10.5.25

Farta disto


Depois da quimio vermelha #2, tive direito a:

- 3 dias relativamente bons, dado que consegui treinar sempre 🏃🏻‍♀️‍➡️

- 4 dias completamente ko, com direito a muito sono, muito cansaço, muitas náuseas…😰

Só mais de uma semana depois, me senti melhor, apesar continuar cansada. A MV tem estado em casa com febre 🤒. Consegui tratar de assuntos domésticos e fiz uma caminhada ligeira num dia, fiz um treino fraquito no outro. 

Se consigo fazer uma atividade de manhã, sinto necessidade de dormir de tarde. Às vezes, durmo também de manhã. Durante a noite, o meu sono não é seguido. Acordo muitas vezes, ou porque tenho calor ou porque tenho tosse. Realmente, a recuperação de uma simples constipação está a ser difícil. 

Na quinta-feira fui mesmo à oncologia para ser observada por uma médica. A minha não estava, mas a Dra. Joana foi uma querida ao receber-me. Os pulmões estavam ok, que era o que me preocupava, e pediu-me que vigiasse a minha temperatura. Só a tosse teima em não passar, mas já estou menos congestionada.

Ontem também não tomei a última injeção desta semana. Estava sozinha em casa e não me apeteceu fazê-lo eu própria. Aquilo não dói, é mesmo para ser feito pelo próprio, mas não o fiz. 

Sinto que estou mesmo a atingir o meu limite. A quimioterapia põe-me doente, não me deixa recuperar, tira-me a energia, pôs-me feia e gorda. Não adianta virem todos dizer que estou linda, só é ridículo! Além disso, eu é que sei como me sinto. E, neste momento, a única coisa a que me agarro é mesmo à proximidade do fim. 

Ainda assim, admiro o meu corpo e o que ele está a aguentar. Não sei se foi boa ideia deixar o pior tratamento para o fim. Não propriamente para o fim porque ainda vai faltar outros tratamentos importantes e com as suas consequências para mim. 

Estou mesmo farta disto! Depois de 2 cirurgias (mama e cateter) com anestesia geral e 14 quimios até agora, acho que me posso queixar. 

Quero voltar a ter cabelo, desinchar, vestir a minha roupa, ter energia para fazer o que me apetece, voltar a ser convidada para sair.

1.5.25

Quimio vermelha 2/4

Já só faltam 2! Já só falta 1 mês!

Faço a quimio sempre à terça, por isso na segunda foi dia de análises. Não sabia qual a resposta do meu corpo à toxicidade deste medicamento e temia não conseguir fazer tratamento no dia seguinte. 


Enquanto aguardava pela consulta de enfermagem, a energia foi abaixo. Comigo, na sala de espera, estava uma moça a acompanhar o pai e tinha consigo um portátil. Dizia que os colegas também estavam a reportar falta de energia em Setúbal, Coimbra… achei estranho, mas nas minhas redes sociais ainda não havia nada. A energia regressou rapidamente (agora sei que foi devido aos geradores), mas as enfermeiras já não conseguiram chamar pelos doentes através do sistema interno de telefone. Então, vieram chamar-me pessoalmente à sala de espera.

Na consulta, percebemos que engordei mais 1kg. Já lá vão 7. Sinto-me mesmo mais inchada. Tensão ótima, sem temperatura.  Fizemos o registo dos sintomas:

- aumento de peso

- ligeira náusea e enfartamento

- calores 

- dores nos ossos, devido às injeções para estimular a medula

- aumento do cansaço

- insónia

- nevoeiro mental 

Por outro lado, também já diminuíram alguns sintomas que tinha na quimio branca, como por exemplo:

- neuropatia

- aumento do apetite

Estou agradavelmente surpreendida com a reação do meu corpo à quimio vermelha. Sinto-me mais cansada, sim, mas não é nada de extraordinário. As náuseas não me impedem de comer. Os efeitos gastrointestinais só se notam na sensação de enfartamento. Vejo a região do estômago mesmo inchada e não consigo encolher a barriga. Não tenho diarreias ou obstipação, como muitas pessoas relatam. E tive uma afta na semana passada que durou 1 dia. Não me posso queixar, pois não? Sou uma sortuda.

