10.4.17

Os nomes que já ninguém quer dar aos filhos

As modas aplicam-se a tudo e também aos nomes que damos aos nossos filhos. Acho que já todos demos conta que quando chamamos o nosso filho 3 ou 4 se viram para trás ao mesmo tempo. Se noutros países impera a criatividade, por cá gistamos todos do mesmo.

A minha filha chama-se Maria Victória. Victória era o nome da minha avó materna e sempre quis dar esse nome a uma filha minha. Quando há uns anos comecei a ver bebés com esse nome, percebi logo o que ia acontecer: uma avalancha. Há Victórias e Vitórias por todo o lado.

Eu chamo-me Mara. Em 1978, quando nasci, não havia Maras. Passei a vida a ver o meu nome mal escrito e mal pronunciado. Era Maria, Marta, Sara, Lara... mas Mara, não. Outro dia no dentista chamaram pela D. Maria e lá fui eu. Só quando já estava a meio do procedimento é que percebemos que eu não era a tal Maria. Por acaso não era, mas quase sempre sou. Sempre disse que nunca iria dar um nome esquisito a um filho. Se, por um lado, é bom sentirmo-nos únicos, por outro, eu só queria ter um nome normal, como as minhas amigas. E é sobre os nomes das minhas amigas que hoje falo. Esses nomes que hoje já ninguém dá aos filhos. Numa turma havia uns quantos com o mesmo nome. E hoje acontece o mesmo, mas os nomes são outros.

O que é feito destes nomes?
- Ana Isabel
- Ana Cristina (e outras combinações)
- Carla
- Sandra
- Sónia
- Susana
- Tânia
- Liliana
- Marisa
- Elisabete
- Anabela
- Paula
- Rui
- Nuno
- Paulo
- Bruno
- Carlos
- Ricardo
- Sérgio
- ... podem acrescentar nomes à lista

Era moda, também, termos 2 nomes. Eu sou Mara Cristiana. Giro, não é? Era preciso termos 2 nomes para que os nossos pais chamassem pelos 2 nomes para nos meterem medo. Hoje em dia, já não se pode traumatizar os meninos, por isso prescindiu-se do segundo nome. Eu, pelo sim, pelo não, resolvi dar 2 nomes à minha para impor respeitinho.

Eu acho que nos últimos anos houve uma grande tendência para nomes que eu chamo de "betos" (Constança, Bernardo e afins...). Hoje, a tendência é para os nomes vintage que são bem mais do meu agrado (Laura, Amélia, Emília...).

E depois temos os intemporais que nunca saíram dos tops e nunca saem de moda: Maria e João.

Seja qual for a nossa tendência, penso que todos nós dedicámos muito tempo a pensar e repensar no nome dos nossos filhos e foi com todo o carinho que os baptizámos.

7.4.17

O amor da minha vida...

... faz 3 anos daqui a 10 dias. 
Adoro recordar os nossos momentos, muitos deles só meus e dela, tão íntimos. Estas são imagens inéditas, que eu adoro rever, e que me fazem agradecer por cada minuto que passo com ela.  


3.4.17

Parir é dor, criar é amor

Vira e volta ouve-se esta frase. Habitualmente, está associada a quem criou alguém, muito embora não o tenha parido. Eu nunca duvidei disto, nunca duvidei do poder do amor. O que eu nunca imaginei foi que a minha experiência como mãe biológica me viesse provar isso mesmo.
A minha filha foi um bebé planeado e desejado. Apesar de não ter gostado muito de estar grávida, criou-se na gestação um vínculo muito especial entre nós. Depois, chegou a hora do parto e, na verdade, eu estava tão focada no meu parto, no meu momento, que poucas vezes me lembrei que ia sair dali com o meu maior amor. Nesse dia, o sentimento não foi de inundação de amor. Aquela cena típica de filme, quando colocam o bebé em cima da mãe e ela chora de emoção não aconteceu. Estava muito feliz, claro, mas a minha primeira preocupação foi colocá-la no meu peito para que parasse de chorar. E parou.
Depois, nas horas seguintes, era evitar incomodá-la ao máximo. Eu não tinha a mínima ideia do que lhe fazer. Estar no hospital foi muito conveniente porque tinha ajuda à distância de uma campainha. Quando viemos para casa, teria que ser eu. E assim foi. O amor estava lá desde a gravidez, mas o amor maior foi-se construindo à medida que eu cuidava dela. E não tenho dúvidas de que cresce exponencialmente. Amo-a mais hoje do que ontem. E amanhã vou amá-la mais ainda. Parir é mesmo apenas dor. Criar é mesmo só amor!
Gosto de chamar cria à minha filha. Primeiro porque não me esqueço da ligação umbilical que já tivemos (e ainda temos), porque fui eu que a fiz, que a criei, e depois porque ela é mesmo a minha cria, porque continuo a criá-la. É quem eu cuido mais e melhor.

