11.12.19

Verniz gel - dilemas de uma Mulher

Desde Setembro que não pinto as unhas com o tal gelinho ou verniz gel. Sentia que andava completamente escravizada pela ditadura das unhas. Não que me incomodassem as unhas arranjadas, pelo contrário. Mas era aquela coisa de ter que marcar, se deixava passar uns dias ficava com aquele aspecto horrível de unha a crescer por baixo. Cansei- me daquilo tudo. Durante o verão, não estava sempre por casa então ficava ainda mais complicado de arranjar tempo e disponibilidade da manicura para ir. Simplesmente arranquei aquele verniz todo sozinha. Com os dentes mesmo. As unhas ficaram uma merda  e cobri com um verniz da minha mãe. Eu já nem equipamento tinha em casa. Não tinha vernizes, limas ou mesmo removedor de verniz... Entretanto, falaram-me de um verniz semelhante ao verniz gel, mas para fazer em casa sem a luz UV. É um verniz normal e finaliza com outro que faz endurecer. Remove-se com removedor de verniz normal.
Promete ser milagroso, mas na verdade é muito semelhante aos normais. Também se estraga tudo se não estiver bem seco. Bom, comprei esses dois vernizes e tenho andado estes últimos meses a alternar entre unhas sem nada e com isto. As unhas ficaram fraquíssimas porque estão mais expostas do que com o verniz gel. Basta-me tomar banho para haver mais permeabilidade e lá se vai uma lasca de unha. Não é de verniz, é mesmo de unha. Estou farta de ter de pintar eu as unhas ou de andar sem verniz. Gosto de ver uma mão bem cuidada. Não propriamente aqueles trabalhos elaboradíssimos que fazem nas unhas. Artisticamente tem o seu valor, esteticamente é muito mau. Desculpem a quem usa, mas eu não gosto. Gosto de uma unha não muito comprida e nada de bonecada. Portanto, amanhã retomo a rotina. Consulta (pode dizer-se consulta para manicure?) marcada e deverei alinhar por uma das minhas cores de sempre: preto, bege leitoso ou vermelho... logo se vê. 

Duas?

A minha cara de parva quando abri a caixinha da ZARA e vejo que encomendei 2 unidades da mesma camisola. Não, não de vê a cara de parva, mas estava lá. Não havia problema algum porque podia ter trocado, aliás até troquei outra peça. Mas resolvi perguntar à minha querida afilhada se gostava dela e vou oferecer-lha. Só achei piada porque estava a fazer um unboxing e fui surpreendida pelo que eu própria disse. 


10.12.19

Quem lê blogs?

Eu adoro ler e adoro escrever. Gostava era que houvesse um software que me lesse a mente e transcrevesse tudo o que eu penso durante o dia. Muitas vezes, escrevo mentalmente longos textos, bem elaborados. Outras vezes, são diálogos com amigos ou família e, quando estou com eles, nem me lembro de falar nesses assuntos. Sinto que já tivesse falado sobre isso, não é mesmo? Isto pode parecer um pouco esquizofrénico, mas eu passo o dia sozinha. Fui sempre filha única, logo estou habituada a estar sozinha. Não gosto de estar sozinha, tenho que me acompanhar de alguma forma. Para escrever, mais do que para pensar, preciso de ter outra disponibilidade. Trabalho no computador e no telemóvel, que é onde escrevo também. Surge sempre alguma coisa para fazer. Já para pensar, basta-me estar lá. Felizmente para mim, consigo pensar enquanto trabalho e faço as mais 1001 tarefas que, enquanto mulher que sou, consigo fazer simultaneamente. Pronto, e isto tudo para dizer que estou sempre com vontade de escrever e vou esforçar-me por fazê-lo de novo. Comecei a “blogar” em 2010 e cada vez mais quero fazer o que gosto. Este esforço não é por nada mais do que esforçar-me por fazer o que gosto. Acho que todos merecemos fazer isso por nós. Para além disto tudo, gosto particularmente de já pouca gente ler blogues. Eu própria já não leio blogues e procuro aquela informação instantânea instagramática. Não há tempo para mais. Então, como já ninguém lê blogues, isso serve para mim como motivação adicional. O meu segundo blogue teve algum sucesso, as pessoas à minha volta sabiam que eu escrevia, o que eu escrevia e isso condiciona-me sempre. Assim, é como se recuperasse algum anonimato e autenticidade. 
Já agora, vamos ver se ainda se leem blogues? Quem me está a ler neste momento?