Quando saí, percebi a extensão do apagão. A minha casa tem tudo eléctrico, mas a minha mãe conseguiu preparar-nos o almoço na churrasqueira do jardim. Peixinho grelhado e batata cozida. 

À tarde, fui fazer reiki com a Mónica para passar melhor na quimio do dia seguinte. Ainda estive lá umas boas 2 horas e nunca imaginei que o cenário de apagão se mantivesse. Recolhemos a miúda no colégio e fomos preparar o jantar novamente na churrasqueira do jardim. Carne grelhada, arroz e salada. Estava um dia bonito, por isso, jantámos mesmo no jardim, aproveitando a luz do céu. A eletricidade regressou a minha casa por volta das 23.

Na terça, ligaram-me para ir mais cedo, pois havia disponibilidade numa cama. Prefiro as camas aos cadeirões, pois não são nada confortáveis. Esta quimio é mais agradável do que a branca porque não me dão anti-histamínicos e não fico sonolenta. Ao meu lado, estava novamente a rapariga do cancro no intestino. Contou-me que assim que começou o tratamento teve uma reação muito grave. Não era a primeira vez que fazia estes medicamentos, por isso não se sabe bem o que aconteceu. Ela deixou de conseguir respirar, de ouvir e de ver. Suspenderam a medicação e, depois de a estabilizarem (não sei como), retomou o tratamento. Eu, entretanto terminei o meu e vim para casa.




Foi só o tempo de chegar a casa e comecei logo a sentir o cansaço no corpo. Estava super pesado. Jantei e fui-me deitar. Dormi mal por causa daqueles calores. Segui a orientação da oncologista e dormi sem roupa 🫢. A verdade é que ajudou, mas fiquei constipada. 

No dia seguinte acordei às 6 da manhã. Não me sentia cansada, apesar do pouco descanso, nem enjoada. Fui beber a minha água com limão, brinquei com os cães, esperei que a miúda acordasse para ir para o colégio, tomei o pequeno-almoço e fui treinar com o Hugo e as meninas. Durante o dia, senti-me mais nauseada e ao lanche só consegui comer gelado. Já percebi que acordo bem e vou murchando ao longo do dia. São estes os comprimido que tomo para o enjoo.

Hoje já é quinta-feira. Dormi muito melhor, mas também acordei super cedo. Também fui treinar às 9:30 com o Hugo e as meninas. Hoje, juntou-se a nós, mais uma e também se chama Mara. Queria ter ido tomar banho logo a seguir, mas tinha fome, pois ainda só tinha bebido água com limão. Pedi à minha mãe que me preparasse uns ovos mexidos, com torradas e fruta. E eu preparei uma bebida de whey, com café e colagénio para acompanhar. Depois deste repasto, já não consegui ter forças para tomar banho. Descansei, porque era isso que o corpo pedia, e até dormi um pouco. Apresentei-me para almoçar já bem tarde, depois de todos. Mas almocei. E queria ter ido tomar banho, mas a esta hora (já quase 7 da tarde) ainda não tive ânimo. Aproveitei e já fiz mais 2 pequenas caminhadas e conto tratar da minha higiene em breve. 

De ontem para hoje, notei que me apareceu uma mancha num dedo da mão. Nas unhas ainda não noto alterações. Também noto que as minhas pestanas estão a cair mais… 

Amanhã, começo a tomar as injeções para estimular a medula a produzir glóbulos brancos. Vou tomar o paracetamol religiosamente a cada aplicação porque não quero voltar a ser surpreendida com aquelas dores.

Aguardemos os próximos capítulos. 