A relação biológica é apenas um detalhe que não proporciona amor por si só. O amor está no dia-a-dia, nos banhos, nas trocas de fraldas, na alimentação, nos abraços e beijinhos, nos olhares, nos toques... Por isso, é que muitos filhos gostam mais das amas ou dos avós do que dos pais. Gostam de quem cuida deles.
Hoje sei que, por exemplo, acordar com a minha filha é incomparavelmente mais extraordinário do que foi o meu parto. Acordamos as duas a sorrir, a dar beijinhos, completamente enamoradas. Agora que eu já conheço o amor no seu expoente máximo, já consigo ver no tudo no parto e na gravidez como especial. Foi a minha filha que me mostrou isso. Sinto saudades de estar grávida da minha filha (não de estar grávida novamente), emociono-me com o meu parto (e não vi motivos para o fazer na altura) e até com os partos de outras, como o da Maria Luiza. Chorei, chorei, chorei...
Parir é dor, criar é muito amor!

1.4.17

Os animais e as crianças

Sempre vivi rodeada por animais. Em casa, sempre houve sempre cães e gatos. Eram animais mas também membros da família. Acho que nunca houve um período em que não tivéssemos um animal, por isso, quando constituí a minha família também se tornou imperativo adoptar uns bichinhos. E vieram os dois gatinhos mais lindos do mudo.

Este amor que tenho pelos animais também se reveste de muito respeito. E é isso que pretendo passar à minha filha. Os animais, por muito que achemos que os conhecemos e que são absolutamente inofensivos, são animais e podem reagir a estímulos. Tal como nós, certo?

Acho super fofo e comovente ver bebés a brincar com animais, mas eu nunca consegui expor a minha filha a isso, enquanto era bebé. Não me sai da lembrança um gato siamês que tínhamos em casa. Ele adoptou a minha mãe. Aquele gato era só dela e detestava-me. Eu já devia ter uns 8 anos quando ele me atacou pelas costas. Não suportava ver-me no colo da minha mãe. Também tive um Serra da Estrela que mordeu o meu avô, o seu grande companheiro, deixando-o em bastante mau estado. Qualquer um destes meus bichinhos era adorável, mas houve qualquer coisa que os fez reagir daquela forma naquele momento.
Quando colocamos um bebé ou uma criança pequena junto de animais, sem supervisão, estamos a confiar que vai tudo correr bem e às vezes isso não acontece. Sabemos como são as crianças. Dão gritos, batem, puxam o pêlo, atiram com objectos aos bichos e, na maior parte do tempo, eles aguentam sem pestanejar. Até um dia. Os bichinhos também se assustam e podem reagir. Não vale a pena arriscar.
Com os meus gatinhos, tem corrido tudo bem até agora (com a excepção de um incidente que já explico). Não os abandonei quando engravidei, nem depois da Maria Victoria nascer, nem nunca!! Eles são membros da família. Sobretudo a minha gatinha notou uma grande diferença com a chegada do bebé a casa. A Tonicha dormia ao meu lado. No mesmo lado onde, 2 dias depois de ter saído de casa, acoplei um berço onde dormia aquele bichinho novo. A Tonicha teve de arranjar outro sítio para dormir, sempre perto de mim, mas mais longe da minha bebé. Ela andava sempre por perto e até cheguei a deixá-la dormir no fundo do berço uma vez. Não queria alimentar animosidades. A maior parte do tempo, tinha a minha filha ao colo e a minha gata nas pernas. Sempre as duas perto de mim e nunca sozinhas.





