ciência uma cura. Agradeço a quem me quiser acompanhar nas preces. 

25.8.21

Nunca imaginei andar a pesquisar no Google sobre tumores cerebrais. Há tanta, tanta informação e não se percebe nada. Alimentamos a esperança de encontrarmos um remédio que resolva tudo e se calhar não há remédio nenhum.

Sentimo-nos tão pequeninos quando alguém que amamos está vulnerável e a única solução está em confiar em Deus e na ciência. 

15.8.21

Andava com ideias de investir num tratamento para reduzir a gordura corporal. Agora há uns tratamentos muito promissores. Depois, achei ridículo estar a pagar tanto por um tratamento de estético quando já não fazia exames ginecológicos de rotina há uns 3 ou 4 anos. Parece incrível como nos lembramos mais facilmente de nos cuidarmos por fora do que da nossa saúde! Foi por isso que decidi que não ia fazer nenhum tratamento estético antes de tratar da saúde. Isto, sim, é mais importante do que tudo. 


Então, marquei uma consulta para o dia seguinte e fiz logo uma ecografia e citologia patológica. Estava tudo bem.


Fiz análises ao sangue e também estava tudo bem.


Entretanto, andei umas semanas a adiar a ecografia mamária e a mamografia, mas lá fui fazer. Aos 43 anos é imprescindível! A mamografia é desagradável. Já tinha feito aos 15 anos porque tive um quisto suspeito e lembrava-me bem da sensação. Tenho sempre medo que a máquina encrave com a mama lá dentro. Não é uma dor insuportável, claro que não. É tudo muito rápido, até, mas é um bocadinho agressivo. 


Minutos depois de ter a mama esmagada, fui descansada para a ecografia. Estava completamente relaxada, com os braços para cima, quando o médico me diz que tenho um quisto na mama esquerda. Pergunto-lhe o que fazer sobre isso e ele diz para não fazer nada. Para fazer o mesmo que faria se não me tivesse dito nada.


Mas disse! E isso não me sai da cabeça. Quantos casos não se conhecem de pessoas com cancro de mama e também não era nada? Estou ansiosa, mas não quero ser paranóica. Quero confiar nos especialistas mas acho que quando regressar de férias quero repetir os exames. Better safe than sorry. 


Perante isto, quem quer saber de massagens anti-celulite?