22.4.25

Ansiei muito chegar até aqui…


… à quimioterapia vermelha. Sobretudo porque era a mais dura, mais tóxica e mais agressiva. Mas também por ser a reta final de 5 meses de quimioterapia. É como se já se visse o fim à coisa. Ainda falta pouco mais de um mês, mas já cá estou. 
Tal como anunciado, a vermelha é lixada!
Após a primeira sessão, noto o seguinte:

-  Cansaço - estou incrivelmente mais cansada do que antes. E o cansaço tanto se manifesta de forma física, como de forma mental. Não voltei a treinar, faço pequenas caminhadas a muito custo.
- Dores de cabeça - não são fortes, mas parece que a cabeça está atrofiada, sempre com sono, visão debilitada.

- Náuseas - sempre presente um ligeiro enjoo, mas nunca senti vontade de vomitar. Parece que nunca tenho a digestão feita, sensação de azia e enfartamento. 

- Dificuldade em beber água - Enjoei a água lisa. Logo na altura em que devia beber mais água, é quando menos me apetece. Alternativamente, bebo água aromatizada ou com gás. 

- Cara esquisita - Agora, sim, não me reconheço. A pele parece que foi toda passada a lixa, a cara está muito redonda e inchada. No entanto, parece que já desinchei no corpo. Continuo a perder sobrancelhas e pestanas, apesar de ainda restarem algumas e isso altera-me completamente as feições. 

- Apetite - Diminuiu um pouquinho, mas nada de especial. Continuo a ter vontade de comer, mas tenho que comer quantidades menores.

Uma semana após a quimioterapia, todos estes efeitos secundários estão mais esbatidos e vou-me sentindo melhor.

Sexta e sábado foram muito maus. Domingo consegui ir ao almoço de Páscoa, mas não consegui chegar à sobremesa e fui descansar. 
Estes dias vou tentar fazer algum exercício físico, mas sem grandes expectativas. Fiz uma caminhada ontem e fiquei esgotada. 

Para além de tudo isto, estou a fazer as tais injeções que estimulam a medula. Não tenho dor alguma na aplicação, não parecem vidros a entrar, não tive dores nos ossos. 

Amanhã e depois, vou sair de casa. Vou tentar fazer uma maquilhagem e, quem sabe, usar uma peruca para me sentir melhor. 

18.4.25

Quimio vermelha 1/4

Comecei esta nova etapa, na terça-feira, com alguma apreensão. Toda a gente me falava como era mais dura esta fase. Efetivamente, é mais dura, mas não a sinto dolorosa. Para já, pelo menos.


Não me administraram o anti-histamínico, por isso não tive sono. Entretive-me a conversar com duas parceiras de sala. 

À minha esquerda, estava uma senhora de 70 e tal anos, e fazia a sua primeira quimio. Era a vermelha, não tinha cateter implantado e a enfermeira teve dificuldade em encontrar uma veia. O outro braço não podia ser furado porque já tinham esvaziado a axila. Esta senhora foi diagnosticada com cancro de mama no verão, fez cirurgia e só iniciou tratamentos agora, em Abril. Sinceramente, não entendo esta demora. Falou-me que não conseguiu quimio na semana anterior porque tinha os valores baixos devido a um antibiótico e, por esse motivo, tinha tomado umas injeções para a medula que lhe tinham provocado muitas dores nos ossos. 

À minha frente estava uma miúda de 45 anos. Estava toda encolhida na cadeira, muito magra e fraca. Não podia beber o iogurte frio e contou-me como não tinha forças para nada. Deu para perceber quando foi à casa de banho. Mal conseguia andar ou manter-se em pé. Depois, explicou que tinha um cancro do intestino, grau 4, inoperável. Começou a quimioterapia no Natal, não perdeu o cabelo, mas perdeu toda a energia e apetite. 

Do meu lado direito, estava um senhor, que já costumo ver por lá, e também aproveitou para reclamar do hospital de Lamego. 

Assim passámos o tempo. Fui tentando motivar a senhora do lado, já que estava no início. 

Vim para casa a fazer xixi cor de rosa/laranja. Efetivamente, aquilo tem um cheiro muito estranho, mas se bebermos muita água já não cheira. 