27.10.19

Pausa na doença

Desde ontem que não me estava a sentir muito bem. Dores de cabeça, nariz muito congestionado, espirros... pronto, era uma constipação. Aproveitei que era domingo e fiquei sossegadinha em casa, a descansar. O pai e a filha foram almoçar aos avós. Mediquei-me, trabalhei um pouco e até dormitei no sofá. Apetecia-me mesmo abraçar aquela constipação e satisfazer aquela necessidade de descanso e de algum mimo para mim.
A meio da tarde, regressam a casa e a minha filhinha vinha com 40° de febre. Mediquei-a de imediato, ficou sossegadinha a ver televisão e a febre foi cedendo. Agora dorme e a febre já está nos 37°. Durante aquelas horas não pude estar doente. O foco foi direcionado totalmente para ela. Na verdade, nem me lembrei que estava doente, tal era a preocupação com ela. Eu, que detesto tomar medicação, reforcei-a depois de jantar para poder estar em forma para cuidar da minha filhos.  As mães não podem ficar doentes. Simplesmente, não podem.
Vou esperar que a noite seja boazinha para nós as duas e que nos permita descansar um pouco.

13.9.19

Os pais e a escola

Ao longo desta semana, vimos muitas fotos do primeiro dia de escola de muitas crianças. Até aí tudo bem. Também já o fiz. Duas vezes. E suspeito que na próxima segunda-feira também o irei fazer. A maior parte de nós fica incrédula ao ver os seus bebés a ir para a escola. Não conseguimos explicar como o tempo passou tão depressa. E depois fotografamos tudo na tentativa de compreender o fenómeno.

Depois, ponho-me a pensar quando eu própria fui para a escola. Na escola primária, confesso que não me lembro porque praticamente nasci lá. Acompanhava a minha mãe, que era professora, e comecei mesmo o 1.º ano com 5 anos, por isso não me lembro desse primeiro dia porque foi mais um igual aos outros. No entanto, não consigo esquecer o 1.º dia no ciclo preparatório. O meu pai deixou-me à porta e só me consigo lembrar da multidão de crianças que já lá estava. Não conhecia praticamente ninguém e lá fui eu, sozinha, à procura da minha sala. Ninguém me acompanhou, ninguém me tirou uma foto e, se alguém ficou angustiado com a minha ida para o ciclo, não o manifestou. 

Os tempos estão mesmo diferentes. Não sei se estão melhores ou piores, mas sei que agora sofremos muito com estas separações, manifestamos muito essa ansiedade e acho que os miúdos topam isso. Certamente vão associar essa ansiedade a uma coisa má. 

Hoje, a minha filha perguntou-me se eu achava que ela estava ansiosa pelo regresso à escola. Não percebi a pergunta e devolvi-lha. Não me soube responder. De certeza que ouviu qualquer coisa neste sentido na televisão e ficou a pensar nisto. Não, não estou nada ansiosa pelo regresso às aulas. Aliás, estou ansiosa, sim, porque 3 meses sem aulas foi de enlouquecer. Isto de não haver horários ou rotinas é muito bom de vez em quando, depois já satura. Como manter uma criança de 5 anos ocupada e entretida durante tanto tempo? É que eu trabalho em casa, há coisas para fazer. Chego ao fim do verão estafada! Vem lá daí, escola, que eu estou a precisar de ti.
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1zczcn-N5YDWuh2E_l1oO7iq0Cgp1tsPO

Foto: Pinterest

9.9.19

6 anos de blog

6 anos passaram desde que fiz o meu teste de gravidez positivo. 

Nesse mesmo dia, comecei um blogue porque precisava tanto de escrever sobre o que sentia. Apesar de ser uma gravidez planeada e desejada, foi assustador. Como compreender isto?

Descrevi neste blogue cada dúvida, cada medo, cada etapa desta viagem. Hoje não tenho assim tanto para dizer, mas acho que é uma leitura interessante para mães de primeira viagem. E uma memória muito linda para a minha amada filha.https://drive.google.com/uc?export=view&id=1hgzX9qezGaJK7XkHhzWtG87ecIC_uxV2https://drive.google.com/uc?export=view&id=1xmNNNyMuyjkVem6R1eQMQQcXvESrdCIH