Quando a Maria Victória tinha perto de um ano e meio, estávamos sozinhas em casa e a dormir na minha cama e a Tonicha quis enfiar-se lá. Ela nunca vai para os lençóis, mas como era verão, só tínhamos um lençol a cobrir-nos. A Tonicha ia a passar, a Maria Victória mexeu o pé e a gatinha assustou-se e deu um salto para o ar. Esse salto e as suas unhas valeram um rasgão no pé da minha menina. De quem foi a culpa? Minha e apenas minha. Eu é que criei condições para isso acontecer.
O respeito pelos animais também passa por não os expormos a situações potencialmente perigosas. Nesta fase, temo mais pelos gatos do que pela minha filha. Ela não mede os gestos e às vezes abusa. Não pode e eu não deixo! Mas acho que estão todos a aprender a conhecer-se e a conviver no mesmo espaço. 

Também em casa da minha mãe tínhamos um cão. Era um cão muito especial porque foi um filho para a minha mãe e para mim. O meu Bóris, um boxer adorável, era o bicho mais meigo, sensível e especial que já conheci. Ele tinha acesso à casa toda. Quando a minha mãe saía de casa no Inverno, deixava-lhe a lareira acesa e a TV ligada. Era uma alma pura e linda! Graças a Deus, a minha filha ainda teve a oportunidade de o conhecer e de brincar com ele. Faço questão de alimentar essas lembranças. Mas, ainda assim, não consegui baixar a guarda. Ela só podia fazer-lhe festas com ele acordado. E ele adorava e lambia-lhe as mãos. 

Resumindo, animais com crianças, sim! Sempre! E com responsabilidade também. Estão todos ao nosso cuidado e a precaução nunca é demais.

31.3.17

Pipocas no microondas

Um dos meus snacks preferidos são as pipocas. As que eu gosto mais são as pipocas doces do cinema e também aquelas que fazem nas feiras, cheias de açúcar e corantes. Como isto é terrível para a nossa saúde, costumo fazer umas pipocas alternativas e sempre dá para matar o vício. E é tão simples!! Vejam os passos:

Um recipiente para ir ao microondas. Colocar um punhado de milho para pipocas e cobrir com água quente. Eu temperei com um pouquinho de canela, mas podem colocar o que a vossa consciência permitir. :)

Depois, é só cobrir com película aderente, fazer uns furinhos e colocar no microondas. O tempo varia de acordo com a potência do microondas. Não estranhem se demorar mais do que 5 minutos. É só vê-las estourarem e retirar.

Eu gosto de passar para outro recipiente e comer sozinha enquanto vejo qualquer coisa na TV.

24.3.17

O primeiro corte de cabelo.

Faz hoje dois meses que a Maria Victória foi ao cabeleireiro pela primeira vez. Sim, quase aos três anos. Andava sempre a adiar, a adiar, até um dia. Ainda pensei em fazê-lo eu, mas ainda bem que não me deu para isso.


Ela nunca teve muito cabelo. Começou a crescer já depois de fazer um ano e começaram a formar-se uns caracolinhos apenas atrás. À frente era bastante liso.


Um dia consegui fazer-lhe um rabo-de-cavalo e nunca mais o largou. Ficava tão gira!


Os caracóis multiplicaram-se e o cabelo que nunca me deu trabalho transformou-se na tarefa mais difícil: champô, amaciador, spray para pentear, escovas que não magoam... Ainda por cima um cabelo com toda a tendência para criar rastas... (até que não era nada má ideia...) De manhã era um castigo! O mais fácil sempre foi apertar o cabelo num rabo-de-cavalo e o cabelo mais comprido era mesmo ideal. Mas, como ela tinha aqueles caracóis, só no banho me apercebia do comprimento do cabelo. E teve mesmo que ser porque já era difícil gerir tanto cabelo.


Não foi fácil. Esta menina achava que tinha que me cortar o cabelo também. Então, com a destreza da cabeleireira Carla lá conseguimos arranjar estratégias para a ir mantendo mais ou menos quieta. E também conseguiu cortar-me o cabelo. Adorei o resultado final, ficou mais leve, mais menina e ela também adorou. O cabelo continua rebelde como dantes, mas é muito mais fácil de pentear. Qualquer dia, voltamos lá.