Nessa noite, fiquei com o jantar um pouco embrulhado. Não tive vómitos ou diarreia, só mesmo alguma dificuldade em fazer a digestão. O que me custa são os calores que vou tendo (fruto da menopausa falsa provocada pela quimioterapia) porque me acordam e depois tenho dificuldade em adormecer. 

Mantenho o cansaço e é mais intenso. Treinei nos dois dias seguintes à quimioterapia. Por outro lado, sinto que já não tenho o formigueiro nos dedos das mãos. Nos pés nunca senti. Na quarta, fiz também um direto com o PT Hugo sobre o trabalho que ele desenvolve com sobreviventes de cancro de mama. Pensei que não fosse conseguir devido à fadiga, mas correu muito bem. 

Ontem, quinta-feira foi o aniversário da minha princesa. Foi um dia desafiante. Estava exausta, havia muito barulho aqui em casa, muita gente… só aguentei mesmo por ela. Por ela, tudo. 




Hoje, sexta, foi o dia de iniciar a toma das tais injeções. Como a quimio vermelha baixa muito a nossa imunidade, é fundamental estimular a produção de glóbulos brancos rapidamente. Vou tomar uma injeção todos os dias até à próxima sessão de quimioterapia. É para aplicar na barriga e é a minha mãe que ma administra. Já foi assim quando fui operada. 


Disseram-me que a aplicação era dolorosa e que pareciam vidros a entrar. Passei o dia todo a pensar nisso e só quis tomar a injeção no final do dia, com receio da dor. Não me doeu absolutamente nada. Também pode ter sido da camadinha adiposa que tenho sobre a barriga… 

A minha vizinha de cadeirão também me disse teve fortes dores nos ossos. Para já, não sinto nada, mas pelo sim pelo não vou tomar um paracetamol. Se puder evitar dores, vou evitar. 

Para já, é isto. Estou sempre cansada, nem sequer me apetece beber água, tenho muita falta de energia e uma má disposição digestiva constante. E acho que também já estou a comer bem menos. Valha-nos isso, a ver se perco os kilos que não me pertencem. 

8.4.25

Quimio 12/12



12 semanas depois, eis-me chegada ao fim do Capítulo II. 

Perdi cabelo, mas ganhei 6 kg. Estou mais cansada, mas sinto-me mais forte.

Não cheguei aqui sozinha. Obrigada à minha mommy querida @juliadalilamoura que nunca me abandona e que não merecia mais este desafio da vida.

Obrigada a todos os que se fazem presentes e que não se intimidaram com este diagnóstico. Obrigada por continuarem a ligar, mandar mensagens e a convidar para jantar, mesmo que nem sempre atenda, que não responda rapidamente ou não me apeteça sair para jantar. Sem pressão, voltam a repetir os convites até que me apeteça. Os meus não foram embora.

E obrigada àqueles que se ausentaram. Foram poucos, mas aconteceu. Chemo ghosting é uma realidade, people. A desculpa comum é que estão a dar espaço para a pessoa se tratar ou que não saberiam o que dizer. É só ridículo e triste, mas aceito a sua decisão. 

O meu núcleo está forte e estável. Só penso em quem não tem esse suporte e que necessariamente se vai abaixo porque se sente duplamente abandonado.

Por esse motivo, sou tão grata por quem tenho. Por ter quem tenho é que me permito ter uma boa auto-estima, esperança e ânimo numa recuperação total. Não é leveza. É saber que sou forte porque os tenho e que também quero continuar cá por eles. 

Leio todas as mensagens que recebo. Reparo que todos os dias novas pessoas chegam ao meu Instagram. A maioria são mulheres que passaram ou estão a passar por este processo. Mas também há pessoas que não me seguem e dão-se ao trabalho de todos os dias irem visitar a minha página. Sim, eu consigo ver isso. Não sei se é curiosidade mórbida, se é cusquice ou simplesmente se é para ver se já morri. Ainda estou aqui. 

