2020

Iniciou-se ontem um novo ano, uma nova década. Na verdade, não é nada de mais. Temos todos os dias a possibilidade de nos reiniciarmos. E é esse o nosso único poder - mudar-nos. Nada mais muda porque muda o ano ou o dia. Eu continuei a ter que ver a minha gatinha a recuperar e dar-lhe os remédios, continuei a ter que tratar da casa, continuei a ter as mesmas frustrações, os mesmos sonhos, as mesmas  rotinas, as mesmas responsabilidade.

Irrita-me um pouco essa história do resumo do ano ano anterior e balanços. Who cares? Vi muita gente dizer que foi um ano muito difícil. Quanto a mim, não me posso queixar muito. Tenho todos os que amo perto de mim, tenho trabalho, tenho saúde... acho que tenho o mais importante que alguém pode pedir. Agora, claro,  há muito espaço para melhorar. Há muitas coisas que quero mudar/melhorar em mim, aprender a aceitar, dizer que não. Vou tentando até conseguir. Essa insatisfação que nos acompanha não nos pode dominar. É boa porque nos permite superar-nos, mas não nos pode fazer esquecer de tudo o que já temos de muito bom. Não querendo entrar numa de resoluções de ano novo, gostava de manter a determinação de 2019, acrescentando mais disciplina e fico, e muita mais paciência, sobretudo para a minha filha. Ela merece e não tenho tido muita.