Agradeço toda a força que recebi de amigos próximos e distantes. A dos próximos eu já antecipava. Agradeço que não me liguem só para saber como estou, mas também para me contarem da sua vida. Normalidade. A força dos amigos distantes, aqueles com quem já não falava há 20 anos ou mais, emocionou-me muito. Aquelas pessoas que, não conseguindo articular palavras, me deixam só um ❤️. Mil vezes isto do que um longo texto sem sentimento do chatGPT. 

Ontem, fui ao portão de casa receber uma encomenda da MRW. O senhor ficou impressionado por me ver sem cabelo. Entrega-me a caixa e pergunto-lhe se precisa de alguma coisa da minha parte. E diz-me que só precisava que eu fosse feliz e tivesse saúde. Já viram a sorte que tenho? Obviamente que lhe desejo o mesmo. 

Estou mesmo feliz porque cheguei até aqui. É motivo para celebrar porque consegui não falhar nenhum tratamento. Foram 12 semanas seguidas, com uma cirurgia e anestesia geral logo após o 1.º tratamento. Agradeço ao meu corpo que aguentou tanta toxicidade.

Não dou nada como garantido, mas faço a minha parte. Faço treino de força 2 ou mais vezes por semana, alimento-me bem, nunca perdi o apetite, tomo vitamina D e Omega 3 e sou selectiva com o que a minha mente consome. Isto aplica-se a pessoas, redes sociais (deixei de seguir uma série de páginas), livros, séries e filmes e música. Permito-me chorar de vez em quando porque tem mesmo de ser, como é o caso agora. E depois, foco-me em coisas positivas. Não que o que escreva não seja positivo. É positivo porque sinto que também tenho a responsabilidade de criar conteúdo que seja útil e motive outras pessoas. E aqui eu sou completamente honesta. Só falo do que acontece e não faço parecer fácil. O positivismo pode ser muito tóxico também.

Também estou feliz porque na próxima semana vou começar o Capítulo III desta aventura. Depois da cirurgia da mama, do tratamento de quimio branca, segue-se agora a quimio vermelha. Vai ser ainda mais desafiante porque traz mais toxicidade ao corpo, provoca anemia, mais problemas gástricos, problemas de pele, enjoos… o que for. Pode provocar tudo isso ou não. Estou entusiasmada porque me aproximo do fim disto tudo. Inicio o tratamento na próxima terça e depois, permitindo as análises ao sangue, repito o tratamento a cada 2 semanas, 4 vezes. 

Espero manter o ânimo e a força, apesar de todo o cansaço já instalado. Obrigada a todos pela ajuda. 

4.4.25

As cores da quimioterapia.


Estas cores não são sinal de saúde, mas sim da agressão que o tratamento causa na minha pele. Há quem sinta efeitos muito piores. Não me posso queixar, até porque não tenho outro sintoma que não seja este rubor. 


Hoje estou sem um pingo de energia. E porquê? Porque ontem exagerei. 


Na terça fiz tratamento. No dia seguinte, tendo dormido apenas 4 horas, resolvi fazer uma caminhada de manhã. Antes do almoço ainda treinei. Depois, resolvi descansar um pouco. Mas há pessoas à minha volta que, vendo-me com bom ar, acham que ainda posso aguentar mais um pouco e insistiram que fosse buscar a miúda ao colégio e às compras. Entretanto, já era quase hora de jantar e trouxemos Mac. E depois era hora da miúda ir para a cama, banho, roupas para o dia seguinte, etc.. Só consegui adormecer depois da meia noite. Às 7:30 já tive que acordar para auxiliar a minha filha antes dela ir para o colégio. Depois disso, ainda dormi mais umas 2 horas. 


O meu sono agora não é seguido. Estou sempre a acordar, com calor ou com frio, sempre com algum desconforto que me impede de ter um sono reparador. 

Então, porque eu não soube dizer que não, sinto-me exausta, com algumas tonturas. Queria treinar e não vou conseguir. Nem sequer me apetecer beber água.


Lição: Só nós conhecemos os nossos limites. Na vida, mas sobretudo num processo de tratamento, é muito importante respeitar-nos e sabermos até onde podemos ir.